terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Jane Duboc

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Jane Duboc (Jane Duboc Vaquer), compositora e cantora, nasceu em Belém, PA, em 16/11/1950. Desde criança estudou piano e violão em conservatórios, fez shows e liderou bandas em sua cidade natal.

Em 1970 viajou para os EUA. Aí criou a Fane Jazz Band, da qual era líder e vocalista, além de tocar violão e guitarra. Em 1971 defendeu a música No ano 83 (Sérgio Sampaio), no VI FIC, da TV Globo.

Entre 1972 e 1976, continuou os estudos de piano, violão, flauta e voz na Faculdade de Música da Universidade da Geórgia, EUA.

Retornou ao Brasil em 1977 e gravou os álbuns Acalantos e Música popular do Norte, para o selo Marcus Pereira; compôs e gravou, com Guto Graça Melo, a trilha sonora para o filme Amor bandido, de Bruno Barreto; fez parte do coral da TV Globo, em trilhas sonoras, especiais e musicais da emissora.

Em 1978 integrou a Rio Jazz Orchestra, dirigida por Marcus Spillmann, cantando temas de jazz. Gravou seu primeiro álbum solo em 1980, Languidez (Aycha), com participações de Toninho Horta, Djavan, Sivuca,
Hélio Delmiro, Luís Avelar e Oswaldo Montenegro; ganhou o prêmio de melhor intérprete no MPB Shell (Festival Nacional da Canção) da TV Globo, defendendo a canção Saudade.

Em 1982 veio o álbum solo, Jane Duboc (selo Som da Gente), e ganhou o prêmio de melhor intérprete do I Festival da Mulher, em São Paulo SR Em 1983 gravou A valsa dos clowns (Edu Lobo e Chico Buarque) para o álbum O grande circo místico (Som Livre). Em 1985 lançou o LP Ponto de partida (RCA), com participação de Toquinho.

Apresentou-se para mais de 30 mil pessoas, em 1986, em show no Parque das Mangabeiras, no aniversário de Belo Horizonte MG. O LP Minas em mim (Continental), foi lançado em 1987, com temas compostos especialmente para ela por Milton Nascimento, Toninho Horta e  Tavito, entre outros, com arranjos de César Camargo Mariano, Chiquinho de Morais e Cido Bianchi.

Gravou ainda os LPs Feliz (1988), Brasiliano (1991, Globo Records), Jane Duboc (1993), Partituras (1995). Ganhou o Prêmio Sharp de Música como melhor cantora de 1992.

Em março de 1996, juntamente com o maestro Roberto Sion, inaugurou o maior centro de convenções da cidade de Gifu, no Japão. O show apresentado deu origem a um CD, From Brazil to Japan. Na seqüência, excursionou pelo Japão.

Em 1997 gravou com Sebastião Tapajós o disco Da minha terra, homenageando autores do Pará.

No ano seguinte, lançou o disco Clássicas, com Zezé Gonzaga, que registrou canções como Linda flor (Ai, Ioiô)" (Henrique Vogeler, Luis Peixoto e Marques Porto) e Sem fantasia (Chico Buarque), entre outras.

Em 2001, abriu, em sociedade com o marido, Paulo Amorim, a gravadora Jam Music, pela qual lançou discos de vários artistas, como Beth Carvalho, Celso Viáfora e Angela Rô Rô, entre outros, além do filho Jay Vaquer.

Em 2002, lançou o CD "Sweet Lady Jane", contendo as canções "Verão" (Rosa Passos e Fernando de Oliveira), "Por causa de você" (Tom Jobim e Dolores Duran), "Pr'um samba" (Egberto Gismonti), "If it's Magic" (Stevie Wonder), "De alma e corpo" (Ivan Lins e Celso Viáfora), "Blues afins" (Tunai e Sérgio Natureza), "It Might as Well be Spring" (R. Rodgers e Hammerstein), "Lady Jane" (Mick Jagger e Keith Richard), "Pra dizer adeus" (Edu Lobo e Torquato Neto), "Evermore" (Ivan Lins e Will Lee", "Photograph (Fotografia)" (Tom Jobim e Ray Gilbert) e "Don't Ever Go Away (Por Causa de Você)" (Tom Jobim e Ray Gilbert).

Em 2003, o disco "Languidez" (Aycha/1980), foi relançado em CD pelo selo Jam Music, a partir de um vinil da época cedido por um fã, já que as fitas originais do disco foram perdidas numa enchente nos anos 1980.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998;

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Casé

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Casé
Casé (José Ferreira Godinho Filho), instrumentista, nasceu em Guaxupé, MG, em 3/8/1932, e faleceu em São Paulo, SP, em 30/11/1978. De família de músicos, começou aos dez anos a tocar bateria com o pai.

Em 1944, passou a tocar saxofone e clarineta. Em 1943, transferiu-se para a Usina Junqueira, perto de Ribeirão Preto SP, passando a trabalhar com a família na orquestra e na banda da cidade.

Dois anos depois, sempre acompanhando o pai, trabalhou em circos em São Paulo SP e em 1946 conheceu o maestro Francisco Dorce, que o levou a trabalhar em sua orquestra na Rádio Tupi, onde permaneceu por quatro anos e conheceu o clarinetista Antenor Driussi, com quem estudou instrumentação durante três anos.

Em 1950 passou a integrar o Conjunto do Betinho, na Rádio Excelsior, e, à noite, participava da orquestra de seu irmão Clóvis Eli. Nessa época iniciou seus dois anos de estudo de harmonia com o maestro Hans Joachim Koellreutter.

Em 1953 viajou pela Europa, tocando em várias cidades. De volta ao Brasil no ano seguinte, tocou ainda durante seis meses no Conjunto do Betinho. De 1954 a 1956 viveu em Assis SP e, novamente em São Paulo, começou a atuar em várias orquestras, tendo gravado pela primeira vez com a de Dick Farney, no LP I Festival de Jazz, da RGE. 

Levado por Roberto Corte Real para a Columbia, gravou várias músicas em 1957. Trabalhou e gravou com a orquestra de Sílvio Mazzuca do ano seguinte até 1961, quando formou o Casé e seu Conjunto, com Amílton Godói, Adílson Godói, Magrinho, Bill e Denise Dumont. O grupo foi desfeito cinco anos depois e ele se mudou para Poços de Caldas MG, trabalhando na orquestra do Palace Hotel, daquela cidade. 

No ano seguinte, de novo em São Paulo, trabalhou com o Jongo Trio, na Rhodia, e por ela excursionou em 1968 pela Europa, Uruguai e Argentina. Na volta, residiu quatro anos em São José do Rio Preto SP, atuando no conjunto de Renato Peres, e no início de 1975 retornou a São Paulo, atuando com vários grupos.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Olívia Byington

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Olívia Byington (Olívia Maria Lustosa Byington), cantora, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24/12/1958. Ainda na infância, iniciou os estudos de piano, violão e violino.

Em 1977 formou com Jacques Morelembaum seu primeiro conjunto musical, Antena Coletiva. No ano seguinte, gravou o primeiro disco, Corra o risco, pela Continental.

Em 1979 apresentou-se no Teatro Ipanema e foi apontada por Sérgio Cabral como a melhor cantora da década de 1970. Iniciou a década seguinte gravando Anjo vadio, pela Som Livre.

Em 1981 viajou a Cuba, convidada por Chico Buarque, gravando aí um ano depois, a convite de Sílvio Rodrigues, seu terceiro disco, Identidad, lançado no Brasil pela Som Livre. No mesmo ano, apresentou- se com Tom Jobim e Radamés Gnattali na entrega do Prêmio Shell.

Em 1983, ao lado de Chico Buarque, Djavan e Tom Jobim, gravou (CBS) a trilha do filme Para viver um grande amor, de Miguel de Faria Jr. Fez em 1984 shows com o violonista Turíbio Santos; gravou o disco Música (Som Livre), incluindo rocks de Cazuza, Lenine e Djavan. Gravou ainda, ao lado de Paulo Moura, Clara Sverner e Turíbio Santos, o disco Encontro (Kuarup), que lhe valeu o troféu Chiquinha Gonzaga.

Em 1986 lançou o disco Meio-dia sentimental (Continental). Em duo com João Carlos Assis Brasil, atuou em 1988 no Rio Jazz Club; um ano depois gravou na Sony Music o LP Olivia Byington e João Carlos Assis Brasil.

Em 1991 fez show no Jazzmania, Rio de Janeiro, com Edgar Duvivier. Em 1993 apresentou-se com Wagner Tiso. No ano seguinte, participou do songbook de Vinícius de Morais, produzido por Almir Chediak.

Realizou tournées em Portugal e na Itália, em 1995. Integrou em 1996 o songbook de Tom Jobim, também produzido por Almir Chediak.

Em 1997 lançou o show e o CD A Dama do Encantado (WEA), em que interpreta canções do repertório de Araci de Almeida, como Camisa amarela e Último desejo, ambas de Noel Rosa .

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Bolão

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Isidoro Longano - 1977
Bolão (Isidoro Longano), instrumentista, nasceu em São Paulo, SP, em 15/3/1925. Clarinetista, flautista e saxofonista, estudou com Leonardo Mauro, João Dias Carrasqueira e Nelson Ayres.

Iniciou-se profissionalmente em 1944, integrando a orquestra de Fernando Arantes Brasil. De 1945 a 1948 atuou no Hotel Parque Balneário, em Santos SP, com a orquestra de Jorge Fazoli.

Ainda em 1948 passou para a orquestra de Rud Warton, tocando na boate Vogue, do Rio de Janeiro, até 1949, ano em que também atuou com a orquestra de Georges Henry na boate Excelsior, e na Rádio Tupi, ambas de São Paulo.

De 1950 a 1953 fez parte do conjunto Robledo, tendo, em 1950, estreado em disco, quando o mesmo conjunto acompanhou o cantor Caco Velho, em gravação de selo Continental.

