terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Zezé Gonzaga

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Zezé Gonzaga (Maria José Gonzaga), cantora, nasceu em Manhuassu, MG (03/09/1926). Filha e neta de músicos, sua mãe chamava-se Oraide e era flautista. O pai, Rodolpho, era "luthier", tendo inclusive construído um instrumento para Luperce Miranda.

Começou a cantar aos 13 anos, quando se mudou para a cidade vizinha de Além-Paraíba e passou a apresentar-se no Rex Clube. Recebeu incentivo da família, que apoiava que seguisse a carreira de cantora lírica. Começou a estudar canto com a professora Graziela de Salerno, que gostava muito de seu registro de soprano ligeiro, e além de canto, estudou piano e leitura musical.

Fez seus estudos escolares na cidade vizinha de Porto Novo, com bolsa de estudos, compensada por pequenos serviços realizados por seu pai, já que sua família vivia com dificuldade. Foi em Porto Novo que fez sua primeira apresentação, cantando a valsa Neusa, de Antônio Caldas (pai do cantor Sílvio Caldas), grande sucesso de Orlando Silva.

Iniciou sua carreira como caloura no programa de Ary Barroso, em 1942. Na ocasião, recebeu a nota máxima ao interpretar Sempre no meu coração. Logo em seguida, recebeu convite para se apresentar no programa radiofônico Escada do Jacó, do popular radialista Zé Bacurau. Depois de curta temporada no Rio de Janeiro, retornou a Porto Novo para continuar seus estudos. Nessa época, costumava fazer pequenas apresentações num clube de jazz, o que lhe causou problemas na escola, pois além da discriminação racial, enfrentava a discriminação por ser artista.

Mudou-se definitivamente para o Rio de Janeiro em 1945. Nesse ano, conquistou o primeiro lugar no programa Pescando estrelas, da Rádio Clube do Brasil, apresentado por Arnaldo Amaral. Isso lhe valeu um contrato de 800 mil-réis com a emissora, que duraria até 1948. Nessa época, formou com a cantora Odaléa Sodré (filha de Heitor Catumbi) uma dupla chamada As Moreninhas do Ritmo. Com a parceira, cantou no conjunto do pianista Laerte, na Rádio Jornal do Brasil.

Em 1948, assinou contrato com a Rádio Nacional do Rio. Foi levada para lá a partir de um contato do cantor Nuno Roland, que marcou uma reunião com ela a pedido do diretor geral da rádio, Victor Costa. Na ocasião, Victor Costa lhe ofereceu um salário bem mais alto e a cantora, dias depois, já integrava o "cast" da Nacional, tendo como "padrinhos musicais" o próprio Victor Costa, ao lado do cantor Paulo Tapajós.

No ano seguinte, gravou seu primeiro disco, pela Star, com os sambas-canção Inverno, de Clímaco César e Desci, de Alcir Pires Vermelho e Cláudio Luiz. Foi por essa época que Paulo Gracindo começou a chamá-la de "minha namorada musical", em seu programa na Rádio Nacional, nos anos 1940, devido a sua técnica e afinação impecável. Depois, integrou vários conjuntos vocais (de diversas formações), alguns dos quais são: As Moreninhas, Cantores do céu e Vocalistas modernos. Além disso, participou do coro de inúmeras gravações na Rádio Nacional.

Em 1951, gravou pela Sinter o samba-canção Foi você, de Paulo César e Ênio Santos, e o bolero Canção de Dalila, de Victor Young, com versão de Clímaco César com o qual fez bastante sucesso. Nesta etiqueta gravou outros discos solo e também com o grupo As Moreninhas.

Em 1952, gravou os sambas Não quero lembrar, de Sávio Barcelos, Ailce Chaves e Paulo Marques e Quero esquecer, de Brasinha, Salvador Miceli e Mário Blanco, a valsa Festa de aniversário, de Joubert de Carvalho e a marcha Um sonho que eu sonhei, de Alcyr Pires Vermelho e Sá Róris.

