quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Dircinha Costa

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Dircinha Costa (Maria José Pereira da Silva), cantora, nasceu em Bauru, SP, em 26/8/1930. Começou a cantar com apenas oito anos de idade apresentado-se ao microfone da PRG-8 Rádio Bauru. Ficou conhecida como "A voz de romance da Paulicéia".

Por volta de 1940, mudou-se para São Paulo com a família e começou a se apresentar em programas de calouros. Em 1942, tirou o primeiro lugar num desses programas e foi convidada para um teste na Rádio Cruzeiro do Sul pela qual foi logo contratada e na qual permaneceu por seis meses ingressando em seguida na Rádio Record na qual atuou até 1947.

Afastou-se do Rádio durante três anos e retornou aos microfones em 1950, ingressando na Rádio Bandeirantes de São Paulo. Estreou em disco pela gravadora Columbia em 1954, quando registrou a marcha Bravo Manolo, de Geraldo Blota, Mário Pretextato dos Santos e Firmo Jordão, e o samba Pequei, de Victor Simon, Liz Monteiro e João Simon. Em seguida, gravou o samba-canção Pescadô, de Renato de Oliveira e Osvaldo Molles, e o baião Baião triste, de Dorival Chaves.

No mesmo período, gravou em dueto com o cantor Mário Gil o dobrado Bandinha do Eldorado, de Renato de Oliveira e Osvaldo Molles. Ainda no mesmo ano, gravou a valsa É o amore, de J. Brooks e H. Warren, com versão de Haroldo Barbosa, e o baião Chegadinho, chegadinho, de Elpídio dos Santos.

Em 27 de agosto de 1954 uma propaganda no jornal Estado de Minas informava: "Uma grande artista de São Paulo amanhã e domingo no auditório da Rádio Guarani: Dircinha Costa, a voz de romance da Paulicéia". Pouco depois dessa apresentação, gravou os fox Neurastênico, de Betinho e seu Conjunto e Nazareno de Brito, grande sucesso na época, e A luz da lua prateada, de E. Madden e G. Edwards, com versão de Ferreira Gomes.

Em 1954, era considerada uma das principais estrelas da Rádio Bandeirantes apresentando-se nos programas Beco da felicidade e Marco zero", apresentados por Osvaldo Molles, e Carrosel dos bairros apresentado por Júlio Rosemberg.

Em 1955, gravou os fox Como isso é bom, de H. Spina e versão de Edson Borges, Deixa-me ir amor, de Hill e Carson, em versão de Lauro Miller, Refúgio", de Newton Ramalho e Nazareno de Brito, e É pecado mentir, de B. Meyhew, em versão de Alberto Almeida, e os sambas Até segunda-feira, de Paulo Rogério, e Chega pra cá, de Edson Borges.

No mesmo ano, lançou seu primeiro LP, que trazia seu nome como título. Em 1956, era considerada uma das principais estrelas da Rádio Bandeirantes de São Paulo juntamente com o cantor João Dias, o conjunto Titulares do Ritmo, e a orquestra de Sylvio Mazzuca. Nesse ano, gravou o fox Eu quero é casar, de Nazareno de Brito e Luiz Cláudio de Castro, e o baião Sempre o papai, de Miguel Gustavo, música essa lançada especialmente para os festejos do Dia dos pais.

Nessa época, era uma das mais requisitadas cantoras paulistas, tendo ainda percorrido quase todo o Brasil. No Rio de Janeiro, apresentou-se nos programas César de Alencar, Carlos Henrique e Vesperal do Chacrinha.

Em 1957, gravou mais dois fox, uma especialidade em seu repertório, Rapaz acanhado, de Silvio Mazzuca, e Chocolate quente, de Mizzy e Drake, em versão de Edson Borges. Ainda nesse ano, lançou o LP Dircinha Costa canta para você.

Para o ano de 1958, gravou o samba Bamboleio de Iaiá, de Rubi, e a rumba Ama-me sempre, de G. Lynes e B. Guthrie, com versão de Júlio Nagib. No ano seguinte, em seu último disco na Columbia, gravou o fox Vedete, de Gig e versão de Fernando César, e o samba Isto é o amor, de Getúlio Macedo e Lourival Faissal.

Em 1960, foi contratada pela gravadora Copacabana na qual estreou interpretando com acompanhamento da orquestra de Renato de Oliveira o samba Por pouco pouco, de Raul Duarte, e o fox Oô lá lá, de Dixon, Jones e Smith com versão de Paulo Rogério.

Dois anos depois, gravou com a orquestra de Hector Lagna Fietta o samba-canção A vida é um jardim, de Mário Gil, e o Tango italiano, de Malgoni, Pallesi e Beretta e versão de Romeu Nunes.

