quarta-feira, 27 de junho de 2007

Alceu Valença

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Alceu Paiva Valença, compositor e cantor, nasceu em São Bento do Uno, Pernambuco em 17 de novembro de 1946. Mudou-se com dez anos para Recife PE, onde se formou em direito, logo abandonando a profissão. Como jornalista, fez estágios nas sucursais do Jornal do Brasil e da Bloch Editores.
Estreou como músico no Recife, em fins de 1968, no show Erosão: a cor e o som, já demonstrando então a influência da moda-de-viola, de Nelson Gonçalves e de Elvis Presley. No mesmo ano, participou do I Festival Universitário de Música Popular com Maria Alice (com Sérgio Bahia), interpretada pela dupla Ivete e Arlete.

Em 1972 mudou-se para o Rio de Janeiro RJ, onde gravou, sem sucesso, seu primeiro LP pela Copacabana - Alceu Valença e Geraldo Azevedo - e participou do Festival Universitário, da TV Tupi, com três músicas, Planetário, Água clara e 78 rotações, esta com Geraldo Azevedo. Voltou ao Recife, no mesmo ano, e logo recebeu o convite de Sérgio Ricardo para fazer o papel principal do filme A noite do espantalho, filmado em Nova Jerusalém PE.
Participou também como cantor da trilha sonora do filme, lançada em LP pela Continental em 1974, e do show O ovo e a galinha, com o grupo Os Diamantes, iniciando, a seguir, uma experiência nova, cantando no Circo da Raposa Malhada, em Recife. Formou, depois, o grupo Catende, que excursionou por algumas cidades do Nordeste e se apresentou no Rio de Janeiro. Em 1974 gravou o LP Molhado de suor (Som Livre) e, em janeiro do ano seguinte, fez parte do Festival Abertura, da TV Globo, com Vou danado pra Catende, música que o projetou.
A partir de 1975, começou a musicar diversos poemas de Ascenso Ferreira, como Maracatu e Oropa, França, Bahia. Lançou nesse ano o disco Vivo! (Som Livre), uma incursão pelo mundo do rock. O álbum seguinte, Espelho cristalino (Som Livre, 1978), já trazia a mistura de música regional nordestina e pop, com a qual ficaria conhecido. Em 1979 gravou em Paris, França, o LP Saudades de Pernambuco. No ano seguinte, lançou com sucesso a música Coração bobo.
Em 1982 saiu o disco Cavalo de pau (Ariola), com as músicas Lava mágoas (com Dominguinhos), Maracatu (sobre poema de Ascenso Ferreira) e Pelas ruas que andei (com Vicente Barreto), entre outras.
Em 1987 lançou o álbum Leque moleque (RCA). Dois anos depois, lançou o disco Oropa, França, Bahia (RCA). Em 1990 foi a vez do álbum Andar, andar (EMI). Percorreu diversas cidades do Brasil com o show de lançamento do disco. Em 1991 participou do festival Rock in Rio 2.
Em 1996 gravou o CD Mourisco, no qual interpreta músicas de outros compositores, todas tendo como tema o mar. Neste CD lançou a música de sua autoria Mar. Fez sucesso ainda com Morena tropicana (com Vicente Barreto) e Como dois animais.
Suas composições foram gravadas por diversos artistas, entre eles Elba Ramalho (Chego já), Maria Bethânia (Retrado falado e Metrô da saudade), Luís Gonzaga (Plano piloto, de autoria dos dois). Sobre ele foi lançado o livro Alceu Valença em frente e verso, de autoria de Anameli Maciel (Edição do Autor, Recife, 1988).
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Altemar Dutra

