terça-feira, 26 de junho de 2007

Clara Nunes

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Clara Nunes, cantora, nasceu em Paraopeba MG, em 12/8/1943 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 2/4/1983. O pai, Mané Serrador era violeiro e cantador de folias-de-reis. Órfã desde pequena, aos 16 anos foi para Belo Horizonte MG, onde conseguiu empregar-se como operária numa fábrica de tecidos. Por essa época cantava no coral de uma igreja, ao mesmo tempo em que, ajudada pelos irmãos, conduía o curso normal.
Em 1960 foi a vencedora da final do concurso A Voz de Ouro ABC, em sua fase mineira, com Serenata do adeus (Vinícius de Moraes), e obteve o terceiro lugar na finalíssima realizada em São Paulo SP, com Só adeus (Jair Amorim e Evaldo Gouveia). Contratada pela Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, durante um ano e meio teve um programa exclusivo na TV Itacolomi. Nessa mesma época, cantava em boates e clubes, tendo sido escolhida, por três vezes, a melhor cantora do ano.
Em 1965 foi para o Rio de Janeiro RJ e passou a apresentar-se na TV Continental, no programa de José Messias. Ainda nesse ano, após teste, foi contratada pela Odeon, que, em 1966, lançou seu primeiro LP A voz adorável de Clara Nunes, em que interpreta boleros e sambas-canções.
Em 1968, gravou Você passa, eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), que foi seu primeiro sucesso e marcou sua definição pelo samba. Em 1969, na Odeon, lançou o LP A beleza que canta, com composições inéditas e outras antigas, como Casinha pequenina (domínio público).
No Carnaval de 1970, obteve destaque com É baiana (Fabrício da Silva, Baianinho, Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrácio) e Ilu ayê (Norival Reis e Silvestre Davi da Silva), samba-enredo do G.R.E.S. da Portela, lançados também no LP Clara Nunes.
Em 1972, além de ter realizado seu primeiro show, Sabiá, sabiô (com texto de Hermínio Belo de Carvalho), no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, lançou o LP Clara, Clarice, Clara, com músicas de compositores de escolas de samba e outras de Caetano Veloso e Dorival Caymmi. Ainda nesse ano, gravou o samba Tristeza pé no chão (Armando Fernandes), apresentado no Festival de Juiz de Fora MG, que vendeu mais de 100 mil cópias.
Em fevereiro de 1973, estreou no Teatro Castro Alves, em Salvador BA, com o show O poeta, a moça e o violão, ao lado de Vinícius de Morais e Toquinho. Também em 1973, a convite da rádio e televisão portuguesa, fez temporada em Lisboa.
Em 1974, integrou a delegação que representou o Brasil no MIDEM, em Cannes, França. Ainda nesse ano, gravou na Europa o LP Brasília e, no Brasil, lançou o LP Alvorecer, que chegou ao primeiro lugar de todas as paradas brasileiras e que incluía sucessos como Conto de areia (Romildo e Toninho), Menino de Deus (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro) e Meu sapato já furou (Elton Medeiros e Mauro Duarte). Também em 1974, ao lado de Paulo Gracindo, atuou inicialmente no Canecão, no Rio de Janeiro, na segunda montagem do espetáculo Brasileiro, profissão esperança, de Paulo Pontes (do qual foi lançado um LP), que contava, em cenas e músicas, as vidas de Dolores Duran e de Antônio Maria.
Em 1975, ano do seu casamento com o compositor Paulo César Pinheiro, realizou temporada em vários países da Europa. No mesmo ano, lançou Claridade, seu disco de maior sucesso, com O mar serenou (Candeia), Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares), Sofrimento de quem ama (Alberto Lonato), Bafo de boca (João Nogueira e Paulo César Pinheiro).
Outro grande sucesso veio em 1976, com o disco Canto das três raças. Em 1977 lançou As forças da natureza, disco mais dedicado ao samba e ao partido-alto, com destaque para Coração leviano (Paulinho da Viola).
Em 1978 lançou o disco Guerreira, interpretando outros ritmos brasileiros. Em 1979 lançou o disco Esperança, com destaque para Feira de mangaio (Sivuca). No ano seguinte veio Brasil mestiço, que induiu o sucesso Morena de Angola, composto por Chico Buarque para ela. Em 1981 lançou Clara, com destaque para Portela na avenida. No auge como intérprete, lançou em 1982 Nação, que seria seu último disco, com destaque para a faixa-título, de João Bosco e Aldir Blanc.
Morreu prematuramente em 1983, depois de 28 dias de agonia, hospitalizada após uma cirurgia de varizes. Seu enterro no dia 2 de maio de 1983, no cemitério São João Batista, foi acompanhado por emocionada multidão. Em dezembro de 1997, a gravadora EMI reeditou a obra completa da artista, em 16 CDs remasterizados no estúdio de Abbey Road, em Londres, e embalados em capas que reproduzem as originais.
Algumas músicas

À flor da pele, Abrigo de vagabundos, As forças da natureza, Basta um dia, Canto das três raças, Coisa da antiga, Conto de areia, Coração leviano, Feira de mangaio, Homenagem à Velha Guarda, Menino Deus, Meu sapato já furou, Morena de Angola, Nação, O mar serenou, Partido Clementina de Jesus, Pau de arara, Portela na avenida, Senhora das Candeias, Tristeza pé no chão, Você passa, eu acho graça.

Veja também:

14 Bis / Agepê / Alceu Valença / Belchior / Benito Di Paula / Beth Carvalho / Caetano Veloso / Cazuza / Chico Buarque / Djavan / Elis Regina / Fagner / Gal Costa / Gilberto Gil / Gonzaguinha / Joanna / João Bosco / Legião Urbana / Mamonas Assassinas / Maria Bethânia / Maria Creuza / Martinho da Vila / Milton Nascimento / Moraes Moreira / Oswaldo Montenegro / Paulinho da Viola / Raul Seixas / Rita Lee / Roberto Carlos / Secos e Molhados / Toquinho / Zé Ramalho.

