quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cecéu

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Cecéu (Mary Maciel Ribeiro), cantora e compositora, nasceu em 02 de Abril de 1950 na cidade de Campina Grande, na Paraíba. É filha de Severino Lourenço Ribeiro e Maria Maciel Ribeiro. Morou 10 anos no Rio de Janeiro, radicando-se depois em São Paulo. É casada com o compositor Antônio Barros.

Quando menina acompanhava o pai comerciante ao centro da cidade e lá fazia questão de comprar a Revista do Rádio. "Desde muito pequena eu era encantada por rádio. Lembro de uma festinha de aniversário que fui e estava tocando Iracema, dos Demônios da Garoa, na radiola.

A música é triste, conta a história de uma moça que é atropelada a poucos dias do casamento. Aquilo me sensibilizou tanto que não consegui aproveitar a festa com as outras crianças. Eu tinha só sete anos e fui tocada pela música".

A influência de Cecéu sempre foi a música romântica. "Gosto de músicas que falam de sentimento, de coração. Todo mundo tem um coração, não é mesmo?". Apaixonada por programas de rádio, ela conta que sua infância foi marcada por cantores que não combinavam com sua faixa etária como Ângela Maria, Cauby Peixoto, Emilinha Borba e o rei do bolero Anísio Silva. "Minha mãe tentava me convencer que aquelas não eram músicas para criança, mas nem adiantava.

Conheceu Luiz Gonzaga  nos anos de 1970, quando fazia gravações na CBS com os Três do Nordeste e Marinês. Ficou amiga do Rei do Baião e sempre que este ia à Campina Grande, costumavam dividir o mesmo palco.

Em 1982 o cantor Ney Matogrosso gravou com enorme sucesso Por debaixo dos panos. No mesmo ano a cantora Elba Ramalho obteve sucesso espetacular com o xote Bate coração, gravado ao vivo no Festival de Montreux na Suiça.

Em 1985, teve seu Forró nº 1", gravado por Luiz Gonzaga no LP Sanfoneiro macho. No mesmo ano Jorge de Altinho gravou Nem que pare o coração, que deu nome ao disco  Beijo na boca.

Em 1986, outra de suas composições, Engabelando, em parceria com Bella Maria foi gravada por Luiz Gonzaga, que em 1987, gravaria Zé Budega e em 1988, Moela e coração, de sua parceria com Zé Mocó e Cajueiro velho. Ainda em 1986, a cantora Marinês, em seu LP Tô chegando, gravou Vida acomodada, Jorge de Altinho gravou Na cama, no chão e Não lhe solto mais e Dominguinhos, no LP Gostoso demais, gravou Chameguinho.

Em 1987, a mesma Marinês gravou Forró pé de chinelo, Chamego na farinha e Balaio de paixão, que deu nome ao disco e Jorge de Altinho gravou Calor de verão, que também deu nome ao seu disco daquele ano e Xodó beleza.

Em 1989, em seu último disco, o Rei do Baião gravou de sua autoria, as composições Coração molim, Na lagoa do amor e Baião agrário, esta em parceria com Maranguape. O trio de forró Os Três do Nordeste fez sucesso com suas composições Prá virar lobisomem, Por debaixo dos panos, Da boca pra fora, Forró casamenteiro e Amor sobrando.

Em 1990, o sanfoneiro Sivuca gravou em seu LP Um pé no asfalto, outro na buraqueira, sua composição Forró da gente.

Em 1994 teve a composição Esse Brasil é meu, parceria com Antônio Barros, gravada por Dominguinhos. Em 1998, a cantora Elba Ramalho gravou o forró Chameguinho. No mesmo ano, Marinês e Elymar Santos gravaram ao vivo a composição Bate coração.

Em 1999, Flávio José gravou Bebê chorão e banda Mastruz com Leite gravou seu Forró nº 1, pela BMG. No mesmo ano, teve a música Menino de colo gravada pelo cantor brega Falcão no CD 500 anos de chifre - O brega do brega.

Em 2000, lançou pelo selo CPC-Umes/Eldorado, o CD Forró nº 1, junto com o marido Antônio Barros. Um de seus grandes sucesso foi o baião Paraí-ba, gravado por Messias Holanda e regravado em 2000 por Zé Ramalho no CD duplo Nação nordestina.

Obras

A procura de forró, Amor com café, Amor sobrando, Baião agrário (c/ Maranguape), Balaio de paixão, Bate coração, Bebê chorão, Beijo na boca, Cajueiro velho, Calor de verão, Chamego na farinha, Chameguinho, Coisa linda (c/ Antônio Barros), Como eu sou (c/ Antônio Barros), Coração molim, Da boca prá fora, Energia (c/ Zé Mocó), Engabelando (c/ Bella Maria), Esse Brasil é meu (c/ Antônio Barros), Fogo na paia (c/ Antônio Barros), Forró casamenteiro, Forró da gente, Forró nº 1, Forró pé de chinelo, Menino de colo, Moela e coração (c/ Zé Mocó), Na cama, no chão, Na lagoa do amor, Não lhe solto mais, Né mentira não, Nem que pare o coração, Ninguém desata esse nó, O neném, O pavio e o lampião (c/ Antônio Barros), Paraí-ba, Por debaixo dos panos, Por essa paixão, Pra tu e eu (c/ Antônio Barros), Pra virar lobisomen, Pra você gostar, Vida acomodada, Xodó beleza.


