quinta-feira, 7 de junho de 2007

Moraes Moreira

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Antônio Carlos Moreira Pires nasceu em Ituaçú BA em 08 de Julho de 1947. Desde cedo tocava sanfona, que mais tarde substituiu pelo violão e pela guitarra. Em 1966 mudou-se para Salvador BA e entrou em contato com o rock and roll, e também com as criações de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo.

Arranjou emprego num banco, e em noitadas de violão na própria pensão onde morava, conheceu Paulinho Boca de Cantor e Luís Galvão, com os quais criaria o grupo Os Novos Baianos, que estreou em 1968.

Em 1975 deixou o grupo para seguir carreira individual. Em 1976 fez grande sucesso no Carnaval baiano, como cantor do Trio Elétrico de Dodô e Osmar. Lançou em 1978 Pombo correio, que se tornou grande êxito carnavalesco nacional.

A partir de 1983, passou a desenvolver o Projeto Brasil, uma série de shows pelas capitais do pais, com repertório carnavalesco, frevos e marchas como Grito de guerra e Festa do interior.

Comemorou 50 anos de idade em 1997, com o CD Estados, que incluiu o sucesso Sinal de vida. Lançou também pela Virgin o CD 50 Carnavais, com sete inéditas e cinco regravações de antigos sucessos.

Algumas músicas

A lua e o mar, Acabou chorare, Assim pintou Moçambique, Brasil pandeiro, Carnaval em cada esquina, Chame gente, Chão da praça, De noite e de dia, Festa do Interior, Lá vem o Brasil descendo a ladeira, Lambada de amor não dói, Lenda do Pégaso, Meninas do Brasil, Namoro astral, O caminhão da alegria, Pelas capitais, Pombo correio, Preta Pretinha, Santa Fé, Sintonia, Todo mundo quer.

Nara Leão

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Nara_Leao_1968

Nara Leão (Nara Lofego Leão), cantora, nasceu em Vitória ES, em 19/1/1942 e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 7/6/1989. Com um ano de idade foi com a família para o Rio de Janeiro RJ. Em 1954, começou a aprender violão com o violinista e cantor Patrício Teixeira, passando em seguida a estudar com Roberto Menescal.

Ainda como amadora, participou de 1957 a 1959 de shows universitários com os integrantes do movimento bossa nova, que então se iniciava, ao mesmo tempo que trabalhava como repórter do jornal Última Hora. Sua casa passou a ser ponto de encontro de compositores e cantores, mas só em 1963 realizaria sua estréia como profissional, trabalhando ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia musical Pobre menina rica, de autoria desses dois compositores, apresentada na boate carioca Au Bon Gourmet.

Ainda nesse ano fez suas primeiras gravações: participou da trilha sonora do filme Ganga Zumba, rei dos Palmares (dirigido por Carlos Diegues), em que cantou Naná (Moacir Santos); e também gravou duas faixas no LP de Carlos Lyra Depois do Carnaval, lançado pela Philips: a marcha-rancho Marcha da quarta-feira de cinzas (Carlos Lyra e Vinícius de Moraes) e o sambalanço Promessas de você (Carlos Lyra e Nelson Lins e Barros).

Ainda em 1963 excursionou pelo Japão e pela França com Sérgio Mendes. Em 1964 gravou seu primeiro LP, Nara, pela Elenco, lançando várias músicas que se tornariam importantes, como Diz que eu fui por aí (Zé Kéti e H. Rocha), Consolação (Baden Powell e Vinícius de Moraes), O morro (Feio não é bonito) (Carlos Lira e Gianfrancesco Guarnieri), e O sol nascerá (Cartola e Elton Medeiros). Esse disco provocou grande polêmica, pois a Musa da Bossa Nova, como era apelidada, havia escolhido um repertório frontalmente contrário ao que vinha interpretando. Ainda em 1964, gravou seu segundo LP Opinião de Nara, na Philips, cantando Chegança (Edu Lobo e Oduvaldo Viana Filho) e Opinião (Zé Kéti).

Em dezembro de 1964, ao lado de Zé Kéti e João do Vale, apresentou-se com muito sucesso no show Opinião, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, dirigido por este último, no Teatro Opinião, no Rio de Janeiro.

Em 1965 lançou Chico Buarque, interpretando as músicas Pedro pedreiro e Olê, olá e participou do show Liberdade, liberdade (Flávio Rangel e Millor Fernandes), dirigido por Flávio Rangel, no Teatro Opinião. No ano seguinte gravou o LP Manhã de liberdade, na Philips.

Também em 1966, no auge da carreira, interpretou A banda, com seu autor, Chico Buarque, no II FMPB, da TV Record, de São Paulo SP, classificando-a em primeiro lugar, ao lado de Disparada (Geraldo Vandré e Teo de Barros).

Defendeu, em 1967, no III FMPB, A estrada e o violeiro, ao lado do autor Sidney Miller, que ganharia o prêmio de melhor letra. Nos anos de 1966 e 1967, teve um programa semanal - Pra ver a banda passar - com Chico Buarque, na TV Record, e nesse último ano gravou o LP Canto livre de Nara.

Aderiu, em 1968, ao movimento tropicalista, participando do LP Tropicália ou Panis et circensis, ao lado de Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano Veloso. No mesmo ano, fez as gravações de seu LP Nara Leão, que incluía, entre outras, o choro Odeon (Ernesto Nazareth), com letra escrita especialmente para a cantora por Vinícius de Moraes. No ano seguinte, mudou-se para Paris, França, onde gravou novo LP no qual interpretou o choro Apanhei-te, cavaquinho (Ernesto Nazareth), para o qual escreveu uma letra.

Ainda em Paris, gravou, em 1971, o LP Polydor Dez anos depois, álbum retrospectivo da bossa nova. Voltou ao Brasil nesse ano e em 1972 trabalhou, ao lado de Maria Bethânia e Chico Buarque, no filme Quando o Carnaval chegar, de Carlos Diegues, seu marido. Nos anos seguintes, afastou-se aos poucos da carreira, limitando-se a realizar algumas gravações e raras apresentações, tendo ainda ingressado em curso de psicologia, da Universidade Católica do Rio de Janeiro. Participou de gravações de LPs de outros artistas, como Fagner, de discos em parceria, como Quando o Carnaval chegar, cantando ao lado de Chico Buarque e Maria Bethânia, e lançando compactos, como Grândola Vila Morena (José Afonso).

