domingo, 7 de agosto de 2011

Maurício Tapajós

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Maurício Tapajós (Maurício Tapajós Gomes), compositor, instrumentista, cantor e produtor musical, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27/12/1943, e faleceu na mesma cidade, em 21/04/1995. Nascido em uma família carioca com forte ligação musical (o pai, Paulo Tapajós, era radialista, compositor e cantor e foi, com os irmãos, responsável pela estréia musical do poeta Vinícius de Moraes na parceria Loura ou morena, de 1928; o irmão Paulinho também é músico), começou a compor na década de 60.

Sua primeira composição gravada foi Carro de boi (com Cacaso), pelo conjunto Os Cariocas.

Em 1966, assinou a direção musical e a trilha sonora, em parceria com Hermínio Bello de Carvalho e Antonio Carlos Brito (Cacaso), da ópera popular João Amor e Maria, de autoria de Hermínio Bello de Carvalho. O musical foi encenado no Teatro Jovem (RJ), por um elenco formado por Betty Faria, Fernando Lébeis, José Wilker, José Damasceno, Cécil Thiré e os integrantes do grupo vocal MPB-4, com direção de Kleber Santos e Nélson Xavier e cenários de Marcos Flaksman. A trilha sonora do espetáculo, de sua parceria com Hermínio Bello de Carvalho, foi lançada em disco.

Em 1967, Mudando de conversa (com Hermínio Bello de Carvalho) obteve sucesso na interpretação de Dóris Monteiro.

Teve diversas músicas gravadas na década de 1970, incluindo o clássico anticensura Pesadelo, com Paulo César Pinheiro ("você corta um verso/ eu escrevo outro/ você me prende vivo/ eu escapo morto") e o hino da anistia To voltando. Criou sua própria gravadora, Saci (Sociedade de Artistas e Compositores Independentes). Pela Saci lançou Olha aí e o LP duplo Aldir Blanc & Maurício Tapajós.

Foi fundador da Amar (Associação dos Músicos, Arranjadores e Regentes) e presidente da entidade.

No ano de sua morte, foi realizado, no Teatro João Caetano (RJ), o show tributo "Amigos lembram Maurício Tapajós", com a participação de Paulinho Tapajós, Mu Carvalho, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Carlinhos Vergueiro, João Nogueira, Sérgio Ricardo, Cristina Buarque, Miúcha, Os Cariocas, O Trio, Cristóvão Bastos, Zezé Gonzaga, Célia Vaz, Alaíde Costa, Moacyr Luz, Marco Sacramento, Paulo Malaguti, Elza Maria e Amélia Rabelo, entre outros.

Maurício Tapajós faleceu aos 51 anos, em 21 de abril de 1995.

Fontes: CliqueMusic; Memorial da Fama.

Renato Barros

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Renato Barros (Renato Cosme Vieira de Barros), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27/09/1943. Em 1959 criou o grupo Renato e seus Blue Caps, que passou a se apresentar em bailes pela cidade.

Em 1966 teve a música Devo tudo a você gravada pelo cantor Jerry Adriani. O mesmo cantor gravou ainda Não me perguntem por ela, Triste amor, Uma vida inteira e Você quis zombar de mim, parceria com Ed Wilson, entre outras. 

Ainda em 1966, a cantora Wanderléia gravou Tudo morreu quando perdi você. No mesmo ano, foi de sua autoria um dos maiores sucessos do conjunto Renato e Seus Blue Caps, A primeira lágrima.

Em 1979, teve a música Eu não sabia que você existia com Tony gravada pela dupla Jane e Herondy.

Ao longo da carreira assinou parcerias com o irmão Paulo César Barros, Rossini Pinto, Lílian knapp e Ed Wilson, entre outros. Dois de seus maiores sucessos foram Menina linda e Feche os olhos, versões para as músicas I should have know better e All my loving, do conjunto inglês The Beatles, gravadas por Renato e Seus Blue Caps. Outro grande sucesso de sua carreira como compositor foi Devolva-me, parceria com Lilian Knapp e gravada inicialmente por Leno e Lilian e que no final dos anos 1990 ganhou um versão também de sucesso com a cantora Adriana Calcanhoto.

Em 1995 partcipou com seu conjunto das comemorações dos 30 anos da Jovem Guarda com apresentações em diversas casas de shows.

Com mais de 50 músicas gravadas, teve composições registradas por Wanderley Cardoso, The Fevers, Roberto CarlosErasmo Carlos e Leno e Lílian. Em contínua atuação como instrumentista e compositor, voltou a participar, em 2005, das comemorações dos 40 anos da Jovem Guarda, incluindo gravação de DVD comemorativo.