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Altemar Dutra de Oliveira, cantor, nasceu em Aimorés (MG), em 6/10/1940, e faleceu em Nova York, EUA, em 9/11/1983. Jovem ainda, mudou-se com a família para Colatina (ES), onde começou a interessar-se por música, depois de ganhar da mãe um violão. Aprendeu a tocar por métodos, sozinho.
Apresentou-se pela primeira vez em público num programa de calouros da Rádio Difusora de Colatina, cantando uma música do repertório de Francisco Alves. Classificado em primeiro lugar, nessa e em várias outras vezes, foi incentivado por amigos e radialistas, e aos 17 anos foi para o Rio de Janeiro (RJ), levando uma carta de apresentação para o compositor Jair Amorim, que o encaminhou a amigos do meio artístico.
Arranjou emprego na boate Baccarat, onde também estava iniciando carreira a cantora Leny Andrade. Menor de idade ainda, várias vezes teve de esconder-se do juizado de menores. Na Baccarat conheceu Helena de Lima, que o convidou para cantar na boate O Cangaceiro, uma das casas noturnas mais afamadas do Rio de Janeiro de 1960 a 1965. Ali entrou em contato com várias personalidades do mundo artístico, travando amizade maior com os componentes do Trio Yrakitan.
Gravou seu primeiro disco na Tiger, com Saudade que vem (Oldemar Magalhães e Célio Ferreira) e Somente uma vez (Luís Mergulhão e Roberto Moreira). Por volta de 1963, foi levado por Jair Amorim para o programa Boleros Dentro da Noite, na Rádio Mundial, e no mesmo ano Joãozinho, do Trio Yrakitan, levou-o para a Odeon, onde foi contratado. Logo atingiu os primeiros lugares nas paradas de sucesso com Tudo de mim (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), tornando-se conhecido em todo o Brasil.
Em 1964 gravou com grande sucesso Que queres tu de mim, O trovador, Sentimental demais e Somos iguais (todas de Evaldo Gouveia e Jair Amorim). Destacou-se também na América Latina, fazendo apresentações em vários países e gravando um LP com Lucho Gatica: El bolero se canta así.
Com suas versões em espanhol, chegou a vender mais de 500 mil cópias na América Latina. Depois de ter dominado as paradas de sucesso locais, a partir de 1969 passou a conquistar fãs de origem latina nos EUA. Em pouco tempo tornou-se um dos mais populares cantores estrangeiros nos EUA. Apresentava um show para a comunidade latino-americana, no clube noturno La Tranquera, em New York, quando faleceu.
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Agustín Lara

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Muitas das canções criadas pelo compositor e poeta mexicano Agustín Lara, como Granada, converteram-se na própria imagem sonora de sua época, tornando seu ator popularíssimo em todo o mundo de cultura latina.
Agustín Lara nasceu em 1900 na Cidade do México. Foi aluno do Colégio Militar, que abandonou para fazer parte, aos 15 anos de idade e como tenente, da guarda pessoal do general revolucionário Francisco Villa. Entre 1920 e 1929, trabalhou como pianista e animador de reuniões sociais, bares e projeções de cinema mudo.
Casou-se com a célebre atriz María Félix e, com o sucesso, sua casa converteu-se em local de reunião de pessoas ligadas à arte e às letras. Sua primeira orquestra, El Son Marabú, contou com duas cantoras excepcionais, Tona la Negra e Ana María Fernández, artífices de sua grande fama.
Lara compôs música e letra de aproximadamente 700 melodias, algumas das quais Granada, Madrid, Valencia, Solamente una vez e María Bonita, alcançaram êxito internacional. Foi também autor de uma opereta, El pájaro de oro. Participou de cerca de trinta filmes. Agustín Lara faleceu na Cidade do México em 6 de novembro de 1970.
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Alfredo Le Pera