Em 1953, gravou o baião É sempre o papai, de Miguel Gustavo. No ano seguinte, gravou o bolero Meu sonho, de Pedroca e Alberto Ribeiro e o Baião manhoso, de Manoel Macedo e Marcos Valentim. Ainda em 1954, foi contratado pela Columbia e gravou o fox Canário triste, de V. Floriano com versão de Juvenal Fernandes e o samba canção Razão de tudo, de Umberto Silva e Nilton Neves.

Em 1955, gravou os sambas canção Sedução, de Carlito e Nazareno de Brito e Óculos escuros, de Valzinho e Orestes Barbosa, seu maior sucesso. Em 1956, gravou a toada Moreno que desejo, de Bruno Marnet e a valsa Natal das crianças, de Blecaute. No mesmo ano, gravou seu primeiro LP, Zezé Gonzaga, que foi considerado o melhor disco do ano e trazia entre suas faixas "Ai ioiô (Linda flor), de Henrique Vogeler e Luiz Peixoto, que passou a ser considerada uma de suas grandes interpretações, além de Nunca jamás, de Lalo Ferreira, numa versão de Marques Porto.

Em 1957, gravou os boleros Não sonhe comigo, de Fernando César, Tédio, de Fernando César e Nazareno de Brito e Vivo a cantar, de Cícero Nunes e Bruno Marnet. No ano seguinte, gravou o samba jongo Cafuné", de Denis Brean e Gilberto Martins e o samba canção Saia do caminho, de Custódio Mesquita e Evaldo Rui.

Em 1959, gravou duas músicas da parceria Tom Jobim e Vinícius de Moraes: o samba A felicidade e Eu sei que vou te amar. Em 1961, passou a gravar na Continental e registrou A montanha, de Agueró e Moreu, com versão de Fernando César e o samba Que culpa tenho eu?, de Armando Nunes e Othon Russo. No mesmo ano, gravou o bolero Há sempre alguém, de Luiz Mergulhão e Umberto Silva e o samba Um beijo, nada mais, de Almeida Rego e Índio.

Em 1962, gravou a balada Rosa de Maio, de Custódio Mesquita e Evaldo Rui, o rasqueado Decisão cruel, de Palmeira e o samba Neném, de Tito Madi.

Considerada uma das mais belas vozes do cast da Rádio Nacional, era com freqüência escalada para participar dos grandes musicais noturnos da emissora, dos quais eram responsáveis os grandes maestros como Radamés Gnattali, Léo Peracchi e outros. Gravou vários discos infantis pela fábrica Carrossel, com produção de Paulo Tapajós, e na Continental, quando se juntou aos Trios Madrigal e Melodia, para cantar e contar historinhas para crianças.

Na década de 1960, associou-se com o maestro Cipó e Jorge Abicalil em uma agência de jingles, vinhetas e trilhas para rádio, TV e cinema (a Tape Produções Musicais Ltda.), onde trabalhava como cantora e compositora. Em parceria com o escritor, produtor e apresentador de rádio Luiz Carlos Saroldi, compôs o tema de abertura do Projeto Minerva, apresentado pela Rádio MEC.

Em 1967, gravou o LP Canção do amor distante pelo selo Fontana com destaque para Sorri, de Elton Medeiros e Zé Kéti, Faça-me o favor, de Fernando César e Britinho, Não fique triste não, de Jorge Ben e Veja lá, de Luiz Fernando Freire e Baden Powell.

Em 1979, gravou com o Quinteto de Radamés Gnattali um disco em homenagem a Valzinho, que também participou do disco só de composições suas, com produção de Hermínio Bello de Carvalho. O disco Valzinho - Um doce veneno teve, além da edição brasileira, uma tiragem destinada ao mercado estrangeiro.

Fez algumas apresentações nos anos 1980 com o grupo Cantoras do Rádio, ao lado de Nora Ney, Rosita Gonzales, Violeta Cavalcanti e Ellen de Lima, que lhe renderam dois CDs. Em 1999 gravou o disco Clássicas ao lado da cantora Jane Duboc, que também rendeu show encenado no Rio, São Paulo e outras praças brasileiras. O disco trazia entre outras, Linda flor, de Henrique Vogeler, Marques Porto e Luiz Peixoto, Olha, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos e Cidade do interior, de Mário Rossi e Marino Pinto, entre outras. No mesmo período, também participou do espetáculo Lupicínio Rodrigues, ao lado de Áurea Martins, montado em várias casas noturnas do Rio e de São Paulo.