Obras

A garota que eu gosto, A pobreza, A saudade que ficou (c/ Ed Wilson),  Amor sem fim (c/ Alessandro),  Anjo rebelde (c/ Nanni e Cid Chaves),  Aprenda a me conquistar (c/ Lilian Knapp e Carlinhos),  Batom vermelho (c/ Nanni e Gelson Morais),  Blue caps twist,  Bonequinha,  Com você no coração (c/ Nanni),  Como há dez anos atrás,  Coração faminto (c/ Gileno),  Devo tudo a você,  Devolva-me (c/ Lilian Knapp),  Esta noite não sonhei com você,  Eu não aceito o teu adeus (c/ Mauro Motta),  Eu não sabia que você existia (c/ Tony),  Eu te amei demais,  Eu te amo,  Eu te quero, eu te adoro (c/ Rossini Pinto),  Feche os olhos (c/ Lennon e MacCartney),  Gamadinho por você,  Guerrilheiro do amor (c/ Nanni e Hugo Belardi),  Lar doce lar (c/ Carlinhos), Memórias (c/ Nanni), Menina feia,  Menina linda (c/ Lennon e MacCartney),  Meu amigo do peito,  Monaliza da tv (c/ Nanni),  Não foi o que eu fiz (c/ Pedrinho),  Não maltrate um coração,  Não me perguntem por ela,  Não vá embora sem me dizer,  Nos braços, nos olhos e no coração (c/ Nanni),  Nós dois,  O brinquedo se quebrou,  O feio (c/ Getúlio Côrtes),  O pica-pau (c/ Lilian Knapp),  Os costeletas (c/ Getúlio Côrtes e Carlinhos),  Pode me procurar (c/ Nanni),  Pra sempre (c/ Nanni),  Preciso ser feliz (c/ Paulinho e Lilian Knapp),  Primeira lágrima,  Querida Gina,  Se você soubesse (c/ Rossini Pinto),  Sem Suzana,  Sem você,  Sexo frágil (c/ Nanni),  Sim, sou feliz (c/ Paulo César Barros),  Só por causa de você (c/ Gileno),  Sou amor pra te entregar (c/ Massom),  Sou louco por ela (c/ Ed Wilson),  Suco de laranja (c/ Ernani Cardoso e Pantera),  Summer comes again, Triste amor,  Tudo morreu quando perdi você,  Um é pouco, dois é bom, três é demais,  Vamos fundo (c/ Nanni),  Vera Lúcia (c/ Paulinho),  Você deixou saudades (c/ Mauro Motta),  Você é um pedaço de mim,  Você não serve pra mim,  Você quis zombar de mim (c/ Ed Wilson),  Vou ao teu encontro (c/ Ernani Cardoso).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

Waly Salomão

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Waly Salomão (Waly Dias Salomão), poeta, ensaísta e letrista, nasceu em Jequié, BA, em 03/09/1943, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 05/05/2003. Filho de pai sírio e mãe baiana, viveu sua infância na cidade natal, mudando-se, na adolescência, para Salvador (BA) para cursar o 2º grau. Graduou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia, embora nunca tenha exercido a profissão.

Nos anos 1960, aproximou-se de artistas que se identificaram com o movimento tropicalista, como Torquato Neto, Gal Costa, Maria Bethânia, Caetano Veloso ,Gilberto Gi e Jards Macalé. No entanto, Salomão nunca se identificou como integrante do movimento estético tropicalista.

Poeta e letrista — além de produtor cultural e diretor artístico —, é co-autor de músicas como Mel e Talismã, ambas com Caetano e que viraram título dos discos de Maria Bethânia de 1979 (ultrapassando a marca de 1 milhão de cópias) e 1980, Anjo exterminador (com Macalé, também título do disco de Bethânia de 72), Mal Secreto (com Macalé), Assaltaram a gramática (com Lulu Santos, grande sucesso dos Paralamas), Balada de um vagabundo (com Roberto Frejat, gravada por Cazuza), Pista de dança (com Adriana Calcanhotto, gravada pela própria em Marítimo) e Vapor barato (com Jards Macalé), composta em 1968 e gravada por Gal Costa no disco Fa-tal em 1972, que voltou a fazer sucesso em 1995 na trilha sonora do filme Terra Estrangeira.

Ainda na década de 70 desenvolveu a Morbeza (morbidez + beleza) romântica, linha pela qual Jards Macalé lançou o disco Aprender a nadar. O espetáculo Fa-tal, marco na carreira de Gal, foi dirigido por Waly.

Lançou seu primeiro livro do poemas em 1971, Me Segura que Eu Vou Dar um Troço, com textos escritos durante uma temporada passada na prisão, paginados e diagramados pelo artista plástico Hélio Oiticica, amigo de toda a vida e de quem escreveu a biografia, Qual é o Parangolé

No ano seguinte participou da organização e edição de Os Últimos Dias de Paupéria, coletânea de artigos do poeta e amigo Torquato Neto, morto em 1972.

Junto com Torquato fez a revista Navilouca, que só teve um número mas fez história. Nessa época, passou a assinar como Wally Sailormoon, pseudônimo que logo abandonou. Outros de seus livros foram Gigolô de bibelôs, Surrupiador de souvenirs, Algaravias, Lábia e Tarifa de embarque, lançado em 2000.