Em 1963, gravou o clássico Odeon, de Ernesto Nazareth, que em forma de maxixe recebeu letra de Ubaldo Maurício, e o fox Esta noite não dormi, de Mazzorihi, Tuminelli e Joluz. Em 1964, gravou os sambas Samba do ba-da-tu-blim" de José Bezerra e Pepe, e Se saudade matasse, de David Nasser e J. Roberto, o beguine Guitarras à noite, de A. Algueiró, G. Moreau e J. Gosa, e versão de Serafim Costa Almeida, a marcha Playboy de setenta, de Sílvio Curval e Arsênio Hipólito.

Gravou dezessete discos de 78 rpm pelas gravadoras Columbia e Copacabana além de alguns LPs. Com o advento da bossa nova e da jovem guarda, sua carreira entrou em declínio. Seus maiores sucessos foram É o amore, de J. Brooks e H. Warren, com versão de Haroldo Barbosa, e os fox Neurastênico, de Betinho e Nazareno de Brito, e Como isso é bom, de H. Spina e versão de Edson Borges.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Cinderela

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O nome da cantora Cinderela é Luiza Trevisan Ela nasceu no interior paulista, na cidade de Bebedouro, num dia 19 de dezembro. Começou a cantar num programa de calouros, na Rádio Clube de Ribeirão Preto.

Realizou em seguida uma série de shows para o deputado Dauro Cavallaro, e pedia sempre a todos: "Quero ir pra capital paulista". E o deputado realizou sua vontade. Cinderela e sua mãe mudaram-se para São Paulo. Era o ano de 1951. E a moça foi cantar na Rádio Tupi de São Paulo. Passou depois para a Rádio Bandeirantes, Piratininga e Rádio Record. Aí passou para a TV Record.

Ela cantava e dançava, pois era muito bonita e graciosa. Passou a brilhar nas noites paulistanas e foi no restaurante do Hotel Excelsior que conheceu Leo Albano, que lhe deu o apelido de Cinderela.

Em 1952 assinou contrato com a Rádio Bandeirantes. Cantava em várias boates, como o Arpege, o Hotel Esplanada,o Lord. Fixou-se depois na TV Paulista, onde ficou vários anos e era também teleatriz e foi também locutora.

Gravou seu primeiro disco em 1954, pela Copacabana Discos. Seu maior sucesso aconteceu em 1958, quando gravou pela RGE, You are my destiny. Depois Cinderela foi contratada pela Companhia de Revistas de Juan Daniel e após excursionar pelo Brasil, foi para Buenos Aires. Houve problemas na excursão, por desorganização do grupo e Cinderela voltou ao Brasil, indo novamente pra TV Paulista.

Voltou outra vez às boates da época e em 1956 foi contratada pela TV Record. Participou do filme: Vou te contá,e gravou musicas de carnaval. Em 1959 fez excursão para Punta Del Este e, quando voltou, gravou discos para a RGE, RCA, Eco-Som, Ceme, California.

Sua carreira ia bem, quando ela se casou, em 1962 e abandonou tudo. E hoje, aquela que um dia foi uma verdadeira Cinderela, vive feliz, ao lado de seu marido Ary, numa pacata cidade mineira.

Informações complementares: Biografia realizada com apoio da pesquisadora Thais Matarazzo.

Fonte: Pró-TV - Associção dos Pioneiros, Incentivadores da TV Brasileira

Cláudia Moreno

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Cláudia Moreno (Aldina Soares Barroso), cantora, nasceu em 31 de outubro de 1932, na cidade de Cabo Frio, Estado do Rio de Janeiro. Destacou nas décadas de 1950 e 1960. Nos idos de 50, tornou-se a grande estrela Cláudia Moreno ou Morena.

Fez parte da geração de ouro da Música Popular Brasileira, iniciando sua carreira na TV Tupi do Rio de Janeiro, ao lado de cartazes como João Gilberto, Tito Madi, Elisete Cardoso e Lúcio Alves, permanecendo nas Emissoras Associadas no período compreendido entre 1951 e 1961.

No cinema, estrelou com Jece Valadão o polêmico e premiado filme Rio, 40 Graus onde, interpretando o samba A voz do morro, lançou nada mais nada menos que o compositor Zé Keti.

Claúdia Moreno também estrelou, nas boates do Copacabana Palace, Night and Day e Plaza, no Rio de Janeiro, os grandes shows de Carlos Machado, Caribé da Rocha e Haroldo Costa, dos quais também faziam parte astros e estrelas do porte de Ataulfo Alves, Marisa Gata Mansa, Lana Bittencourt, Grande Otelo, dentre outros.

A renomada cantora foi uma das pioneiras a levar a música brasileira para o exterior quando em 1952, viajou para a Venezuela acompanhada do conjunto de Waldir Azevedo, tendo sido posteriormente contratada pela Televisa Canal 2 de Caracas, permanecendo lá durante um ano quando se apresentou cantando, não só por toda a Venezuela, como também pelo Caribe.

Cláudia Moreno sempre teve cuidado na escolha de seu repertório, gravando, além de Zé Keti, nomes como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Ary Barroso, Mário Lago, Toquinho e uma infinidade de grandes autores, no entanto suas músicas de maior destaque no cenário artístico foram o clássico Ronda, de Paulo Vanzolini, e a versão Sozinha na praia (Perdonáme), de Júnior e Zé Fortuna.