Consuelo Velazquez

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Consuelo Velázquez, pianista e compositora, nasceu em Zapotlán el Grande, Jalisco, México, em 29 de de agosto de 1924. Pouco tempo depois foi levada para a cidade de Guadalajara, onde iniciou seus estudos de música com R. Serratos. Mudou-se para a Cidade do México para estudar na Escola Normal de Música, da qual Serratos havia sido nomeado diretor.
Ali se formou como professora de piano, aos 15 anos de idade (1939). Em pouco tempo compôs o bolero Bésame mucho, popularizado em todo o mundo; logo compôs outras canções, como por exemplo, Que seas feliz, a mais popular de 1956.
Casou com Mariano Rivera, diretor da RCA Victor, empresa que gravou muitos de suas canções. Como pianista ofereceu numerosos recitais no Palácio de Belas Artes e outros locais importantes no país. Foi presidente da Sociedade de Autores e Compositores, a que pertencem 44 países. Entre outras condecorações, foi nomeada compositora da América pelo Conselho Panamericano de Sociedades Autorais. Foi, também, deputada federal a qüinquagésima legislatura no período que corresponde de 1979 a 1982.
Entre suas canções mais conhecidas encontram-se: Bésame Mucho, Que Seas Feliz, No Volveré, Amar y vivir, Anoche, Verdad amarga, Aunque Tengas Razón, Al Nacer este Día, Yo no Fui, Los Pequeños Detalles, Amor sobre Ruedas, Cachito, Orgullosa y Bonita, Canción de Cuna a Josefina, ¡Qué Tontería! ¡Qué Divino!, Chiqui Chiqui, Corazón, Déjame Quererte, Donde Quiera, Enamorada, Enamorado Perdido, Franqueza, Para Ti , Pasional, Pensarás en Mí, Por eso te Quiero, Ser o no Ser, Sólo Amor, Será por eso, Tenaz Obsesión, , Mi Amor, etc.
fonte: Diccionario de Música en México - Gabriel Pareyón

Demetrius

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Demetrius (Demétrio Zahra Neto), cantor e compositor, nasceu em São Paulo SP em 28/3/1942. Iniciou a carreira em fins da década de 1950, gravando rocks no selo Young, como Hold me so tight, de sua autoria.
Em 1961 passou para a gravadora Continental, emplacando vários êxitos, entre eles A bruxa (Baby Santiago), em 1964, e Ritmo da chuva (Rhythm of the Rain, de John Gummoe, versão dele próprio), no mesmo ano. Mudando-se para a RCA em 1965, lançou Ternura, sua versão para Somehow it Got to Be Tomorrow Today (Estelle Levitt), versão que faria mais sucesso na voz de Wanderléia, em 1966.
Além de gravar rocks, compôs canções em estilo sertanejo, como O que será que as outras têm que a linda não tem?, grande sucesso com Ari Toledo em 1969, na gravadora Fermata. Entre suas composições que gravou com êxito sobressaem Ei, meu pai (RCA, 1971 ) e Nas voltas do mundo (RCA, 1973).
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Demônios da Garoa

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Demônios da Garoa

Unindo a cadência contagiante do violão, do pandeiro e da cuíca com uma vocalização impecável, um grupo foi responsável, em 55, pelo grande sucesso de Saudosa maloca. Ela já tinha sido gravada em 51 pelo próprio Adoniran Barbosa, mas passara despercebida até que Arnaldo Rosa, Antônio Gomes Neto, Francisco Paulo Galo, Arthur Bernardo e Cláudio Rosa (a primeira formação dos Demônios) colocaram suas vozes e instrumentos em marcha, criando um estilo que definiria o próprio trabalho e a própria face da música de Adoniran.
Os Demônios da Garoa também se encarregaram do lançamento de músicas como Vila Esperança, Um samba no Bexiga, Pafunça e Malvina. Além do maior sucesso de Adoniran e do grupo, a antológica Trem das onze, gravada em 1965.
Ainda em 1955, uma das primeiras interpretaçôes que o grupo criou para uma música de Adoniran foi para o Samba do Arnesto, composição que consolidou de vez o estilo de seu autor. Gravado pela primeira vez, em 1953, por Adoniran, o Samba do Arnesto causou muita estranheza no setor de divulgação da Continental Discos e apenas foi plenamente aceito a partir da versão do grupo.
Até hoje, os Demônios da Garoa permanecem intérpretes fundamentais da obra de Adoniran. Mais que isso, são guardiães de um jeito de cantar samba proeminentemente paulistano.
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Deny e Dino

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Deny e Dino. Dupla vocal formada pelos cantores e compositores José Rodrigues da Silva, o Deny (Santos SP 1944-) e Décio Scarpelli, o Dino (Santos 1942-São Paulo SP 1994). Conheceram-se em Santos em 1956 e, identificados pelo mesmo gosto musical - o rock , decidiram apresentar-se em dupla.
No final da década de 1950, exibiram-se como Os Boas Pintas em programas de rádio e boates. Na década seguinte, convidados para participar dos programas de televisão de Hugo Santana, adotaram os cognomes de Deny e Dino, gravando o primeiro compacto na Odeon, com a música Coruja (da dupla), que obteve sucesso.
Presentes no programa Jovem Guarda da TV Record, de São Paulo, lançaram outras composições, como Eu não me importo, Lição de moral, O estranho homem do disco voador, incluídas no LP Coruja (Odeon, 1966).
Em 1969 a dupla gravou o LP Deny e Dino, na mesma fábrica. Os sucessos da dupla incluem: O maior golpe do mundo (Continental, 1975), com música-título de Marcos Lago e Dino Rossi, e Cantem comigo (Top Tape, 1973).
Após a morte do companheiro em 1994, Deny continuou carreira com outro parceiro, que manteve o cognome Dino, e gravou o CD Essencial (selo Acervo, 1995), com regravações de antigos sucessos ao lado de músicas novas. Deny participou também de shows comemorativos dos 30 anos da Jovem Guarda e passou a apresentar programas de rádio dedicados ao rock das décadas de 1950 e 1960.
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Djavan

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Djavan nasceu em uma família pobre de Maceió, onde formou, ainda jovem o conjunto Luz, Som, Dimensão (LSD), que tocava covers dos Beatles. Foi para o Rio de Janeiro em 1973 e começou a trabalhar como crooner de boate.
Participou de festivais e gravou em 1976 o LP A Voz, o Violão e a Arte de Djavan, com composições próprias que já chamavam a atenção pela sua maneira diferente de cantar e pela levada de violão, aliada a melodias elaboradas e divisões rítmicas sutis. Logo nesse primeiro disco estava um de seus maiores sucessos de toda carreira, "Flor de lis".
Nos trabalhos seguintes incorporou outras influências, como a da música africana e acumulou sucessos como "Açaí", "Sina" e "Samurai", este com participação especial de Stevie Wonder na gaita.
Gravou vários outros discos e fez shows no exterior, principalmente nos Estados Unidos, onde suas músicas já foram gravadas por diversos cantores. Outras composições consagradas são "Meu bem querer", "Oceano", "Faltando um Pedaço", "Esquinas", "Seduzir", "Pétala", "Lilás", "A ilha", "Fato Consumado", "Álibi", "Azul" e "Serrado".
Veja também:

Domenico Modugno

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Domenico Modugno

Domenico Modugno nasceu em "Polignano a Maré" em Bari, em 09 de janeiro de 1928. Em 1953 começou a demonstrar seu talento com sua grande capacidade de interpretação. Nesse mesmo ano, Modugno se apresentou nos estúdios radiofônicos "Via Asiago", cantando em siciliano.
Em 1958 venceu o famoso Festival de San Remo com a canção Nel blu dipinto di blu, conhecida vulgarmente como "Volare". Esta canção tornou-se um marco da música italiana da época, sendo conhecida em todo o mundo. Neste mesmo ano, Modugno venceu três prêmios "Grammys", com a canção do ano, melhor interpretação masculina e melhor disco. Com todas essas vitórias, Domenico tornou-se o protagonista mundial dos espetáculos teatrais, filmes e programas de televisão.
Em 1959 venceu o Festival de San Remo com Piove - Ciao Ciao Bambina. Pela terceira vez, em 1962 ganhou em San Remo com a música Addio Addio. Em 1966, novamente recebe o primeiro lugar no Festival, juntamente com Gigliola Cinquetti, com Dio como ti amo.
Nos anos 80 por problemas de saúde, Domenico Modugno abandonou a carreira artística. Na metade da década de 80, Modugno entra para a política tornando-se o Presidente do Partido Radical Italiano.
Veja também:

fonte: Bella Itália - http://www.italianoar.com/

Dominguinhos

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Dominguinhos (José Domingos de Morais), instrumentista e compositor, nasceu em Garanhuns PE, em 12/2/1941. Aos seis anos, com seus irmãos Morais (pianista) e Valdo (acordeonista), já tocava sanfona de oito baixos nas portas dos hotéis e nas feiras de Garanhuns, Caruaru PE e municípios vizinhos.