Fontes: O Norte On Line; Sai do Sofá; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Antônio Barros

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Antônio Barros (Antônio Barros Silva), cantor, compositor e poeta, nasceu em 11/3/1930, no pequeno Município de Queimadas de Campina Grande, Paraíba. Casado com a compositora e cantora Cecéu, fixou residência em São Paulo.

Nos anos 1960 morou no Rio de Janeiro e tocou triângulo no regional de Luiz Gonzaga, na casa de quem morou na Ilha do Governador. Trabalhou como contrabaixista no navio Ana Neri, que fazia cruzeiros turísticos pelo litoral brasileiro.

Em 1970, numa dessas viagens compôs Procurando tu, a partir de lembranças da infância e entregou a música para gravação pelo Trio Nordestino. Aceitou a parceria de J. Luna disc-jóquei baiano que ajudou a divulgar a música no nordeste, tornando-se um dos sucessos daquele ano e regravada por ele mesmo, Ivon Curi e Jackson do Pandeiro, entre outros. Outros de seus sucessos gravados pelo Trio Nordestino foram, Corte o bolo, Cuidado com as coisas, É madrugada e Faz tempo não lhe vejo.

Em 1974 teve a música Vou ver Luiza, parceria com Lindolfo Barbosa gravada por Bastinho Calixto pela EMI. Um dos muitos grupos que gravaram suas composições e obteve sucesso foi o trio Os Três do Nordeste, que alcançou as paradas de sucesso com É proibido cochilar, Forró do poeirão, Forró de tamanco e Homem com H.

Em 1981 teve a música Estrela de ouro, com José Batista gravada por Luiz Gonzaga e Gonzaguinha e Quebra pote, pelo Trio Mossoró, na gravadora Copacabana. No mesmo ano conheceu outro grande sucesso, Homem com H, composta anos antes para a novela O bem amado e gravada dessa vez por Ney Matogrosso e tornando-se um dos grandes sucesso do ano.Também no mesmo ano, Zé Piata gravou na Copacabana o forró Procurando tu, parceria com J. Luna.

Em 1982 obteve outro grande sucesso com o xote Bate coração, parceria com a mulher Cecéu e gravada ao vivo no ano anterior por Elba Ramalho no festival de Montreux na Suiça.

Em 1983 Dominguinhos gravou É madrugada. Em 1985 o mesmo Dominguinhos gravou Forró do quem quer, parceria com Oseinha. Em 1986 Luiz Gonzaga gravou Forró da matadeira e em 1988, com participação de Carmélia Alves, Vamos ajuntar os troços.

Em 1992 Dominguinhos gravou Coisa linda, parceria com Cecéu. Em 1996 teve gravada Com você na cabeça, com Cecéu, por Jorge de Altinho. Em 2001 Flávio José gravou O que a gente faz.

Compôs mais de 700 músicas ao longo da carreira. Em 2004, É proibido cochilar, de sua autoria foi incluída no segundo CD do grupo Cabruêra, ganhando nova leitura. Nesse ano, as músicas Xaxado bossa nova e Já faz um tempo não lhe vejo foram gravadas pelo Trio Nordestino no CD Baú do Trio Nordestino 2.

Em 2005, teve o xote Já faz tempo não lhe vejo gravado pelo sanfoneiro Waldonis, no CD Anjo querubim, lançado pela Kuarup Discos. Em 2007, teve a música Procurando tu, com J. Luna, gravada pelo cantor e compositor Kojak do Forró, no álbum ao vivo O afilhado do rei do ritmo Jackson do Pandeiro. O CD/DVD, de lançamento independente, produzido por Kleber Matos, foi uma homenagem ao cantor e compositor Jackson do Pandeiro.

Obras

Açúcar na café Bate coração (c/ Cecéu), Burra namoradeira, Coisa linda (c/ Cecéu), Com você na cabeça (c/ Cecéu), Como eu sou (c/ Cecéu), Coração em festa, Corte o bolo, Cuidado com as coisas, É madrugada, É proibido cochilar, Esse Brasil é meu (c/ Cecéu), Estrela de ouro (c/ José Batista), Fogo na "paia" (c/ Cecéu), Forró da maiadeira, Forró de tamanco, Forró do poeirão, Forró do quem quer (c/ Oseinha), Homem com "H", Já faz tempo não lhe vejo, Ninguém pode com você, O pavio e o lampião (c/ Cecéu), O que a gente faz, Pra eu e tu (c/ Cecéu), Procurando tu (c/ J. Luna), Quadrilha do Manoel, Quebra pote, Saudade que dói, Só voltarei amanhã, Vamos ajuntar os troços, Vou ver Luiza (c/ Lindolfo Barbosa), Xaxado bossa nova, Xote do bêbado.

Fontes: Site do compositor Antônio Barros; Dicionário Cravo Albin da MPB.