O mais recente trabalho da artista teve a produção do cantor e compositor Belchior e se entitulou Cláudia Moreno Cantando o Amor, nele pode-se ouvir, além dos grandes mestres da MPB tradicionalmente gravados pela cantora, alguns compositores da nova geração.

Hoje Cláudia Moreno continua cantando e reside no interior do estado de São Paulo.

Fonte: Wikipédia.

Sônia Delfino

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Sônia Delfino (Sonia de Campos Veras), cantora, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 23/11/1942. Sobrinha de Ademilde Fonseca cantava bossa nova e também rock-and-roll, sendo uma das primeiras cantoras brasileiras desse gênero, contemporânea e concorrente carioca da paulista Celly Campello.

Cantou em público pela primeira vez aos oito anos, participando de um concurso radiofônico infantil na cidade de Natal RN. Iniciou a carreira profissional no programa Clube do Guri, da TV Tupi, do Rio de Janeiro.

De 1960 a 1962, apresentou um programa de televisão — Alô, Brotos! — também na Tupi, ao lado do cantor Sérgio Murilo. Gravou seu primeiro disco aos 13 anos, para a Copacabana, o 78 rpm Uma valsa para mamãe (Emmanuel Jitay). Lançou a versão Sino de Belém para a canção natalina Jingle Bells, com o coral do Clube do Guri.

Seus maiores sucessos são o folkrock Bimbombey (Hugo Peretti, Luigi Creatore e Mack David), o twist Diga que me ama (Make Believe Baby, de Ben Weisman e E. Lewis, versão de Luís Bittencourt; Philips, 1960) e a bossa nova Bolinha de sabão (Orlandivo; Philips, 1963).

Gravou na Philips três LPs, Sônia Delfino canta para a mocidade (1960), Alô, brotos! (1962) e Alô, brotos!, vol. 2 (1964), além de vários compactos para a Copacabana e RGE. Considerada por muitos a sucessora natural de Celly Campelo, que abandonara a carreira artística em 1962, Sônia preferiu trocar o pop-rock por um repertório mais adulto, incluindo a bossa nova.

Participou como atriz em dois filmes: Tudo legal, de Vítor Lima, em 1960, e Um candango na Belacap, de Roberto Farias, em 1961.

Afastou-se do meio artístico ao se casar em 1970, retornando em 1986. Participou do projeto de três CDs O amor, o sorriso e a flor (Albatroz, 1998), produzido por Roberto Menescal para comemorar os 40 anos da bossa nova.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha; Cantoras: Sônia Delfino.

Grande Otelo

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Grande Otelo (Sebastião Bernardes de Sousa Prata), ator, cantor e compositor, nasceu em Uberlândia MG (18/10/1915) e faleceu em Paris, França (26/11/1993). Aos oito anos, exibia-se na calçada dos hotéis da cidade natal, para hóspedes e curiosos.

Por volta de 1925, com a companhia da atriz Iara Isabel, foi para o Rio de Janeiro, estreando na peça O tesouro da Serra Morena, no Circo Serrano. Nessa ocasião foi adotado pela atriz, casada com o maestro e professor Fellipo Aléssio. Na casa do professor, em São Paulo SP, acompanhava Abigail (outra filha adotiva do casal) nas aulas de canto e, assim, aprendeu noções de música e canto.

Em 1926, ainda como Pequeno Otelo, foi a sensação da Companhia Negra de Revistas. Estudou no Liceu Coração de Jesus, em São Paulo, mas preferiu voltar à vida artística, indo cantar na Rádio Educadora Paulista. Conheceu então Jardel Jércolis, ator e empresário, que mudou seu nome artístico para Grande Otelo. Com ele realizou uma excursão ao Sul do Brasil.

Em 1935 voltou ao Rio de Janeiro, para trabalhar na peça Goal. No ano seguinte, ainda com a companhia de Jardel Jércolis, fez temporada em Portugal, Espanha, Argentina e Uruguai. O ano que marcou realmente o início do sucesso em sua carreira artística foi 1937, quando trabalhou na peça Maravilhosa, no Teatro Carlos Gomes.

Apesar de haver estreado no cinema em 1935, fazendo uma ponta no filme Noites cariocas, de Enrique Cadimano, somente começou a ser notado em 1937, quando trabalhou em João Ninguém, de Mesquitinha. Desse ano até 1946 figurou com destaque em shows de teatro no Brasil, Uruguai e Argentina, além do Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, onde era atração, tendo cantado com Carmen Miranda em 1940.

Em 1943 participou do filme de estréia da Atlântida — Moleque Tião, de José Carlos Burle —, ao lado de Custódio Mesquita. Junto com Oscarito, trabalhou em muitas comédias musicais de sucesso, entre as quais Tristezas não pagam dívidas (1944), de José Carlos Burle e J. Rui; Este mundo é um pandeiro (1947), Carnaval no fogo (1949) e Aviso aos navegantes (1950), todas de Watson Macedo; Barnabé, tu és meu (1952), de José Carlos Burle; e Matar ou correr (1954), de Eurides Ramos.

