segunda-feira, 6 de junho de 2011

Big Walter Horton

english mobile

Walter Horton, instrumentista norte-americano, mais conhecido como Big Walter Horton ou Walter "Shakey" Horton, nasceu em 6/4/1917 e faleceu em 8/12/1981. Um homem quieto, modesto e essencialmente tímido, Horton é lembrado como um dos mais influentes gaitistas da história do Blues. Willie Dixon já o identificou como "o melhor gaitista que eu já ouvi".

Nascido como Walter Horton em Horn Lake, Mississipi, EUA, começou a tocar harmônica com cinco anos de idade. Na sua juventude, viveu em Memphis, Tennessee; ele afirmou que suas primeiras gravações foram feitas lá, no inicio dos anos 1920, juntamente da Memphis Jug Band, embora não haja documentos que provem isso.

Alguns pesquisadores do Blues dizem que isso não passa de uma história inventada por Horton. Ele afirmou ainda que "ensinou algumas práticas de harmônica para Little Walter e para o primeiro Sonny Boy Williamson". Embora não haja evidências para essas afirmações, no caso do Sonny Boy Williamson mais velho, há suspeitas.

Assim como muitos dos músicos de Blues, gastou muito de sua carreira sobrevivendo com um salário ínfimo e com a constante discriminação de um Estados Unidos segregado. Nos anos de 1930, tocou com uma variedade de músicos de Blues, pela região do delta do Mississipi.

É geralmente aceito que suas primeiras gravações foram feitas em Memphis, como um ajudante para o guitarrista Little Buddy Doyle, nas gravações de Doyle para as gravadoras Okeh Records e Vocalion Records, em 1939. Essas gravações foram no formato de dueto acústico, popularizado por Sleepy John Estes e seu gaitista Hammie Nixon, entre outros. Nessas gravações, seu estilo de tocar ainda não está totalmente desenvolvido, mas há claras evidências do que estaria por vir.

Ele teve de parar de tocar eventualmente por conta de sua saúde fraca, e trabalhou fora da indústria fonográfica no início dos anos 1940.

Nos anos 1950, ele voltou a fazer música, e estava entre um dos primeiros a gravar para Sam Phillips, na Sun Records em Memphis, que gravaria posteriormente nomes como Elvis Presley, Carl Perkins, e Johnny Cash. As gravações de Big Walter para a Sun incluem participações do jovem Phineas Newborn, Jr. no piano, que mais tarde ganharia fama como pianista da Jazz. Sua música instrumental gravada nessa época, "Easy", foi baseada na música de Ivory Joe Hunter, I Almost Lost My Mind.

Ainda durante os anos 1950, apareceu na cena do Chicago Blues, onde ele tocou freqüentemente com colegas músicos de Memphis e do Delta, que também haviam se mudado para o norte, incluindo os guitarristas Eddie Taylor e Johnny Shines. Quando Junior Wells deixou a banda de Muddy Water no final de 1952, Horton o substituiu por tempo suficiente para fazer uma sessão com Waters em Janeiro de 1953.

A essa altura, o estilo de Horton estava devidamente desenvolvido, e estava tocando no estilo altamente amplificado que virou uma das marcas do som do Chicago Blues.

Ele também fez grande uso de técnicas como o "tongue-blocking". Fez uma gravação notória para a States Recordings em 1954. O solo de Horton na gravação de 1956 de Jimmy Rogers para a Chess Records, Walking By Myself é considerado por muitos como um dos pontos altos de sua carreira, e do Chicago Blues dos anos 1950.

Também conhecido como "Mumbles" ("aquele que tem comunicação falha", em uma tradução livre), e "Shakey" (algo como "balançador", em outra tradução livre) por conta do movimento de sua cabeça enquanto tocava a harmônica, Horton foi ativo na cena do Chicago Blues durante os anos 1960 enquanto o Blues ganhava popularidade com 'audiências brancas'.

