quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Eustórgio Wanderley

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Eustórgio Wanderley nasceu no dia 5 de setembro de 1882, na cidade do Recife, PE, onde estudou e morou durante quase toda sua vida. Adulto, dedicou-se ao jornalismo, atuando no Diário da Manhã e no Jornal do Recife.

Dando vazão aos seus pendores musicais, foi parceiro de Nelson Ferreira em diversas valsas e canções, sendo um dos primeiros pernambucanos a participar, pelo selo da RCA – Victor, da discografia brasileira, através de suas cançonetas que fizeram muito sucesso, como A pianista, O almofadinha e A melindrosa.

Durante o tempo que morou no Rio escreveu no Correio da Manhã, em A Noite Ilustrada, no Jornal do Brasil e em O Malho.

Em 1909 compôs a versão mais e picante e maliciosa da polca No bico da chaleira (a primeira versão foi escrita por Juca Storoni também no mesmo ano), gravada na Casa Edison pelos Os Geraldos.

Poeta, teatrólogo, foi membro da Academia Pernambucana de Letras e do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco.

Quando residia no Recife, publicou em dois volumes, Tipos Populares do Recife Antigo (1953/54).

Faleceu no dia 31 de maio de 1962, no Rio de Janeiro.

Fonte: Dicionário de Folcloristas Brasileiros.

Adelmar Tavares

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Adelmar Tavares (Adelmar Tavares da Silva Cavalcanti), advogado, professor, jurista, magistrado e poeta, nasceu em Recife, PE, em 16 de fevereiro de 1888, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de junho de 1963.

Ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde colou grau em 1909. Ainda estudante, começou a colaborar na imprensa como redator do Jornal Pequeno. Em 1910, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ocupou importantes cargos.

Foi professor de Direito Penal na Faculdade de Direito do Estado do Rio de Janeiro; promotor público adjunto (1910); curador de resíduos e testamentos (1918); curador de órfãos (1918-1940); advogado do Banco do Brasil (1925-1930); desembargador da Corte de Apelação do Distrito Federal (1940) e presidente do Tribunal de Justiça (1948-1950).

Enquanto desenvolvia sua carreira na magistratura, Adelmar Tavares continuava colaborando na imprensa, e seu nome se tornara conhecido em todo o Brasil no setor da trova, sendo considerado, até hoje, o maior cultor desse gênero poético no Brasil.

Suas trovas sempre mereceram referência na história literária brasileira. Sua obra poética caracteriza-se pelo romantismo, lirismo e sensibilidade, sendo recorrentes temas como o da saudade e o da vida simples junto à natureza. É de sua autoria, junto com o compositor Abdon Lyra, a modinha Estela (1910).

Era membro da Sociedade Brasileira de Criminologia, do Instituto dos Advogados, da Academia Brasileira de Belas Artes, membro e patrono da Academia Brasileira de Trovas. Era considerado o Príncipe dos Trovadores Brasileiros. Foi presidente da Academia Brasileira de Letras em 1948.

Obras

Descantes, trovas (1907); Trovas e trovadores, conferência (1910); Luz dos meus olhos, Myriam, poesia (1912); A poesia das violas, poesia (1921); Noite cheia de estrelas, poesia (1925); A linda mentira, prosa (1926); Poesias (1929); Trovas (1931); O caminho enluarado, poesia (1932); A luz do altar, poesia (1934); Poesias escolhidas (1946); Poesias completas (1958).
Fonte: Academia Brasileira de Letras http://www.academia.org.br/.