A partir de 1954 integrou a orquestra de Sílvio Mazzuca, apresentando-se na Rádio Bandeirantes, de São Paulo, e em bailes e shows, até 1958. Em 1959-60 tocou com Osmar Milani, exibindo- se em cinemas paulistas.

Fundou em 1960 o conjunto Bolão e seus Rockets, que até 1963 atuou em boates, bailes e shows. De 1964 a 1968 trabalhou com a orquestra do Pocho, tendo, em 1967, entrado também para a orquestra da TV Tupi, onde ficou até 1974.

De 1958 a 1975 foi acompanhante em shows de cantores, internacionais e brasileiros. Integrante da Banda de Nelson Ayres, trabalha também como músico de estúdio em gravadoras.

Gravou LPs entre 1958 e 1972 (na RGE Fermata sob o pseudônimo de Bob Longano, na RGE com o de Edward Long, e na RCA, como líder do conjunto Crazy Cat’s).

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Gustavo Barroso

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Gustavo Barroso - 1956
Gustavo Barroso (Gustavo Dodt Barroso), historiador e folclorista, nasceu em Fortaleza, CE, em 29/12/1888, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3/12/1959.

Concluiu no Rio de Janeiro, em 1911, o curso de direito que iniciara em Fortaleza. Desde muito moço participou do jornalismo cearense, escrevendo e desenhando. Até os últimos meses de vida, colaborou em revistas, pesquisando temas pouco conhecidos da história, sociologia e folclore.

Foi redator do Jornal do Ceará (Fortaleza) e do Jornal do Comércio (Rio de Janeiro), diretor das revistas cariocas Fon-Fon e Seleta, membro da Academia Brasileira de Letras (1923), do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1932) e organizador e primeiro diretor do Museu Histórico Nacional, de 1922 até a morte. Participou de vários congressos e conferências. 

Sua bibliografia, cerca de 100 volumes, compreende desde antropologia cultural até poesia, romance, conto, fábula, viagens etc. Usou do pseudônimo João do Norte. 

Publicou, entre outras obras, Terra de sol, Rio de Janeiro, 1912; Heróis e bandidos, Rio de Janeiro, 1917; Casa de marimbondos, São Paulo, 1921; Ao som da viola, Rio de Janeiro, 1921 (2 ed. aumentada, Rio de Janeiro, 1949); O sertão e o mundo, Rio de Janeiro, 1923; Através dos folclores, São Paulo, 1927; Almas de lama e de aço, São Paulo, 1930; Mythes, contes et légendes des indiens, Paris, 1930; Aquém da Atlântida, São Paulo, 1931; As colunas do templo, Rio de Janeiro, 1932. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Domingos Caldas Barbosa

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Domingos Caldas Barbosa
Domingos Caldas Barbosa, cantor, compositor e poeta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1738, e faleceu em Lisboa, Portugal, em 9/11/1800. Filho de comerciante português e negra escrava de Angola, chegada ao Rio de Janeiro já grávida, foi reconhecido como filho legítimo.

Estudou no Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro, depois serviu como soldado na Colônia do Sacramento até 1762. No ano seguinte, abandonou a vida militar e embarcou para Portugal para estudar em Coimbra.

Segundo consta, não chegou a freqüentar a universidade em razão da morte do pai, mas logo se tornou conhecido na sociedade lisboeta como autor e intérprete de modinhas e lundus.

Foi nomeado capelão da Casa de Suplicação, na qualidade de beneficiado. Com o nome de Lereno Selinuntino, foi um dos fundadores da Nova Arcádia de Lisboa, em 1790, juntamente com Curvo Semedo, Bocage (Manuel Maria Barbosa du Bocage, 1765—1805) e outros.

Autor de vários entremezes musicados, teve os versos de suas modinhas e lundus reunidos sob o título de Viola de Lereno (Lisboa, vol. 1, 1798; vol. 2, 1826), nos quais utilizava o vocabulário mestiço da Colônia.

Na opinião de Sérgio Buarque de Hollanda, foi, “entre os poetas de seu tempo, quem mais vivamente exprimiu a meiguice brasileira, antepassado dos atuais cantores populares”.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora e PubliFolha.

Aurinho da Ilha

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Aurinho da Ilha
Aurinho da Ilha (Áureo Campagnac de Sousa), compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12/3/1931, e faleceu na mesma cidade, em 17/08/2010.

Desde menino freqüentou as escolas de samba da Ilha do Governador, onde nasceu, e em 1953 tornou-se um dos primeiros membros da Escola de Samba União da Ilha do Governador.

Em 1967 freqüentou também a quadra do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro, tendo o seu samba-enredo História da liberdade no Brasil sido o escolhido para o desfile da escola no Carnaval de 1967, classificando-se em terceiro lugar. Por essa época participou de espetáculos de samba no Teatro Opinião. 

Compôs, entre outras, Paisagens da ilha (1961), Sinfonia do mosquito (1968), Quero ver você bem feliz (1968), samba de terreiro do Salgueiro, Dona Beija, feiticeira do Araxá (1968), samba-enredo do Salgueiro, Até a saudade passar (1969) e Deixa o copo para mim (1969) (ambas com Lourenço Fernandes), Vou brigar com ela (com Ione do Nascimento), 1971, Domingo (1977) e Quem pode, pode; quem não pode... (1984), estes dois sambas-enredo da União da Ilha. 

Foi  estivador no cais do porto do Rio de Janeiro. 

Obra
 
Epopéia do petróleo, samba-enredo, 1960; Velhos tempos, 1969. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Roberto Audi

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Roberto Audi
Roberto Audi, cantor e compositor, nasceu em 10/02/1934, no Rio de Janeiro, RJ, e faleceu na mesma cidade em 12/02/1997. Começou sua carreira na boate Night and Day, no Rio de Janeiro, como corista nos shows de Carlos Machado.

Estreou como cantor em 1958, gravando em dueto com Leny Eversong, que o havia descoberto, a toada Geada (Armando Cavalcanti e David Nasser) e Azul pintado de azul (Domenico Modugno, versão de David Nasser) em disco de 78 rpm. 

Depois de vários outros discos de 78 rpm e um LP de sambas-canções, gravou, em 1959, E as operetas voltaram. Ainda nesse ano apresentou-se no Super Show da TV Tupi, do Rio de Janeiro, e, a partir de 1960, atuou em programas da Rádio Nacional, TV Tupi, TV-Rio e, em São Paulo SP, na TV Record e TV Bandeirantes. 

Premiado pela Revista do Rádio e Radiolândia como cantor revelação, de 1961 a 1964, além de apresentar-se por todo o Brasil e aparecer como cantor de música de carnaval, fez shows em Portugal, EUA, Uruguai e Argentina. 

Encontrei, afinal, meu amor (com Ribamar), interpretada por ele mesmo em 1969, foi sua primeira composição gravada. Deixou de gravar discos, passando a apresentar- se em shows no interior do Estado do Rio de Janeiro. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Armandinho

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Armando Macedo
Armandinho (Armando Macedo), instrumentista, nasceu em Salvador, Bahia, em 22/5/1953. Filho de Osmar Macedo, o Osmar do Trio Elétrico de Osmar e Dodô, pioneiro dos trios elétricos do Carnaval baiano.

Começou a tocar aos 9 anos, e aos 10 já se apresentava com seu próprio Trio Elétrico Mirim. Em 1967, passou para a guitarra e formou seu primeiro conjunto, os Hell’s Angels, para tocar rock e músicas da jovem guarda.

Um ano depois, conquistou o primeiro lugar na fase eliminatória do programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcanti e, em 1969, na finalíssima do concurso, ganhou repercussão nacional tocando bandolim, o que lhe valeu um contrato com a TV Tupi, do Rio de Janeiro, e a gravação de seu primeiro disco (CODIL). Em seguida, lançou pela mesma gravadora um compacto duplo e seu primeiro LP. 

Em 1973 gravou com Caetano Veloso O frevo do Trio Elétrico de Dodô e Osmar. No ano seguinte, o trio elétrico de seu pai passou a se denominar Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar. A partir de 1975, iniciaram a gravação de vários LPs do Trio Elétrico, tendo como produtor e cantor convidado o compositor Morais Moreira. 

No mesmo ano, formou um grupo, que, inicialmente, acompanhou Moraes Moreira e mais tarde se firmou como A Cor do Som, gravando cinco LPs (todos pela Warner) e consagrando sucessos como Abria porta e Beleza pura. Ainda em 1975, desenhou a “guitarra-cavaquinho”, fabricada por Dodô, e que passou a usar no Trio Elétrico. 

Em 1978, o Trio Elétrico lançou o LP Ligação, pela Continental. Ainda em 1978, Armandinho iniciou sua carreira internacional, apresentando-se com A Cor do Som no Festival de Montreux, Suíça, e, três anos mais tarde, em NewYork, EUA. 

Em 1982 voltou a se dedicar exclusivamente ao Trio Elétrico e, no ano seguinte, lançou Armandinho e o Trio Elétrico Dodô e Osmar, pela Som Livre. Em 1984, o Trio Elétrico apresentou- se em Roma, Itália, e um ano depois foi contratado para fazer o carnaval de rua de Toulouse, na França. Em 1986, o Trio Elétrico fez shows na França e no México, durante a Copa do Mundo de Futebol. 

Em 1987, apresentou o espetáculo solo Armandinho em concerto, no Teatro Maria Betânia, em Salvador, e um show com Raphael Rabello, no Jazzmania, do Rio de Janeiro. Em 1988 apresentou-se ao lado de Moraes Moreira nos EUA. No ano seguinte, gravou o LP instrumental Brasileirô, com a participação de Raphael Rabello, Moraes Moreira e Paulo Moura, entre outros. 

Em 1990 voltou a se apresentar com o Trio Elétrico em Paris, França. Em 1994 participou de show com o grupo A Cor do Som, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Gravado ao vivo, o show recebeu o Prêmio Sharp de 1996. Ainda em 1996, levou o show Armandinho em concerto, para o Festival de Música de Jerusalém, Israel. 

Também em 1996 apresentou-se com o Trio Elétrico no Festival de Montreux e no Festival de Música de Tübingen, Alemanha. Essas foram as últimas apresentações internacionais de Osmar, que viria a falecer em junho de 1997. 

Nesse ano, além do reencontro do grupo A Cor do Som no Teatro Rival, no Rio de laneiro, lançou os CDs Brasileirô (Movieplay, reedição do disco de 1989), Armandinho e Época de OuroO melhor do chorinho ao vivo, pela CID, e Raphael Rabello e Armandinho — Em concerto. Em outubro do mesmo ano, participou do Free Jazz Festival, em São Paulo.

Após o Carnaval de 1998, recebeu a Ordem do Mérito da Bahia, no Grau de Cavaleiro.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Alceu Maynard Araújo

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Alceu Maynard Araújo
Alceu Maynard Araújo, folclorista e historiador, nasceu em Piracicaba, SP, em 21/12/1913, e faleceu em São Paulo, SP, em 23/2/1974. 

Bacharel em ciências políticas e sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1944), foi um dos fundadores e instrutor-chefe do Clube dos Menores Operários da divisão de educação e recreio do Departamento de Cultura, da prefeitura municipal de São Paulo (1937—1946).

Foi chefe de pesquisas folclóricas do Departamento Estadual de Informações (1947). Dedicou-se durante vários anos à pesquisa e à coleta de material folclórico. 

Publicou Cururu, São Paulo, 1948; Danças e ritos populares de Taubaté (em colaboração com Manuel Antônio Franceschini), São Paulo, 1948; Folias-de-reis de Cunha, São Paulo, 1949; Rodas infantis de Cananéia, São Paulo, 1952; Documentário folclórico paulista, São Paulo, 1952; Instrumentos musicais e implementos, São Paulo, 1954; Literatura de cordel, São Paulo, 1955; Ciclo agrícola, calendário religioso e magias ligadas à plantação, São Paulo, 1957; Cem melodias folclóricas (em colaboração com Vicente Aricó Júnior), São Paulo, 1957; Alguns ritos mágicos, São Paulo, 1958; A congada nasceu em Roncesvales, São Paulo, 1960; Medicina rústica, São Paulo, 1961; Escorço do folclore de uma comunidade, São Paulo, 1962; Estórias e lendas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina (em colaboração com Vasco José Taborda), São Paulo, 1962; Folclore nacional, 3 volumes, São Paulo, 1964; Cultura popular brasileira, São Paulo, 1973 (2 ed., São Paulo, 1973). 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Aparecida

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Maria Aparecida Martins
Aparecida (Maria Aparecida Martins), compositora e cantora, nasceu em Caxambu, MG, em 4/12/1939, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1985.

Criança, aprendeu ritmos africanos com seus parentes. Aos dez anos, transferiu-se para o Rio de Janeiro, trabalhando como passadeira de roupa em Vila Isabel. Começou a compor aos 13 anos e mais tarde conheceu Salvador Batista, que fazia o programa A Voz do Morro e lhe conseguiu um lugar de passista em seu grupo de samba, onde permaneceu dez anos.

Convidada para participar do filme Benito sereno e o navio negreiro, recebeu por sua atuação uma viagem-prêmio à França, onde apresentou suas músicas pela primeira vez, cantando numa boate. Retornando ao Rio de Janeiro, venceu em 1965 o Concurso do IV Centenário, com sua música Meu Rio quatrocentão

Foi ainda a vencedora do III Festival de Música da Favela, com o samba Zumbi, Zumbi. Sua composição de maior sucesso foi o samba Boa-noite, sendo a primeira autora feminina de um samba-enredo, com o Sonata das matas, do enredo O Brasil em plena primavera, da escola de samba Caprichosos dos Pilares, em 1968. 

Gravou duas faixas no LP Roda de samba, da CID, em 1974: Proteção (Davi Lima e Pinga) e Rosas para Iansã (Josefina de Lima). Ainda na CID gravou os LPs Aparecida (1975), Foram 17 anos (1976), Grandes sucessos (1977), Os deuses afro (1980) e A rosa do mar (1983); e na RCA Cantigas de fé (1978) e 13 de Maio (1979). 

Em julho de 1996, a CID lançou o CD Aparecida, samba, afro, axé

Obra

Boa-noite, samba, s.d.: Meu Rio quatrocentão, 1965. 

CD 

Aparecida, samba, afro, axé, 1996, CID CD-264. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Amadeu Amaral

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Amadeu Amaral
Amadeu Amaral (Amadeu Ataliba Arruda Amaral Leite Penteado), poeta, folclorista, filólogo e ensaísta, nasceu em Capivari, SP, em 6 de novembro de 1875, e faleceu em São Paulo, SP, em 24 de outubro de 1929. Eleito para a Cadeira n. 15, na vaga de Olavo Bilac, foi recebido em 14 de novembro de 1919, pelo acadêmico Magalhães Azeredo.

Foi redator-secretário do Comércio de São Paulo, diretor do Diário Nacional, redator-chefe do Diário da Noite; e em O Estado de São Paulo trabalhou até o fim da vida, só se afastando temporariamente para dirigir a Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, em 1923. 

Foi também redator da revista A Farpa, entre 1910 e 1915, e depois da Vida Moderna, antes Sportman; no ano seguinte, foi um dos fundadores da Revista do Brasil, assumindo sua direção em 1921; lançou ainda, em 1929, a revista Malasarte

Foi secretário da comissão diretora do Partido Republicano nos fins do século passado e um dos fundadores da Sociedade de Cultura Artística. Dedicou seus últimos anos de vida ao folclore, incentivando seu estudo, procurando despertar interesse para a fundação de instituições e associações destinadas a pesquisar, classificar, confrontar elementos dessa atividade. 

Sobre folclore publicou: Estudos brasileiros. O dialeto caipira, São Paulo, em 1920 (2 ed., São Paulo, em 1955); A poesia da viola, São Paulo, 1921; Tradições populares (primeiro volume das Obras completas, reunindo trabalhos esparsos sobre folclore, organizado por Paulo Duarte), São Paulo, 1948. Usou dos pseudônimos de Felício Trancoso, Carlos Pinto, Maneco, Yorick, A.A., Y.

Visando à formação dos jovens, assim como Bilac incentivara o serviço militar, Amadeu Amaral procurou divulgar o escotismo, que produziu frutos, no Brasil, até ser posteriormente posto de lado.

Sua poesia enquadra-se na fase pós-parnasiana, das duas primeiras décadas do século XX. Como poeta, não estava à altura de seus dois predecessores, Gonçalves Dias e Olavo Bilac, mas destacou-se pelo desejo de contribuir, com suas obras, para a elevação de seus semelhantes, em todas as suas obras, a ponto de seu sucessor, Guilherme de Almeida, ao ser recebido na Academia, ter intitulado o seu discurso: "A poesia educativa de Amadeu Amaral", não porque tenha colocado em verso aos regras gramaticais ou os princípios de moral e cívica, mas porque visava indiretamente ao aperfeiçoamento humano.

Por ocasião do VI centenário da morte de Dante, proferiu, no Teatro Municipal de São Paulo, uma conferência, enfatizando justamente os aspectos de Dante que exaltam a elevação do espírito humano através da Sabedoria. Também soube ressaltar as qualidades morais de Bilac no seu discurso de posse, mostrando-o não apenas como um boêmio freqüentador da Confeitaria Colombo, mas como homem preocupado com os problemas da sua pátria e escritor que evoluiu em sua poesia para um grau maior de espiritualidade.

Obra

Urzes, poesia (1899); Névoa, poesia (1902); Espumas, poesia (1917); Lâmpada antiga, poesia (1924), títulos que integram as Poesias, publicadas postumamente em 1931; Letras floridas, ensaio (1920); O dialeto caipira, filologia (1920); O elogio da mediocridade, ensaio (1924); Tradições populares, folclore (1948); Obras completas de Amadeu Amaral, com prefácio de Paulo Duarte (1948).

Fonte: www.biblio.com.br; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Rinaldo Calheiros

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Rinaldo Calheiros
Rinaldo Calheiros, cantor, nasceu em Maceió, Alagoas, em 03/12/1926. Formou-se na Escola Técnica da Aeronáutica e foi servir na base aérea de Natal. Porém, um acidente automobilístico fez com que fosse reformado.

Estreou na Rádio Poty de Natal, cidade onde consolidou sua carreira, sendo considerado o astro galã daquela rádio. Em 1951 passou a atuar como vocal no Trio Acaiaca, juntamente com Chico Elion no violão e João Juvanklin no acordeom.

Em 1955 gravou seu primeiro disco, pela Mocambo, interpretando "Se eu fracassar", de Chico Elion. No ano seguinte gravou o samba "Se eu fracassar" e o samba canção Ranchinho de paia, de Chico Elion, e o bolero Minha inspiração, de William Leon e Sílvia Silva.

Em 1957 gravou o frevo canção Ingratidão, de Neusa Rodrigues e José Menezes. Nesse ano, ficou em segundo lugar na escolha para "Rei e Rainha do Rádio" com 177.900 votos. Em 1960 passou a residir em São Paulo, onde gravou inúmeros discos, pelas gravadoras Continental, CBS e Columbia. Gravou com as orquestras Mocambo e Jazz Paraguary.

Em 1961, ingressou na gravadora Copacabana e lançou o LP Em tudo existe o amor, LP no qual interpretou Meu sonho é você, de Altamiro Carrilho e Átila Nunes, Canção do sofrer, de José Messias, Melodia singela, dos Irmãos Orlando, Amor, de Antenógenes Silva e Ernâni Campos, Esperes por mim, de Claudionor Santos e Rubens Machado, Teus ciúmes, de Lacy Martins e Aldo Cabral, Eternamente, de Nelson Castro e Rossini Pacheco, Fracassei, de Cláudio Paraíba e A. Chamarelli, Em tudo existe o amor, de Pachequinho, Antônio Almeida e Nilo Barbosa, e Juro por Maria, de João Barone.

Em 1962, lançou dois LPs pela Copacabana. O primeiro foi Ouvindo-te com amor gravado em conjunto com a cantora Silvana, disco no qual interpretaram em dueto os tangos Amor, de Antenógenes Silva e Ernâni Campos, Cantando, de Mercedes Simone e versão de Virgínia Amorim, Jura-me, de María Grever, e versão de Osvaldo Santiago, e Onde estás coração, de L. M. Serrano e A. P. Berto, e versão de Ubirajara Silva, e o bolero Eternamente, de Nelson Castro e Rossini Pacheco.

O outro LP lançado  foi Mensagem de amor no qual interpretou tangos e boleros: Mensagem de amor, de Pachequinho, Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti, Diga que sim, de Airton Borges, Que Deus me dê, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, Contigo, de Cláudio Estrada e versão de Julio Nagib, Olhar proibido, de Erasmo Silva, Outro amor, de Antenógenes Silva e Ernâni Campos, Jamais te esquecerei, de Antônio Rago e Juracy Rago, Cristal, de Mariano Mores e José Maria Contursi com versão de Haroldo Barbosa, Nostalgias, de Enrique Cadicamo e J. C. Cobían, e versão de Juraci Rago, Esquina da ilusão, de Luis Roberto e Silvério Neto, Aventureira (El Choclo), de A. Villoldo e M. Catan, com versão de Haroldo Barbosa, e Último ato, de Sergio Malta e Helder Camara.

Discografia

([S/D]) Uma lágrima tua • Copacabana • LP; ([S/D]) Seu adeus • Copacabana • LP; (1998) Seleção de ouro 20 sucessos • EMI/Copacabana • LP; (1977) Rinaldo Calheiros • Beverly • CD; (1974) Com amor • Som hi-fi • LP; (1966) A voz que emociona • CBS • LP; (1962) Ouvindo-te com amor • Copacabana • LP; (1962) Mensagem de amor • Copacabana • LP; (1961) Em tudo existe o amor • Copacabana • LP; (1956) Ranchinho de paia/Minha inspiração • Mocambo • 78; (1955) Se eu fracassar • Mocambo • 78.

As Três Marias

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As Três Marias - Conjunto vocal constituído originalmente por Marília Batista, Salomé Cotelli e Bidu Reis (Edila Luísa Reis, Rio de Janeiro RJ 1920—).

Formado em 1942 na Rádio Nacional do Rio de Janeiro por seu diretor artístico, José Mauro, o grupo lançou o primeiro disco em 1942 pela RCA-Victor, acompanhando Linda Batista nos sambas Bom-dia (Herivelto Martins e Aldo Cabral) e Aula de música (Haroldo Barbosa e Herivelto Martins).

Em 1943 foi lançado o segundo disco em que acompanhavam Francisco Alves nos foxes Quantas são (Lilley, Loesser, versão de Haroldo Barbosa) e Céu cor-de-rosa (Herbert, Dubin, versão de Haroldo Barbosa). No mesmo ano, o conjunto cantou no filme É proibido sonhar, de Moacir Fenelon.

Em 1944 lançou discos-solo e outros acompanhando Roberto Paiva, Nilo Sérgio e Albertinho Fortuna. Em 1945, Bidu Reis saiu do grupo para cantar na Rádio Globo e na Orquestra Tabajara, e Marília Batista para se casar, sendo substituídas por Hedinar Martins, irmã de Herivelto Martins, e Consuelo Sierra, esta última substituída por Nilza de Oliveira por curto período.

Em 1948, Consuelo deixou o grupo e Bidu Reis retornou. Em 1949 cantaram no filme argentino-brasileiro Não me digas adeus, de Luís Barth, e acompanharam Marlene no jongo Conceição da praia (Dilu Melo e Oldemar Magalhães) e em Candonga (Felisberto Martins e Fernando Martins).

A formação do grupo em 1950 era Regina Célia, como líder, Hedinar e Nilza. Regina foi substituída por Carmen Déa. Nessa fase, o conjunto gravou uma série de LPs de baiões na Musidisc. Em 1952 atuaram no filme de Luís de Barros: Era uma vez um vagabundo.

Em 1953 sairam Carmen Dea, para fazer carreira solo, e Nilza, para se casar, voltando Consuelo e entrando Maria Teresa. Em 1957, o grupo se dissolveu.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFOLHA.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Almanir Grego

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Almanir Grego (08/06/1909 Niterói, RJ - 1995 Niterói, RJ), compositor, poeta e veterinário, teve atuação musical constante entre as décadas de 1930 e 1940. Grande folião destacou-se no carnaval de Niterói tanto como compositor como participante de blocos, entre os quais o Bloco dos Solteiros, que era segundo depoimento dele mesmo, "composto por mais de trezentos figurantes e todos solteirinhos da silva".

Gravou sua primeira composição em 1935, a canção Beijo mascarada, com Gadé, lançada na Odeon por João Petra de Barros. No ano seguinte, o choro Onde ficou a minha sorte?, com Gadé, foi gravado por Aurora Miranda, e o também choro Polichinelo, com Gadé, foi registrado por Carmen Miranda, as duas na Odeon.

Em 1937, seu choro "Noivado desfeito, com Gadé, foi gravado na Odeon pela cantora Aurora Miranda, e a marcha Primavera da vida, com André Filho, foi lançada, também na Odeon, por Carmen Miranda. No ano seguinte, J. B. de Carvalho registrou na Victor o samba Princípio de amor, e Aurora Miranda, também na Victor, o maxixe Petisco do baile, com Gadé.

O grupo Anjos do Inferno gravou, em 1939, sua marcha Tim-tim por tim-tim. No ano seguinte, o grupo Bando da Lua gravou na Columbia o samba Ora, ora, com Gomes Filho, um dos sucessos daquele ano.

Em 1941, na Odeon, Odete Amaral gravou a valsa Minha primavera, e Almirante o samba Eu e a lua, com Gadé, enquanto na Columbia, o cantor Vassourinha registrou o samba Ela vai à feira, com Roberto Roberti.

Teve outra composição gravada por Odete Amaral na Odeon em 1942: o samba-maxixe Pra que tanto balanço. No ano seguinte, o grupo Quatro Ases e um Coringa gravou o samba Nós dois, parceria com Gadé.

Em 1944, o samba Livro do passado, com Valfrido Silva, foi gravado por Orlando Silva na Odeon. Em 1945, a marcha O que é que eu tenho com isso, parceria com Amado Régis e Gadé, foi gravada por Jorge Veiga, as marchas E o mundo se distrai e Meu amor és tu, ambas com Amado Régis e Gadé, foram registradas por Elvira Pagã, todas na Continental. Nesse ano, o choro Coisas que ficaram para trás, com Alberto Ribeiro, e o samba Calma Dinorah, com Valfrido Silva, foram lançadas na Continental pelo grupo vocal Os Trovadores, e o samba Cantora de samba foi registrado, também na Continental, pela cantora Linda Rodrigues. Teve ainda o samba Pura ilusão, com Gadé, gravado na Continental por Edna Cardoso.

Em 1949, Abílio Lessa gravou a marcha Síria-libanesa, parceria com Alcir Pires Vermelho. Em 1952, o samba Ingratidão, com Rutinaldo foi gravado na Todamérica por Elizeth Cardoso. No ano seguinte, o choro Trombone na gafieira, com Luiz Carneiro foi gravado na Odeon por Raul de Barros e seu conjunto, com vocais de Gilda de Barros, e relançado dois anos depois. Ademilde Fonseca regravou no ano seguinte o choro Polichinelo, com Gadé.

Em 1957, o maxixe Petisco do baile, com Gadé, foi regravado por Aurora Miranda na Sinter. Teve o samba Ora...ora regravado por Araci de Almeida no LP Samba é Aracy de Almeida lançado pela gravadora Elenco em 1966.

Em 1984, fundou o Templo da Seresta, uma entidade de cunho lítero-musical, destinada a preservar o que há de melhor na música popular brasileira, prestando constantes homenagens aos autores e intérpretes. A fundação se deu durante a apresentação do "rande Jornal Fluminense, um noticiário radiofônico que tinha como prefixo uma composição sua.

Em 1992, gravou um disco pelo selo Niterói Discos do qual constou Vila Real da Praia Grande - Hino a Niterói, parceria com Nilo Neves.

Parceiro de importantes nomes da música popular brasileira como Valfrido Silva, Alcyr Pires Vermelho, Alberto Ribeiro, Rutinaldo e André Filho, teve Gadé como parceiro mais constante. Além das irmãs Miranda, suas composições foram lançadas por Elizeth Cardoso, Aracy de Almeida, Raul de Barros, Linda Rodrigues, Quatro Ases e Um Coringa, Orlando Silva, Eliseth Cardoso, Gordurinha, Noite Ilustrada e outros. Seu maior sucesso foi o choro Polichinelo, gravado por Carmen Miranda e por Ademilde Fonseca.

Obra

A voz do povo (c/Frazão), Beijo mascarada (c/Gadé), Calma Dinorah (c/Valfrido Silva), Cantora de samba, Coisas que ficaram para trás (c/Alberto Ribeiro), E o mundo se distrai (c/Amado Régis e Gadé), Ela vai à feira (c/Roberto Roberti), Eu e a lua (c/Gadé), Ingratidão (c/Rutinaldo), Livro do passado (c/Valfrido Silva), Meu amor és tu (c/Amado Régis e Gadé), Minha primavera (c/Gadé), Nóis dois (c/Gadé), Noivado desfeito (c/Gadé), O que é que eu tenho com isso (c/Amado Régis e Gadé), Onde ficou a minha sorte? (c/Gadé), Ora...ora (c/Gomes Filho), Petisco do baile (c/Gadé), Polichinelo (c/Gadé), Pra que tanto balanço, Primavera da vida (c/André Filho), Princípio de amor, Pura ilusão (c/ Gadé), Síria-libanesa (c/Alcyr Pires Vermelho), Tim-tim por tim-tim, Trombone na gafieira (c/Luiz Carneiro).

Fontes: www.musicapopular.org/almanir-grego; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Orlando Correa

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Orlando Correa (Orlando José Correa), cantor, nasceu em 05/12/1928 na cidade de Niterói-RJ, e faleceu em 2002 no Rio de Janeiro-RJ.

Em 1947, apresentava-se em circos, pavilhões e night clubes, quando foi descoberto pelo cantor Cyro Monteiro cantando num parque de diversões em Niterói. Assinou contrato na Rádio Mayring Veiga e começou a se apresentar no Programa Casé até 1948, quando se transferiu para a Rádio Guanabara.

Foi intérprete de várias composições da dupla Wilson Batista e Jorge de Castro. Gravou também músicas de importantes compositores como Pedro Caetano, José Maria de Abreu Claudionor Cruz, João de Barro e Antônio Almeida.

Gravou seu primeiro disco em 1949, pelo selo Star, para a qual foi levado por Ataulfo Alves, com o samba Casa sem luz, de Luiz de França e José Pacheco e o samba-canção Meditando, de Soares Moutinho e José Lourenço.

Em 1950, foi contratado pela gravadora Todamérica e lançou o samba Minha mão à palmatória, de Antônio Almeida e Ruy de Almeida e a marcha Tourada sem espada, de Afonso Teixeira e Jorge de Castro com acompanhamento de conjunto regional. No ano seguinte, gravou para o carnaval os sambas Meu sonho é você, de Altamiro Carrilho e Átila Nunes e Velho marinheiro, de Alberto Ribeiro e Wilson Batista. Nesse ano, transferiu-se para a Rádio Clube do Brasil e no final do mesmo ano foi para a Rádio Tupi, na qual permaneceu por 29 anos.

Gravou em 1952 os sambas Onde estás amor?, de José Maria de Abreu e Antônio Domingues, Longe de ti, de Napoleão de Oliveira Pimenta e Nair Firme de Castro, Tormento, de Pedro Caetano e Claudionor Cruz e Palhaço, de Nelson Cavaquinho, Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti.

No ano seguinte lançou os sambas Martírio, de Wilson Batista, Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr e O que tem que acontecer, de Norival Reis e Alberto Rego. Gravou também com o Trio Madrigal para as festas de fim de ano o samba-canção Natal sem você, de Bruno Gomes e Jorge de Castro e as canções Noite feliz e Meu pinheirinho, com adaptação de Antônio Almeida.

Em 1953, gravou o samba Sistema nervoso, de Wilson Batista, Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr, que obteve grande sucesso, consolidando-lhe o prestígiono meio radiofônico.

Gravou em 1954 dois sambas de Luiz Bandeira, Nuvem, parceria com Manoel Malta e Quase, com Jota Júnior . No mesmo ano, gravou de Wilson Batista e Jorge de Castro o samba Drama de amor e a marcha Carmen.

Em 1955, gravou os sambas Mar, imagem da vida, de Alberto Ribeiro, Remorso, de José Maria de Abreu e Pedro Caetano e Ela chegou, de Norival Reis; a valsa Serenata suburbana, de Capiba e a marcha Um brasileiro em Paris, de Wilson Batista e Jorge de Castro.

Estreou em na RCA Victor em 1956, gravando o bolero Alucinação, de Lourival Faissal e Jorge de Castro e a toada Sereia, de Haroldo de Almeida e Otávio Teixeira com acompanhamento da Orquestra RCA Victor. No mesmo ano, gravou com acompanhamento de orquestra e coro as marchas Jogado fora, de Geraldo Queiroz e Cigano, de Wilson Batista e Jorge de Castro.

Gravou no ano seguinte o samba-canção Fracassos de amor, de Tito Madi e Milton Silva, o fox-canção Que sejas feliz, de C. Velasquez e versão de Moacir Silva, a valsa Copacabana à noite, de Wilson Batista e Jorge de Castro e o samba-canção Não vivo sem você, de Santos Garcia.

Em 1958, gravou para o carnaval o samba Lealdade, de Valdemar Gomes, Raul Marques e Oldemar Magalhães e a marcha Deixai vir a mim as mulheres, de Wilson Batista e Jorge de Castro. Nesse ano, gravou também os sambas-canção Maria do céu, de René Bittencourt, Desespero de causa, de José Utrini e Jorge de Castro e Não tenho ninguém, de Alberto Jesus e Luiz de França e o bolero Volta, de Alvarenga, Ranchinho e Geraldo Serafim.

Transferiu-se para a gravadora Continental em 1959 estreando com o samba Boêmio aposentado, do compositor baiano Gordurinha e o fox Conhecer-te, de D'Anzi, com versão de David Nasser. No mesmo ano, gravou com acompanhamento de orquestra e coro a marcha Naquela base, de Wilson Batista, José Utrini e Jorge de Castro e o samba Vai saudade, de Edu Rocha, Milton Legey e Sebastião Ramos.

Intercalando gravações de sambas e marchas com músicas românticas como boleros e sambas-canção, lançou em 1960 o bolero Como se deve amar, de Guilherme Pereira e a valsa Retrato de amor, de Ori Dourado e J. André.

Para o carnaval do ano seguinte, gravou a marcha Salve a brotolândia, de João de Barro, Norival Reis e Jorge Duarte e o samba Candango feliz, e Wilson Batista, Antônio Almeida e Jorge de Castro com acompanhamento de Orquestra Carnavalesca. Também em 1961 gravou a marcha Tem mulher 'tô' lá, de João de Barro e o samba Lá do alto, e Jota Júnior e Castelo.

Em 1962, gravou o samba-canção Garçon confidente, de Jorge de Castro e Murilo Latini e o samba Coisas do passado, de Jorge de Castro e Alberto Jesus. No ano seguinte, lançou um último disco em 78 rpm pela gravadora Continental com a marcha A vida é bela, de Klécius Caldas e Rutinaldo e Ai de quem rega saudades, e João de Barro e J. Júnior. Nesse ano, transferiu-se para o selo pernambucano Mocambo e lançou de Adelino Moreira o bolero Parece que foi ontem e o samba-canção Aviso. Um ano depois lançou a marcha Eclipse, de Adelino Moreira e Celso Castro e o samba Quis fazer de mim palhaço, de Raul Marques, Otávio Lima e Odair Correia.

Em 1963, gravou pela Philips o LP "Meu sonho é você", que incluía um pot-pourri de músicas de Ary Barroso.

Em 1965, passou a apresentar na Rádio Tupi o programa "Audição Orlando Corrêa-Sala de Visitas Gebara", que alcançou algumas vezes a liderança do horário em que era apresentado e que durou dez anos no ar. No final da década afastou-se da vida artística como cantor continuando a presentar seu programa na Rádio Tupi até 1975.

Em 1972, foi escolhido como o melhor cantor entre todos os contratados das Emissoras Associadas. Lançou 37 discos em 78 rpm pelas gravadoras Star, Todamérica e RCA Victor.

Em 1990, o selo Phonodisc lançou o LP Grandes sucessos da década de 50 no qual aparecem suas interpretações para os sambas Meu sonho é você e Sistema nervoso, seus dois maiores sucessos, especialmente o último. Em 2002, o selo Revivendo lançou o CD Meu sonho é você com 23 interpretações do cantor incluindo Sistema nervoso, Serenata suburbana, Desespero de causa, Velho marinheiro e Meu sonho é você.

Discografia

(2002) Meu sonho é você • Revivendo • CD; (1964) Eclipse / Quis fazer de mim palhaço • Mocambo • 78; (1963) A vida é bela / Ai de quem rega saudades • Continental • 78; (1963) Parece que foi ontem / Aviso • Mocambo • 78; (1963) Meu sonhom é você • Philips • LP; (1962) Garçon confidente / Coisas do passado • Continental • 78; (1961) Tem mulher 'tô' lá / Lá do alto • Continental • 78; (1960) Como se deve amar / Retrato de amor • Continental • 78; (1960) Salve a brotolândia / Candango feliz • Continental • 78; (1959) Maria maluca / Meu assunto • RCA Victor • 78; (1959) Boêmio aposentado / Conhecer-te • Continental • 78; (1959) Naquela base / Vai saudade • Continental • 78; (1958) Lealdade / Deixai vir a mim as mulheres • RCA Victor • 78; (1958) Maria do céu / Desespero de causa • RCA Victor • 78; (1958) Volta / Não tenho ninguém • RCA Victor • 78; (1958) Ave sem ninho / Se quer...diz logo • RCA Victor • 78; (1957) Fracassos de amor / Que sejas feliz • RCA Victor • 78; (1957) Copacabana à noite / Não vivo sem você • RCA Victor • 78; (1956) Alucinação / Sereia • RCA Victor • 78; (1956) Jogado fora / Cigano • RCA Victor • 78; (1955) Mar, imagem da vida / Estranho mistério • Todamérica • 78; (1955) Mais um pouco de amor/Vera Cruz • Todamérica • 78; (1955) Remorso / Serenata suburbana • Todamérica • 78; (1955) Um brasileiro em Paris / Ela chegou • Todamérica • 78; (1955) Meu abrigo!... / Maria Madalena • Todamérica • 78; (1954) Nuvem / Quase • Todamérica • 78; (1954) Através da vidraça / Drama de amor • Todamérica • 78; (1954) Filme de amor / Folhas pelo chão • Todamérica • 78; (1954) Carmen / Amei • Todamérica • 78; (1953) Sistema nervoso / Dançando com você • Todamérica • 78; (1953) Martírio / O que tem que acontecer • Todamérica • 78; (1952) Onde estás amor? / Longe de ti • Todamérica • 78; (1952) Tormento / Doce lembrança • Todamérica • 78; (1952) Nostalgias / No crepúsculo • Todamérica • 78; (1952) Palhaço / Se o dinheiro acabar • Todamérica • 78; (1952) Vem meu amor / Marinheiro • Todamérica • 78; (1952) Como o tempo judiou / Quero-te tanto • Todamérica • 78; (1951) Meu sonho é você / Velho marinheiro • Todamérica • 78; (1950) Minha mãs à palmatória / Tourada sem espada • Todamérica • 78; (1949) Casa sem luz / Meditando • Star • 78.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB; Bibliografia Crítica: AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982; CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Paixão Cortes

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Paixão Cortes (João Carlos D'Ávila Paixão Cortes), folclorista e compositor, nasceu em Santana do Livramento, RS, em 12/7/1927. Em 1953 estreou em rádio e televisão como produtor e apresentador de programas regionalistas, inicialmente na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre RS, e depois na Guaíba. No mesmo ano fundou o conjunto folclórico Tropeiros da Tradição.

Com Barbosa Lessa recolheu várias canções folclóricas gaúchas, gravadas em 1955: O anu, Balaio, Cana verde, Chimarrita-balão, Maçanico, Pezinho, Quero-mana, Tatu, O xótis (Xótis da laranjeira). Seu primeiro lançamento em disco foi Xote carreirinho (de sua autoria), pela Columbia, em 1958, ano em que se apresentou no Olympia, de Paris, França.

Em 1962 gravou seu primeiro LP pela Philips, Folclore do pampa, e dois anos depois, pela mesma gravadora, Tradição e folclore do Sul. Ainda em 1964 exibiu-se na Feira Mundial de Transportes e Comunicações, em Munique, então República Federal da Alemanha. Em 1970 saiu seu terceiro LP, Paixão Cortes, pela Continental. 

Sobre folclore gaúcho, publicou Festança na querência, Porto Alegre, 1959; Terno de Reis, Porto Alegre, 1960; Folclore musical do pampa (coletânea musical), Porto Alegre, 1960; Vestimenta do gaúcho, Porto Alegre, 1961; e Gaúchos de faca na bota, Porto Alegre, 1966. 

Em colaboração com Barbosa Lessa, publicou ainda o Manual de danças gaúchas, com suplemento musical e ilustrativo, Porto Alegre, 1956 (2 ed., São Paulo, 1961; 3’ ed., São Paulo, 1968); e Danças e andanças da tradição gaúcha, Porto Alegre, 1975 (2’ ed., Porto Alegre, 1975). 

Atuou em 1971 no filme Um certo capitão Rodrigo, de Anselmo Duarte, interpretando o personagem Pedro Terra. Em 1986, durante um mês, realizou shows na Inglaterra, divulgando traduções de seus livros para o inglês. Em 1992 a estátua do Laçador, de Antônio Caringi, para a qual serviu de modelo em 1954, foi escolhida como símbolo da cidade de Porto Alegre. 

Em 1994 publicou o livro O Laçador: história de um símbolo, Porto Alegre, e colaborou na produção da coletânea A música de Porto Alegre — as origens, Prefeitura de Porto Alegre. Continua publicando textos e realizando estudos e cursos sobre o folclore gaúcho. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Osny Silva

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Osny Silva (Osni Rufino da Silva Gomes), cantor, nasceu em São Paulo, SP, em 21/10/1919, e faleceu em Praia Grande, SP, em 20/07/1995. Filho único de motorista particular e governanta, fez o curso ginasial no Liceu Coração de Jesus, em São Paulo, participando do coral Canarinhos Liceanos. Aprendeu piano e violino com professora particular.

Começou como operador de rádio na Educadora Paulista (hoje Gazeta). Tentou ser cantor, mas foi reprovado, junto com Nelson Gonçalves, em teste de outra emissora. Teve nova oportunidade quando substituiu um cantor que adoecera. Em 1940 assinou contrato com a Radio Tupi de São Paulo.

Em 1943, o maestro Spártaco Rossi teve a idéia de regravar Alza Manolita, ou Manolita, subtítulo As cartas não mentem jamais, valsa de Leo Daniderff, que nos anos de 1910 tinha tido uma versão brasileira muito conhecida de Eduardo das Neves. Foi ele o escolhido e com esse disco de estréia na Columbia, lançado no mesmo ano, alcançou impressionante êxito nacional, com 80 mil cópias vendidas.

Na Columbia (depois Continental), gravou mais três discos até 1945. Ganhou o Prêmio Roquete Pinto de melhor cantor internacional em 1951 e 1953. Gravou na Odeon em 1953, tendo, no primeiro disco, relançado dois sucessos internacionais: Bandolins ao luar (Green, versão de Lourival Faissal) e Violino cigano (Bixio, Cherubini, versão de Alberto Ribeiro). Nesse ano também gravou a canção Catari, Catari (Cardillo, Cordoferro, versão de Ariovaldo Pires). Ao mesmo tempo, gravou músicas brasileiras, como as canções Funeral de um rei nagô (Hekel Tavares) e Banzo (Hekel Tavares e Murilo Araújo).

Em 1955 lançou o jongo Navio negreiro (Sá Róris, J. Piedade e Alcir Pires Vermelho) e o samba Tudo isto é samba (Luis Iglésias e Osvaldo Borba). No mesmo ano, criou a marcha Campeão dos campeões (Lauro D’Ávila), mais conhecido como o hino do S. C. Corinthians.

Cantor romântico por excelência, gravou os LPs Osni Silva canta melodias famosas (1953) e Canta, América (1955), ambos na Odeon. Aposentou-se em 1973.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Mara Silva

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Mara Silva (Isabel Gomes da Silva), cantora e compositora, nasceu em 28/6/1930, na cidade de Campos, RJ e iniciou a sua carreira artística no Rádio aos cinco anos de idade.

Cantou muito tempo na noite carioca, começando a se destacar no programa Samba e outras coisas" apresentado por Henrique Batista na Rádio Mayrink Veiga. Fez sua primeira gravação em 1953, pela Todamérica interpretando os sambas Negro fim, de Alberto Jesus e Osvaldo Barcelos, e Recalque, de Paulo Marques e Ailce Chaves.

Em 1955, gravou um único disco pela gravadora pernambucana Mocambo interpretando os sambas Trombada de trem, de Raul Longras e Monsueto, e Peço a Deus (Fala Pedro), de Silva, Marques e Nunes. Assinou contrato com a gravadora Continental em 1956, e em seu primeiro disco nessa gravadora registrou, com acompanhamento de conjunto regional, o choro-canção Soçaite do morro, de Mário Terezópolis e Roberto Reis, e o choro Velho borocochô, de Pedro Rogério e Lombardi Filho. Em seguida, gravou o samba Estatutos domésticos, de Ricardo Galeno, e o choro Que vizinha, de Carioca.

Para o carnaval de 1957, gravou a marcha Lanterna na mão, de Arnô Provenzano, Otolindo Lopes e Oldemar Magalhães, e o samba De qualquer cor, de Jorge Faraj e J. Espírito Santo. Ainda em 1957, foi contratada pela RGE e gravou, com acompanhamento da Orquestra RGE, o samba Pano legal, de  Billy Blanco, e o fox Janela indiscreta, de Geraldo Serafim e Newton Castro. Em seguida, também com a orquestra RGE, gravou o samba Lenço branco, de Geraldo Serafim e Guilherme de Brito, e o rock Sou o tal, de Murilo Vieira, Edel Ney e O. Vargas.

Para o carnaval de 1958, registrou a Marcha do pião, de Nássara, Wilson Batista e Jorge de Castro, e o samba Cadê Isabel, de Erasmo Silva e José Batista. No mesmo ano, gravou a marcha Careca não é velhice, de S. Gomes, Júlio Leiloeiro e J. Gonçalves, e o samba Meu amor voltou, de Erasmo Silva e Geraldo Serafim.

Ainda em 1958, participou de duas coletâneas lançadas pela RGE com diversos artistas. No LP Na gafieira é Assim interpretou os sambas Pano legal, de Billy Blanco, e Falso bailarino, de Alcebíades Nogueira e Cristóvão de Alencar. O outro LP foi Praça Onze não morreu no qual cantou a Marcha do pião, de Wilson Batista, Jorge de Castro e Antônio Nássara, acompanhada pela Orquestra e Coro RGE, e o samba Cadê Isabel, de José Batista e Erasmo Silva, acompanhada pela bateria da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro.

Em 1959, transferiu-se para a gravadora Copacabana e lançou para o carnaval do ano seguinte os sambas  Minha palhoça, de J. Cascata, e Bardot e Lolô, de Marília Batista e Henrique Batista. Nessa mesma época, gravou o samba Acabei de sofrer, de Cláudio Silva, e a marcha Eu gozo ocês, de Sebastião Gomes e Rubens Machado.

Em 1960, gravou o rock O roque errou, de sua autoria e Ari Monteiro, os sambas Sai do meu caminho, parceria sua com Armando Nunes, e Colher de chá, de Renato Ferreira, Ivan Ferreira e Homero Ferreira, e a marcha Não sou balança, de Paquito e Romeu Gentil. Dois anos depois, regravou o samba Tudo cabe num beijo, de Carolina Cardoso de MenesesOsvaldo Santiago, e o bolero Desesperadamente, de  Gabriel Ruiz  e Jorge Ronaldo.

Ainda em 1962, lançou o LP Sucessos em Teleco-teco no qual interpretou músicas como Tudo cabe num beijo, Frio em minh'alma, Alguém me disse, Desesperadamente, Rosa de maio, Pecado, Vereda tropical, Quando o tempo passar, História de um amor, Não digo o nome, Tão somente uma vez, e Tarde fria.

Em 1963, lançou o bolero A vida fez-me assim, sua e de Armando Nunes, e o samba Chora que passa, de Alcina Maria e Osmar Navarro. Em 1964, participou da coletânea Tudo de mim - Poemas e canção de Jair Amorim que a gravadora Copacabana lançou em homenagem ao compositor Jair Amorim, interpretando o bolero Alguém me disse.

Gravou mais de quinze discos entre 78 rpm e Lps pelas gravadoras RGE, Copacabana, Todamérica, Continental e Mocambo, além de fazer apresentações em programas de rádio em emissoras como a Rádio Nacional e Rádio Mayrink Veiga.

Obra

A vida fez-me assim (c/ Armando Nunes), O roque errou (c/ Ari Monteiro), Sai do meu caminho (c/ Armando Nunes).

Discografia

(1963) A vida fez-me assim / Chora que passa • Copacabana • 78; (1962) Tudo cabe num beijo / Desesperadamente • Copacabana • 78; (1962) Sucessos em Teleco-teco • Copacabana • LP; (1960) O roque errou / Sai do meu caminho • Copacabana • 78; (1960) Colher de chá / Não sou balança • Copacabana • 78; (1959) Acabei de sofrer / Eu gozo ocês • Copacabana • 78; (1959) Minha palhoça / Bardot e Lolô • Copacabana • 78; (1958) Marcha do pião / Cadê Isabel • RGE • 78; (1958) Careca não é velhice / Meu amor voltou • RGE • 78; (1957) Lanterna na mão / De qualquer cor • Continental • 78; (1957) Pano legal / Janela indiscreta • RGE • 78; (1957) Lenço branco / Sou o tal • RGE • 78; (1956) Soçaite do morro / Velho borocochô • Continental • 78; (1956) Estatutos domésticos / Que vizinha • Continental • 78; (1955) Trombada de trem / Peço a Deus (Fala Pedro) • Mocambo • 78; (1953) Negro fim / Recalque • Todamérica • 78.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Aristides Zacarias

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Aristides Zacarias
Aristides Zacarias, instrumentista, regente e compositor, nasceu na cidade de Jaboticabal, SP, em 05/01/1911. Aos dois anos mudou-se para São José do Rio Preto, em São Paulo, localidade onde iniciou seus estudos de clarineta. Teve como professor o mestre de banda Pedro Moura, pai do saxofonista Paulo Moura.

Iniciou a carreira artística aos 18 anos, quando ingressou na Banda de Quaranta, no interior de São Paulo. No mesmo período apresentou-se em cinemas do trompetista José Moura, com quem organizou uma banda que tocava em bailes do Automóvel Clube, de São José do Rio Preto, e do pianista Chiquinho Scarambone.

Em 1931, transferiu-se para Catanduva, onde atuou no Clube Sete de Setembro. Em 1932, por ocasião da Revolução Constitucionalista que explodiu naquele ano em São Paulo, deixou o emprego no Clube Sete de Setembro. Em 1934, transferiu-se para a capital paulista, onde atuou em diversas gafieiras, entre as quais a Itália Fausta, e tocava em troca de local para dormir. Mudou-se pouco depois para Santos, onde arranjou emprego para tocar no Cabaré Coliseu, e em seguida, empregou-se para tocar em navio que realizava viagens costeiras.

Em 1935, retornou para São Paulo e foi convidado por José Gagliardo para integrar a Orquestra da Rádio Cosmos, que o mesmo estava organizando. Ainda no mesmo ano viajou para o Rio Grande do Sul, a fim de fazer parte da orquestra organizada pelo cantor Ascendino Lisboa, para atuar na inauguração do cassino Farroupilha, na cidade de Porto Alegre. Na mesma ocasião tocou nas comemorações do centenário da Revolução Farroupilha e também na Rádio Farroupilha. Foi em seguida para o Rio de Janeiro, indo atuar no Cassino Icaraí, em Niterói. Ficou pouco tempo no Rio, pois logo ingressou na Orquestra de Romeu Silva para uma excursão de oito meses em Buenos Aires, apresentando-se na Rádio El Mundo e no Cassino Tabarís.

Em 1936, retornou ao Rio de Janeiro, passando a atuar no Cassino da Urca. Na mesma ocasião tomou parte em sua primeira gravação, acompanhando à clarineta o cantor Almirante, juntamente com a Orquestra de Simon Boutman. Em 1937, deixou a Orquestra Romeu Silva, passando a atuar na Rádio Nacional, onde tocou na Orquestra All stars, sob a direção de Radamés Gnattali. Em 1939, viajou para os Estados Unidos para tocar com a Orquestra de Romeu Silva, no Pavilhão do Brasil, na Feira Internacional realizada na cidade de Nova York.

Em 1941, excursionou pela Argentina com a Orquestra da Rádio Nacional. Na ocasião exibiu-se no programa "Hora del Brasil", na Rádio Municipal de Buenos Aires, apresentando-se também na Boate Embassy. Em 1942, retornou ao Rio de Janeiro, passando a fazer parte do conjunto de Claude Austin, que se apresentava no Cassino do Copacabana Palace. Pouco depois passou a integrar a orquestra do maestro Fon-Fon, na Rádio Tupi do Rio de Janeiro. No mesmo período atuou no Cabaré Assírio, no subsolo do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.Voltou em seguida a atuar na Orquestra do Copacana Palace, então sob a direção do maestro Fon-Fon, indicado por ele para substituir Claude Austin.

Em 1943, gravou seu primeiro disco como diretor de orquestra, dirigindo a orquestra The Midnigthers, que foi organizada a pedido da Victor para tocar composições norte-americanas e suprir com isso o mercado, pois os músicos americanos se encontravam em greve naquele momento. A orquestra contava com três pistonistas, quatro sax, dois trombones, ritmo e o vocalista Nilo Sérgio. Na ocasião gravaram os foxtrotes My devotion, de Wiliam e Napton, e I'll never know, de Warren e Gordon, ambos grandes sucessos. No mesmo ano fez suas primeiras gravações, dirigindo sua própria orquestra. Em 10 de outubro daquele ano gravou seis músicas pela Victor, entre as quais os frevos Vira as máquinas, de Marambá, Cadê você, de Levino Ferreira e A hora é essa, de Zumba, além dos frevos-canções Primeira bateria, de Capiba e Bye, bye, my baby, de Nelson Ferreira e Cai, cai, de Marambá, com o vocal de Carlos Galhardo.

Em 1944, gravou o samba Brasil, de Benedito Lacerda e Aldo Cabral, com o vocal das Três Marias, a batucada Cai, cai, de Roberto Martins, o choro Tico-tico no fubá, clássico de Zequinha de Abreu, e com o vocal das Três Marias e Nilo Sérgio, o samba Morena Boca de Ouro, de  Ary Barroso. No mesmo ano, regravou três dos maiores sucessos do cancioneiro popular brasileiro em todos os tempos, os sambas Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, e Praça Onze, de Herivelto Martins e Grande Otelo, e o choro Carinhoso, de PixinguinhaJoão de Barro. No mesmo período dividiu discos com Carlos Galhardo e Nelson Gonçalves, gravando frevos e frevos-canção como Olha a beliscada, de Levino Ferreira, Sabe lá o que é isso?, de Nelson Ferreira e Lá vai poeira, de Marambá.

Em 1945, gravou o samba Não tenho lágrimas, de Max Bulhões e Milton de Oliveira, e também O caminho é longo para Tipperery, versão em ritmo de samba da composição dos americanos Jack Judge e Harry Williams. Gravou ainda os frevos Cuidado, senão eu grito, de Zumba, O salão está vazio, de Jones Johnson, Espalha brasa, de Marambá, A cobra tá fumando, de Levino Ferreira e Agüenta a virada, de Edivaldo Pessoa. No mesmo ano passou a atuar como diretor musical da Victor.

Em 1946, gravou os sambas A casinha pequenina e Meu limão, meu limoeiro, de domínio público, e o choro Apanhei-te cavaquinho, de Ernesto Nazareth, entre outras. Gravou ainda os frevos Meu chamego é você, de Marambá, Edinho no frevo, de Carnera e Entra na fila, de Levino Ferreira. Em 1947, gravou o samba Feiticeira, de Ary Barroso, a Valsa nº 7, de Chopin, em ritmo de samba, o samba Palpite feliz, de Noel Rosa e Vadico , e o frevo Chegou sua vez, de Levino Ferreira, entre outras.

Em 1949, gravou de Chiquinha Gonzaga o choro Atraente e, de Dorival Caymmi, a toada Peguei um ita no Norte. No mesmo ano sua orquestra recebeu o Prêmio de Melhor Orquestra do Rio de Janeiro. Em 1950, entre outras composições, gravou os frevos Lá vai veneno, de Zumba, O frevo da meia-noite, de Carnera, O caldeirão está fervendo, de Jones Johnson, o samba Último desejo, de Noel Rosa, e o samba-canção No Rancho Fundo, de Ary Barroso e Lamartine Babo. No mesmo ano deixou depois de sete anos o Copacabana Palace Hotel, transferindo-se com sua orquestra para o Hotel Excelsior, em São Paulo.

Em 1951, gravou o samba Feitio de oração, de Noel Rosa, o motivo popular Peixe vivo, em ritmo de baião, com arranjos de Mário Zan e Palmeira, a marcha-frevo Saudades de Raul Morais, de Edgard Morais, e de sua própria autoria e Pernambuco, o baião Pedalinho. No mesmo ano foi contratado pela Prefeitura de Montevidéu, no Uruguai, para atuar ao lado da orquestra de Xavier Cugat. Retornando ao Brasil, apresentou-se durante um mês na cidade de Recife, voltando a seguir para o Rio de Janeiro.

Em 1952, ganhou o Prêmio de Melhor Clarinetista do Ano, em concurso instituído pela Rádio MEC. No mesmo ano gravou os choros Xamexuga, de sua autoria e Pernambuco, e Franci, de Ari Monteiro, a valsa Flor de laranjeira, de Ari Monteiro e Irani de Oliveira e o fox Parabéns a você, com arranjos do maestro Lindolfo Gaya. Ainda em 1952, realizou gravações em separado com seu conjunto e com seu sexteto. Com o sexteto Zacarias gravou a guarânia Índia, em ritmo de baião, e o choro Sugestivo, de Moacir Silva. Já com seu conjunto gravou o bolero-mambo Jezebel, de Wayne Shanklin, e o baião Dance no baião, com arranjos de sua autoria. Em 1953, gravou de sua autoria o choro Rebolando, de Lourival Faissal e Getúlio Macedo, o baião O banjo no baião, e, de Carnera o frevo Esquecendo as mágoas. No mesmo ano, realizou uma série de programas na Rádio Nacional do Rio de Janeiro e formou o Conjunto Zacarias para atuar na Boate Vogue. No mesmo período, organizou com o pianista Fats Elpídio o Quarteto Excelsior, a fim de atuar no Hotel Excelsior.

Em 1954, gravou o samba Agora é cinza, de Bide e Marçal, os frevos Vassourinhas no Rio de Carnera, e Isquenta mulhé, de Nelson Ferreira. Em 1955, gravou os frevos Vassourinha do Levino, de Levino Ferreira, Carro-chefe, de Nelson Ferreira, e Vale-tudo, de Carnera. Ainda em 1955, foi escolhido pelo crítico Silvio Túlio Cardoso, através da coluna "Discos populares" escrita por ele para o jornal O Globo, como o "melhor regente de pequeno conjunto do ano" recebendo como prêmio um disco de ouro entregue em cerimônia no Golden Room do Copacabana Palace. Em 1956, gravou os frevos Zaccarias no frevo, de Carnera e Tempo quente, de Edgard Morais. No mesmo ano, gravou com Fats Elpídio, na dobradinha clarinete e piano, a canção Os pobres de Paris, de Marguerite Monnot e o fox Blue star, de Young e Heyman.

Em 1957, gravou de Ary Barroso os sambas Aquarela do Brasil e Na Baixa do Sapateiro, e de Mário Zan e J. M. Alves, o dobrado Quarto centenário. Recebeu nesse mesmo ano seu segundo Disco de Ouro. Na mesma época, trocou o Excelsior pelo Country Clube do Rio de Janeiro, ocasião em que ampliou seu conjunto, transformando-o em um sexteto com a entrada de mais um sax e um trombone.

Nos anos 1950, atuou durante sete anos no carnaval do Clube Internacional de Recife. Em 1960, estreou com o diretor da Orquestra da TV Excelsior do Rio de Janeiro, ocasião na qual abandonou a direção musical da RCA Victor. No mesmo ano gravou com seu conjunto e coro os sambas A corneta no samba, de Monsueto Menezes, e Nostalgia, de sua autoria. Em 1961, gravou o rojão É crime não saber ler, de sua autoria, o xote Mulher transviada, de sua autoria e J. Borges, e com sua orquestra, o frevo-de-bloco Recordando a mocidade, de Edgard Morais e o frevo-canção Segure esse bode, dos Irmãos Valença.

Em 1962, gravou com seu regional os xaxados Chen-en-en, de Rui Morais e Silva, e Pagode da Maria, de sua autoria e Manoel Avelino. Durante os anos 1960, gravou 21 LPs com a Orquestra Namorados do Caribe, composta por antigos elementos de sua orquestra e por uma seção de cordas. Ao longo de sua carreira gravou dezenas de discos, incluindo diferentes gêneros musicais, especialmente sambas e frevos.

Em 1966, com o fechamento da TV Excelsior, passou a atuar em boates. Em 1971, abandonou a carreira artística.

Discografia

Vira as máquinas / Cai, cai (1943) Victor 78; Cadê você / Primeira bateria (1943) Victor 78; A hora é essa / Bye, bye, my baby (1943) Victor 78; Cai, cai / Brasil (1944) Victor 78; Tico-tico no fubá / Morena boca de ouro (1944) Victor 78; Aquarela do Brasil / Praça onze (1944) Victor 78; Carinhoso / Batuque no morro (1944) Victor 78; Não tenho lágrimas / O caminho é longo para Tipperary (1944) Victor 78; A casinha pequenina / Jurô (1946) Victor 78; Meu limão, meu limoeiro / Implorar (1946) Victor 78; Menina dos olhos / Escorregando (1946) Victor 78;Meu chamego é você (1946) Victor 78; Edinho no frevo (1946) Victor 78 / Olha a saúde (1946) Victor 78; De guarda-sol aberto (1946) Victor 78; Entra na fila (1946) Victor 78; Feiticeira / Sétimo véu (1947) RCA Victor 78; Palpite feliz / Danúbio azul (1947) RCA Victor 78; Gafanhoto / Lamento negro (1947) RCA Victor 78; Linguarudo (1947) RCA Victor 78; Tira-teima (1947) RCA Victor 78; Chegou sua vez (1947) RCA Victor 78; Cheguei na hora (1947) RCA Victor 78; Agora é você (1947) RCA Victor 78; Peguei um ita no Norte / Atraente (1949) RCA Victor 78; Lá vai veneno (1950) RCA Victor 78; O tocador quer fumar (1950) RCA Victor 78; Frevo da meia-noite (1950) RCA Victor 78; O caldeirão está fervendo (1950) RCA Victor 78; Com essa eu vou (1950) RCA Victor 78; Gaúcho (1950) RCA Victor 78; Três da tarde / Fogão (1950) RCA Victor 78; Sururu na cidade / Último desejo (1950) RCA Victor 78; Canta Brasil / No rancho fundo (1950) RCA Victor 78; Frevo dos vassourinhas / Freio a óleo (1950) RCA Victor 78; Aperta o passo (1950) RCA Victor 78; Lágrimas de folião (1950) RCA Victor 78; Gostozinho (1950) RCA Victor 78; Ponto final (1950) RCA Victor 78; Feitio de oração / Mesquitiando (1951) RCA Victor 78; Peixe vivo / Meu barquinho (1951) RCA Victor 78; Favela / Pedalinho (1951) RCA Victor 78; Canhão setenta e cinco / Saudades de Raul Morais (1951) RCA Victor 78; Minas Gerais / O delegado é o mesmo (1951) RCA Victor 78; Fazendo inferno (1951) RCA Victor 78; É pra quem pode / Adeus alegoria (1951) RCA Victor 78; Clarins da madrugada (1951) RCA Victor 78; Tira prosa (1951) RCA Victor 78; Xamexuga / Franci (1952) RCA Victor 78; Flor de laranjeira / Parabéns a você (1952) RCA Victor 78; Índia / Sugestivo (1952) RCA Victor 78; Jezebel / Dance no baião (1952) RCA Victor 78; É pra fuxico (1952) RCA Victor 78; Fantasma (1952) RCA Victor 78; Cangarussu / Carlos Avelino (1952) RCA Victor 78; Tota no frevo (1952) RCA Victor 78; Geraldo no frevo / Levado da breca (1952) RCA Victor 78; O banjo no baião / Rebolando (1953) RCA Victor 78; Esquecendo as mágoas (1953) RCA Victor 78; Baião do sul / Auf wierdersehen, meu amor. Com seu conjunto (1953) RCA Victor 78; Agora é cinza / Fecha, carrança (1954) RCA Victor 78; Arrasta-pé / Nostálgico (1954) RCA Victor 78; Vassourinhas no Rio (1954) RCA Victor 78; Isquenta mulhé (1954) RCA Victor 78; O frevo é assim (1954) RCA Victor 78; Ebb tibe / Anna (1954) RCA Victor 78; Por amor / Gracioso. Com seu conjunto (1954) RCA Victor 78; Vassourinha do Levino/Vai mexendo (1955) RCA Victor 78; Vale-tudo (1955) RCA Victor 78; Carro-chefe (1955) RCA Victor 78; Zaccarias no frevo (1956) RCA Victor 78; Não adianta chorar / Desacatando (1956) RCA Victor 78; Tempo quente (1956) RCA Victor 78; Os pobres de Paris / Blue star. Com Fats Elpídio (1956) RCA Victor 78; A woman in love / The tender trap. Com Fats Elpídio (1956) RCA Victor 78; Mr. Wonderful / Memories are made of this. Com Fats Elpídio (1956) RCA Victor 78; Aquarela do Brasil / Na Baixa do Sapateiro (1957) RCA Victor 78; Quarto centenário / Dobrado 220 (1957) RCA Victor 78; Papa-filas (1958) RCA Victor 78;  Sacode tudo (1958) RCA Victor 78; Viva o nosso papai. Com Quarteto Excelsior (1959) RCA Victor 78; Sambas em black tie [195?] RCA Victor LP; Sambas em desfile [195?] RCA Victor LP; Uma noite no Country Club [195?] RCA Victor LP; Coquetel dançante Nº 2 [195?] RCA Victor LP; Música, maestro [195?] RCA Victor LP; A corneta no samba / Nostalgia (1960) RCA Victor 78; Gavião / É de estourar (1961) RCA Victor 78; Recordando a mocidade / Segure esse bode (1961) RCA Victor.

Fontes: Discografia de Zaccarias; Dicionário Cravo Albin da MPB.