Aos sete anos, foi ouvido por Luiz Gonzaga, que lhe deu seu endereço no Rio de Janeiro RJ. Seis anos depois, indo morar com o pai e o irmão mais velho no subúrbio carioca de Nilópolis (onde aos sábados participava de forrós), resolveu procurar Luís Gonzaga e ganhou dele uma sanfona.

Formou, em 1957, um trio, com Borborema e Miudinho, e pouco depois precisou aprender os ritmos da moda, como boleros e sambas-canções (pois só sabia baião), para se apresentar com o irmão Morais num cassino em Vitória ES. De volta ao Rio de Janeiro, tocou na gafieira Cedo Feita, na Churrascaria Gaúcha, na boate Balalaica e no Dancing Brasil, onde formou o grupo Nenê e seu Conjunto (Nenê foi seu primeiro apelido).

Em 1967, apresentava-se na Rádio Nacional, sendo convidado por Pedro Sertanejo para gravar pela etiqueta Cantagalo seu primeiro LP (gravaria a seguir mais sete LPs de forró nessa etiqueta). Formou, em 1968, uma dupla com a compositora e cantora Anastácia e, em 1972, tocou pela primeira vez em teatro, no show de Luís Gonzaga Luís Gonzaga volta pra curtir, apresentado no Teatro Teresa Raquel, no Rio de Janeiro, no qual se destacou. No ano seguinte fez parte do grupo que se apresentou com Gal Costa no MIDEM, em Cannes, França, acompanhando, na volta, a cantora no seu show Índia.

Um de seus maiores sucessos como compositor foi Eu só quero um xodó (com Anastácia), gravado por Gilberto Gil, em 1974, ano em que participou do show A feira, com o Quinteto Violado. Tomou parte ainda em vários espetáculos de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia. Em 1980 apresentou-se no II Festival Internacional de Jazz, em São Paulo SP e, no ano seguinte, teve presença destacada no programa Som Brasil, da TV Globo.

Em 1984 sua música Tantas palavras, parceria com Chico Buarque, foi gravada por Chico no álbum Chico Buarque, com sucesso. As vendas de seus discos cresceram, em meados da década de 1980, puxadas por dois sucessos, ambos com Nando Cordel: a romântica De volta pro aconchego, gravada por Elba Ramalho, e o forró Isso aqui tá bom demais, que ele gravou com Chico Buarque. As duas versões foram incluídas na trilha sonora da novela Roque Santeiro, da TV Globo. Nesse ano, acompanhou Toquinho no show Canta Brasil, no Teatro Sistina, de Roma, Itália.

Em 1993 criou o projeto Asa Branca, patrocinado pela Caixa Econômica Federal, levando shows gratuitos às praças públicas, nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins etc. Lançou em 1997 o CD Dominguinhos e convidados cantam Luís Gonzaga (2 CDs, Velas) e participou da trilha sonora do filme O cangaceiro, de Aníbal Massaine Filho, lançada em CD pela RCA/BMG. Nesse ano a Editora Globo lançou Dominguinhos (CD e fascículo), no 34 da coleção MPB Compositores.

Entre outros intérpretes de suas músicas, destacam-se Maria Betânia, com Lamento sertanejo (com Gilberto Gil); Fagner, com Quem me levará sou eu (com Manduka); e sua parceira e esposa Guadalupe (Maria de Guadalupe Vieira Mendonça), com Esse mato, essa terra, incluída na trilha sonora do filme Aventuras de um paraíba, de Marco Altberg (1985). Em 1997 compôs a trilha de O cangaceiro, filme de Aníbal Massaini Neto.

Músicas cifradas de Dominguinhos:

De volta pro aconchego, Eu só quero um xodó, Gostoso demais, Isso aqui tá bom demais, Lamento sertanejo, Quem me levará sou eu, Tantas palavras.

Veja também:

Angelino de Oliveira / Cascatinha e Inhana / Humberto Teixeira / Luiz Gonzaga / Pedro Raimundo / Raul Torres / Regional, Cifras de música / Regional ou Sertaneja, A música / Teixeirinha / Tonico e Tinoco / Zé Dantas.

Edith Piaf

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Edith Piaf (1915-1963), cantora parisiense mundialmente conhecida iniciou sua carreira com 15 anos de idade, cantando em cafés e nas ruas. Em 1935, fez sua estréia teatral e, em poucos anos, foi convidada para cantar em grandes teatros e casas de espetáculo de Paris.
Sua voz potente e seu estilo expressivo ao interpretar canções como Non je ne regrette Rien e La vie en rose lhe garantiram grande número de admiradores. Incentivada pelo ator Maurice Chevalier, atuou também em filmes, comédias e operetas.

Edu Lobo

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Edu Lobo

Eduardo de Góis Lobo, compositor, instrumentista, arranjador e cantor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 29/8/1943. Filho do compositor Fernando Lobo, foi criado no Rio de Janeiro e na casa dos tios, em Recife PE, onde passava as férias escolares. Seu primeiro instrumento foi o acordeom, que estudou dos oito aos 14 anos. Fez os cursos ginasial e colegial no Colégio Santo Inácio, e por essa época já tentava algumas composições. Na PUC cursou direito até o terceiro ano. Com 16 anos, começou a se interessar pelo violão, iniciando-se com um amigo de infância, o compositor Téo de Barros, e estudando mais tarde com Vilma Graça.
Por volta de 1961, passou a freqüentar shows, principalmente no Beco das Garrafas, em Copacabana, onde assistia a espetáculos dos representantes da nova geração musical, entre os quais João Gilberto e Sérgio Mendes. Nessa época, com Dori Caymmi e Marcos Vale, formou um conjunto que chegou a atuar em shows.
Seu pai incentivou-o, em 1962, a editar algumas composições. No mesmo ano, conheceu Vinícius de Moraes, que fez a letra para Só me fez bem gravada em 1967, no LP Edu-Betânia, da Elenco. Foi também Vinicius quem escreveu a contracapa de seu primeiro disco, um compacto duplo gravado em 1962 com quatro músicas, entre elas Balancinho e Amor de ilusão (ambas de sua autoria), bem dentro do estilo intimista característico da bossa nova. Logo ampliou seu trabalho com temas e motivos da cultura popular, graças a influência de Sérgio Ricardo, João do Vale, Carlos e principalmente Rui Guerra, seu parceiro em Canção da terra, Reza e Aleluia, canções representativas dessa nova fase de criação, marcada por seu conteúdo social.
Começando a compor para teatro, escreveu em 1963 as músicas para a peça Os Azeredos e os Benevides, de Oduvaldo Viana Filho. Entre elas, a canção Chegança (com Oduvaldo Viana Filho) alcançou grande sucesso. Outro êxito, Borandá, foi incluído no show Opinião, musical de protesto estreado no Rio de Janeiro em 1964. Ainda nesse ano, escreveu músicas para Berço de herói, peça teatral de Dias Gomes, e foi convidado por Gianfrancesco Guarnieri para participar da realização de um musical cuja idéia nascera da canção Zambi (com Vinícius de Moraes).
Em maio de 1965, estreou no Teatro de Arena, São Paulo SP, Arena conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, musicada por ele. Entre as canções do espetáculo, Upa, neguinho (com Gianfrancesco Guarnieri) tornou-se mais tarde um grande sucesso, cantado por Elis Regina. Em abril desse ano, inscreveu-se no I FMPB, da TV Excelsior, de São Paulo, com duas músicas, Aleluia (com Rui Guerra) e Arrastão (com Vinícius de Morais), ambas já gravadas em LP da Elenco, cuja distribuição foi adiada para que ficassem inéditas até o festival. Interpretada por Elis Regina, Arrastão foi a vencedora, projetando nacionalmente o compositor, já definido como um dos mais importantes da geração posterior ao surgimento da bossa nova. Ainda em 1965, apresentou-se ao lado de Nara Leão do Tamba Trio e do Quinteto Villa-Lobos na boate carioca Zum-Zum, em show dirigido por Aluísio de Oliveira.
Contratado pela TV Record, de São Paulo, passou a atuar semanalmente em programas dessa emissora, e em 1966 participou novamente de festivais: no II FMPB apresentou Jogo de roda (com Rui Guerra) e no I FIC, da TV Globo, Rio de Janeiro, concorreu com Canto triste (com Vinícius de Morais), esta classificada entre as finalistas. Nesse ano, excursionou pela Europa com outros artistas, entre os quais Sylvia Telles e o Salvador Trio, tendo o grupo gravado um disco na então República Federal da Alemanha.
No Brasil em 1967, depois de quatro meses em Paris, França, onde fez um filme para a televisão, voltou a participar de festivais, saindo vencedor do III FMPB, com Ponteio (com Capinam), interpretada por ele e Marília Medalha. No ano seguinte, saiu seu terceiro LP pela Philips, destacando o frevo-canção No Cordão da Saideira e a canção Memórias de Marta Saré (com Gianfrancesco Guarnieri), que alcançou o segundo lugar no IV FMPB. Gravada mais tarde (1971 ) nos E.U.A., com o nome de Crystal Illusions, seria também a canção-tema da peça Marta Saré, de Gianfrancesco Guarnieri, musicada por ele, que estreou em janeiro de 1969 no Teatro João Caetano, do Rio de Janeiro.
No início de 1969, participou do MIDEM, em Cannes, França. De volta ao Brasil, depois de uma passagem por Los Angeles, E.U.A., em abril do mesmo ano casou-se com Vanda Sá, partindo em seguida para Los Angeles, onde residiu por dois anos. Aí se dedicou ao estudo sistemático da música, fazendo cursos de orquestração com Albert Harris. Nesse período, excursionou pelo Japão, com Sérgio Mendes, que também produziu o LP Lobo, gravado em 1971 em Los Angeles e lançado pela A & M Records. Gravou ainda com Paul Desmond, saxofonista do Dave Brubeck Quartet, LP com composições suas e de Milton Nascimento.
Dentre os discos feitos nos E.U.A., apenas o LP Cantiga de longe foi editado no Brasil, trazendo a participação de Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Vanda Sá, que reapareceu como intérprete na canção Água verde (de sua autoria).
De volta ao Brasil em 1971, trabalhou principalmente como arranjador, criando também a trilha sonora do filme Barão Otelo no barato dos milhões, de Miguel Borges. Compôs e realizou orquestrações para a peça teatral Woyzeck, de Georg Büchner (1813-1837), dirigida por Marilda Pedroso e encenada no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, em 1971. Fez arranjos para um disco de Marília Medalha e Vinícius de Morais, e em 1973 lançou o LP Edu Lobo (EMI) com músicas inéditas, inclusive uma missa. Ainda em 1973, trabalhou na orquestração das músicas de Calabar, ou O elogio da traição, peça teatral de Chico Buarque e Rui Guerra, algumas das quais foram lançadas em 1974 no LP Chico canta.
Em 1974 e 1975, atuou como arranjador contratado da TV Globo, tendo sido responsáveI pela parte musical de quatro programas da série Caso especial. Em 1975 lançou o LP Deus lhe pague (EMI), com músicas suas e de Vinícius de Moraes. No ano seguinte, pela Continental, lançou o LP Limite das águas. Em 1977 fez tournée por toda a Alemanha, promovendo Limite das águas, lançado no exterior pela etiqueta MPS. Um ano depois, gravou o LP Camaleão (Philips/Polygram), lançado no Brasil e no Japão. Em 1979 compôs a trilha sonora do filme Barra pesada, de Reginaldo Farias, ganhando prêmio no Festival de Cinema de Gramado RS.
Durante a década de 1980, compôs principalmente para teatro e cinema. Em 1980, após lançar o LP Tempo presente (Philips/Polygram), escreveu e compôs o balé Jogos de dança para o Teatro Guaíra, de Curitiba PR, lançado em disco no ano seguinte pela Som Livre. Em 1981, em parceria com Tom Jobim, lançou Tom e Edu (Philips/Polygram). Em 1983, em parceira com Chico Buarque, compôs o espetáculo O grande circo místico, que daria origem a um LP homônimo lançado pela Som Livre, com a participação de Gal Costa, Tom Jobim, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Tim Maia, entre outros. A parceria com Chico Buarque se repetiria com O corsário do rei, de 1985, e Dança da meia-lua, de 1988, ambos lançados em disco pela Som Livre. Em 1984 escreveu a trilha sonora dos filmes O cavalinho azul, de Eduardo Escorel, e Imagens do inconsciente, de Leon Hirshman.
Compôs em 1990 as músicas do programa infantil Rá-tim-bum, da TV Cultura de São Paulo, posteriormente lançado em CD pela Sharp. Em 1992 voltou a apresentar espetáculos, obtendo grande repercussão, o que o levou a gravar um novo disco de intérprete: Corrupião, lançado em CD pela gravadora Velas. Em 1994 recebeu o Prêmio Shell de melhor compositor de música brasileira, pelo conjunto da obra. Lançou em 1995 Meia-noite (Velas), que traz um choro instrumental em homenagem a Tom Jobim: Perambulando. O disco recebeu o Prêmio Sharp como melhor disco de música popular brasileira. Nesse mesmo ano, foi lançado o Songbook Edu Lobo (duplo), pela editora e gravadora Lumiar. Em 1997 compôs Tema de Canudos, em parceria com Cacaso, para o filme Guerra de Canudos, de Sérgio Resende, e foi lançado o CD-Álbum de teatro, com canções em parceria com Chico Buarque.
Algumas músicas
Edu Lobo

Obra completa
Abertura (Premonição de Maria), 1971; Água verde, 1970; Aleluia (c/Rui Guerra), 1965; Alguém sob medida, 1962; Amor de ilusão, 1962; Arrastão (c/Vinícius de Morais), 1965; Balada do campo de junco (c/Rui Guerra), 1972; Balancinho, 1962; Borandá, 1964; Cahuenga (c/Rui Guerra), 1972; Calada cantiga, 1972; Campos da noite, 1972; Canção da faca, s.d.; Canção da terra (c/Rui Guerra), 1965; Canção do amanhecer (c/Vinícius de Morais), 1965; Candeias, 1967; Cantiga de longe, 1970; Canto continental, s.d.; Canto triste (c/Vinícius de Morais), 1967; Cantoria (c/Rui Guerra), 1972; Casa forte, Catarina e Mariana (c/Rui Guerra), 1967; O charlatão, s.d.; Chegança (c/Oduvaldo Viana Filho), 1965; Chorinho de mágoa (c/Capinam), 1972; Choro bandido (c/Chico Buarque), 1985; Cidade nova (c/Ronaldo Bastos), 1970; Cirandeiro (c/Capinam), 1967; O circo místico (c/Chico Buarque), 1983; Círculos (Zanga, zangada), s.d.; Corrida de jangada (c/Capinam), 1967; De você eu quero tudo (c/Rui Guerra), 1972; Definitivamente, 1972; Dois coelhos (c/Rui Guerra), 1973; Dois tempos (c/Capinam), 1967; O dono da verdade, s.d.; Em tempo de adeus (c/Rui Guerra), 1965; Embolada (c/Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal), 1967; O espelho de Maria, s.d.; Estatuinha (c/Gianfrancesco Guarnieri), 1967; Eu vivo num tempo de guerra (c/Gianfrancesco Guarnieri), 1966; Feira de Santarém (c/Gianfrancesco Guarnieri e Rui Guerra), 1970; Festa de sangue, s.d.; Festas mortas (c/Gianfrancesco Guarnieri), 1973; Flor de Itamaracá, s.d.; Foi preciso viver, 1972; Frevo de Itamaracá, 1970; Glória, s.d.; Incelença (c/Rui Guerra), s.d.; Jogo de roda (c/Rui Guerra), 1966; Kyrie, s.d.; Libera nos, s.d.; Lua nova (c/Torquato Neto), 1967; Maré morta (c/Rui Guerra), 1972; Maria e a festa, s.d.; Mariana, Mariana (c/Rui Guerra), 1970; Marta e Romão (c/Gianfrancesco Guarnieri), 1970; Meia-noite (c/Chico Buarque), 1985; Memórias de Marta Saré (c/Gianfrancesco Guarnieri), 1968; As mesmas histórias, 1965; Meu caminho (c/Dori Caymmi), 1967; Na ilha de Lia, no barco de Rosa (c/Chico Buarque), 1988; Nego maluco (c/Chico Buarque), 1994; No cordão da saideira, frevo-canção, 1968; Norte sul (c/Rui Guerra), cantoria, s.d.; Oremus, s.d.; Paris seis por oito, 1972; Ponteio (c/Capinam), 1967; Porto do sol (c/Ronaldo B. Ribeiro), s.d.; Pra dizer adeus (c/Torquato Neto), 1967; Quatro ventos, s.d.; Rainha porta-bandeira (c/Rui Guerra), 1972; Rancho de ano novo (c/Capinam), 1970; Réquiem no 3 (c/Rui Guerra), 1972; Réquiem para um amor (c/Rui Guerra), 1965; Resolução (c/Lula Freire), 1965; Reza (c/Rui Guerra), 1965; Rosinha (c/Capinam), 1967; Sailing night (c/Rui Guerra), 1972; Saudades só para mim, 1962; O sim e o não, s.d.; Sinherê (c/Gianfrancesco Guarnieri), 1967; Só me faz bem (c/Vinícius de Morais), 1967; Sobre todas as coisas (c/Chico Buarque), 1983; O tempo e o rio (c/Capinam), 1967; Upa, neguinho (c/Gianfrancesco Guarnieri), 1965; Valmi, s.d.; Valsa brasileira (c/Chico Buarque), 1988; Vamos amar (c/Marcos Vale), s.d.; Veleiro (c/Torquato , Neto), 1967; Vento bravo (c/Paulo César Pinheiro), 1973; Viola fora de moda (c/Capinam), 1973; Vira e mexe, s.d.; Zambi (c/Vinícius de Morais), 1964; Zanga, zangada (c/Ronaldo B. Ribeiro), 1973; Zanzibar, 1970.
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Eduardo Araújo

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Eduardo Araújo (Eduardo Oliveira Araújo), cantor e compositor, nasceu em Juaíma MG em 23/7/1945. Filho de fazendeiros, estudou interno num colégio de Belo Horizonte MG, onde começou a cantar em 1960, no programa de Aldair Pinto. No mesmo ano seguiu para o Rio de Janeiro RJ, para estudar veterinária. Aí cantou no programa de Jair Taumaturgo, Hoje é Dia de Rock, da TV-Rio, e fez sua primeira composição, Deixe o rock.
Gravou seu primeiro disco, um compacto duplo, intitulado Garoto do rock, na Philips, em 1961, e participou dos programas de Carlos Imperial, Os Brotos Comandam e Festival da Juventude. Voltou em seguida para a fazenda do pai, onde ficou quatro anos, até que o sucesso de seus companheiros o entusiasmou.
Em 1967, quando a Jovem Guarda estava no auge, voltou para o Rio de Janeiro e gravou, de sua autoria, O bom (Odeon), seu maior sucesso, e depois Goiabão (com Carlos imperial), também obtendo êxito. No mesmo ano, contratado pela TV Excelsior, de São Paulo SP, conseguiu um programa próprio, O Bom, que apresentava em companhia de Silvinha, com quem se casaria dois anos depois.
Em 1969 foi contratado pela TV Record, de São Paulo, para atuar em vários programas, e foi artista da RCA entre 1972 e 1975. Ainda em 1975 fez um show no Teatro Bandeirantes, de São Paulo, e no Teresa Raquel, do Rio de Janeiro, Pelos caminhos do rock, também título de seu LP lançado no mesmo ano.
Nas décadas de 1980 e 1990 inclinou-se para o country-rock, assumindo suas raízes sertanejas (uma de suas primeiras gravações foi uma versão em twist de Maringá, de Joubert de Carvalho). Em 1990 lançou Pé na estrada, primeiro LP brasileiro a ser lançado simultaneamente a um vídeo. Participou dos shows 30 anos de Jovem Guarda, em 1995-1996.
Veja também:

Elis Regina

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Elis Regina

Elis Regina Carvalho da Costa, cantora, nasceu em Porto Alegre-RS em 17/03/1945 e faleceu em São Paulo-SP no dia 19/01/1982. Fez o primário no grupo escolar Gonçalves Dias e o ginásio no Instituto de Educação General Flores da Cunha, da cidade natal. Aos 11 anos, apresentou-se na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre, cantando no programa Clube do Guri.

