Charles Aznavour,(1924- ), nome artístico do compositor, cantor e ator francês, filho de armênios, Varenagh Aznavourian, considerado em todo o mundo como o embaixador da música francesa.
Estreou na música junto com sua irmã Aida, ao mesmo tempo que no teatro, onde interpretou, desde os 11 anos, diferentes papéis infantis. Seu encontro com Pierre Roche, em 1941, foi decisivo: os dois escreveram canções juntos e as interpretaram em dueto. J´ai bu, cantada por Georges Ulmer, ganhou o Grand Prix em 1947. A dupla atuava, então, abrindo os concertos de Edith Piaf, até que Roche foi para Quebec.
Aznavour escreveu canções para Piaf (Jézébel), Juliette Gréco (Je hais les dimanches) e Eddie Constantine (Et bâiller, et dormir), mas, no início de sua carreira, teve muitas dificuldades para vencer. Mais tarde, soube explorar esse período de sua vida numa canção que refaz o estado de ânimo de um fracassado no mundo da música (Je me voyais déjà).
Sua primeira vitória foi em 1953, quando atuou no Olympia e a canção Sur ma vie fez grande sucesso. Outras composições, como Viens pleurer au creux de mon épaule, Tu te laisses aller, La mamma e Comme ils disent, são um pequeno esboço, um fragmento da vida cotidiana. Além de ter uma capacidade especial de resumir em poucas frases situações comuns a muitas pessoas, Aznavour soube explorar muito bem sua personalidade, sua estatura e sua voz, convertendo os defeitos em virtudes.
Conquistou rapidamente o público norte-americano e, mais tarde, percorreu o mundo com sua música. Paralelamente, manteve a carreira cinematográfica, discreta demais para o seu gosto, revelando-se um ator de talento em filmes como Un taxi pour Tobrouk (1961), de Denys de La Patellière; O tambor (1979), de Volker Schlöndorff; e Os fantasmas do chapeleiro (1982), de Claude Chabrol.
Veja também: Cifras e letras de canções francesas / Edith Piaf
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