Em fins da década de 1970 saíram os LPs Meus amigos são um barato (Philips, 1977), com participação de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Erasmo Carlos, Edu Lobo, Chico Buarque, Roberto Menescal, Carlos Lyra, Tom Jobim, e outros; Que tudo mais vá pro inferno (1978) e Nara Leão canta em castelhano (1979).

Entre 1980 e 1988 foram lançados nove LPs: em 1980, Com açúcar e com afeto; 1981, Romance popular; 1982, Os grandes sucessos de Nara Leão; 1983, Meu samba encabulado; 1984, Luz da manhã; 1985, Um cantinho, um violão (com Roberto Menescal), gravado no Japão; 1986, Garota de Ipanema; 1987, Meus sonhos dourados; e em 1988, Série personalidade - Nara, todos pela Polygram.

Com vários LPs gravados, participou durante a carreira de todos os movimentos musicais, tendo lançado inúmeros compositores novos e relançado outros tantos antigos, numa sempre louvada capacidade de escolha de seu repertório.

Algumas músicas

Veja também:

Nelson Gonçalves

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Antônio Gonçalves Sobral nasceu em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, no dia 21 de junho de 1919. Logo depois, Nelson mudou-se com seus pais portugueses para o bairro do Brás, em São Paulo, onde foi criado. E para sobreviver, chegou a desempenhar as atividades mais diversas. Antes de trabalhar como garçom no bar de seu irmão na Avenida São João, em São Paulo, trabalhou como engraxate, mecânico e jornaleiro. Bastante impulsivo e violento, aos 16 anos, foi campeão paulista de box, na categoria de peso-médio. Depois, durante o tempo em que morou no Rio, após ser recusado em várias rádios, foi finalmente crooner do Cassino Copacabana Palace, alcançando então o início da tão sonhada glória nacional.
Grande ídolo na década de 50, apresentou-se em diversas capitais e cidades brasileiras. Fora do Brasil, no Uruguai, Argentina e nos Estados Unidos, onde apresentou-se, em 1961, no lendário Radio City Hall, de Nova York. No final dos anos 50, envolveu-se com cocaína. Em 1966, chegou a ser preso em flagrante, passando um mês na Casa de Detenção. Depois caiu num ostracismo que lhe custou muito sofrimento e trabalho para se reerguer.
Apesar da vida atribulada e do temperamento quente, Nelson Gonçalves dedicou mais de cinqüenta anos de sua vida à música. Durante sua carreira, gravou mais de 2.000 canções, 183 discos em 78 rpm, 128 álbuns e vendeu cerca de 78 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina. Por seu último disco, "Ainda é Cedo" (1997), Nelson iria receber o disco de ouro.
A mais bem sucedida parceria de Nelson Gonçalves foi com o seu amigo de longa data, Adelino Moreira, um dos maiores letristas e compositores do gênero samba-canção, que compôs para Nelson mais de 370 músicas. Adelino, que ajudou a cunhar definitivamente o estilo de Nelson, esteve presente no enterro do amigo, muito emocionado, cantando trechos da música "Lua Namoradeira", tema que estava terminando de compor para a voz de Nelson.
E foi exatamente dessa parceria, a partir dos anos 50, que nasceram alguns dos maiores sucessos de Nelson, como A volta do boêmio, Deusa do asfalto, Fica comigo esta noite, Êxtase e Escultura. Eram temas românticos, em geral arrebatadores, de paixões perdidas ou imortais. E tudo devidamente embalado naquele maravilhoso vozeirão de grande extensão e muita emoção pura. E Nelson gabava-se de usar apenas um terço da potência de sua voz. A morte de Nelson Gonçalves, aos 78 anos, no sábado do dia 18 de abril de 1998, encerrou uma era na música brasileira.
Algumas músicas

A deusa da minha rua, A flor do meu bairro, A media luz (versão), A noite do meu bem, A saudade mata a gente, A volta do boêmio, A voz do violão, Adeus (Cinco letras que choram), As pastorinhas, As rosas não falam, Apelo, Aquela mulher, Argumento, Atiraste uma pedra, Boêmio demodê, Cabelos brancos, Cabelos cor de prata, Cadeira vazia, Caminhemos, Camisola do dia, Carlos Gardel, Chão de estrelas, Chore comigo, Ciclone, Como vai você, Com que roupa?.

Da cor do pecado, Depois de 2001, Deusa do asfalto, Deusa do Maracanã, Dolores Sierra, Dora, Dos meu braços não sairás, Ela disse-me assim, Ela me beijou, Errei, erramos, Escultura, Esse moços (Pobres moços), Estudante, Eu sei que vou te amar, Êxtase, Feitiço da Vila, Feitio de oração, Fica comigo esta noite, Fita amarela, Folha morta, Hoje quem paga sou eu.

Juramento falso, Lembranças, Mágoas de caboclo, Manias, Maria Bethânia, Marina, Mariposa, Matriz ou filial, Memórias do Café Nice, Meu dilema, Meu vício é você, Moça, Modinha, Mulher, Nada além, Naquela mesa, Nega manhosa, Negue, Nem às paredes confesso, Noite cheia de estrelas, Normalista, Nossos momentos, Número um, Nunca.

Onde anda você, Ouça, Palpite infeliz, Pensando em ti, Quando o samba acabou, Queixas, Quem há de dizer, Renúncia, Revolta, Risque, Ronda, Rosa, Se acaso você chegasse, Só nós dois, Somos iguais, Sorris da minha dor, Suas mãos, Três apitos, Último Desejo, Viagem.