Em 1959 foi contratada como cantora pela Rádio Gaúcha. No ano seguinte, viajou para o Rio de Janeiro RJ, e, após algumas apresentações na televisão, em 1961 gravou Viva a brotolândia, LP da Continental, em que interpreta calypsos e rocks, regressando depois a Porto Alegre.

Em 1962 esteve duas vezes no Rio de Janeiro, para gravar dois discos de boleros na CBS, e, em abril de 1964, transferiu-se definitivamente para a capital carioca, onde assinou contrato de seis meses com a TV-Rio. Convidada pelo baterista Dom Um, começou a se apresentar na boate Bottle's, no Beco das Garrafas, em Copacabana, onde foi ouvida pelo produtor Armando Pittigliani, da Philips, que em outubro a contratou.

No final de 1964, esteve em São Paulo, participando de vários shows de bossa nova, no Teatro Paramount. Em fevereiro de 1965, lançou um compacto pela Philips que incluía Menino das laranjas (Teo de Barros) e Sou sem paz (Adilson Godói). Em seguida, também na Philips, gravou o LP Samba eu canto assim.

Projetou-se nacionalmente como cantora em abril de 1965, quando venceu o I FMPB, da TV Excelsior, de São Paulo, interpretando Arrastão (Edu Lobo e Vinícius de Moraes). Logo depois, gravou ao vivo com Jair Rodrigues (em show produzido por Walter Silva no Teatro Paramount, de São Paulo) o LP Dois na bossa, lançado pela Philips. Transformou-se em recordista nacional de vendas. Nos anos de 1966 e 1967 seriam gravados também ao vivo outros dois volumes, e neles havia sempre um pot-pourri de sambas, ponto forte de suas apresentações com Jair.

Em maio de 1965, ao lado de Jair Rodrigues, iniciou na TV Record, de São Paulo, a apresentação do programa O Fino da Bossa, lançando muitos sucessos, entre os quais Canto de Ossanha (Vinícius de Morais e Baden Powell), Louvação (Gilberto Gil e Torquato Neto) e Lunik 9 (Gilberto Gil).

Em outubro de 1966, interpretou Ensaio geral (Gilberto Gil), no II FMPB, da TV Record, obtendo o quinto lugar. O programa O Fino da Bossa saiu do ar em fins de 1967, e, em janeiro do ano seguinte, apresentou-se no MIDEM, em Cannes, França, cantando Upa, neguinho (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri), um de seus maiores êxitos. Após exibição no Olympia, de Paris, França, retornou ao Brasil, passando a fazer na televisão o programa Elis Studio. Em junho, obteve o primeiro lugar na I Bienal do Samba, interpretando Lapinha (Baden Powell e Paulo César Pinheiro). Ainda em 1967, casou-se com Ronaldo Boscoli, com quem teve um filho, João Marcelo.

No final de 1968, fez uma temporada em Buenos Aires, Argentina, e, no início do ano seguinte, viajou para a Europa, apresentando-se na França, Holanda, Suíça, Bélgica e Suécia, onde gravou um LP com o gaitista e guitarrista belga Toots Thielemans, Elis & Toots Made in Sweden (Philips). Nessa época, fez shows ainda em Londres, Inglaterra, onde gravou, na Philips, o LP Elis in London. De volta ao Brasil, estreou no show Elis, Miele e... Boscoli, no Rio de Janeiro.

Em maio de 1970, iniciou temporada na cervejaria Canecão, no Rio de Janeiro. Em seguida, fez grande sucesso com o lançamento de Madalena (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Sousa), e, em novembro, a TV Globo estreou o programa Som Livre Exportação, comandado por ela e Ivan Lins e que ficou no ar até o início de 1971, sendo substituído pelo programa mensal Elis Especial. Em março desse ano, fez nova viagem à Europa, apresentando-se na Itália, e, de volta ao Brasil, chegou mais uma vez às paradas de sucesso com Casa no campo (Tavito e Zé Rodrix).

Em 1972 separou-se de Ronaldo Boscoli. No mesmo ano, gravou Águas de março (Tom Jobim) e, em 1973, fez novo LP, no qual lançou Folhas secas (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), O caçador de esmeraldas (João Bosco e Aldir Blanc) e Ladeira da preguiça (Gilberto Gil).

No início de 1974, lançou, com Tom Jobim, o LP Elis e Tom, gravado em Los Angeles, E.U.A., e, no fim do ano, gravou o LP Elis, com arranjos de César Camargo Mariano, seu segundo marido. O disco incluiu, entre outras, O mestre-sala dos mares e Dois pra lá, dois pra cá (ambas de João Bosco e Aldir Blanc), e Conversando no bar e Ponta de areia (ambas de Milton Nascimento e Fernando Brant).

Em 1975 apresentou-se no show Falso brilhante, obtendo enorme sucesso de público e crítica e lançando mais um compositor desconhecido: Belchior, de quem também gravou Como nossos pais. No ano seguinte, lançou o LP Falso brilhante (Polygram), cuja música-tema alcançou grande êxito, assim como Cartomante (Ivan Lins e Vítor Martins).

Em 1977 lançou o disco Elis (Polygram), com o sucesso Romaria, de Renato Teixeira. Apresentou-se em 1978 no show Transversal do tempo, sob direção de Maurício Tapajós, o que lhe rendeu o LP Transversal do tempo (Polygram), com o sucesso de Morro Velho (Milton Nascimento e Fernando Brant). Lançou dois discos em 1979: Elis especial (Polygram) e Elis, essa mulher (WEA). Lançou com estrondoso sucesso a música O bêbado e o equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc. Ainda nesse ano, apresentou-se no Festival de Jazz de Montreux, Suíça, ao lado de Hermeto Pascoal, num espetáculo que daria origem a um LP lançado em 1982.

Em 1980 foram lançados os LPs Saudade do Brasil (álbum duplo gravado ao vivo, WEA) e Elis (Odeon). No ano seguinte, obteve enorme êxito com o show Trem azul, que daria origem a um disco homônimo lançado pela Som Livre após sua morte.

Em dezembro de 1981, decidiu se casar com seu advogado Samuel MacDowell. Pouco mais de um mês depois, em janeiro de 1982, morreu em São Paulo, em conseqüência de uma mistura de drogas. Nesse ano foram lançados dois LPs que haviam sido gravados em 1979: Elis Regina - Montreux Jazz Festival (Elektra) e Luz das estrelas (Som Livre).