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Alfredo Le Pera nasceu em São Paulo-SP no dia 7 de junho de 1900 e morreu junto a Gardel no acidente aéreo de Medellín (Colômbia), em 24 de junho de 1935. Seus pais, Alfonso Le Pera e María Sorrentino, eram imigrantes italianos que chegaram a Buenos Aires por volta de 1902. Nessa cidade, Alfredo cursou o Colegio Nacional Mariano Moreno.
Chegou a iniciar carreira em Medicina, porém logo a abandonou para dedicar-se exclusivamente ao jornalismo. Passou por diferentes meios gráficos enquanto escrevia e estreava sainetes e peças de revista que, segundo os entendidos, deixava muito a desejar.
Em 1928, depois de uma missão jornalística nos Estados Unidos e na Europa, vinculou-se à empresa Artistas Unidos, para cujos filmes escrevia legendas. Desta época é sua viagem ao Chile, como autor da companhia de revistas encabeçada por Enrique Santos Discépolo e Tania. Nessa época, assinou junto com Discépolo o tango “Carrillón de La Merced” que, interpretado triunfalmente por Tania, salvou uma temporada que ameaçava desmoronar.
É provável que Gardel e Le Pera tenham se conhecido em Buenos Aires, mas sem dúvida, sua amizade nasceu em Paris, em 1932, durante a terceira estada do zorzal naquela metrópole, num encontro promovido pela Paramount. Le Pera, freqüentador de sets, converteu-se em libretista do astro, revelando um formidável talento.
Le Pera converteu o Morocho del Abasto em uma mescla rara de malandro, playboy e cavaleiro andante de nobilíssimos sentimentos. Nos filmes de Le Pera, Gardel representa a si mesmo tal qual era na vida cotidiana, “esperto e meigo ao mesmo tempo, malandro e cavalheiro, arrebatado e honesto”, conforme descrição de José Gobello.
As letras das canções que Le Pera compôs para Gardel parecem feitas sob medida para o personagem. Gobello explica que mesmo sem os altos vôos de Manzi, nem a profundidade de Discépolo, nem a portenhidade de Romero, nem a vivência de Celedonio, é indiscutivel seu acerto com algumas frases proverbiais: “veinte años no es nada”, “siempre se vuelve al primer amor”, “la verguenza de haber sido y el dolor de ya no ser”.

Antonio Marcos

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Antonio Marcos (Antônio Marcos Pensamento da Silva), cantor, compositor e ator, nasceu em São Paulo SP, em 8/11/1945, e faleceu em 5/4/1992. Trabalhou como office-boy, vendedor de varejo e balconista de loja de calçados, passando pelos programas de calouros, para chegar ao rádio e finalmente à televisão. De 1960 a 1962, destacou-se no programa de Estevam Sangirardi, cantando, tocando violão e fazendo humorismo.
Em 1967 integrou o coral Golden Gate e atuou nas peças Pé coxinho e Samba contra 00 Dólar, de Moraci do Val, no Teatro de Arena. Convidado por Ramalho Neto, gravou seu primeiro disco pela RCA, como integrante do conjunto Os Iguais, tornando-se logo solista e fazendo sucesso com a música Tenho um amor melhor que o seu (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), que reapareceu em seu primeiro LP e vendeu mais de 300 mil exemplares.
A partir daí, seguiram-se outros sucessos, como Oração de um jovem triste (Alberto Luís) e Como vai você (com Mário Marcos). Foi lançado no cinema por J. B. Tanko, no filme Pais quadrados... filhos avançados (1970), participando também de Som, amor e curtição (1972) e de outros, além de atuar em peças teatrais, como Arena conta Zumbi (Teatro de Arena, direção de Augusto Boal, 1969) e Hair (Teatro Aquarius, direção de Altair Lima, 1970). Atingiu seu maior sucesso em 1973, com O Homem de Nazaré (Cláudio Fontana). Tem oito LPs em português e quatro em castelhano, além de gravações feitas no exterior.
Em 1991 pretendia lançar um LP contendo uma versão de Imagine, de John Lennon, mas Yoko Ono, viúva de John, vetou a versão, o que, aliado à falência da gravadora (Esfinge), impediu o lançamento do disco. Morreu vítima de complicações resultantes do alcoolismo. Após sua morte, foram lançados os CDs Acervo, 1994 (coletânea RCA/BMG) e Aplauso, 1996 (coletânea RCA/BMG).
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Armando Manzanero