Do início dos anos 1960 em frente, ele fez gravações e apareceu freqüentemente como acompanhante de músicos como Eddie Taylor, Johnny Shines, Johnny Young, Sunnyland Slim, Willie Dixon e muitos outros. Fez várias turnês, geralmente como músico acompanhante, e nos anos 1970 tocou em festivais de Blues e música Folk nos Estados Unidos e Europa, freqüentemente com a Willie Dixon's Chicago Blues All-Stars. Ele fez também participações nas gravações de músicos de Blues e Rock como Fleetwood Mac e Johnny Winter.

Em Outubro de 1968, durante uma turnê no Reino Unido, ele gravou o álbum Southern Comfort com o antigo membro do Savoy Brown e futuro Mighty Baby, o guitarrista Martin Stone. No final dos anos 1970 fez uma turnê pelos Estados Unidos com Homesick James Williamson, Richard Molina, Bradley Pierce Smith e Paul Nebenzahl, e apareceu nas transmissões da National Public Radio.

A qualidade de sua produção musical durante a sua carreira, muitas vezes afetada pelo seu consumo pesado de bebidas alcoólicas, oscilou previsivelmente entre o brilhante e o corriqueiro. De certo modo, muitos dos seus melhores trabalhos foram feitos como músico acompanhante. Duas de suas melhores compilações são Mouth-Harp Maestro e Fine Cuts. É também notável o álbum Big Walter Horton and Carey Bell, lançado pela Alligator Records em 1972.

Ele se tornou o carro chefe nos circuitos de festivais, e, algumas vezes, tocou no mercado a céu aberto na Maxwell Street de Chicago. Em 1977, ele se juntou com Johnny Winter e Muddy Waters no álbum de Winter, I'm Ready, durante o mesmo período gravou alguns materiais para a Blind Pig Records. Horton apareceu na cena da Maxwell Street, no filme dos anos 1980, The Blues Brothers, acompanhando John Lee Hooker. Suas gravações finais foram feitas em 1980.

Horton morreu de parada cardíaca em Chicago, no ano de 1981, com 64 anos e foi enterrado no cemitério Restvale em Alsip, Illinois. Ele foi adicionado postumamente ao Blues Hall of Fame em 1982.



Fonte: Baseado na Wikipedia, a Enciclopédia Livre; Youtube.

Totonho

english mobile

Totonho (Antonio de Oliveira), compositor e cantor, nasceu em Além Paraíba, MG, em 25/2/1946. Em 1975, no LP A voz do samba, pela gravadora Philips, Alcione interpretou O surdo (c/ Paulinho Rezende), que logo se transformou em um dos maiores sucessos da cantora.

Neste mesmo ano, Jorginho do Império interpretou Deixa o carnaval passar (c/ Paulinho Rezende) no LP Viagem encantada. No ano seguinte, a cantora incluiu três composições de sua autoria em seu novo disco: Canto do mar (c/ Paulinho Rezende), Lá vem você (c/ Paulinho Rezende e Zayrinha) e A morte do poeta (c/ Paulinho Rezende), música que deu título ao LP.

Alcione ainda gravaria várias de suas composições: em 1977, no disco Pra que chorar, interpretou Solo de piston e Correntes de barbante, ambas em parceria com Paulinho Rezende; no ano seguinte, no LP Alerta geral, interpretou Lundu da rapariga (c/ Joel Menezes) e Seu rio, meu mar (c/ Paulinho Rezende).

Em 1978, devido ao sucesso alcançado por suas composições nas vozes de outros intérpretes, gravou pela Top Tape o primeiro disco Dia a dia. No LP, com apresentação do crítico Sérgio Cabral, incluiu várias composições suas: Tempestade de amor (c/ Paulinho Rezende e Mestre Alfredo), Trilaza (c/ Cabral e Alex), Armadilha (c/ Joel Menezes) e Cruz credo mangalô três vezes (c/ Cabral e Paulinho Rezende), dentre outras.