Em 1940 teve pela primeira vez uma composição gravada, Vou pra orgia (com Secundino), interpretada pelo parceiro. No mesmo ano fez parceria com Herivelto Martins no samba Praça Onze, que alcançou grande sucesso e venceu o concurso de Carnaval da prefeitura do Rio de Janeiro, em 1942. Lançada originalmente pelo Trio de Ouro, recebeu depois inúmeras gravações, no Brasil e no exterior. Com Herivelto Martins, compôs ainda, entre outras, Bom dia Avenida e Fala, Claudionor.

Nas décadas de 1940 e 1950, foi, ao lado de Oscarito, um dos maiores nomes do teatro de revistas — na Companhia Walter Pinto — e de shows em boates, produzidos por Carlos Machado.

Em 1955 trabalhou no filme Rio 40 graus, de Nelson Pereira dos Santos, e, em 1969, recebeu o Prêmio Molière pela atuação no filme Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade. Em 1973 desempenhou o papel de Sancho Pança na peça O Homem de la Mancha, direção de Flávio Rangel, ao lado de Bibi Ferreira e Paulo Autran.

Em 1989 participou das filmagens de A paz é dourada (direção de Noilton Nunes), filme inspirado na viagem de Euclides da Cunha à Amazônia, mas que ficou inabado. Em 1993 publicou o livro de versos Bom-dia, manhã (Topbooks, Rio de Janeiro), que recebeu prefácios de Antônio Olinto e Jorge Amado.

No mesmo ano faleceu de parada cardíaca ao desembarcar em Paris, onde fora a convite do governo francês para participar do Le Festival des Trois Continents, em Nantes, em que seria homenageado.

Como ator, deixou pronto o filme ainda inédito Histórias dos anos 80, dirigido por Roberto Moura. Deixou também projeto de outro filme, Elite Club, sobre as gafieiras cariocas na década de 1930.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Paulo Gracindo

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Paulo Gracindo (Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo), famoso artista do rádio, teatro, cinema e televisão do país, nasceu em 16 de junho de 1911, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de Demócrito Gracindo, que era político e que faleceu em 1928. Foi criado por sua mãe e guardou pela vida afora a educação, os modos, a nobreza de seu lar. Estudou direito, mas desde cedo quis ser ator.

Foi um dos últimos representantes da geração de intérpretes que surgiu nas novelas de rádio dos anos 40. Com uma carreira invejável, coroada de grandes sucessos, ídolo de seus colegas, costumava ser citado por eles como um dos poucos entre os chamados atores de sustentação que conseguiu colocar seu talento acima do charme dos galãs.

Gracindo foi para o Rio de Janeiro e iniciou a carreira teatral com a Companhia de Alda Garrido, tendo também integrado o elenco das principais companhias da época, como as de Procópio Ferreira, Elza Gomes e Dulcina. Ingressou na Tupi, como rádio-ator, passando em seguida para a Nacional. Foi levado pelas mãos de Olavo de Barros, diretor de teatro que também trabalhava na emissora. Interpretou personagens famosos, mas acabou conquistando o sucesso como animador de programas de auditório na década de 40.

Como essa atividade lhe rendesse bem financeiramente, Gracindo ficou anos afastado do teatro. Seguiram-se as novelas, tendo atuado no papel de Albertinho Limonta, herói do dramalhão mexicano O Direito de Nascer, considerado o maior êxito no gênero. Gracindo projetou-se ao lado de Brandão Filho num quadro humorístico que divertiu duas gerações, primeiro no rádio e depois no vídeo, o Primo Rico, que ridicularizava a vida do Primo Pobre.

Com a chegada da televisão, Gracindo levou seu programa de auditório para a TV Rio. Em 1968, transferia-se para a Rede Globo, passando a participar das telenovelas de Glória Madagan. Na emissora, foi o astro de diversas novelas, entre elas, O Bem Amado, onde personificou o prefeito Odorico Paraguaçú e chegou a atingir 70 pontos no Ibope em 1973. Em 1980, o personagem de Dias Gomes era ressuscitado e dava origem a um seriado. Nessa época, Gracindo foi o apresentador do programa 8 ou 800, ao lado de Silvia Falkenbourg.

Ainda pela Rede Globo, fez também as telenovelas A Próxima Atração, Sinal de Alerta (no papel de Tião Borges), Os Ossos do Barão (1973), O Casarão (no papel de um artista apaixonado, ao lado de Yara Cortes), Gabriela (1975, como o coronel Ramiro Bastos) e Roque Santeiro. Suas últimas aparições na TV foi na minissérie Agosto e no especial O Besouro e a Rosa, ambos em 1993.