Obras

A cabeleira de Berenice (c/ Moraes Moreira), A fábrica do poema (c/ Adriana Calcanhoto), A voz de uma pessoa vitoriosa (c/ Caetano Veloso), Alteza (c/ Caetano Veloso), Anjo exterminado (c/ Jards Macalé), Assaltaram a gramática (c/ Lulu Santos), Assim sem mais (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Balada de um vagabundo (c/ Roberto Frejat), Berceuse crioulle,Campeão olímpico de Jesus (c/ Caetano Veloso), Da gema (c/ Caetano Veloso), Dandara, a flor do gravatá (c/ Gilberto Gil), Domingos Jorge Velho em Pernambuco (c/ Gilberto Gil), Dona do castelo (c/ Jards Macalé), Ganga zumba, o poder da bugiganga (c/ Gilberto Gil), Grafitti (c/ Caetano Veloso e Antônio Cícero), Holofotes (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Ladrão de fogo (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Lenda de São João (c/ Moraes Moreira), Luz do sol (c/ Carlos Pinto), Maio, maio, maio (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Mal secreto (c/ Jards Macalé), Mel (c/ Caetano Veloso), Memória da pele (c/ João Bosco), Misteriosamente (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Musa cabocla (c/ Gilberto Gil), Negra melodia (c/ Jards Macalé), O cometa (c/ Gilberto Gil), O dono do pedaço (c/ Caetano Veloso e Antônio Cícero), O faquir da dor (c/ Jards Macalé), O revólver do meu sonho (c/ Gilberto Gil e Roberto Frejat), O senhor dos sábados (c/ Jards Macalé), Odalisca em flor (c/ Moraes Moreira), Olho de lince (c/ Waly Salomão), Olho-d'água (c/ Caetano Veloso), Paranóia (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Pista de dança (c/ Adriana Calcanhoto), Pontos de luz (c/ Jards Macalé), Quilombo (c/ Gilberto Gil), Remix século vinte (c/ Adriana Calcanhoto), Revendo amigos (c/ Jards Macalé), Rua Real Grandeza (c/ Jards Macalé), Sábios costumam mentir (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Saída de emergência (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Senhor dos sábados (c/ Waly Salomão), Talismã (c/ Caetano Veloso), Trem-bala (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Vapor barato (c/ Jards Macalé), Zé Pilantra (c/ Itamar Assunção), Zona de fronteira (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Zumbi, a felicidade guerreira (c/ Gilberto Gil).

Fontes: Wikipédia; CliqueMusic.

Luiz Galvão

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Luiz Galvão (Luís Dias Galvão), compositor e escritor, nasceu em Juazeiro, BA, em 1937. Mudou-se para Salvador, onde conheceu Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor, com os quais criou o conjunto Os Novos Baianos em 1968.

Conhecia João Gilberto desde a adolescência em Juazeiro, o que permitiu que, quando os Novos Baianos fossem para o Rio de Janeiro após realizarem É Ferro na Boneca (1970) em São Paulo, ele contatasse o pai da bossa nova e este influenciasse todo o grupo, culminando no álbum mais aclamado deles, Acabou Chorare (1972).

Sua trajetória na música popular brasileira é extensa. Em 1968, Galvão participou do V Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record (SP), com a canção De Vera (em parceria com Moraes Moreira), interpretada pelo grupo Novos Baianos.

Nos anos 70, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde passou a viver comunitariamente com todos os músicos do grupo, em um sítio localizado em Vargem Grande, onde gravaram Acabou chorare, comunicando-se constantemente com Gilberto.

Escreveu a maioria das canções gravadas pelo conjunto, musicadas por Moraes Moreira, entre elas Acabou chorare, Preta pretinha e Mistério do planeta. O grupo se desfez em 1978, voltando a se reunir no final do século passado, para a gravação do CD ao vivo Infinito Circular.

Publicou, em 1997, o livro Anos 70: Novos e Baianos, lançado pela Editora 34 (SP), relatando a trajetória do grupo.

Hoje em dia mora em Salvador e tem dois cd's de poesias inéditas, lançados de forma independente.

Obras

A menina dança (c/ Moraes Moreira), Acabou chorare (c/ Moraes Moreira), Besta é tu (c/ Moraes Moreira e Pepeu Gomes), Casca de banana que eu pisei (c/ Moraes Moreira), Colégio de Aplicação (c/ Moraes Moreira), De Vera (c/ Moraes Moreira), É ferro na boneca (c/ Moraes Moreira), Felicidade no ar (c/ Moraes Moreira), Mistério do planeta (c/ Moraes Moreira), Preta pretinha (c/ Moraes Moreira), Só se não for brasileiro nessa hora (c/ Moraes Moreira), Sorrir e cantar como Bahia (c/ Moraes Moreira), Swing de Campo Grande (c/ Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor), Tinindo trincando (c/ Moraes Moreira), Um bilhete para Didi (c/ Moraes Moreira)

Fonte: Wikipedia.