Beth Carvalho (Elizabeth Santos Leal de Carvalho), cantora, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 5/5/1946. Criada na Zona Sul, já aos sete anos participava de programas de calouros, como o Trem da Alegria, da Rádio Mayrink Veiga.
Com essa idade entrou para a E.N.M.U.B., onde estudou iniciação musical e teoria. Por volta de 1961, participou de shows de bossa-nova em colégios e faculdades, apresentando-se mais tarde em festivais universitários. Sua primeira gravação foi feita em 1965: um compacto simples para a RCA Victor, com a música Por quem morrer de amor (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli).
Nos dois anos seguintes, cantou nos espetáculos Música nossa, ao lado de Egberto Gismonti e Tibério Gaspar, e Hora e vez do samba, com Zé Kéti e Os Cinco Crioulos, e fez parte do Conjunto 3-D, integrado por Antônio Adolfo, (piano), Chico Batera (bateria), Luís (contrabaixo) e Eduardo Conde, com quem cantava em dupla.
Em 1968, classificou em terceiro lugar no III FIC, da TV Globo, do Rio, a música Andança (Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi), que defendeu acompanhada dos Golden Boys. No ano seguinte, lançou seu primeiro LP, pela Odeon - Andança - e, a partir de 1971, quando gravou Rio Grande do Sul na festa do preto forro (samba-enredo do G.R.E.S. Unidos de São Carlos), passou a interpretar só sambas.
Transferindo-se para a gravadora Tapecar, lançou em disco compacto simples Amor, amor (do bloco carnavalesco Bafo da Onça) e a seguir gravou, em 1973, o LP Canto para um novo dia. Pela mesma gravadora, lançou, em 1974, o LP Pra seu governo. O disco fez muito sucesso e foi editado na França, onde, na mesma época, fez uma temporada numa boate parisiense.
Passou a apresentar-se em shows, acompanhada pelo grupo A Fina Flor do Samba. Em 1975 lançou o LP Pandeiro e viola (Tapecar) e em 1976, Mundo melhor (RCA). A partir de 1977, sua carreira tomou novo impulso com os LPs Nos Botequins da Vida (RCA) que vendeu 400 mil cópias, e De pé no chão (RCA, 1978), um dos primeiros na onda do pagode carioca. Seu disco seguinte, No pagode, de 1979, incluiu o sucesso Coisinha do pai (Jorge Aragão, Luiz Carlos e ???) - posteriormente incluído no repertório eletrônico da sonda espacial Pathfinder.
No carnaval de 1984, foi homenageada pela Escola de Samba Unidos do Cabuçu com o enredo Beth Carvalho, a enamorada do samba. Apelidada "a madrinha do pagode", no início da década de 90 comemorou 25 anos de carreira com Pérolas, disco em que interpreta clássicos de Adoniran Barbosa, Pixinguinha, Cartola e outros.
Em 1996 lançou Brasileira da gema, seu primeiro disco inédito em cinco anos e teve quatro álbuns relançados em CD Nos Botequins da Vida; De pé no chão; No pagode e Sentimento brasileiro.
Algumas músicas:
1800 colinas, A comunidade chora, Acontece, Água de chuva no mar, Alvorada, Andança, As rosas não falam, Até quem não é, Bar da Neguinha, Carinhoso, Coisinha do pai, Coração leviano, Corra e olhe o céu, Corda no pescoço, Dor, Firme e forte, Geografia, Juízo final, Luz negra, Minha vida mudou, O meu guri, O quitandeiro, Saco de feijão, Samba do grande amor, Tristeza, Volta por cima.
Veja também:
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