Gracindo dedicou-se também ao cinema, com o surgimento das companhias Atlântida e Cinédia, atuando em O Meu Dia Chegará, Estrela da Manhã, João Ninguém (1937), Está Tudo Aí (1938), Anastácio (1939), Onde Estás, Felicidade? (1939), A Falecida (1965, de Leon Hirszman), Terra em Transe (1967, de Glauber Rocha), Tudo Bem (1978) e Amor Bandido (1978, de Bruno Barreto).

No teatro, trabalhou em Linhas Cruzadas, Frank Sinatra 4815, ao lado do filho em O Jogo do Crime e com Clara Nunes em Brasileiro, Profissão Esperança. Gracindo Jr. dirigiu o pai nas seguintes montagens teatrais: Paulo Gracindo - O Bem Amado (biografia teatralizada da vida do ator), Num Lago Dourado (1992) e A História é uma História (de Millor Fernandes, em 1994).

Paulo Gracindo faleceu aos 84 anos, em 4 de setembro de 1995.

Fontes: cinetvbrasil - PauloGracindo; Wikipédia - Paulo Gracindo; netsaber - Biografia de Paulo Gracindo.

Silvinho

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Silvinho (Sílvio Lima), compositor, cantor e instrumentista, nasceu em Petrópolis-RJ, em 05/12/1931. Em 1946 fez sua primeira música, Assim como as flores morrem.

De 1950 a 1960, atuou como cantor nos conjuntos Os Trovadores, Os Vocalistas, Trio Quitandinha e Conjunto Harmonia, entre outros.

Em 1959, gravou sua primeira composição Quem é?, depois interpretada também por Gregorio Barrios e por Bienvenido Granda. Em 1963 fez sucesso com a gravação de Esta noite eu queria que o mundo acabasse.

Atuou como cantor na Rádio Nacional, e em várias emissoras de rádio e televisão do Rio de Janeiro e de São Paulo. Realizou excursões à Argentina, Uruguai, Chile e México. Foi premiado diversas vezes em sua carreira.

Obras

Assim como as flores morrem, 1946; Esta noite eu queria que o mundo acabasse, 1963; Quem é?, 1959.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Carlos Alberto

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Carlos Alberto (Nuno Soares), cantor, nasceu em Astolfo Dutra, Minas Gerais. Aos 9 anos foi para Petrópolis-RJ e aos 18 para Três Rios-RJ. Em Três Rios começou a cantar em bailes sendo até croone de um grupo. Lá se casou, e em 1963 veio para o Rio de Janeiro pelas mãos do amigo Maurício Farah.

No mesmo ano gravou seu primeiro LP onde cantava o sucesso Sabe Deus, versão do bolero Sabrá Dios, de Alvaro Carrillo. Possui mais de 60 LPs gravados e tem orgulho de dizer que o primeiro disco vende até hoje. Chamado de o Rei do Bolero na década de 1960, é apontado como o cantor que mais gravou boleros no Brasil.

Lançou em 1965 , pela CBS o LP Carlos Alberto canta para enamorados com acompanhamento da orquestra de Alexandre Gnattali, interpretando entre outras, as músicas Raiva de ti, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, O nosso amor está morrendo, de Raul Sampaio e Benil Santos, Não sei não, de Othon Russo e Niquinho, Pense em mim", de Antônio Maria, e Tu me abandonastes, de Nuno Soares, Wilson Mussauer e José Silva, além de versões de Clóvis Mello para os boleros Cinzas, de Wello Rivas, Tu, onde estás, de Gabriel Ruiz e Ricardo López Méndez, e Menos que nada, de Chucho Martinez.

Em 1971, lançou LP pela CBS, que trazia seu nome como título e que teve direção artística de Rossini Pinto apresentando como principal destaque a canção Rasguei o teu retrato, de Cândido das Neves, e incluiu ainda músicas como Só fiquei com o seu adeus, de Odair José, Perdoa-me, de Rossini Pinto e Álvaro Menezes, Melhor sorrir do que chorar, de Othon Russo e Niquinho, e Eu sou a solidão, de Toso Gomes e Antonio Correia.

No ano seguinte, passou a gravar pela Continental e lançou LP no qual interpretou Vingança, de Lupicínio Rodrigues, O amor só tem tristeza pra me dar e Eu só conheço a palavra perdoar, de Chico Xavier e Tito Mendes, Amor livre, de Pepe Ávila, e Razão de nossas vidas, de Renato de Oliveira e Ivan Reis.

Em 1977, gravou pela Som Livre o LP Esta casa foi nossa, música título de Roberto Livi com versão de Célio Roberto, e que contou com arranjos e regências de Walter Branco e Orlando Silveira, incluindo ainda as músicas Recusa, de Herivelto Martins, Encruzilhada, Corre trem, Você é diferente e Basta, de Nuno Soares, Confiança traída, de Waltel Branco e João Melo, Meu pecado, de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, e Tango, de Chico Anysio e e Raymond.