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Armando Manzanero nasceu na cidade de Mérida, Yucatán, região do sudeste mexicano, em 7 de dezembro de 1935. Iniciou seus estudos de música aos 8 anos de idade, na Escola de Belas Artes de Mérida, completando sua formação musical na Cidade do México com Rafael de Paz e José Sabre Marroquín.
Começa sua profissão como pianista em 1951. Em 1957 muda-se definitivamente para a Cidade do México como promotor musical da EMMI e como diretor musical da CBS Internacional, onde produz discos para diversos artistas como La Sonora Santanera e Sonia López. Converte-se em um pianista de grandes artistas como Pedro Vargas, Lucho Gatica, Carmela e Rafael, Luis, Demetrio e Daniel Riolobos, entre outros. Sua primeira canção "Nunca en el Mundo" data de 1950, com a qual se realizaram 21 versões em vários países.
Em 1957, Boby Capo grava "Llorando Estoy", e ao mesmo tempo, Lucho Gatica faz o mesmo com uma de suas mais conhecidas canções,"Voy a apagar la luz". Com estas melodias começa a ser reconhecido como compositor internacional. Em 1959, com o apoio de Rafael de Paz, grava seu primeiro disco com melodias de sua autoria.
No início da década de 60 conhece a cantora Angélica María, com quem produz vários discos e músicas para o cinema. Em 1969 Carlos Lico coloca sua balada "No" em primeiro lugar nas listas de popularidade em toda a América Latina. É também nesse ano que produz um disco em dueto com José Alfredo Jiménez.
Desde o início, como pianista, Armando Manzanero acumulou prestígio como autor e cantor, apresentando-se em diversos lugares da América, Europa e Ásia, assim como importantes centros noturnos, hotéis e teatros entre os quais se destacaram: "Lincoln Center" de Nova York, "Memorial" em São Paulo, Brasil, "Canecão", Rio de Janeiro, Brasil, "Teatro Colón", Argentina, no "Madison Square Garden" em Nova York, no "Sport Arena" na Califórnia, no "Teatro Colsubsidio" em Bogotá, Colômbia, no "Teatro Teresa Carreño" em Caracas, Venezuela, no "Teatro Metropolitan", no "Auditorio Nacional" e a "Sala Netzahualcóyotl" no México.
Manzanero escreveu mais de 400 canções, das quais mais de de 50 obtiveram fama internacional, como Esta tarde vi llover, Adoro, No, Contigo aprendí, Cuando estoy contigo, Señor amor, Como yo te amé, No se tú, Parece que fue ayer, Te extraño, Voy a apagar la luz, El ciego, Felicidad, Yo te recuerdo, entre outras.
Participou de numerosos programas de rádio e televisão, gravou mais de 30 discos e musicou vários filmes. Em sua carreira realizou produções para diversos artistas como Amaya, Diango, María Conchita Alonzo,Manuella Torres, destacando-se o disco "Romance" e a co-produção do "Romance II" de Luis Miguel.
Atualmente é vice-presidente da Sociedad de Autores y Compositores de Música de México (SACM) e continua seu trabalho como compositor, produtor e intérprete, sendo o único artista mexicano com uma trajetória ininterrupta.
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Astor Piazzola