Nico Fidenco

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Nico Fidenco começou sua carreira em 1951, quando fez o curso de Direção no Centro Experimental de Cinema de Roma. Em 1953 ingressou na Universidade de Roma, em Medicina e, logo após, em Direito, mas sua alma estava nas artes e participou da realização de alguns documentários como Auxiliar de Direção ao mesmo tempo como Diretor Assistente num longa metragem de Brusati.
Em 1960 eviou algumas músicas de sua autoria ao diretor artístico da RCA Italiana, Enzo Micocci, que gostou de sua voz aveludada e o indicou para a gravação do tema do filme "I Delfini", de Maseli: What a Sky. Este foi seu primeiro disco e também o primeiro sucesso, pois conseguiu vender 500 mil cópias somente nos primeiros meses de lançamento.
A partir de então, passou a se dedicar totalmente à música, seja como cantor ou compositor. No espaço de seis anos atingiu o recorde de mais de seis milhões de discos vendidos só na Itália. Isso aconteceu com diversas canções, incluindo vários temas de filme como: La Ragazza Con La Valigia, Exodus, L'Uomo Che Non Sapeva Amare, Moon River entre outros.
Entre suas composições de grande sucesso pode-se também destacar: Legata ad un granello di sabbia, Come Nasce Un Amore, Con Te Sulla Spiaggia, Se Mi Perderai entre outras.
Desde os anos 60, Nico Fidenco, corre o mundo inteiro, do Japão aos Estados Unidos, da Austrália ao Brasil, relembrando seus grandes sucessos e apresentando novas canções.
Veja também:
fonte: Bella Italia

Os Cariocas

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Os Cariocas

Conjunto vocal formado no Rio de Janeiro RJ em 1942, atuou ininterruptamente até 1967, alcançando maior popularidade nos períodos de 1948 a 1955 e de 1961 a 1967. Organizado pelos irmãos Ismael Neto (Ismael de Araújo Silva Neto, Belém PA 1925-1956) e Severino Filho (Severino de Araújo Silva Filho, Belém 1928-), moradores do bairro carioca da Tijuca, o grupo atuou como quinteto até 1961.

Contando inicialmente com Ari Mesquita, Salvador e Tarqüínio, amigos e moradores do mesmo bairro, começou apresentando-se no Instituto Lafayette, colégio onde o pai dos paraenses trabalhava como professor. Nessa época, Ismael iniciou-se no violão, enquanto Severino tomou aulas de teoria musical com Hans Joachim Koellreutter.

Em 1945, com Valdir Prado Viviani (pianista e solista de gaita) substituindo Ari Mesquita, que adoecera, o grupo se inscreveu no Papel Carbono, programa de calouros de Renato Murce na Rádio Clube (hoje Mundial). Estrearam cantando o fox If You Please, obtendo o terceiro lugar, o que os animou a tentar nova apresentação, desta vez alcançando o primeiro lugar com a interpretação de Rum and Coca-Cola.

Quando Renato Murce decidiu reunir o programa todos os vencedores das diversas disputas, o conjunto liderado por Ismael Neto foi o campeão absoluto. Decidiram então profissionalizar-se e, por intermédio de um amigo da família, Ismael conseguiu uma apresentação para o maestro Radamés Gnattali, na época diretor artístico da Rádio Nacional. Este gravou um acetato com o grupo e mostrou-o a Haroldo Barbosa, chefe da discoteca da emissora, que contratou o conjunto, na base de cachê, para atuar no programa Um Milhão de Melodias.

Em princípios de 1946, intitulando-se Os Cariocas, iniciaram carreira como artistas exclusivos da Rádio nacional, onde permaneceram por mais de 20 anos. Ainda em 1946 Tarqüínio e Salvador deixaram o grupo, e foi com a seguinte formação que Os Cariocas atravessaram sua primeira fase de maior popularidade: Badeco (Emanuel Barbosa Furtado), primeira voz; Severino Filho, segunda voz; Ismael Neto terceira voz e autor das vocalizações; Quartera (Jorge Quartarone), quarta voz; Valdir, quinta voz e solos, inclusive assobiados.

Em fins de 1947 João de Barro, diretor artístico da Continental e versionista de vários filmes do norte-americano Walt Disney, chamou o conjunto para realizar a dublagem do desenho animado Ferdinando. Convidados em seguida a gravar na Continental, lançaram, no início de 1948, Nova ilusão (Luís Bittencourt e José Meneses) e Adeus, América (Haroldo Barbosa e Geraldo Jacques), que marcaram, ambos, o primeiro grande sucesso do grupo. Entre outros discos seus lançados na Continental destacaram-se a marcha junina Eu também sou Batista (Wilson Batista e José Batista) e o baião Juazeiro (Luiz Gonzaga e Humberto teixeira). Atuando também como compositor, Ismael Neto fez Marca na parede, um dos grandes sucessos lançados por Os Cariocas na etiqueta Sinter, onde passaram a gravar a partir de 1950.

Em 1953 Ismael Neto passou a compor com Antônio Maria, e a dupla tornou-se responsável por alguns dos grandes sucessos de meados da década de 1950, como Canção da volta, lançada por Dolores Duran em 1954, e Valsa de uma cidade, gravada por Os Cariocas. Novamente na Continental em 1954 (no ano anterior haviam passado para a Victor), em dezembro o grupo participou da gravação da Sinfonia do Rio de Janeiro, um LP de dez polegadas com músicas de Tom Jobim e Billy Blanco .

Em fins de 1955 Severino Filho assumiu a liderança do conjunto, quando Ismael Neto adoeceu (morreria em 1956), sendo substituído por sua irmã, Hortênsia da Silva Araújo. Em 1956 o grupo apresentou-se na Argentina, México, Porto Rico e E.U.A.

Na fase da bossa-nova, na década de 1960, atuaram intensamente, incluindo novas composições em seu repertório e influenciando outros conjuntos vocais que surgiam, com seu estilo de interpretação. Em 1961 o grupo sofreu suas derradeiras alterações, com a saída de Hortênsia e Valdir, este substituído por Luís Roberto (Luís Roberto Gomes morreu no Rio, em 20/10/1988). Transformados em quarteto, gravaram dois LPs na Mocambo (1962) e passaram depois para a Philips, onde gravaram suas mais representativas interpretações dessa segunda fase, em vários LPs, até 1967, quando o grupo se dissolveu.

Após 1967, Severino Filho continuou trabalhando como arranjador de orquestras de estúdio. Em 1988, o grupo voltou a se apresentar e seus integrantes sofreram com a perda do contrabaixista Luís Roberto, que morreu de enfarte durante uma apresentação no Jazzmania. Em novembro de 1997, comemoraram 50 anos de carreira com show no Mistura Fina, e lançaram novo disco, o CD A bossa brasileira, pelo selo Albatroz, com a seguinte formação: Severino Filho (piano), Jorge Quartera (bateria) - os dois que restaram da formação original - e os recém-chegados Nil Teixeira (violão) e Eloi Vicente (baixo).

Veja também:

Agostinho dos Santos / Alaíde Costa / Aloysio de Oliveira / Baden Powell / Billy Blanco / Bossa Nova, Dicionário da / Bossa Nova, História da / Bossa Nova, mais letras / Carlos Lyra / Chico Feitosa / Edu Lobo / Elizeth Cardoso / João Gilberto / Johnny Alf / Leila Pinheiro / Luiz Bonfá / Lula Freire / Maysa / Nara Leão / Newton Mendonça / Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli / Sylvia Telles / Tom Jobim / Vinícius de Moraes.

