Frazão (Eratóstenes Alves Frazão), compositor e jornalista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 17/1/1901 e faleceu em 17/4/1977. Filho do maestro Sebastião Alves Frazão, começou a aprender flauta e violão aos 12 anos, e estudou teoria musical com Ábdon Lira, no Colégio Militar, do Rio de Janeiro.
Foi aluno da Escola de Medicina e Veterinária, mas resolveu seguir a carreira jornalística, começando a trabalhar na redação de O País, passando depois por outros órgãos da imprensa carioca, como os jornais A Notícia, A Folha, e a revista humorística D. Quixote. Mudou-se, em 1926, para São Paulo SP a fim de participar da fundação do jornal A Nota do Dia, tendo trabalhado também no Diário de São Paulo, Diário da Noite e Diário Nacional.
Regressou ao Rio de Janeiro como cronista parlamentar, passando a escrever para o diário A Manhã e, depois, Crítica, A Noite, Gazeta de Notícias e Vanguarda. Escreveu peças teatrais (comédias e revistas), e destacou-se na música popular brasileira entre as décadas de 1930 e 1950.
Fazia parte da turma de compositores que se reunia no Café Nice. Sua primeira composição gravada foi a paródia O sem trabalho - sobre a melodia de Sussuarana (Hekel Tavares) - em 1931, na Parfophon, por Luís Antônio, pseudônimo usado por Nássara, seu futuro parceiro de sucessos carnavalescos e grande amigo. Estreou no rádio em 1934, como produtor, no Programa Casé, na Rádio Philips, transferindo-se depois para a Rádio Educadora e mais tarde para a Rádio Guanabara.
Em parceria com Nássara, venceu o Concurso de Músicas Carnavalescas, promovido pela prefeitura do antigo Distrito Federal, em 1935, com Coração ingrato, gravada por Sílvio Caldas, na Odeon, e em 1939 com Florisbela, o seu maior sucesso, gravada também por Sílvio Caldas, na Odeon. Foi premiado no mesmo concurso, em 1941, com Nós queremos uma valsa (também com Nássara), gravada por Carlos Galhardo, na Victor.
Sócio fundador da ABCA, participou da fundação da UBC em 1942. Nesse ano, tornou a vencer o Concurso de Músicas Carnavalescas, com Lero-lero (com Benedito Lacerda), gravada por Orlando Silva, na Victor. Em 1946 e em 1947 destacou-se com duas composições feitas com Roberto Martins, O cordão dos puxa-sacos, lançada em discos Victor pelo conjunto Anjos do Inferno, e Marcha dos gafanhotos, gravada por Albertinho Fortuna, na Continental.
Eleito presidente da UBC em 1948, exerceu o cargo por dois anos e em 1952 participou da Conferência Sul-Americana do Direito Autoral, em Santiago, Chile. Outros sucessos seus foram Chuva miúda, gravada por Sílvio Caldas, na Victor; A voz do povo, interpretada por Orlando Silva, na Victor; Quem cantar meu samba, lançada por Orlando Silva, na Victor; Fica doido varrido (com Benedito Lacerda), cantada por Sílvio Caldas, na Victor, e Choro do bebê (com Maria Gomes), gravada por Orlando Silva, na Copacabana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário