quarta-feira, 6 de abril de 2011

Wilson Moreira

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Wilson Moreira (Wilson Moreira Serra), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 12/12/1936. Desde criança interessou-se por música, pois seus avós e tios eram jonguistas e tocadores de caxambu.

Aos 16 anos freqüentava as escolas de samba, hoje extintas, Unidos de Curitiba, Voz do Orion e Três Mosqueteiros, todas no Realengo, e saía na escola de samba Água Branca tocando tamborim. Mais tarde a Água Branca uniu-se com a Mocidade Independente de Padre Miguel, na qual passou a sair na bateria, tocando surdo, e em 1956 como passista na ala dos boêmios. Por essa época já compunha sambas.

Sua primeira composição, Antes assim, foi gravada por Leny Andrade, algum tempo depois. Na Mocidade Independente fundou quatro alas, uma das quais fez carreira dentro da escola, a Mocidade Unida de Realengo.

Foi também membro-fundador, em 1955, da ala dos compositores, na qual permaneceu até 1968. Seu primeiro parceiro foi Da Volta, com quem, ao lado de Jurandir Cândido e Arsênio Isaías, foi campeão de samba-enredo em 1962 com Brasil no campo cultural e bicampeão em 1963, com As Minas Gerais.

Passou a atuar como cantor, em 1965, na TV Continental, gravando pela primeira vez, dois anos depois, um compacto duplo com Acossante, Cantando pro morro, Lamento de preto velho e Até breve, na etiqueta Folia.

Passou para a Portela em 1968, ano em que, além de começar a atuar no conjunto Os Cinco Só, fez um curso de música com Guerra-Peixe no MIS, através de bolsa distribuída a compositores de escolas de samba. Um ano depois, deixou o conjunto Os Cinco Só, passando a integrar — com os mesmos componentes Zuzuca, Zito, Jair do Cavaquinho e Velha — o conjunto Turma do Ganzá.

Em 1972 fez um curso de música popular com Maria Luísa de Matos Priolli, patrocinado pela Ordem dos Músicos. No ano seguinte, atuou com o grupo Partido em Cinco, formado por Candeia, Velha, Casquinha e Joãozinho da Pecadora.

Suas músicas que mais se destacaram foram Mel e mamão com açúcar e Não tem veneno (com Candeia).

Seus principais parceiros, até a década de 1970, foram Candeia, Clóvis Scarpino, Neizinho e Josan de Matos. Com Nei Lopes iniciou um trabalho em defesa do samba de raiz (tradicional), compondo, entre outras, Senhora liberdade (gravada por Zezé Mota) e Gostoso veneno (sucesso com Alcione e Paul Mauriat).

Em 1980 gravou com Nei o LP A arte negra, coletânea dos sucessos dos parceiros, como Goiabada cascão. Em 1985 lançaram O partido muito alto de Wilson Moreira e Nei topes.

Em 1986 lançou seu primeiro disco individual, Peso na balança, editado pela Kuarup dentro da série Grandes Sambistas, em co-produção nipobrasileira. Participou do LP Candeia, lançado pela Funarte em 1988, cantando dois sambas em parceria com o homenageado: Quero estar só e Não vou te perdoar.

Em 1991 gravou o CD Okolofé para a gravadora Bomba Records e, dois anos depois, cantou Velhos arvoredos, de sua autoria, no disco Grupo Pé de Moleque (Paradoxx).

Em 1994 A arte negra e O partido muito alto de Wilson Moreira e Nei Lopes foram remasterizados e lançados em CD pela EMI, na série Dois em Um.

Em 1995 participou de várias faixas do CD Estácio & Flamengo — 100 anos de samba e amor, homenagem aos cem anos do Clube de Regatas Flamengo e do bairro do Estácio.

Entre os intérpretes de suas músicas estão Beth Carvalho, Elizeth Cardoso, Clara Nunes, João Nogueira, Zeca Pagodinho e o Grupo Batacotô.

Em fevereiro de 1997, sofreu derrame; em outubro, já recuperado, apresentou-se na Casa de Noca, no Rio de Janeiro, casa noturna de Noca da Portela, e, em novembro, completou 40 anos de carreira ganhando uma biografia em quadrinhos escrita pela pesquisadora Angela Nenzy.

Em 1999, foi lançado pela gravadora Velas o disco Um natal de samba. O CD reuniu diversos compositores e intérpretes, entre eles Zeca Pagodinho interpretando "Canção da esperança", de Wilson Moreira. 

No ano seguinte, o compositor lançou para o mercado brasileiro o disco Okolofé. O show de lançamento aconteceu no bar Espírito do Chopp, na Cobal do Humaitá. O compositor foi acompanhado pelo Conjunto Sarau e recebeu vários convidados, entre eles Monarco, Nelson Sargento, Nei Lopes, Walter Alfaiate, Délcio Carvalho, Mauro Diniz e Noca da Portela. 

No ano 2002, pelo selo Rádio MEC, lançou o CD Entidade, disco no qual regravou Oloan e incluiu Além do centenário, Meu poema é você, Congada para Sinhô-Rei (c/ Grande Otelo), Forró do Cafundó, Põe dendê e tempero, Homenagem à Portela e Jongueiro cumba, esta última em parceria com Nei Lopes. 