Oswaldo Montenegro

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Oswaldo Montenegro (Osvaldo Viveiros Montenegro), cantor, compositor e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 15/3/1956. Mudou-se aos sete anos de idade para São João Del Rei MG, onde, ouvindo os seresteiros locais, teve um contato mais próximo com a música. Nessa época, ganhou seu primeiro violão e compôs sua primeira música, Lenheiro. Aos nove anos voltou para o Rio de Janeiro, e em 1970 mudou-se para Brasília DF, onde começou a participar de festivais universitários de música.
Em 1972, no sexto e último FIC, concorreu com Automóvel, gravada por Os Três Morais. Em 1978 gravou seu primeiro disco, Trilhas, por selo independente; no ano seguinte, estreou na Warner, lançando o LP Poeta maldito, moleque vadio.
Também em 1979 conseguiu sua primeira grande projeção como intérprete, defendendo no Festival de Música da TV Tupi sua composição Bandolins, classificada em terceiro lugar e sucesso nacional.
Em 1980 venceu o festival MPB Shell, transmitido pela TV Globo, defendendo Agonia (Mongol), que se tornou outro êxito nacional. Em 1985 chegou à final do Festival dos Festivais, da TV Globo, com O condor.
Paralelamente à carreira musical, tem escrito e dirigido várias peças teatrais musicadas, como João sem nome (1975), Veja você, Brasília (1981 ), A dança dos signos (1983), Léo e Bia (1984) e a peça infantil O vale encantado (1993), nas quais se revelaram cantoras como Zélia Duncan, Cássia Eller e Deborah Blando, o saxofonista Milton Guedes e a atriz Teresa Seiblitz (página dedicada aos fãs deste grande compositor e cantor e a Roberto Reibnitz).
Veja também:

Paulinho da Viola

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Paulinho da Viola

Paulinho da Viola (Paulo Cesar Batista de Faria), compositor, cantor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro em 12/11/1942. Seu pai, o violonista César Faria, que fez parte do conjunto Época de Ouro, sempre trazia para tocar em sua casa os grandes chorões da época, como Pixinguinha e Jacó do Bandolim, mas não desejava que seu filho fosse músico.
Este, no entanto, convenceu-o a dar-lhe um violão, instrumento que começou a aprender sozinho e, depois, com Zé Maria, amigo da família. Residindo no bairro de Botafogo, todos os fins de semana ia visitar sua tia em Jacarepaguá, onde tinha mais liberdade para sair à noite e ouvir mÚsica. Por essa época, chegou a organizar um bloco carnavalesco, Foliões da Anália Franco, que mais tarde se transformou em conjunto, e no qual tocava violão.
A primeira escola de samba que freqüentou foi a União de Jacarepaguá, onde conheceu sambistas como Jorge Mexeu e Catoni. Compôs seu primeiro samba, Pode ser ilusão, em 1962, quando já pertencia à ala dos compositores da escola e tocava cavaquinho. No ano seguinte, foi convidado a mudar de escola por seu primo Oscar Bigode, diretor de bateria do G.R.E.S. da Portela, que o levou para conhecer os membros da ala dos compositores. Na ocasião, mostrou a primeira parte de um samba que estava fazendo, e Casquinha, um dos grandes compositores da Portela, gostou, completando Recado.
Passou então para a Portela, escola que defendeu com seus sambas, preocupando- se também em conservar-se o mais fiel possivel à sua raiz popular. Nesse penedo, estudava contabilidade e trabalhava numa agência bancária, onde um dia reconheceu o poeta Herminio Belo de Carvalho, que freqüentava as rodas de choro; este se tornou grande incentivador de sua carreira, nascendo dai nova parceria.
Ainda em 1963, o poeta apresentou-o a Cartola, compositor da Mangueira, ídolo que influenciou sua obra no inicio da carreira. Cartola e sua mulher, Zica, tinham um restaurante (Zicartola) onde se apresentavam diversos sambistas. Ai, passou a acompanhar, no violão ou cavaquinho, compositores e cantores, apresentando-se tambem cantando música de outros autores. Depois de fazer um show com o compositor Zé Kéti, foi por ele incentivado a cantar suas próprias músicas no Zicartola. Um ano depois, decidiu abandonar o emprego de bancário e dedicar-se definitivamente à música.
Em 1965, já com o nome de Paulinho da Viola, que lhe fora dado por Sérgio Cabral e Zé Kéti, participou com mais quatro sambistas (Elton Medeiros, Nelson Sargento, Nescarzinho do Salgueiro e Jair do Cavaquinho) do musical, montado por Hermínio Belo de Carvalho, Rosa de ouro. O musical foi montado inicialmente no Teatro Jovem, do Rio de Janeiro, indo depois para São Paulo SP e Salvador BA, representando grande passo em sua carreira, com a gravação, naquele mesmo ano, pela Odeon, do LP Rosa de ouro, volume 1.
Também em 1965, seu nome apareceu em mais dois LPs, Roda de samba, volumes I e II, da Musidisc: a pedido dessa gravadora, Zé Kéti organizara o conjunto A Voz do Morro, com sambistas do Rosa de Ouro, acrescido dele próprio, de Oscar Bigode e Zé Cruz, que fazia ritmo num chapéu de palha. No primeiro disco — do qual não participou Nelson Sargento — apareciam três sambas seus, Coração vulgar, Conversa de malandro e Jurar com lágrimas. No segundo LP, que incluiu Nelson Sargento, aparecem outros dois sambas seus: Recado e Responsabilidade. Por essa época, ja era conhecido também como cantor.
Em 1966, seu samba-enredo Memórias de um sargento de milícias venceu pela Portela; no mesmo ano, gravou o terceiro LP com o conjunto A Voz do Morro e também gravou com Elton Medeiros o LP Na madrugada, que incluia seus sambas Arvoredo, Catorze anos, Momento de fraqueza, Minhas madrugadas (com Candeia) e Jurar com lágrimas, ambos pela RGE. Mudou-se nessa epoca para o Solar da Fossa, onde moravam vários compositores em inicio de carreira. Aí, conviveu com o grupo baiano Gilberto Gil, Caetano Veloso, Capinam, entre outros —, conhecendo o trabalho que desenvolviam. Nesse mesmo ano, participou do II FMPB, da TV Record, de São Paulo, quando sua composição (com Capinam) Canção para Maria, interpretada por Jair Rodrigues, obteve o terceiro lugar.
Ainda em 1966, com seu amigo e parceiro Elton Medeiros, acompanhou Clementina de Jesus no Festival de Arte Negra em Dacar, Senegal. Em 1967 foi lançado o LP Rosa de ouro, volume II, pela Odeon. No ano seguinte, seu samba Coisas do mundo, minha nega foi classificado em sexto lugar na I Bienal do Samba (Teatro Paramount, São Paulo), defendido por ele próprio.
Em 1968 gravou na Odeon seu primeiro LP individual, Paulinho da Viola. No mesmo ano, compôs com Herminio Belo de Carvalho o samba Sei lá, Mangueira, que foi inscrito no IV FMPB e, defendido por Elza Soares, classificou-se entre os finalistas, acabando por criar um problema com a Portela, pois o tema era a Mangueira. No ano seguinte, no V FMPB, obteve o primeiro lugar com Sinal fechado, composição que revela outra face de sua obra, musicalmente mais elaborada e resultante de pesquisas a que também se dedicava.
Em 1970 obteve grande sucesso no Carnaval, com sua homenagem à Portela, Foi um rio que passou em minha vida, que fez parte do LP do mesmo nome lançado naquele ano pela Odeon. Ainda em 1970, produziu um LP pela RGE Portela, passado de glória, em que foram reunidos os velhos compositores da escola, entre eles seu pai tocando violão.
Em 1971 lançou mais um LP pela Odeon, no qual presta homenagem a Nelson Cavaquinho com o samba Sol e pedra. Relembrou-o ainda na II Bienal do Samba, quando tocou beliscando as cordas, como fazia Nelson Cavaquinho. Em 1972 lançou outro LP pela Odeon, Dança da solidão, e, em novembro, apresentou-se na então R.F.A. e na Áustria, com Maria Betânia, Terra Trio, Sebastião Tapajós, iorge Arena e Pedro Sorongo.
Um ano depois fez um show com Sérgio Cabral, o Sarau, no Teatro da Lagoa, Rio de Janeiro, em que se apresentou com o conjunto Época de Ouro, concretizando velha idéia sua de reafirmar o choro na música popular brasileira. Ainda em 1973, foi lançado seu LP Nervos de aço pela Odeon, em que aparecem Choro negro (com Fernando Costa) e Comprimido, entre outros, confirmando a versatilidade de sua obra.
Durante o ano de 1974, dedicou- se a apresentações em todo o pais e, no ano seguinte, com Outros compositores e críticos, participou da fundação do Clube do Choro, no Rio de Janeiro. Ainda em 1975, lançou Outro LP, o Amor a natureza, pela Odeon. No ano seguinte, lançou o álbum duplo Memórias 1: cantando e Memórias 2: chorando (EMI). Em 1977 lançou o LP Paulinho da Viola e, no ano seguinte, outro LP com mesmo titulo, em que apresenta Coração leviano, Sentimento perdido e Sofrer, entre outras.
Em 1979 lançou Zumbido (EMI), no qual voltou a gravar composições de Wilson Batista, como Chico Brito. Lançou em 1981 mais um LP com o título de Paulinho da Viola (WEA). Em 1982 lançou o LP A toda hora rola uma estória (EMI). O CD Eu canto samba (RCA) saiu em 1989 e, nele, além da música-título, destacam-se O tímido e a manequim e Quando bate uma saudade.
Em 1994 abriu o Heineken Concerts, no Palace, São Paulo, com Canhoto da Paraíba, Gilberto Gil e a Velha Guarda da Portela. No mesmo ano, Mansa Monte regravou Dança da solidão, no CD Cor-de-rosa e carvão. Em 1995, a Musidisc relançou em CD seu primeiro LP, Roda de samba. Na mesma ocasião, a EMI relançou em CD Paulinho da Viola (de 1975) e, pela Série 2 em 1, Memórias 1: cantando e Memórias 2: chorando (de 1976), Nervos de aço (de 1973) e Paulinho da Viola (de 1978).
Em 1996, a EMI reeditou em CD 11 LPs esgotados, lançados pela Odeon. No inicio do ano, participou de um show de fim de ano na praia de Copacabana, ao lado de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Gal Costa e Milton Nascimento, seguindo-se grande polêmica por ter ele recebido um cachê três vezes menor do que os outros artistas. Ainda em 1996, após oito anos sem gravar, lançou pela BMG o CD Bebadosamba. O CD, que lhe rendeu seu primeiro disco de ouro pelas 100 mil cópias vendidas, também deu origem a um show homônimo, eleito como um dos melhores do ano.
Ainda em 1996, lançou o CD duplo Bebadachama, gravado ao vivo durante apresentação ao lado de seu pai, em um show no Tom Brasil, em São Paulo, premiado como o melhor do ano pela APCA. Em maio de 1997, a RGE relançou em CD dois de seus primeiros discos: Na madrugada (com Elton Medeiros) e A voz do morro.
Obra
Abraçando Chico Soares, samba, 1971; Abre os teus olhos, 1976; O acaso não tem pressa, samba, 1971; Alô, alô, samba, 1966; Ame (c/Elton Medeiros), 1996; Amor à natureza, samba, 1975; Amor é assim, 1979; Amor é de lei (c/Sérgio Natureza), 1979; Ansiedade, samba, 1968; Aquela felicidade, 1979; Argumento, samba, 1975; Arvoredo, samba, 1966; Bebadosamba, 1996; Beliscando, 1976; Brancas e pretas (c/Sérgio Natureza), 1982; Canção para Maria (c/Capinam), samba-canção, 1966; Cantando, 1976; Cantoria (c/Hermínio Belo de Carvalho), 1989; O Carnaval acabou, 1976; Um caso perdido, 1989; Catorze anos, samba, 1966; Um certo dia para 21, samba, 1971; Choro de memórias, 1976; Choro negro (c/Fernando Costa), choro, 1973; Chuva, samba, 1974; Cidade submersa, samba, 1973; Coisas do mundo, minha nega, samba, 1969; Comprimido, samba, 1973; Conversa de malandro, samba, 1965; Coração da gente, 1981; Coração imprudente (c/Capinam), samba, 1971; Coração leviano, 1978; Coração vulgar, samba, 1965; Crotalus terrificus (c/Arrigo Barnabé), 1983; Da vida eu não sei, samba, 1966; Dama de “espadas”, 1996; Dança da solidão, samba, 1972; Depois de tanto amor, samba, 1966; Deixa pra lá, 1979; Dívidas (c/Elton Medeiros), 1976; Dona Santina e seu Antenor, samba, 1971; É difícil viver assim, 1996; Ela vem com as cartas marcadas e diz, 1996; Encontro, 1968; Essa nega pede mais, samba, 1973; Estamos noutra (c/Elton Medeiros), 1989; Estou marcado, samba, 1970; Eu canto samba, 1989; Feito passarinho (c/Salgado Maranhão), 1981; Flor esquecida, 1981; Foi demais (c/Mauro Duarte), 1979; Foi um rio que passou em minha vida, samba, 1970; Fulaninha, 1989; A gente esquece, samba, 1968, Guardei minha viola, samba, 1972; Inesquecível, 1976; Ironia, samba, 1972; Jurar com lágrimas, samba, 1965; Ladeira do chapelão, 1981; Lua, 1981; Mar grande (c/Sérgio Natureza), 1996; Maré mansa (c/Martinho da Vila), samba, 1974; Mariana, samba, 1975; Memórias conjugais, 1996; Memórias de um sargento de milícias, samba-enredo, 1966; Mensagem de adeus, samba, 1975; Mesmo sem alegria, samba, 1970; Meu novo sapato, 1976; Meu violão, 1982; Minhas madrugadas (c/Candeia), samba, 1966; Moema morenou (c/Elton Medeiros), samba, 1971; Momento de fraqueza, samba, 1966; Muito pessoal, samba, 1966; Na linha do mar, samba, 1973; Nada de novo, samba, 1969; Nada se perdeu, samba, 1975; Não é assim, 1982; Não leve a mal, samba, 1973; Não posso negar, 1979; Não quero vingança, 1981; Não quero você assim, samba, 1970; Nas ondas da noite, samba, 1971; No Carnaval da paixão, 1989; No pagode do Vavá, samba, 1972; Nossa alegria (c/Elton Medeiros), samba, 1974; Num samba curto, samba, 1971; Nuvem Mariana das ruas, samba, 1975; Olhar indiferente, samba, 1966; Onde a dor não tem razão (c/Elton Medeiros), 1981; Oração de Outono, 1976; Orgulho (c/Capinam), samba, 1972; Papo furado, samba, 1970; Para jogar no oceano, 1981; Para não contrariar você, samba, 1970; Para um amor no Recife, samba, 1971; Para ver as meninas, samba, 1971; Perder e ganhar, samba, 1971; Perdoa, 1976; Pintou um bode, 1989; Pode guardar as panelas, 1979; Pra fugir da saudade (c/Elton Medeiros), 1982; Pra que obedecer, samba, 1970; O pranto deste mundo (c/Herminio Belo de Carvalho), samba, 1972; Pressentimento, samba, 1970; Quando bate uma saudade, 1989; Quando o samba chama, 1996; Quem sabe um dia?, samba-canção, 1965; Recado (c/Casquinha), samba, 1965; Reclamação (c/Mauro Duarte), samba, 1971; Recomeçar (dElton Medeiros), 1979; Responsabilidade, samba, 1965, Reverso da paixão, 1996; Roendo unhas, samba, 1973; Romanceando, 1976; Rosa de ouro (c/Elton Medeiros e Herminio Belo de Carvalho), samba, 1965; Rosinha, essa menina, 1976; Ruas que sonhei, samba, 1970; Rumo dos ventos, 1982; Samba do amor (c/Herminio Belo de Carvalho e Elton Medeiros), 1968; Sei lá, Mangueira (c/Hermínio Belo de Carvalho), samba, 1968; Sem ela eu não vou, samba, 1968; Sentimento perdido, 1978; Simplesmente Maria, samba, 1970; Sinal fechado, samba, 1969; Sinhá não disse, samba, 1966; Só o tempo, 1982; Sofrer, 1978; Sol e pedra, samba, 1971; Solução de vida (Molejo dialético) (c/Ferreira Gullar), 1996; Tempo de decisão, samba, 1967; O tímido e a manequim, 1989; Timoneiro (c/Hermínio Belo de Carvalho), 1996; Tudo se transformou, 1980; Último lance (c/Sérgio Natureza), 1981; Vela no breu (c/Sérgio Natureza), 1976; O velório do Heitor, 1976; Vida (c/Elton Medeiros), samba, 1974; Vinhos finos.., cristais (c/Capinam), samba, 1971; Viver sem amor (c/Capinan), 1981; Zumbido, 1979.

Paulo Coelho

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Formado em direito, Paulo Coelho não chegou a exercer a profissão, tornando-se professor de criatividade no Rio de Janeiro e em Mato Grosso. Freqüentou o curso de comunicação da Walt Whitman School, em Maryland, E.U.A., e foi redator do jornal carioca Diário de Notícias.

Procurado por Raul Seixas, quando fazia uma revista de realismo fantástico, tornaram-se amigos e parceiros em várias composições, das quais a primeira foi Loteria de Babilônia, incluída no LP Phono 73; outras cinco foram incluídas no primeiro LP de Raul Seixas, em 1973: Al Capone, Rockixe, Cachorro urubu, As minas do rei Salomão, A hora do trem passar.

Nos LPs seguintes de Raul Seixas, também participou como letrista. Em 1974 passou a trabalhar com Rita Lee em músicas para o seu LP Fruto proibido, da Som Livre, lançado em 1975. A convite de Roberto Menescal, ainda em 1975, foi trabalhar no setor de serviços criativos da Phonogram. Fez parcerias também com Fábio Júnior e foi colaborador do jornal carioca O Globo e da Folha de São Paulo.

Seus sucessos como letrista incluem Sandra Rosa Madalena, gravada na década de 1970 por Sidney Magal, e Arrombou a festa, lançada em 1977 por Rita Lee. A partir do final da década de 1980, publicou romances de inspiração esotérica, entre os quais Diário de um Mago (1987), O Alquimista (1988), pela Editora Rocco, e O Monte Cinco (1996).