No ano de 1979, lançou o segundo disco Minha gente canta assim, pela gravadora Atlantic, cujo repertório incluiu Lembrete, Quizomba, Você é minha paz, Paixão afiada, Canto do sino e Anistia, todas em parceria com Alex e Cabral. Ainda nesse LP, interpretou outras composições suas: Antes só do que mal acompanhado, Correntes de barbante e Bloco do apreço, as três em parceria com Paulinho Rezende.

Por essa época, Zé Carlos gravou no LP de estréia, Vamos nessa, duas composições de sua autoria: Pode ser que amanhã amanheça chovendo (c/ Paulinho Rezende) e Sombra e água fresca (c/ Alex e Cabral). Ainda nesse ano, Renata Lú interpretou Sou mais você (c/ Alex e Cabral) no LP Tô voltando, pelo Selo América.

Em 1985, Agepê, no disco pela gravadora Som Livre, incluiu Musa de Ardonho (c/ Canário e Agepê), Alegria no ar (c/ Agepê e Canário) e Proezas do coração, em parceria com Agepê e Canário.

Obras

A morte do poeta (c/ Paulinho Rezende), A noite é grande (c/ Paulinho Rezende), Alegria no ar (c/ Agepê e Canário), Anistia (c/ Cabral e Alex), Antes só do que mal acompanhado (c/ Paulinho Rezende), Armadilha (c/ Joel Menezes), Bloco do apreço (c/ Paulinho Rezende), Canto do mar (c/ Paulinho Rezende), Canto do sino (c/ Alex e Cabral), Correntes de barbante (c/ Paulinho Rezende), Cruz credo mangalô três vezes (c/ Cabral e Paulinho Rezende), Deixa o carnaval passar (c/ Paulinho Rezende), Dia a dia (c/ Paulinho Rezende), Lá vem você (c/ Zayrinha e Paulinho Rezende), Laranjas e dedos (c/ Alex e Paulinho Rezende), Lembrete (c/ Alex e Cabral), Lundu da rapariga (c/ Joel Menezes), Mas que marejou (c/ Paulinho Rezende e Mestre Alfredo), Minha gente canta assim (c/ Paulinho Rezende), Musa de Ardonho (c/ Agepê e Canário), No quilombo da nega cafuza (c/ Paulinho Rezende), O surdo (c/ Paulinho Rezende), Paixão afiada (c/ Alex e Cabral), Pode ser que amanhã amanheça chovendo (c/ Paulinho Rezende), Que ingratidão (c/ Paulinho Rezende), Quizomba (c/ Cabral e Alex), Renascer (c/ Luiz Ayrão), Sejas mar ou beija-flor (c/ Paulinho Rezende), Seu rio, meu mar (c/ Paulinho Rezende), Solo de piston (c/ Paulinho Rezende), Sombra e água fresca (c/ Alex e Cabral), Sou mais você (c/ Alex e Cabral), Tempestade de amor (c/ Mestre Alfredo e Paulinho Rezende), Trilaza (c/ Alex e Cabral), Você é minha paz (c/ Cabral e Alex).

Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010.

Paulinho Rezende

english mobile

Paulinho Rezende (Paulo Roberto dos Santos Rezende), compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25/11/1949. Em 1975, no LP A voz do samba, Alcione interpretou de sua autoria O surdo (c/ Totonho). Neste mesmo ano no LP Viagem encantada Jorginho do Império interpretou Deixa o carnaval passar (Paulinho e Totonho).

Alcione gravou outras composições suas: em 1976, Retalhos (c/ Paulo Debétio), Canto do mar (c/ Totonho), Lá vem você" (c/ Zayrinha e Totonho) e A morte de um poeta (c/ Totonho), que deu nome ao disco da cantora; em 1977, Recusa (c/ Paulo Debétio), Corrente de barbante e Solo de pistom, ambas em parceria com Totonho; em 1978, Seu rio, meu mar (c/ Totonho), em seu disco Alerta geral.