Em 1979, voltou a gravar pela CBS e gravou LP com arranjos e regência do maestro Pachequinho no qual interpretou O que fizestes com as flores, Nem se despediu de mim, A única solução e Conclusão, de Nuno Soares, Instantes, de Alemão e Elzo Augusto, Disfarces, de Ivan Cardoso, Castelo de amor, de Nenzico, Creone e Barrerito, além do clássico tango Mano a mano, de José Razzano, Carlos Gardel, Esteban Flores e G. Ghiaroni, entre outras.

Em 1986, lançou pela gravadora CID o LP Música e romance no qual registrou clássicos do repertório romântico como Ronda, de Paulo Vanzolini, Negue, de Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos, Nervos de aço, Nunca, e Loucura, de Lupicínio Rodrigues, Quem há de dizer, de Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves, A noite do meu bem, de Dolores Duran, Minha rainha, de Rita Ribeiro e Lourenço Cavalcante, e Quase, de Mirabeau e J. Gonçalves, além do clássico tango Caminito, de J. D. Filiberto e G. G. Peñaloza.

Entre seus grandes sucessos estão os boleros Sabe Deus, Ansiedade (Ansiedad) e Atrasa esse relógio (El reloj).

Em 2000, lançou pela gravadora CID o CD Minha rainha e outros sucessos com música título de Rita Ribeiro que incluiu ainda sucessos como Ronda, de Paulo Vanzolini, Negue, de Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos, Nervos de aço, de Lupucínio Rodrigues, A noite do meu bem, de Dolores Duran, Talismã, de Michel Sullivan e Paulo Massadas, e Memórias, de Leonardo, entre outras.

Em 2006, apresentou-se no programa Sílvio Santos interpretando a canção Talismã, sucesso da dupla Leandro e Leonardo. Reside atualmente em três lugares: Simão Pereira-MG, Petrópolis-RJ e Rio de janeiro, mas não se esquece de sua cidade natal nem de Três Rios que o acolheu com muito carinho e deu a ele o título de "Cidadão Três Rios". Morando em Petrópolis, em 2005, continuou fazendo shows pelo Brasil.

Fonte: Comunidade Carlos Alberto - Orkut.

Orlando Dias

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Orlando Dias (José Adauto Michiles), cantor, nasceu no Recife PE em 1/8/1923. O avô, poeta e violonista, ensinou-lhe os primeiros rudimentos musicais. Em 1938 tentou um programa de calouros, mas foi gongado; repetiu a experiência, com sucesso, na Rádio Clube de Pernambuco.

Influenciado por Orlando Silva imitava-o, quando se mudou para o Rio de Janeiro, chegando a ser contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Mas a fama ainda não veio dessa vez: quatro anos depois, voltou a Recife, casou- se e enviuvou, decidindo arriscar novamente o Rio de Janeiro em 1950.

Em 1958, definiu estilo próprio de cantar: primeiro, o lenço branco acenado para o público, depois, a interpretação carregada de sentimentalismo, a mímica teatral e desmedida, intercalada de versos declamados “para desafogar a emoção” pela perda da esposa; finalmente, as roupas em desalinho, o cantor de joelhos, terminava o número.

Atingiu o auge da carreira e popularidade no início da década de 1960, tendo gravado na Odeon em 1963 o LP Se a vida fosse um sonho bom, faixa-título de Valdir Machado, autor de outro destaque, Beija-me pela última vez.

Dois anos depois, lançou para o Carnaval o samba Saravá (Zilda Gonçalves e Jorge Silva). De 1966 é o LP O ator na canção, com Sonho de amor (com Arsênio de Carvalho) e Uma esmola (Ramírez, versão de Pedro Lopes), pela Odeon. Em 1968s saiu O atual, LP com Amor desesperado (Dino Ramos, versão de Romeu Nunes) e Perdoa-me (Manzareno, versão de Rubem Carneiro), pela mesma etiqueta.

Em 1973 gravou o LP O cantor mais popular do Brasil, com Leva-me contigo (de sua autoria) e Tu partiste (Pedrinho), ainda pela Odeon. Apresentou-se na França, Países Baixos e Itália. Em 1997 regravou alguns de seus maiores sucessos no CD Vinte super sucessos.
CD
Vinte super sucessos, 1997, Polydisc 470.263.

O "brega-romântico"

Até o final dos anos cinqüenta, havia em nossa música popular cantores ecléticos, que gravavam para todos os gostos, dos mais refinados aos menos exigentes. Foi nessa ocasião que começaram a surgir os primeiros especialistas num tipo de música popularesca, de sentimentalismo exagerado que, tempos depois, passou a ser rotulada de brega-romântico.

Entre eles salientou-se a figura do pernambucano José Adauto Michiles, que com o nome artístico de Orlando Dias tornou-se um dos mais populares cantores bregas de sua geração. Com voz, físico e postura cênica ideais para o gênero — canto emocionado, mímica espalhafatosa, roupas em desalinho —, Orlando apresentava-se em toda parte, vendendo aos milhares discos em que interpretava composições como “Tenho Ciúme de Tudo” — “Sou louco por ti / eu sofro por ti / te amo em segredo (...) Tenho ciúme do sol, do luar, do mar / tenho ciúme de tudo” — e num rompante: “tenho ciúme até da roupa que tu vestes...”.