Em 2000, participou do Projeto MPB: A História de Um Século, estrelando o primeiro da série de quatro shows no CCBB, Do choro ao samba, ao lado de Paulo Sérgio Santos e Maria Tereza Madeira, com roteiro e direção de Ricardo Cravo Albin.

Em 2001, apresentou show no Paço Imperial no rio dem Janeiro. Em 2002, gravou pelo selo Biscoito Fino o CD Sou apenas uma senhora que canta, dedicado à parceira de profissão Elizeth Cardoso, no qual interpretou, entre outras, Meu consolo é você, de Roberto Martins e Nássara, Vida de artista, de Sueli Costa e Abel Silva, Pra machucar meu coração, de Ary Barroso, Chão de estrelas, de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa e Por que te escondes?, letra inédita do poeta Thiago de Mello para um choro de Pixinguinha.

Fonte: Cantoras do Brasil - Zezé Gonzaga

Wilma Bentivegna

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Wilma Bentivegna, cantora (17/07/1929, São Paulo, SP). Natural da capital paulista, Wilma Bentivegna foi uma importante cantora no rádio paulista na década de 50, mesmo não tendo sido uma cantora de popularidade nacional. De estatura baixa, sempre pareceu uma menina, sendo chamada por todos de Wilminha.

Começou sua carreira aos nove anos no programa Clube do Papai Noel, de Homero Silva, na Rádio Difusora. Começou depois a atuar em radioteatro na Rádio Tupi, sob direção de Otávio Gabus Mendes e na Rádio Difusora, com Oduvaldo Viana. Fazia papeis infantis, pois sua voz também era de menina. Foi a caçula da Caravana da Alegria, que viajou por várias cidades do interior de São Paulo.

Atuou já no primeiro dia da TV Tupi, cantando junto com os Garotos Vocalistas. Foi contratada pela gravadora Sinter em 1954, ocasião em que gravou a guaracha Me voy a morir (F. Cabrera) e o samba-canção Chove (Geraldo Vietri). Em 1955 foi contratada pela Rádio Nacional de São Paulo e pela TV Paulista.

Em 1956 passou a gravar pela Odeon, lançando o fox Rififi (Gerard e Rue - versão de Haroldo Barbosa) e o bolero Ama-me amor (Panzeri e Mascheroni - versão de Valdir Cardoso).

Em 1957, gravou as canções Pollyana (N. Schultze e B. Balzo - versão de Ribeiro Filho) e Marcelino, pão e vinho (P. Sorozobal e P. Sorozobal Jr - versão de Ribeiro Filho), duas de suas gravações de maior projeção nacional.

Em 1959 gravou a canção francesa Hino ao amor (Edith Piaf e Monnot - versão de Odair Marzano), o seu maior sucesso,e o samba Só tristeza (Paulo Rogério e Odair Marzano).

Em 1960 gravou Minha devoção (O. Cesana) e o samba-canção Vontade de enlouquecer (Guerra Peixe e Odair Marzano). Em 1961 lançou As folhas verdes de verão (D. Tiomkin e P. F. Webster - versão de Paulo Rogério) e Canção do amor que eu lhe dou (Lourival Faissal). Em 1962 gravou Canção de um triste (Paulo Rogério e Oldair Marzano) e Preciso de alguém (Paulo Rogério).

Em 2005, o selo Revivendo lançou o CD Wilma Bentivegna - Hino ao amor com 18 interpretações suas, entre as quais, a música título, pela qual ficou conhecida fora do estado de São Paulo.

Especializou-se em gravar principalmente versões de canções estrangeiras de sucesso na época. Além de cantora, Wilma Bentivegna foi uma das pioneiras da televisão, tendo sido também apresentadora e atriz de novelas. Fez TV de Vanguarda (TV Tupi) e Teledrama Três Leões (TV Paulista), em papéis célebres, em companhia de atores importantes.

Foi apresentadora de O Mundo é das Mulheres, ao lado de Hebe Camargo, Lourdes Rocha e Eloísa Mafalda.