Neste mesmo ano, o parceiro Totonho lançou pela gravadora Top Tape o LP Dia a dia, no qual incluiu diversas parcerias da dupla, como Dia a dia, Sejas mar ou beija-flor e Que ingratidão, entre outras. Ainda neste ano, Leci Brandão interpretou Metades (c/ Paulo Debétio), música que deu título ao disco da compositora.

Em 1979, Alcione gravou com grande sucesso a música Menino sem juízo, em parceria com Chico Roque. Neste mesmo ano, Totonho lançou o segundo disco Minha gente canta assim, no qual incluiu várias composições da dupla, como Minha gente canta assim, Bloco do apreço e Antes só do que mal acompanhado, entre outras. Por essa época, Zé Carlos gravou Pode ser que amanhã amanheça chovendo (c/ Totonho) no disco Vamos Nessa, lançado pela gravadora CID.

No ano de 1980, em seu disco E vamos à luta, Alcione interpretou Não me fale de flores (c/ Chico Roque).

Emílio Santiago em 1982 interpretou com grande sucesso Pelo amor de Deus (c/ Paulo Debétio). No ano seguinte, Beth Carvalho, no LP "Suor no rosto, gravou Chave do perdão (c/ Everaldo Cruz).

Agepê cantou, em 1985, Batuque de semba, música de Paulinho Rezende em parceria com Alex e Romildo. No ano seguinte, Wando gravou de sua autoria Estrela veja em parceria com Paulo Debétio.

Marquinhos Satã, em 1987, incluiu Um samba sem dó (Paulinho Rezende e Romildo) no LP lançado pela gravadora Ariola. No ano posterior, no LP Obsceno, Wando interpretou Bailarina (c/ Paulo Debétio). No ano seguinte, em 1989, Elba Ramalho incluiu no disco Popular brasileira, a música Cheiro moreno, em parceria com Chico Roque.

Em 1990, Zeca Pagodinho no CD Zeca Pagodinho ao vivo, interpretou Seu balancê (c/ Toninho Gerais). Ainda em 1990, Selma Reis incluiu Estrelas de outubro (c/ Paulo Debétio), em seu novo disco.

No ano 2002 o grupo Art Popular no CD Planeta pagode, pela gravadora Abril Music, interpretou Tá doendo demais essa saudade, de sua autoria em parceria com Chico Roque.

Obras

A morte de um poeta (c/ Totonho), A noite é grande (c/ Totonho), Antes só do que mal acompanhado (c/ Totonho), Bailarina (c/ Paulo Debétio), Batuque de semba (c/ Alex e Romildo), Bloco do apreço (c/ Totonho), Canto do mar (c/ Totonho), Chave do perdão (c/ Everaldo Cruz), Cheiro moreno (c/ Paulo Debétio), Correntes de barbante (c/ Totonho), Cruz credo mangalô três vezes (c/ Cabral e Totonho), Deixa o carnaval passar (c/ Totonho), Dia a dia (c/ Totonho), Estrela veja (c/ Paulo Debétio), Lá vem você (c/ Zayrinha e Totonho), Laranjas e dedos (c/ Alex e Totonho), Mas que marejou (c/ Totonho e Mestre Alfredo), Menino sem juízo (c/ Chico Roque), Metades (c/ Paulo Debétio), Minha gente canta assim (c/ Totonho), Não me fale de flores (c/ Chico Roque), No quilombo da nega cafuza (c/ Totonho), O surdo (c/ Totonho), Pelo amor de Deus (c/ Paulo Debétio), Pode ser que amanhã amanheça chovendo (c/ Totonho), Que ingratidão (c/ Totonho), Recusa (c/ Paulo Debétio), Retalhos (c/ Paulo Debétio), Sejas mar ou beija-flor (c/ Totonho), Seu balancê (c/ Toninho Gerais), Seu rio, meu mar (c/ Totonho), Solo de pistom (c/ Totonho), Tempestade de amor (c/ Totonho e Mestre Alfredo), Um samba sem dó (c/ Romildo).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira; AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010.