Em 1985, a jornalista Regina Echeverria publicou o livro Furacão Elis (Círculo do Livro). Em 1994 foi lançado o CD triplo Elis Regina no fino da bossa. Foi realizado em 1995 o show Tributo a Elis, Teatro Tuca, São Paulo, de Pedro Camargo Mariano. No mesmo ano, foi a homenageada no VIII Prêmio Sharp de Música, no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, com a apresentação de seus filhos Pedro Camargo Mariano e João Marcelo Boscoli. Em 1997 foi lançado o CD Elis Regina (arranjos de César Camargo Mariano), Coleção MPB no JT, n° 13, do Jornal da Tarde.

Algumas músicas

Agnus Sei, Águas de março, Altos e baixos, Amor até o fim, Aos nossos filhos, Arrastão, As aparências enganam, Bodas de Prata, Cabaré, Cadeira vazia, Cais, Canto de Ossanha, Cão sem dono, Cartomante, Casa no campo, Caxangá, Colagem, Como nossos pais, Comunicação, Conversando no bar.

Dois pra lá, dois pra cá, Exaltação a Tiradentes, Folhas secas, Jardins de Infância, Madalena, Marambaia, Maria Rosa, Me Deixas Louca (Me Vuelves Loco), Moda de sangue, Morro Velho, O bêbado e o equilibrista, O cantador, O mestre-sala dos mares, O mundo melhor de Pixinguinha, O primeiro jornal.

Pois é, Ponta de areia, Querelas do Brasil, Romaria, Se eu quiser falar com Deus, Tiro ao álvaro, Transversal do tempo, Upa, neguinho, Velha roupa colorida, Vento de maio.

Veja também:

14 Bis / Agepê / Alceu Valença / Belchior / Benito Di Paula / Beth Carvalho / Caetano Veloso / Cazuza / Chico Buarque / Clara Nunes / Djavan / Fagner / Gal Costa / Gilberto Gil / Gonzaguinha / Joanna / João Bosco / Legião Urbana / Mamonas Assassinas / Maria Bethânia / Maria Creuza / Martinho da Vila / Milton Nascimento / Moraes Moreira / Oswaldo Montenegro / Paulinho da Viola / Raul Seixas / Rita Lee / Roberto Carlos / Secos e Molhados / Toquinho / Zé Ramalho