No ano de 2003, Beth Carvalho, acompanhada do conjunto Quinteto em Branco e Preto, gravou o CD Pagode de mesa 2 ao vivo, disco no qual incluiu a composição Morrendo de saudade, em parceria com Nei Lopes. 

Em 2004 recebeu como convidado Elton Medeiros em roda de samba no Centro Cultural Lapases, na Lapa, centro do Rio de Janeiro. 

No ano de 2006, com o grupo Tem Mais Sambas, apresentou-se no teatro do Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro. No show, em comemoração aos 70 anos do compositor, além de interpretar sucessos de carreira em parceria com Nei Lopes, Zeca Pagodinho, Sérgio Fonseca, Marcos Paiva, entre outros, também incluiu diversas composições inéditas em parceria com Nélson Cavaquinho, Mano Décio da Viola, Zé Kétti, Carlos Cachaça e Grande Otelo.

No ano de 2007 o LP Peso na balança foi relançado em CD pela gravadora Atração. O disco foi lançado Livraria Folha Seca, em uma roda de samba comandada por Wilson Moreira, na qual compareceram vários amigos e parceiros.

Em 2010 participou do evento "20 sambistas e um DJ" apresentado no Centro Cultural Solar de Wilson Moreira, espaço criado em homenagem ao próprio Wilson Moreira e às tradições afro-brasileiras. No espetáculo, além de Wilson Moreira, apresentaram-se também Ruivão, DNA do Samba, Adilson Bispo, Batuque na Cozinha, Claudinho Magalhães, Délcio Carvalho, Edu Krieger, Ernesto Pires, Iracema Monteiro, Lúcio Sanfilippo, Marcelo Bernandes, Noca da Portela, Roda de Bamba, Sambaixada, Simone Lial, Tânia Malheiros, Thaís Villela, Toninho Geraes, Marquinho PQD, Samba no Sítio, Zé Katimba, DJ Graça e Leandro Fregonesi.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; Wikipedia; Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira.

Cida Moreira

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Cida Moreira (Maria Aparecida Guimarães Campiolo, cantora e pianista, nasceu em São Paulo SP, em 12 de novembro de 1951. Iniciou sua carreira profissional em 1977, atuando com atriz de teatro e em musicais.

Em 1981 realizou o show Summertime, com direção de José Possi Neto, que resultou no lançamento de seu primeiro disco, Summertime, lançado pelo Selo Lira Paulistana, gravado ao vivo, contendo a faixa-título, outros clássicos do jazz e do blues, além da versão censurada da canção Geni e o zepelim, de Chico Buarque.

Em 1983, gravou o LP Abolerado blues, que incluiu músicas de Zé Rodrix e Eduardo Dusek.

Em 1985, participou do Festival dos Festivais, da Rede Globo de Televisão, como a canção Novos rumos, que foi uma das finalistas e seria lançado em coletânea de mesmo nome no mesmo ano.

Em 1986, lançou o LP Cida Moreira, com as canções Vocalise (Arrigo Barnabé), Balada do louco (Arnaldo Batista e Rita Lee) e Como diria Satie (José Miguel Wisnik).

Em 1988, gravou o LP Cida Moreira Interpreta Brecht, com destaque para Canção do vendedor de vinho de Bertolt Brecht e Kurt Weill com versão em português de Cacá Rosset.

Em 1993, lançou seu primeiro CD, pelo selo Kuarup, chamado Cida Moreira Canta Chico Buarque, interpretando canções do compositor entre as quias se destacam Morte e vida Severina, Soneto, Suburbano coração, A voz do dono e o dono da voz, Estação derradeira e Beatriz (Chico Buarque e Edu Lobo).

Em 1995, participou da coletânea Dolores - a música de Dolores Duran na qual interpreta canções de Dolores Duran junto com artistas como Zezé Motta, Fafá de Belém, Leila Pinheiro, Pery Ribeiro, Tetê Espíndola, Jane Duboc e Denise Duran.

Em 1997, gravou o CD Na Trilha do Cinema, com temas de filmes do cinema brasileiro, tais como Bye bye Brasil (Chico Buarque e Roberto Menescal), À flor da pele (Chico Buarque), Minha desventura (Carlos Lyra e Vinícius de Moraes) e O ébrio (Vicente Celestino). Nesse mesmo ano participou da coletânea Cantorias e Cantadores na qual interpreta clássicos da música regional e caipira junto com os artistas Renato Teixeira, Xangai e Eugênio Leandro.

Em 2003 lançou o CD Uma canção pelo ar..., com clássicos da MPB.

Em 2008, Cida Moreira lança pela Lua Music o álbum Angenor, no qual interpreta composições de Cartola. Apesar de conter canções bastante conhecidas do compositor carioca, tais como O mundo é um moinho e Alvorada, o álbum é composto principalmente por canções mais obscuras, como O silêncio de um cipreste e a toada Feriado na roça. O lançamento do disco aconteceu em três apresentações no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. Entre os convidados estiveram as cantoras Zélia Duncan e Alaíde Costa.