Fonte: Cantoras do Brasil - Wilma Bentivegna.

Nestor de Holanda

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Nestor de Holanda (Nestor de Hollanda Cavalcanti Neto) nasceu a 1º de dezembro de 1921, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Seu pai, Nestor de Hollanda Cavalcanti Filho, era farmacêutico. Sua mãe, Maria de Lourdes Galhardo de Hollanda Cavalcanti, era médica, filha de Estevão Galhardo, calabrês, e de Joana de Queiroz Galhardo, napolitana.

Fez seus estudos no Recife. Cedo ingressou no jornalismo. Ainda no ginásio, dirigiu o semanário A Fama, por qual acabou sendo preso e proibido por motivos políticos. Sua primeira função: aprendiz de suplente de revisor. E trabalhou na Gazeta do Recife, Jornal Pequeno, Jornal do Comércio e Diário da Manhã.

Aos 17 anos, fez parte de um grupo de jovens que se iniciavam na imprensa e nas letras. O grupo fundou a editora Geração, através da qual Nestor publicou livro de poemas, Fontes Luminosas. Faziam parte de Geração: Guerra de Holanda, Paulo Cavalcanti, Mário Souto Mayor, Sousa Leão Neto, Raul Teixeira, Aristóteles Soares, Dagoberto Pires e outros.

Contando com o estímulo de Valdemar de Oliveira, o grande realizador do teatro pernambucano, Nestor escreveu a comédia-histórica Nassau, que obteve êxito marcante, inclusive através da Rádio Clube de Pernambuco, quando transmitida por iniciativa de Luiz Maranhão. E produziu várias outras comédias.

Também na música popular, em diversas ocasiões marcou tentos no famoso carnaval pernambucano, destacando-se os frevos-canções Fala, Pierrô, com Levino Ferreira, Barafunda, com Ernani Reis, O Frevo é assim, com Nelson Ferreira, e Não deixe a minha companhia, com João Valença, um dos Irmãos Valença, autores de O teu cabelo não nega, marcha adaptada por Lamartine Babo para o carnaval carioca.

Em 1941, foi para o Rio de Janeiro onde foi redator de A Cena Muda, Revista da Semana, Brasilidade, Vida, Deca, e das rádios Vera Cruz, Transmissora e Educadora. Convocado para o Exército, esteve em operações de guerra e chegou a sargento. Ganhou aí o apelido de Sargento Iolando (por que os recrutas confundiam seu Holanda com Iolanda).

Voltou à vida civil, depois da Guerra. Trabalhou em diversos jornais: Folha Carioca, Democracia, O Imparcial, A Noite, Folha do Rio, Shopping News, Diário Carioca, Última Hora e Diário de Notícias. Nas revistas: Manchete, A Noite Ilustrada e Carioca. Estações de Rádio: Clube Fluminense, Cruzeiro do Sul, Clube do Brasil , Globo, Nacional e Ministério da Educação e Cultura. Emissoras de televisão: Continental, Excelsior e Rio.

Escreveu muito para teatro, desde revistas como A Bomba da Paz, Está em Todas, TV para Crer e Terra do Samba, a comédias como Um Homem Mau e A Bruxa. Produziu mais de uma centena de composições populares, como Quem Foi? , Seu Nome Não é Maria, Xém-ém-ém ( que figurou na trilha sonora de um filme de Walt Disney ), Periquito da Madame, Último Beijo, Muito Agradecido, Eu Sei que Ele Chora, Meu Mundo é Você, e fez parcerias com Ary Barroso, Ismael Neto, Haroldo Lobo (a marcha Dança chinesa, de 1953), Jorge Tavares, Valzinho, Luiz Gonzaga e outros. Foi um dos fundadores da SBACEM, foi fundador da SADEMBRA e filiado à Sociedade Brasileira de Autores Teatrais e à Associação Brasileira de Imprensa.