Elisete Cardoso

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Elizeth Cardoso

Elisete Moreira Cardoso, cantora, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 16/7/1920 e faleceu em 7/5/1990. Nasceu em São Francisco Xavier, perto do morro de Mangueira; o pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar. Ao completar seis anos estreou cantando no rancho Kananga do Japão; aos oito já cobrava ingresso (10 tostões) da garotada da vizinhança para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. Cedo precisou trabalhar e, entre 1930 e 1935, foi balconista, peleteira, funcionária de uma fábrica de saponáceos e cabeleireira, até ser descoberta, na festa de seus 16 anos, por Jacó do Bandolim, que a convidou para fazer um teste na Rádio Guanabara.
Apesar da oposição inicial do pai, apresentou-se em 18/8/36 no Programa Suburbano, ao lado de Vicente Celestino, Araci de Almeida, Moreira da Silva, Marília Batista e Noel Rosa. Na semana seguinte foi contratada para um programa semanal da mesma rádio. Depois, passou pela Rádio Educadora, programa Samba e Outras Coisas, e por outras emissoras do Rio de Janeiro. Mas, como os salários eram baixos, no começo de 1939 começou a fazer shows em circos, clubes e cinemas, apresentando um quadro com Grande Otelo, que se repetiria por quase dez anos: Boneca de piche (Ary Barroso e Luís Iglésias). O sucesso das apresentações e seu talento de passista lhe valeram o convite para ingressar como sambista em uma companhia de revista, onde conheceu Ari Valdez, com quem se casou no final de 1939. O casamento durou pouco, resolveu então trabalhar em boates como taxi-girl, atividade que exerceria por muito tempo.
Em 1941, tornou-se crooner de orquestras, chegando a ser uma das atrações do dancing Avenida, que deixou em 1945, quando se mudou para São Paulo SP para cantar no Salão Verde e para apresentar-se na Rádio Cruzeiro do Sul, no programa Pescando Humoristas. Regressou ao Rio de Janeiro em meados de 1946 e voltou a atuar no Avenida como crooner da orquestra de Dedé, com quem rompeu rapidamente, passando a cantar em outros dancings.
Em 1948, foi contratada pela Rádio Mauá para o programa Alvorada da alegria; mas logo a seguir transferiu-se para a Rádio Guanabara. Em 1950, graças a Ataulfo Alves, gravou pela primeira vez na Star, cantando Braços vazios (Acir Alves e Edgard G. Alves) e Mensageiro da saudade (Ataulfo Alves e José Batista), mas não chegou a ter êxito: o disco foi logo tirado de circulação por defeitos técnicos. O sucesso veio na segunda gravação, realizada na Todamérica em 1950, com a música Canção de Amor (Chocolate e Elano de Paula), tendo no outro lado do disco O samba Complexo (Wilson Batista). O grande êxito de Canção de amor levou-a à Rádio Tupi e, em 1951, a uma participação no primeiro programa de televisão no Rio de Janeiro (TV Tupi) e nos filmes Coração materno, de Gilda de Abreu, e É fogo na roupa, de Watson Macedo. Ainda em 1951, foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga e pela boate Vogue, e gravou um dos seus maiores sucessos, Barracão (Luís Antônio e Oldemar Magalhães).
Em 1952, além de atuar no filme O rei do samba, de Luís de Barros, gravou Maus tratos (Bororó e Díno Ferreira) e Nosso amor, nossa comédia (Erasmo Silva e Adolar Costa). Em 1953 participou do show Feitiço da Vila, na boate Casablanca, no Rio, estreando-o em São Paulo no ano seguinte, quando foi contratada pela Rádio e TV Record. Ainda em 1954, deixou a Rádio Tupi e foi para a TV Rio; logo depois gravou seu primeiro LP pela Todamérica e apresentou-se no Uruguai. No ano seguinte, trabalhou em outro filme, Carnaval em lá maior, de Ademar Gonzaga, e lançou seu primeiro LP, Canções à meia-luz com Elisete Cardoso (Continental).
Passou, em 1956, para a gravadora Copacabana, onde lançou a maior parte de seus grandes sucessos. Em 1957, lançou dois LPs pela Copacabana: Fim de noite e Noturno. Em 1958, trabalhou nos filmes Na corda bamba, de Eurides Ramos, Com a mão na massa, de Luís de Barros, e Pista de grama, de Haroldo Costa. Nesse mesmo ano, lançou na etiqueta Festa o LP Canção do amor demais, disco considerado inaugural da bossa nova, pois era todo dedicado às músicas de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, além do acompanhamento ao violão de João Gilberto em Chega de saudade e Outra vez.
Em 1959, gravou para o filme Orfeu do Carnaval, de Marcel Camus, as canções Manhã de Carnaval e Samba de Orfeu. No início da década de 1960, estreou o programa Nossa Elisete, na TV Continental, do Rio de Janeiro. Em fevereiro de 1960, após o lançar o disco Magnífica, foi contratada pela Rádio Nacional, no programa Cantando pelos Caminhos. Em seguida, lançou o disco Sax voz e apresentou-se em Buenos Aires e em Portugal; na volta lançou um dos LPs mais vendidos em toda sua carreira, Meiga Elizete.
Em 1961, aproveitando o sucesso dos discos anteriores, lançou Meiga Elizete n.2, e Sax voz n.2, sem muita repercussão se comparados ao LP Elisete interpreta Vinícius (1963). A 16 de novembro de 1964, após lançar o quinto disco da série Meiga Elisete, deu um importante recital no Teatro Municipal, de São Paulo, interpretando as Bachianas brasileiras n.5 (Villa-Lobos), e, em março do ano seguinte, participou do espetáculo Rosa de ouro, que deu origem ao LP Elisete sobe o morro, um marco da discografia brasileira. Ainda em 1965, em agosto, iniciou na TV Record, de São Paulo, o programa Bossaudade, que teve grande êxito por quase dois anos. Terminou o ano de 1965 participando do espetáculo Vinícius, poesia e canção, no Teatro Municipal de São Paulo.
Em 1966, participou da delegação brasileira ao Festival de Arte Negra, em Dacar, Senegal, e no ano seguinte lançou pela Copacabana o LP A enluarada Elisete, com participação especial de Pixinguinha, Cartola, Clementina de Jesus e Codó.
Em fevereiro de 1968 realizou no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, um espetáculo com o Zimbo Trio, Jacó do Bandolim e seu conjunto Época de Ouro; o show, produzido por Hermínio Belo de Carvalho para o Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro, foi gravado ao vivo em 2 LPs. Ainda em 1968, realizou com o Zimbo Trio uma longa excursão pela América Latina para divulgar a MPB. Um ano depois gravou Sei lá, Mangueira (Paulinho da Viola e Hermínio Belo de Carvalho), foi convidada pela OEA para participar, com o Zimbo Trio, do Festival Interamericano de Música Popular, em Buenos Aires, realizou shows nas boates Blow-Up, em São Paulo, e Sucata, no Rio de Janeiro, lançando o LP Elisete e Zimbo Trio balançam na Sucata, e, por fim, já no final do ano, estreou novo show no Sucata, com mais um disco gravado ao vivo: É de manhã.
Participou de uma tournée pelos E.U.A., em abril de 1970, junto com o Zimbo Trio e, no ano seguinte, lançou dois LPs com Sílvio Caldas, onde cada um canta alguns dos sucessos do outro. Em 1973, apresentou o programa Sambão, pela TV Record, de São Paulo, que ficou cerca de um ano e meio no ar. Em 1974 foi homenageada pela Escola de Samba Unidos de Lucas, que obteve o segundo lugar no desfile com o tema Mulata maior, a Divina, e teve sua interpretação de Carolina (Chico Buarque) incluída no filme francês O jogo com o fogo, de Alain Robbe-Grillet.
No início de 1975 apresentou-se com imenso sucesso em Paris, no Festival do Mercado Internacional de Discos e Editoras Musicais (MIDEM). No ano seguinte, passou a apresentar o programa Brasil Som 7, na TV Tupi de São Paulo, e lançou Elisete Cardoso, ainda pela Copacabana. Em setembro de 1977 fez uma tournée pelo Japão, onde gravou o LP Live in Japan (Global Records). Em 1978, realizou sua segunda excursão pelo Japão, gravando um LP duplo ao vivo, lançado apenas em 1982 pela Victor. De volta ao Brasil, lançou o álbum duplo A cantadeira do amor, o último pela Copacabana, gravadora na qual lançou 31 LPs e 25 discos 78 rpm.
Em 1979, na Som Livre, lançou O inverno de meu tempo. Ainda em 1979, em uma produção de Hermínio Belo de Carvalho, apresentou-se com a Camerata Carioca, dirigida por Radamés Gnattali; inaugurando uma parceria que se estenderia até suas últimas gravações. Em 1980, após excursionar pela Argentina, percorreu o Brasil com o Projeto Pixinguinha da Funarte, e em dezembro estreou, no Teatro João Caetano, o espetáculo Vida de artista, que deu origem ao LP Elisetíssima (Som Livre).
Em 1981 participou do Projeto Seis e Meia e do Projeto Pixinguinha. No início de 1982 lançou seu terceiro LP pela Som Livre: Outra vez. Em 1983 apresentou-se com a Orquestra de Câmara do Recife e, depois, com a Camerata Carioca, no show Uma rosa para Pixinguinha, na Funarte do Rio de Janeiro, o que lhe rendeu um LP, lançado poucos meses depois. No ano seguinte estreou no Rio de Janeiro o espetáculo Leva meu samba, promovido pela Funarte, em homenagem aos 15 anos da morte de Ataulfo Alves, levou o espetáculo para o Nordeste e, depois, para São Paulo, onde o show foi gravado pelo selo Eldorado, mas lançado apenas em maio de 1985.
Em 1986, em comemoração aos seus 50 anos de carreira, estreou no Scala do Rio de Janeiro o espetáculo Luz e esplendor e lançou um disco de mesmo nome, pela Arca Som. Em agosto de 1987, com o Zimbo Trio, o Choro Carioca e Altamiro Carrilho, realizou sua terceira e mais longa excursão pelo Japão, quando descobriu que estava com câncer. Em janeiro de 1988 participou da gravação de um disco com a obra de Herivelto Martins, lançado em 1993 pela Funarte: Que rei sou eu?. Ainda em 1988, foi a grande ovacionada no 1o. Prêmio Sharp de Música, e, depois, participou do projeto Som do meio-dia, ambos no Rio de Janeiro. Em 1989, ao lado de Rafael Rabelo, apresentou-se novamente no projeto Seis e meia, no Teatro João Caetano, e realizou suas últimas gravações: Ari amoroso (LP-brinde de uma fábrica de móveis) e Todo sentimento, lançado em 1991 pela Sony Music. Em 1994, Sérgio Cabral lançou Elisete Cardoso, uma vida, Ed. Lumiar, RJ.
Elisete Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentina e México. Durante quase sete décadas de vida artística, interpretou quase todos os gêneros, tendo-se fixado no samba, que cantava com extraordinária personalidade, o que lhe valeu vários apelidos como A Noiva do Samba-Canção, Lady do Samba (pelo seu donaire ao cantar) e outros como Machado de Assis da Seresta, Mulata Maior, A Magnífica (apelido dado por Mister Eco), a Enluarada (por Hermínio Belo de Carvalho). Nenhum desses títulos, porém, se iguala ao criado por Haroldo Costa e que permaneceu para sempre ligado ao seu nome - A Divina.
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