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A música de Astor Piazzolla é sem dúvida uma das maiores expressões artísticas que a Argentina já deu ao mundo. Incorporando ao tango um pouco de jazz e um pouco de música clássica, Piazzolla conseguiu um resultado formidável e ao mesmo tempo inovador, sofisticando esse ritmo portenho e revolucionando seus conceitos.
Astor Pantaleón Piazzolla, nascido no dia 11 de março de 1921 na cidade de Mar del Plata, passou a infância entre Buenos Aires e Nova York - mais na segunda cidade que na primeira. Começou a estudar música aos 9 anos nos Estados Unidos, dando continuidade em Buenos Aires e na Europa. Em 1935 teve um encontro quase místico com Carlos Gardel, ao participar como extra no filme El Día que me Quieras.
Sua carreira começa verdadeiramente ao participar como bandoneonista na orquestra de Aníbal Troilo. Em 1952 ganha uma bolsa do governo francês para estudar com a legendária Nadia Boulanger, quem o incentivou a seguir seu próprio estilo. Em 1955, de volta a casa, Astor forma o Octeto Buenos Aires. Sua seleção de músicos - numa experiência similar à jazzística norte-americana de Gerry Mulligan - termina delineando arranjos atrevidos e timbres pouco habituais para o tango, como a introdução de guitarra.
A presença de Astor gerou ao princípio receios, inveja e admiração entre a comunidade tangueira. Nos anos 60 Piazzolla teve que defender com unhas e dentes sua música, abalada pelas fortes críticas. A controvérsia girava em torno de se sua música era tango ou não, a tal ponto que Astor teve que chamá-la de "música contemporânea da cidade de Buenos Aires". Mas isso não era tudo: Astor provocava a todos com sua vestimenta informal, com sua pose para tocar o bandoneón (tocava de pé, quando a tradição era segurar o fole sentado) e com suas declarações que mais pareciam desafios.
A formação da primeira parte dos anos 60 foi, basicamente, o quinteto. Seu público era integrado por universitários, jovens e pelo setor intelectual, se bem estava longe de ser massivo. Astor já tinha fama de durão e bravo, de lutador, estava em pleno período criativo e se rodeou dos melhores músicos. Com Adiós Nonino, Decarísimo e Muerte de un Ángel começou a trilhar um caminho de sucesso que teria picos em seu concerto no Philarmonic Hall de Nova York e na musicalização de poemas de Jorge Luis Borges.
Em seus últimos anos, Piazzolla preferiu apresentar-se em concertos como solista acompanhado por uma orquestra sinfônica com uma ou outra apresentação com seu quinteto. Foi assim que percorreu o mundo e ampliou a magnitude de seu público em cada continente pelo bem e a glória da música de Buenos Aires.
Astor Piazzolla faleceu em Buenos Aires no dia 4 de julho de 1992, mas deixou como legado sua inestimável obra - que abrange uns cinquenta discos - e a enorme influência de seu estilo. Na verdade, a produção cultural sobre Piazzolla parece não ter fim: se estende ao cinema e ao teatro, é constantemente reeditada pelas discográficas e ganha vida na Fundación Piazzolla, liderada por sua viúva, Laura Escalada.

Belchior

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Cearense de Sobral, filho de músicos amadores, foi bastante influenciado pelos cantores do rádio dos anos 50. Mais tarde trabalhou como programador de rádio e nos anos 60 participou de festivais de música no Nordeste, se aproximando de outros músicos cearenses como Fagner e Ednardo.
Em 1971 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu Sérgio Ricardo, que possibilitou a gravação de "Mucuripe", sua parceria com Fagner. Sua composição "Na hora do almoço" venceu o Festival Universitário e marcou sua estréia com um compacto.
Mas foi a inclusão de duas de suas composições ("Como nossos pais" e "Velha roupa colorida") no show de Elis Regina que o projetou como compositor, sendo gravado de Jair Rodrigues ("Galos, noites e quintais") a Vanusa ("Paralelas"). Teve outros sucessos como "Apenas um rapaz latino-americano", "Tudo outra vez" e "A palo seco". Em 1999 lançou o CD duplo "Auto-Retrato", em que faz uma releitura de suas principais obras. Belchior também atua como pintor, desenhista e caricaturista.
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Beth Carvalho