Um dos quinze ou vinte boleros que Valdir Rocha fez para o seu repertório, Tenho ciúme de tudo era o carro-chefe de Orlando Dias em 1961.

Fontes: A Canção no Tempo - Vol. 2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Barbosa Júnior

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Barbosa Júnior (Arthur Barbosa Júnior), radialista, cantor e humorista, nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 17 de maio de 189... Seu apelido era “Tutu”. Teve seis irmãos e desde pequeno tomava parte em espetáculos organizados em sua casa.

Também foi ator (teatro e cinema) e compositor. Era irmão do cantor e compositor Luís Barbosa (Rio de Janeiro, 07/07/1910 - 08/10/1938) e do compositor Paulo Barbosa (Rio de Janeiro, 29/04/1900 - 04/12/1955) .

Na década de 20 estreou no teatro, levado pelas mãos de Aprígio de Oliveira, seu 1º personagem foi um “pau d’água”. Depois trabalhou nas companhias de Jayme Costa, Iracema Alencar, Leopoldo Froes, entre outras.

Em 1933, o locutor César Ladeira convidou-o para fazer programas na Rádio Mayrink Veiga, lá foi “Tutú”... permaneceu ali alguns anos e em 1941 foi para a Rádio Nacional. Alcançou muito sucesso principalmente como humorista de rádio.

Na Mayrink teve o famoso programa infantil “Picolino”. Barbosa (ou Brabosa, como chamava a si próprio) criou uma linguagem original: quecatrai (um quê que atrai), dequeoquê (de que cor que é) e o longo “heeeeim!” característico. Sua grande parceira em programas foi a grande atriz Ismênia dos Santos. Barbosa era engraçadíssimo, talentoso e muito querido pelo público.

Trabalhou em vários filmes e também em programas de TV. Estreou em disco gravando pela Odeon em 1934 a marcha Dona Helena (Ary Barroso e Nássara) e o intermezzo Cavalhada franciscana (Ary Barroso).

Era considerado um dos melhores amigos de Carmen Miranda no meio artístico, a tal ponto que, na volta da Pequena Notável ao Rio em 1954, ele foi um dos primeiros a encontrá-la e a saudá-la. Lançou as seguintes canções com Carmen: Casaquinho de tricô (Paulo Barbosa), Quem é? (Custódio Mesquita e Joraci Camargo), Que baixo (Milton Amaral), A Pensão da Dona Stella (Paulo Barbosa e Osvaldo Santiago), Blague-blague (G. Filho e J. de Araújo) e Ginga-ginga.

Faleceu no Rio de Janeiro em março de 1965, aos 67 anos, sendo enterrado no Cemitério S. João Batista.

Discografia

• Dona Helena/Cavalhada franciscana (1934) Odeon 78
• Da discussão nasce a luz/Uma bebedeira (1935) Odeon 78
• Repinica/Mulher vampiro (1935) Odeon 78
• Professora na roça/Festa de São João (1936) Odeon 78
• Que baixo/Seu Virgulino (1939) Odeon 78
• Tenor de banheiro/as pupilas do seu Bocage (1939) Columbia 78
• Hino da alegria/Foi você (1940) Victor 78
• Chiquita/Macaco quando se coça quer chumbo (1940) Columbia 78
• Eu vou de beijoqueiro/O pierrô chorou.. (1941) Odeon 78
• Carangola xuxu/Aconteceu comigo (1943) Columbia 78

Fonte: Comunidade BARBOSA JÚNIOR - Orkut.

Dorinha Freitas

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Dorinha Freitas (Maria Auxiliadora Freitas Galvão), cantora, nasceu em 1937 na cidade de Lorena, SP. Efetuou seus estudos em sua cidade natal onde cursou a Escola Normal.

Em 1956, em uma visita ao Rio de Janeiro, inscreveu-se quase por brincadeira no programa de calouros da Rádio Tupi dirigido pelo locutor Aérton Perlingeiro e acabou tirando o primeiro lugar. A vitória lhe valeu um contrato de quatro meses com a Rádio Tupi.

Em seguida, assinou contrato com a gravadora RGE e lançou seu primeiro disco no qual fez sucesso com o samba Fracasso, de Fernando César e Nazareno de Brito. No mesmo disco estava o bolero Espérame en el cielo, de F. L. Vidol. Em seguida, gravou o bolero Ciúmes, de Renato de Oliveira e Fernando César, e o samba As paredes tem ouvido, de Nazareno de Brito e Newton Ramalho.

