sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Índios Tabajaras

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Índios Tabajaras - Dupla formada pelos irmãos Antenor Moreira Lima (Tianguá CE) e Natalício Moreira Lima (Crato CE 1918—). Índios da tribo Tabajara, Muçaperê e Erundi (Terceiro e Quarto, em língua tupi) saíram de sua terra com a família em 1933, a pé, rumo do Rio de Janeiro RJ. Nos três anos de caminhada em que atravessaram o país, entraram em contato com violeiros e cantadores.

No Rio de Janeiro, por iniciativa do tenente Hildebrando Moreira Lima, registraram-se como cariocas: Muçaperê tornou-se Antenor e Erundi, Natalício. Por volta de 1945, cantaram pela primeira vez na Rádio Cruzeiro do Sul, do Rio de Janeiro, com o nome de Índios Tabajaras, assinando contrato com a emissora.

Doze anos depois excursionaram pela Argentina, Venezuela e México, onde estudaram música. Natalício compôs então uma série de músicas eruditas para violão.

Seguiram para os EUA, onde durante três anos se apresentaram em shows com repertório variado: de smoking, executavam obras eruditas, sobretudo Villa-Lobos; e com trajes indígenas, sambas e motivos folclóricos.

Voltaram ao Brasil em 1960, interrompendo a carreira por três anos, quando excursionaram novamente pelos EUA. Em meados da década de 1960 exibiram-se no Japão, Europa, China e outros países da Ásia, voltando ao Brasil em 1968, ano em que gravaram um disco com músicas havaianas.

Instalados em Nova York, EUA, lançaram em 1969-1970 um LP de músicas japonesas, onde se destaca Sakura-Sakura.

Gravaram 48 discos LP, que venderam milhões de cópias. O maior sucesso da dupla foi o fox Maria Helena, incluído em LP que vendeu um milhão e meio de exemplares.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998

Toninho Horta

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Toninho Horta
Toninho Horta (Antônio Maurício Horta de Melo), instrumentista e cantor, nasceu em Belo Horizonte, MG, em 2/12/1948. Sua primeira gravação foi no disco Clube da Esquina, tocando guitarra na faixa Trem azul.

Em 1970, fez parte como músico do espetáculo Tom & Elis, no Teatro Nacional, no Rio de Janeiro. Em 1973, gravou o disco Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta, pela EMI. Nas décadas de 1970 e 1980, participou dos discos de Milton Nascimento, Maria Bethânia, Dori Caymmi, Nana Caymmi, Gal Costa, Joyce, Edu Lobo, entre outros.

Lançou seu primeiro LP solo em 1980, Terra dos pássaros (gravação independente), em 1995 lançado nos EUA pela WEA. Ainda em 1980, lançou pela EMI o LP Toninho Horta, lançado nos EUA. em 1990, pela Capitol Records.

Em 1981 apresentou- se no show Toninho Horta e Orquestra Fantasma, no Teatro Nacional de Brasília DF. Quatro anos depois, apresentou-se no II Free Jazz Festival ao lado de Toots Thielemans e Bob MacFerrin.

Em 1988, após oito anos sem gravar, lançou nos EUA o disco Diamond Land, e, no ano seguinte, Moonstone, ambos pela Polygram/Verve. Já radicado em New York, EUA, lançou em 1992, também pela Polygram/Verve, o disco Once I Loved. Ainda em 1992, apresentou-se em Londres, Inglaterra, no Royal Festival Hall, acompanhando Marisa Monte.

No ano seguinte, acompanhou Caetano Veloso no Festival Viva Brasil 93, no Palais de Beaux Arts, em Bruxelas, Bélgica; e participou do I Heineken in Concert, ao lado de Gary Peacock e Silly Higgins, no Rio de Janeiro.

Ainda em 1993, lançou o disco Durango Kid — Part I (Big World Music), e, no ano seguinte, os discos Live in Moscow (B&W Records), na Inglaterra, e Toninho Horta e Carlos Fernando (Dubas-WEA), no Brasil. Também em 1994, ao lado de Phillip Catherine, participou do Xl Martinique Carrefour Mondial de la Guitarre, organizado pelo violonista cubano Leo Brower.

Em 1995 lançou o disco Durango Kid—Part II (Big World Music), além de dois CDs no Japão: Foot on the Road (Polygram) e Toninho Horta e Joyce — Sem você (Shinsei Do). Nessa mesma época, apresentou-se no Japão e foi convidado para participar de um CD em auxílio às vítimas do terremoto em Kobe, ao lado de Herbie Hancock, Keith Jarret, Pat Metheny e Ryuchi Sakamoto.

Em dezembro de 1995, excursionou pelas principais capitais do Brasil. Outros CDs gravados: Diamond Land, Moonstone, Serenade, Flávio Venturini e Toninho Horta, 1997, Dubas, este referente ao show de 1989 apresentado no Circo Voador, com participação de Guilherme Arantes.

Obra

Afternoon in Thailand (c/E. Ki Ribas), 1995; Akiko’s Song, 1995; Beijo partido, 1980; Bons amigos (c/Ronaldo Bastos), 1980; Canário azul, 1973; Diana (c/Fernando Brant), 1980; Foot on the Road, 1995; Manuel o audaz (c/Fernando Brant), 1973; Mocidade, 1994; Nenel (c/Michael Colina), 1995; Party in Olinda, 1995; Tecno burguer (After rain), 1995; Viver de amor (c/Ronaldo Bastos), 1980.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

Natho Henn

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Nathalino Henn
Natho Henn (Nathalino Henn), compositor e pianista, nasceu em Quaraí, RS, em 26/12/1901, e faleceu em Porto Alegre, RS, em 1/8/1958. Iniciou-se no piano com a mãe aos cinco anos de idade.

Tendo estudado em Montevidéu, Uruguai, com Williams Kokler e Eduardo Fabini (1883—1950), retornou a Quaraí, onde lecionou piano e compôs músicas sobre temas folclóricos.

Mudou-se para Livramento RS e fundou um curso musical, que hoje tem seu nome. Em 1942 fixou-se em Porto Alegre.

A 18 de maio de 1946 realizou um concerto na Associação Brasileira de Imprensa, do Rio de Janeiro RJ, na segunda parte de uma conferência proferida pelo jornalista Paulo Antônio Moritz sobre o Rio Grande do Sul.

Obra

Música orquestral: Hino Glória ao Brasil, 1943/4. 

Música instrumental: A carreta, p/piano, c.1945; Feitiço, p/piano, c.1945; Imembuí, bailado p/piano, s.d.; Páginas do Sul, p/piano, c.1945; Pastoral, p/piano, c.1945; Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, bailado p/piano, 1955; Rolinha, p/piano, c.1945; Toada, p/piano, c.1945. 

Música vocal: Canção do baú, p/canto e piano, s.d.; Caravelas, p/canto e piano, s.d.; Trovas, p/canto e piano, 1943. 

 Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.