Paulo Sérgio

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Paulo Sérgio (Paulo Sérgio de Macedo), cantor e compositor, nasceu em Alegre (ES), em 10/3/1944 e faleceu em São Paulo (SP), em 30/7/1981. Primeiro grande imitador de Roberto Carlos na fase da Jovem Guarda, surgindo justamente quando Roberto abandonava esse movimento por um pop-rock mais sofisticado; seu repertório, com letras mais derramadas que as de Roberto, caracteriza-o também como precursor do chamado estilo brega.
Mudando-se em 1966 para o Rio de Janeiro (RJ), foi descoberto no ano seguinte pela gravadora Caravelle, que em 1968 lançou seu primeiro disco, A última canção (Carlos Roberto), que vendeu mais de 60 mil cópias em três semanas, transformando-o em perfeito substituto de Roberto Carlos.
Seguiram-se vários LPs, induindo sucessos como No dia em que parti (Carlos Roberto), Não creio em mais nada (Totó), Desiludido (Carlos Roberto), Eu te amo tanto, tanto (Manoel N. Pinto e Cirus) e o xaxado Minha madrinha (com Eustáquio Sena). Faleceu após ter sofrido um derrame cerebral durante um show num circo, em Itapecerica da Serra (SP).
Algumas músicas cifradas:
Veja também:

Paulo Vanzolini

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Nascido em São Paulo, aos quatro anos mudou-se para o Rio. Aos 18 anos, entrou para a faculdade de medicina, ao mesmo tempo em que passava a freqüentar as rodas de samba na noite carioca. Foi quando começou a compor seus primeiros sambas.
Dois anos depois, foi trabalhar com um primo na Rádio América, no programa Consultório Sentimental, da atriz Cacilda Becker. Em 1946, começou a dar aulas no Colégio Bandeirantes e foi trabalhar no Museu de Zoologia da USP. Formou-se um ano depois, casou-se e foi para os EUA, onde graduou-se doutor em zoologia, na Universidade de Harvard.
De volta a São Paulo, foi em 1951 que compôs seu maior clássico, o samba-canção Ronda, que se tornaria uma peça obrigatória nos pianos-bar de todo o país a partir de então. Inicialmente, porém, a canção não obteve maior repercussão, lançada por Inezita Barroso. Só faria sucesso real nos anos 60, graças à gravação da cantora Márcia. Depois, voltaria às paradas na voz de Maria Bethânia, que a regravou em 1978.
Ainda em 51, Vanzolini lançou um livro de poemas, "Lira". A seguir, foi convidado a atuar na TV Record (SP). Em 1963, teve seu samba Volta por cima lançado pelo sambista paulista Noite Ilustrada, com grande sucesso, em seu LP de estréia. Era o segundo clássico do compositor, depois regravado à exaustão. Nesse ano, Vanzolini tornou-se diretor do Museu de Zoologia e continuou compondo músicas, muitas delas conhecidas apenas pelos freqüentadores da boate Jogral, onde vez por outra dava canjas.
Em 67, dois de seus amigos, Luís Carlos Paraná e Marcus Pereira decidiram produzir um LP com suas canções, "11 Sambas e uma Capoeira", interpretada por diversos cantores, tais como Chico Buarque (Praça Clóvis e Samba erudito). Em seguida, inaugurou uma parceria com Toquinho, compondo "Na Boca da Noite" (que venceu a etapa paulista do II FIC, da TV Globo), "Boba" e "Noite Longa".
Em 1974, o mesmo Marcus Pereira em seu selo editou mais um LP do compositor, "A música de Paulo Vanzolini", com canções suas interpretadas por Carmen Costa e Paulo Marques, como Falta de Mim e Mulher que não dá samba. Destaca-se ainda em sua obra o samba Amor de trapo e farrapo, composto em 67.
Algumas músicas

Pedro Raimundo

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Pedro Raimundo, compositor, cantor e instrumentista, nasceu em Imaruí (SC) (29/6/1906) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) (9/7/1973). Filho do pescador e sanfoneiro João Felisberto Raimundo, começou a tocar sanfona aos oito anos. Mais tarde integrou, em sua cidade, a banda Amor à Ordem, além de se apresentar em festinhas. Foi pescador até os 17 anos, quando passou a trabalhar na construção da Estrada de Ferro Esplanada-Rio Deserto( SC).
Casado desde 1926, morou em Lauro Muller, Blumenau e Laguna (SC), fixando-se em Porto Alegre (RS) em 1929. Na capital gaúcha foi condutor de bondes e inspetor de tráfego, tocando sanfona em cafés do Mercado, nas horas de folga.
Em 1939 foi chamado a trabalhar na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre, onde organizou o Quarteto dos Tauras. Em 1942 excursionou pelo interior do Rio Grande do Sul e no ano seguinte foi ao Rio de Janeiro, onde se apresentou no Show Muraro, da Rádio Mayrink Veiga, e em programas da Rádio Tupi. Em seguida Almirante o levou para a Rádio Nacional. Contratado pela emissora, transferiu-se definitivamente para o Rio de Janeiro, lançando ainda em 1943, pela Columbia, seu primeiro disco, com o choro Tico-tico no terreiro e o xótis Adeus Mariana (ambos de sua autoria).
Sua descontração e exuberância valeram-lhe o slogan de O gaúcho alegre do rádio: alternava, em suas apresentações, músicas alegres com outras sentimentais. Foi o primeiro artista típico gaúcho a alcançar fama nacional. Apresentava-se com bombachas, lenço no pescoço, botas, esporas, chapéu e guaiaca. Percebendo a aceitação do seu traje regional, Luiz Gonzaga sentiu-se estimulado a apresentar-se como sertanejo nordestino.
Atuou nos filmes Uma luz na estrada, de Alberto Pieralise, em 1949, e Natureza gaúcha, de Rafael Mancini, em 1958.
Obra
Adeus, Mariana, xótis, 1943; Adeus, moçada, polca, 1944; Chico da roda, chorinho, 1947; Escadaria, choro, 1944; Gaúcho largado, toada, 1944; Mágoas de amor, tango, 1945; Meu coração te fala, valsa, 1945; Na casa do Zé Bedeu, polquinha, 1947; Oriental, baião, 1954; Prece, tango, 1950; Sanfoninha, velha amiga, polca, 1961; Saudade de Laguna, valsa, 1943; Se Deus quiser, xótis, 1943; Tá tudo errado (c/Jeová Rodrigues Portela.); polca, 1948; Tico-tico no terreiro, choro, 1943.