Ainda em 1958, gravou o slow Hey there, de R. Adler e J. Ross, e o samba É luxo só, de Ary Barroso e Luiz Peixoto. No final do mesmo ano, gravou os sambas Samba, chamego e zum-zum, de Nazareno de Brito e Luiz Cláudio de Castro, e Lamento, de Djalma Ferreira e Luís Antônio, que seria seu maior sucesso. Atuou durante algum tempo no "Dancing Avenida".

Em 1959, assinou contrato de exclusividade com o programa César de Alencar o que lhe rendeu diversas viagens pelo interior do Brasil. No mesmo ano, gravou o samba-canção Neste mesmo lugar, de Armando Cavalcanti e Klécius Caldas, o samba Você é a saudade, de Armando Nunes e Geraldo Serafim, e Sofro, de Nelson Alves e Verinha Falcão, e o bolero A noite e a prece, de Evaldo Gouveia e Almeida Rego.

Ainda em 1959, partcipou do LP Constelação de ouro RGE em LP lançado pela gravadora RGE com interpretações de astros da gravadora como Agostinho dos Santos, Roberto Luna, Leny Eversong, Germano Mathias e Elza Laranjeira, entre outros, interpretando seu grande sucesso Lamento.

Em 1960, realizou com êxito uma temporada na boate Chicote, em São Paulo. Em 1961, gravou o bolero Porque tinha de ser, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, o samba Que fazer? de Jaime Florence e Jorge Santos, e os sambas-canção Rival, de Raul Sampaio e Benil Santos, com o qual obteve bastante êxito, e Só acredito em você, de Heitor dos Prazeres.

Ainda nesse ano, lançou o LP A voz de Dorinha Freitas no qual interpretou as músicas Porque tinha de ser, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, Que fazer?, de Jaime Florence "Meira" e Jota Santos, Trevas (Noite sem luz), de Almeida Rego, Lamento, de Djalma Ferreira e Luis Antônio, Ocultei, de Ary Barroso, Vento vadio, de Hianto de Almeida e Evaldo Rui, Devolvi, de Adelino Moreira, o clássico Ave Maria do morro, de Herivelto Martins, Sofro, de Vera Falcão e Nelson Alves, A vida me ensinou, de Fernando César, Nunca mais" de Vera Falcão e Voltaire França, e Descendo o morro, de Billy Blanco e Tom Jobim.

Ainda em 1961, participou do LP Boleros e guarânias lançado pela RGE com a participação de nomes como Maysa, Raul Sampaio, Dupla Ouro e Prata, Roberto Luna, Trio Cristal e Agostinho dos Santos, entre outros. Nesse disco foi incluída sua interpretação para Porque tinha de ser, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Em 1962, lançou os sambas-choro Decisão, de Antônio Cirino e Carlos Marques, e , de Leonel Azevedo e Adelmo Lima. Ainda nesse ano, ingressou na gravadora Continental e gravou o bolero Corações vazios, de Oto Borges, e o samba Gente da noite, clássico do compositor gaúcho Túlio Piva. Nessas duas últimas músicas foi acompanhada pela orquestra dirigida pelo maestro Radamés Gnattali. Em 1963, gravou o samba-canção Orgulho, de Almeida Rego e Iran de Oliveira, e o tango Sonho desfeito, de Leonel Azevedo e Adelmo Lima.

Em 1965, já na gravadora Copacabana, gravou em conjunto com o cantor David de Castro o LP Dois corações - Dorinha Freitas e David de Castro no qual interpretou em dueto com David de Castro as músicas "Bonequinha linda (Te quiero dijiste)", de María Grever e C. Pasquale, com versão de Haroldo Barbosa, Sempre minha (Till the end of time), de L. W. Gilbert e H. Akst, e versão de Nazareno de Brito, Dois corações, de Herivelto Martins e Waldemar Gomes, Doce mistério da vida (Ah sweet mistery of life), de R. J. Young e V. Herbert, em versão de Alberto Ribeiro, Ouvindo-te, de Vicente Celestino, Sétimo céu (Seventh heaven), de L. Pollack e S. D. Mitchell, com versão de Amilcar Cerri, "Sempre no meu coração (Always in my heart)", de Ernesto Lecuona, e versão de Mário Mendes, e Verão no Brasil (Brazilian summer), de M. Vaughn e N. Bourget, em versão de Caetano Zamma, além das interpretações solo de Vai com Deus, de Luiz Bandeira e Silvio César, e Até você, de Armando Nunes.

Ainda em 1965, sua interpretação do bolero Vai com Deus, de Luis Bandeira e Sílvio César foi incluída no LP Maiores em boleros - VOL. 3, enquanto o dueto feito com David de Castro na música Ouvindo-te foi incluído no LP 14 maiorais Nº 7.

Em 2000, sua interpretação para Porque tinha de ser, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, foi incluída na série Raros compassos de três CDs lançada pelo selo Revivendo com gravações raras de Tom Jobim. Uma das melhores vozes da fase final da chamada Era do Rádio, gravou mais de dez discos pelas gravadoras RGE, Continental e Copacabana, sendo sua obra ainda não devidamente estudada e resgatada.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.