segunda-feira, 2 de julho de 2007

Silvino Neto

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Silvino Neto (Silvério Silvino Neto) compositor, cantor e radialista nasceu em São Paulo SP em 21/7/1913 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 12/6/1991. Estreou em 1931 na Rádio Educadora Paulista (depois Gazeta), como cantor de tangos, com o pseudônimo de Pablo González, atuando depois em outras emissoras paulistas. No ano seguinte, passou a cantar música brasileira, por sugestão do compositor Marcelo Tupinambá, começando também a compor.
Em 1933, seu repertório já incluía músicas de sua autoria, como as valsas Uma saudade a mais, uma esperança a menos (com Carlos Morais), Que importa para nós dois a despedida, que Orlando Silva gravaria em 1939, além de Valsa dos namorados e Adeus (Cinco letras que choram), que seriam gravadas por Francisco Alves. Um ano depois, cantou com as orquestras de Osvaldo Borba, Gaó, Martínez Grau, Eduardo Patané, entre outras, formando também, com Alvarenga e Ranchinho, um trio de grande sucesso, Os Mosqueteiros da Garoa.
Deixou sua carreira de cantor romântico em 1936, época em que atuava na Rádio São Paulo, e transferiu-se para o Rio de Janeiro RJ. Ali, no ano seguinte, entrou em contato com o diretor da Rádio Nacional, Oduvaldo Cozzi, que o aconselhou a deixar de cantar e a dedicar-se ao humorismo, campo em que já tinha experiência, pois no início da carreira também fora humorista e imitador.
Assim, no dia 4 de janeiro de 1938, apresentou-se na Rádio Nacional imitando Arnaldo Pescuma, Carlos Galhardo e Lamartine Babo, obtendo grande sucesso. No mesmo ano Orlando Silva gravou com êxito na Victor sua valsa-canção Uma saudade a mais, uma esperança a menos e em 1940 o próprio Silvino gravou a marcha Senhorita Pimpinela (com Paulo Barbosa). Desse ano em diante conquistou grande popularidade com seus programas humorísticos, como o Pensão da Pimpinela, que ficou no ar até 1942, Aventuras da Pimpinela, até 1944 e, a seguir, Pimpinela, Anestésio e o Telefone.
Com o fim do Estado Novo, criou um programa chamado Futebol Político, em que imitava Getúlio Vargas, Ademar de Barros e outros políticos. Em 1945, participou com Derci Gonçalves da revista Fogo no pandeiro. No ano seguinte, voltou a gravar, com Entrou areia e Essa é fina, e um ano depois sua música Adeus (Cinco letras que choram), foi gravada com sucesso por Francisco Alves.
Ainda em 1947 voltou a atuar com Derci Gonçalves na revista Conféti na boca, participando ainda de Passo da girafa, com Mara Rúbia, em 1949, ano em que também fez A borracha é nossa (com Eros Volúsia).
Em 1950, depois de uma campanha eleitoral basicamente humorística, foi eleito vereador com maioria de votos pelo antigo Distrito Federal. Em 1953 retornou ao rádio, atuando na Rádio Mayrink Veiga. No mesmo ano compôs Trezena de Santo Antônio e, em 1955, Sóror Maria e Cristo Redentor, estas duas gravadas por Orlando Silva. No ano seguinte, deixou a Mayrink Veiga, passando a apresentar-se esporadicamente em programas de rádio e televisão.
Trabalhando como fiscal do Instituto Brasileiro do Café, continuou compondo sucessos, como Fantasma da felicidade, gravado por Ângela Maria, O Rio será sempre Rio, lançado por Dircinha Batista no Carnaval de 1961, A fome é nossa, gravação de Anestésio, Saudade da saudade, lançado por Dircinha Batista e Amanhã chorarei por mim, gravado por Nuno Roland.

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