Em 2009, participa de outra coletânea, Elas cantam Paulinho Da Viola, na qual interpreta músicas de Paulinho da Viola junto com as cantoras Alaíde Costa, Milena, Fabiana Cozza e Célia. No mesmo ano, fez uma temporada de apresentações na casa de shows Studio SP, famosa por seu público jovem e suas atrações renomadas. Os cantores Hélio Flanders (vocalista do Vanguart) e Guilherme Eddino e o baixista Zé Mazzei (da banda Forgotten Boys) estiveram entre os convidados.

Em 2010, gravou pela Microservice S&D a coletânea Mrs. Lennon, na qual interpreta canções de Yoko Ono, esposa do ex-Beatle John Lennon junto a cantoras como Ângela Ro Ro, Hevelyn Costa, Zélia Duncan, Isabella Taviani, Tetine, Silvia Machete, Ampslina e outras.

Discografia

Ao vivo:

Summertime (1981) Áudio Patrulha / Lira Paulistana LP

Estúdio:

Abolerado blues (1983) Lira Paulistana / Continental LP
Cida Moreira (1986) Continental LP, CD
Cida Moreira interpreta Brecht (1988) Continental LP
Cida Moreira canta Chico Buarque (1993) Kuarup CD
 Na trilha do cinema (1997) Kuarup CD
Uma Canção Pelo Ar... Kuarup (2003)
Angenor Lua Music (2008)
A Dama Indigna Jóia Moderna (2011)

Coletâneas

Festival dos Festivais Som Livre (1985) - com a canção Novos Rumos
Dolores - a música de Dolores Duran Lua Music (1995) - com a canção Canção da volta
Cantorias e Cantadores Kuarup (1997) - com a canção Noites do sertão
Elas cantam Paulinho Da Viola Lua Music (2009)
Mrs. Lennon Microservice S&D (2010) - com a canção Mrs. Lennon

Fonte: Wikipedia.

Álvaro Moreira

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Álvaro Moreira (Álvaro Moreira da Silva), poeta, jornalista, letrista e teatrólogo, nasceu em Porto Alegre RS, em 23/11/1888, e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 12/10/1964. Concluiu curso na Faculdade de Ciências e Letras, de São Leopoldo RS, em 1907, lançando no ano seguinte seu primeiro livro de poesias simbolistas.

Transferiu- se nesse ano para o Rio de Janeiro, onde, em 1912, recebeu o diploma de bacharel em direito. Realizou intensa atividade jornalística, tendo dirigido as revistas Para Todos, Ilustração Brasileira e Fon-Fon.

No fim da década de 1920 aproximou-se do teatro de revista, fundando em 1927, com Joraci Camargo e outros, o Teatro de Brinquedo. Escreveu, entre outras, a peça Adão, Eva e outros membros da família, ainda em 1927.

É autor de algumas letras, como Mamãezinha que estás no céu, A menina quer saber, Realejo e Bahia, todas com música de Hekel Tavares.

Dirigiu a Companhia de Arte Dramática, em 1937. Em 1945 passou a trabalhar como radialista na Rádio Globo e posteriormente, participou da produção do programa Rio, Eu Gosto de Você, na TV-Rio. Foi membro da Academia Brasileira de Letras.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Henrique de Mello Moraes

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Bororó e Henrique Mello Moraes, o palhaço
alegre e a bailarina triste do Carnaval de 1932
Henrique de Mello Moraes, cantor, compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 8/12/1912. Seu nascimento foi comemorado com música, pois o pai trouxe uma banda para tocar em casa e convidou vários amigos, entre os quais o caricaturista e compositor J. Carlos.

Desde criança gostava de cantar, sendo apelidado de Pequeno Caruso pela família. Foi funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil, onde conheceu o compositor Cândido das Neves, o Índio. Com outros amigos, entre os quais Bororó, Osvaldo Simões e Rogério Guimarães, fazia serestas pelas madrugadas, no bairro da Gávea, acompanhando-se ao violão.

Iniciou a carreira no rádio por 1932, cantando na Rádio Educadora do Brasil, do Rio de Janeiro, no programa de Gastão Lamounier com Albenzio Perrone. Apresentava-se também em outros programas da emissora, atuando ainda na Rádio Clube e Mayrink Veiga. Paralelamente, fazia serestas pelos bairros cariocas.

Por essa época, deixou a Central do Brasil, gravando seu primeiro disco pela Parlophon, com Eduardo Souto, em 1932, com as músicas Velho solar (André Filho) e a fantasia Un peu d’amour (J. Carlos).

Em seguida, gravou três músicas de Índio, a Rosa morena, Luar de minha terra, nas quais o compositor participou fazendo a segunda voz, e Versos de longe, composta especialmente para ele.

Formado em direito em 1934, assumiu o cargo de delegado de polícia, deixando a Rádio Educadora e suas atividades artísticas. Tio de Vinícius de Moraes, é conhecido como Henriquinho.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.