Graças a seu estilo leve, bem-humorado, de marcante penetração popular, figurou entre os escritores que mais venderam no Brasil, e esteve entre os mais traduzidos. Livros seus, como Diálogo Brasil-URSS, O Mundo Vermelho, Sossego - Rua da Revolução, Jangadeiros, A Ignorância ao Alcance de Todos, Itinerário da Paisagem Carioca, Telhado de Vidro e outros figuram entre os recordistas de venda, alguns com edições sucessivas, sendo que o último lhe rendeu o título de Cidadão Carioca, por decisão da Assembléia Legislativa do Estado da Guanabara.

Nestor de Holanda foi casado, desde 1947, com dona Kezia Alves de Hollanda Cavalcanti. E o casal teve dois filhos, o compositor Nestor de Hollanda Cavalcanti e Maria Marta.

Faleceu no Rio de Janeiro em 14 de novembro de 1970.

Fonte: Nestor de Holanda ( samba & choro).

Olivinha Carvalho

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Olivinha Carvalho (Olívia Corvacho), cantora, nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 30/3/1930. Iniciou carreira artística aos cinco anos de idade, no programa Heraldo Português, da antiga Rádio Cajuti, do Rio de Janeiro.

Em 1936, apresentou-se em São Paulo-SP na Rádio Cosmos (depois Rádio América) e no Teatro Boavista. Sua primeira gravação foi em 1940, com Folhas ao vento e o fado Evocação (ambos de Antônio Russo e Américo Morais).

Em 1953, Olivinha gravou a marcha Dança chinesa, parceria de Haroldo Lobo com Nestor de Holanda.

Intérprete de fados e canções portuguesas, seu maior sucesso foi o fado A Mouraria. Atuou em diversos filmes, entre os quais Esta é fina (1947), Fogo na canjica (1947) e Eu quero é movimento (1949), dirigidos por Luís de Barros.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha; Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Vanja Orico

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Vanja Orico (Evanjelina Orico - 15/11/1929, Rio de Janeiro, RJ), atriz e cantora, é filha do escritor paraense Oswaldo Orico, membro da Academia Brasileira de Letras.

Foi descoberta em 1952 pelos cineastas Alberto Lattuada e Federico Fellini, quando atuava em Roma no show chamado Macumba, patrocinado pela Rádio e TV Italiana, iniciando então sua carreira de atriz.

Atuou em diversos filmes, como Mulheres e luzes, dirigido por Lattuada e Fellini, onde cantou a música folclórica Meu limão, meu limoeiro, Lampião, O rei do cangaço, de Carlos Coimbra, e, em 1953, O cangaceiro, de Lima Barreto, que ganhou o Prêmio de Melhor Filme de Aventura no Festival de Cannes daquele ano, entre outros. É desse ano sua gravação de maior sucesso, Sodade meu bem sodade (Zé do Norte), da trilha sonora de O cangaceiro.

Seu primeiro LP foi lançado em 1954 pela gravadora Sinter, onde cantou, entre outras, músicas como Uirapuru (Waldemar Henrique) e João Valentão (Dorival Caymmi). Seu segundo disco foi gravado durante uma turnê pela União Soviética, onde se apresentou cantando as músicas de O Cangaceiro, especialmente Mulher rendeira, grande sucesso por quase toda Europa.

No começo da década de 60 apresentou-se no Carnegie Hall, de Nova York. De 1957 a 1962, gravou em discos temáticos de filmes, entre eles: O império do sol e Os bandeirantes, este último de Marcel Camus.

Em 1964, lançou pela gravadora Chantecler seu terceiro LP. Morou em Paris durante a maior parte da década de 60, onde gravou diversos discos em 45 rpm. Em 1969 gravou Viola enluarada (Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle) numa versão em francês que fez grande sucesso em países europeus.

Na década de 1980, criou o projeto Rio Boa Praça, com música, teatro e outras artes, desenvolvido na Praça do Méier, subúrbio do Rio de Janeiro. Em 1997, lançou no Brasil o CD Vanja Orico e Quinteto Violado, no qual interpretou Manhã de carnaval (Luiz Bonfá e Antônio Maria), Chaquito (Geraldo Vandré), De chapéu de sol (Capiba) e uma composição inédita de Carlos Lyra, Amarga vinha.

Em 2002 iniciou a filmagem de um video sobre sua vida e carreira, dirigido pelo cineasta Luiz Carlos Ribeiro Prestes.