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Beth Carvalho (Elizabeth Santos Leal de Carvalho), cantora, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 5/5/1946. Criada na Zona Sul, já aos sete anos participava de programas de calouros, como o Trem da Alegria, da Rádio Mayrink Veiga.
Com essa idade entrou para a E.N.M.U.B., onde estudou iniciação musical e teoria. Por volta de 1961, participou de shows de bossa-nova em colégios e faculdades, apresentando-se mais tarde em festivais universitários. Sua primeira gravação foi feita em 1965: um compacto simples para a RCA Victor, com a música Por quem morrer de amor (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli).
Nos dois anos seguintes, cantou nos espetáculos Música nossa, ao lado de Egberto Gismonti e Tibério Gaspar, e Hora e vez do samba, com Zé Kéti e Os Cinco Crioulos, e fez parte do Conjunto 3-D, integrado por Antônio Adolfo, (piano), Chico Batera (bateria), Luís (contrabaixo) e Eduardo Conde, com quem cantava em dupla.
Em 1968, classificou em terceiro lugar no III FIC, da TV Globo, do Rio, a música Andança (Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi), que defendeu acompanhada dos Golden Boys. No ano seguinte, lançou seu primeiro LP, pela Odeon - Andança - e, a partir de 1971, quando gravou Rio Grande do Sul na festa do preto forro (samba-enredo do G.R.E.S. Unidos de São Carlos), passou a interpretar só sambas.
Transferindo-se para a gravadora Tapecar, lançou em disco compacto simples Amor, amor (do bloco carnavalesco Bafo da Onça) e a seguir gravou, em 1973, o LP Canto para um novo dia. Pela mesma gravadora, lançou, em 1974, o LP Pra seu governo. O disco fez muito sucesso e foi editado na França, onde, na mesma época, fez uma temporada numa boate parisiense.
Passou a apresentar-se em shows, acompanhada pelo grupo A Fina Flor do Samba. Em 1975 lançou o LP Pandeiro e viola (Tapecar) e em 1976, Mundo melhor (RCA). A partir de 1977, sua carreira tomou novo impulso com os LPs Nos Botequins da Vida (RCA) que vendeu 400 mil cópias, e De pé no chão (RCA, 1978), um dos primeiros na onda do pagode carioca. Seu disco seguinte, No pagode, de 1979, incluiu o sucesso Coisinha do pai (Jorge Aragão, Luiz Carlos e ???) - posteriormente incluído no repertório eletrônico da sonda espacial Pathfinder.
No carnaval de 1984, foi homenageada pela Escola de Samba Unidos do Cabuçu com o enredo Beth Carvalho, a enamorada do samba. Apelidada "a madrinha do pagode", no início da década de 90 comemorou 25 anos de carreira com Pérolas, disco em que interpreta clássicos de Adoniran Barbosa, Pixinguinha, Cartola e outros.
Em 1996 lançou Brasileira da gema, seu primeiro disco inédito em cinco anos e teve quatro álbuns relançados em CD Nos Botequins da Vida; De pé no chão; No pagode e Sentimento brasileiro.
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Boleros inesquecíveis

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Houve uma época em que se cantava, dançava e praticamente só se respirava o bolero. Esse gênero romântico, de tantas paixões, invadiu vários países, inclusive o Brasil, influenciando a nossa querida MPB. Com certeza esse período já passou faz muito tempo.
Esse ritmo é tão real como a própria vida porque encerra carinho, loucura e paixão, que é fundamental para muitos. Para relembrarmos tão lindo gênero musical, ousei elaborar esta página.
Quase quatro centenas de boleros que marcaram época pela sua beleza e estilo foram compilados e cifrados para o violão. Muitos estão sem cifras ou incompletos, ou, talvez, melodicamente errados. Mas, aos poucos, estou corrigindo as canções e ajustando a página.
Já estão publicadas as biografias, letras e músicas cifradas de vários representantes do gênero como: Agustín Lara (México), Altemar Dutra (Brasil), Armando Manzanero (México), Consuelo Velázquez (México), Gregorio Barrios (Argentina), Lucho Gatica (Chile), Luis Miguel (México), Mario Clavell (Argentina), Rafael Hernández (Porto Rico), Roberto Yanés (Argentina), Trío los Panchos (México) e Trio Yrakitan (Brasil).
Agradeço a todos que contribuíram para atualização desta página, principalmente ao Dr. Enrique Crispin Insaurralde Costa que nos presenteou com mais de 300 boleros. Copiem e cantem os canções que mais gostarem. Muito obrigado pela sua visita! (Everaldo José dos Santos / Itajaí -SC -Brasil, 03/11/2003).
Alguns canções cifradas e letras de bolero




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