Peppino Di Capri

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Giuseppe Faiella, nome verdadeiro do cantor Peppino Di Capri, nasceu na cidade de Capri em 27 de julho de 1939. Começou a ter destaque nos anos 60 com interpretações de clássicos napolitanos em versões modernas, como "I Te Vurria Vasa", "Voce E Notte" e "Luna Caprese", além dos sucessos Roberta (que foi feita em homenagem para a primeira namorada de Peppino) e Champagne.
Foi um dos pioneiros a levar à Itália o "twist", interpretando "Let's Twist Again", de Chubby Checker. Em 1973, Peppino Di Capri venceu o tradicional Festival de San Remo com a canção "Un Grande Amore E Niente Più".
Em 1976 venceu novamente o Festival com "No Lo Faccio Più". Atualmente, Peppino Di Capri, faz diversas apresentações pelo mundo interpretando seu repertório dos anos 60 e 70.
Veja também:
Fonte: Bella Italia

Rafael Hernández

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Rafael Hernández Marín nasceu em 24 de outubro de 1891 em Aguadilla, Porto Rico. Inclinado para a música desde a mais tenra idade, tomou aulas de piano, violão, violino e instrumentos de metal. Durante a Primeira Guerra Mundial, Hernández foi recrutado no exército dos Estados Unidos, onde se uniu à banda militar. Depois que lhe deram alta com honras, viveu em Nova York por muitos anos.
Em 1926 fundou o Trío Borinquen. Seus sucessos na música popular durante essa epóca foram Siciliana, Me Pagarás, Quisqueya, Mi Patria Tiembla, Menéalo e Canto Pajarito entre outras. Em 1929, com sua canção Lamento borincano, sua fama definitivamente se tornou internacional no mundo da música.
Organizou o Cuertero Victoria que se fez famoso com temas como Preciosa, Muchos Besos e Venus. Em 1932 viajou ao México onde viveu por 16 anos e se casou com a senhorita María Pérez.
Em 1947 Don Luis Muñoz Marín, governador de Porto Rico, lhe ofereceu o cargo de Diretor de Sinfonia, rádio emissora pública, e, então, regressou ao seu lugar de origem: Porto Rico.
Rafael receceu muitos prêmios e reconhecimento. Faleceu em 11 de dezembro de 1965, mas sua grandiosa obra viverá por muitas gerações que hão de vir.
Algumas músicas

Raul Seixas

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Raul dos Santos Seixas, cantor, compositor, produtor e instrumentista nasceu em Salvador BA (28/6/1945) e faleceu em São Paulo SP (21 /8/1989). Sua grande influência foi o rock-and-roll da década de 50, que ouviu muito nos discos emprestados pelos vizinhos, funcionários do consulado norte-americano em Salvador.
Aos 12 anos fundou o conjunto The Panthers (mais tarde Os Panteras), primeiro grupo de rock de Salvador a usar instrumentos elétricos, passando a tocar em cidades do interior baiano. Começou a estudar direito, mas abandonou o curso para se dedicar à música. Em 1967, Jerry Adriani apresentou-se ao vivo em Salvador, acompanhado pelos Panteras, e se entusiasmou com o grupo, convencendo-os a se mudarem para o Rio de Janeiro RJ, onde gravaram pela Odeon (mais tarde EMI) seu primeiro disco LP, Raulzito e os Panteras.
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Raulzito e os Panteras.
De 1968 a 1972 trabalhou como produtor da CBS. Produziu e lançou, em 1971, o LP Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta sessão das dez, com músicas de sua autoria e em parceria com Sérgio Sampaio, tendo ambos como intérpretes ao lado de Míriam Batucada e Edy Star. Apresentou-se no VII F!C (transmitido pela TV Globo) em 1972, com duas músicas, Let me sing, let me sing e Eu sou eu, Nicuri é o diabo.
Contratado em 1972 pela Philips, gravou o LP Os 24 grandes sucessos da era do rock, no qual aparecia creditado apenas como produtor e arranjador (em 1975, com Raul já famoso, este LP seria relançado com seu nome e novo título, 20 anos de rock). Seu primeiro grande sucesso como intérprete foi Ouro de tolo, em 1973, incluída em seu primeiro LP solo Krig-há, Bandolo!, do mesmo ano e que incluiu outros êxitos, como Metamorfose ambulante, Mosca na sopa e Al Capone (Paulo Coelho). Seu sucesso se consolidou com os três LPs seguintes, Gitá (1974), Novo Aeon (1975) e Há dez mil anos atrás (1976).
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Abelardo Barbosa (Chacrinha) e Raul Seixas.
Mudando-se em 1977 para a Warner (que inaugurava sua filial brasileira), gravou três LPs: O dia em que a Terra parou (1977), que inclui Maluco beleza (com Cláudio Roberto), que se tornaria um hino da geração hippie, Mata virgem (1978) e Por quem os sinos dobram (1979).
Apesar de crescentes problemas de saúde e várias trocas de gravadoras, manteve o prestígio e o sucesso em quase todos seus LPs seguintes: Abre-te sésamo (CBS, 1980), Raul Seixas (incluindo sucessos como Capim Guiné, com Wilson Ângelo, e Carimbador maluco, este incluído no musical infantil Plunct, Plact, Zumm, da Rede Globo, Eldorado, 1983), Metro Linha 743 (Som Livre, 1984), Uah-baplu-bap-lah-béim-bum! (Copacabana, 1987), A pedra do Gênesis (Copacabana, 1988) e A panela do Diabo (em dupla com Marcelo Nova, um de seus maiores discípulos e líder do Camisa de Vênus; Warner, 1989). Seus outros sucessos incluem Como vovó já me dizia (com, Paulo Coelho, 1975), Rock das aranhas (1980) e Cowboy fora da lei (1987).
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Delírios do sultão Raul.
Com público dos maiores e mais fiéis, foi o primeiro artista brasileiro a ter um LP organizado e lançado por um fã-clube, a coletânea de gravações raras Let Me Sing my Rock-and-roll (1985, mais tarde encampada pela Polygram com título Caroço de manga), e mesmo após sua morte continua exercendo influência, com músicas regravadas por artistas tão diversos quanto Caetano Veloso (Ouro de tolo), Irmãs Galvão (Tente outra vez), Margareth Meneses (Mosca na sopa), Deborah Blando (A maçã) e o grupo RPM (Gita).
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Esse era o Raul.
Em 1995, várias homenagens marcaram seu aniversário - faria 50 anos. Foram lançados um livro, O trem das sete, Editora Nova Sampa, e um CD, Sociedade Grã-Kavernista apresenta sessão das dez, reedição do LP de 1971 (página dedicada a Tiffany Helga dos Santos, Itajaí-SC).
Algumas músicas
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Carimbador Maluco.