sábado, 9 de outubro de 2010

Nhô Pai

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João Alves dos Santos
João Alves dos Santos, o Nhô Pai, nasceu em Paraguaçu Paulista-SP no dia 28 de março de 1912 e faleceu também na cidade Paraguaçu,, no dia 12 de março de 1988

O compositor do corrido Beijinho doce foi lançado por Ariovaldo Pires (o Capitão Furtado) e, como intérprete, formou duplas com seu compadre Nhô Fio, sua prima Nhá Fia e também com sua irmã Nhá Zefa. Também chegou a cantar juntamente com Tonico, da dupla Tonico e Tinoco.

Nitidamente influenciado pela música paraguaia, Nhô Pai fez bastante sucesso nos anos 40 e 50 interpretando vários rasqueados. Em 1943, cruzando pastos em carros de boi, viajando em caminhões de mudança, Nhô Pai excursionou pelo interior paulista, pela região do Triângulo Mineiro e pelos estados de Mato Grosso e Goiás, juntamente com o Capitão Furtado, Nhá Fia e Mário Zan. Apresentaram-se em diversos lugares incluindo cinemas, salões de igrejas e pracinhas.

Já tendo cantado em dupla com Nhô Fio e Nhá Zefa, Nhô Pai formou em 1942 uma dupla com João Salvador Peres, o Tonico da dupla Tonico e Tinoco. Intrepretaram o rasqueado Casinha de Carandá (Nhô Pai) e a valsa Gauchita (Zé Mané). No mesmo ano, Nhô Pai também gravou com Nhô Fio a moda de viola O Brasil entrou na Guerra de Nhô Pai e Ariowaldo Pires, além do rasqueado Fronteira de Nhô Pai e Edgard Cardoso.

Outro fato curioso se deu em 1944, quando Nhô Pai compôs e gravou juntamente com Nhô Fio o desafio Corinthians x São Paulo (Nhô Pai/ Nhô Fio), incluindo o futebol, tema caracteristicamente urbano como assunto também na música caipira.

Como compositor, seu maior sucesso foi sem sombras de dúvida o corrido Beijinho doce, gravado pela primeira vez em 1945 pelas Irmãs Castro e posteriormente pelas Irmãs Galvão. Essa música se tornou um dos maiores clássicos da Música Popular Brasileira, tendo sido incluída também no filme Aviso Aos Navegantes de 1951.

Esse famoso corrido foi gravado também em diferentes ritmos, tais como valsa (por Adelaide Chiozzo e Eliana) e Baião (por André Penazzi). Mas foi em 1976 que Beijinho doce voltou a ser novamente um grande sucesso quando foi gravado por Nalva Aguiar, que até então atuava predominantemente nos ritmos da Jovem Guarda. Segundo algumas opniões tal gravação estabeleceu um "segundo marco" na migração de intérpretes da Jovem Guarda para a música Sertaneja, a exemplo de Sérgio Reis, quando da sua gravação de O menino da porteira (Teddy Vieira / Luizinho) em 1973.

Nhô Pai deixou um expressivo repertório de composições em nossa música caipira, tendo tido diversos parceiros como Riellinho, Ariovaldo Pires, Piraci, Ado Benatti, Nalva Aguiar, Sulino, Mario Zan e Raul Torres, além dos já citados Nhô Fio e Nhá Zefa.

Fonte: www.boamusicaricardinho.com

Caio Cezar

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Caio Cezar Sitônio
Caio Cezar (Caio Cezar Barros Sitônio, 29/10/1960 Recife, PE), vilonista, compositor e arranjador, iniciou seus estudos de violão com o professor espanhol Carrion Domingues no Curso de Extensão em Música da Universidade Federal de Pernambuco (1980 - 1994). Integrou, nesse período, o conjunto de choro desta universidade, onde aprofundou estudo e pesquisa sobre Música Popular Brasileira, tendo excursionado por todo o Norte e Nordeste brasileiro.

A partir de 1985, passou a desenvolver carreira solo trazendo em seu repertório a cantoria do violão brasileiro, tendo realizado ao lado do violonista Edinaldo Queiroz um série de concertos pelo interior do Nordeste, promovido pelo Ministério da Cultura, intitulado "Concertos Didáticos".

Estreou nos palcos cariocas em 1988, na "Série Instrumental da Sala Funarte".

Em 1994, lançou seu primeiro CD Caio Cezar interpreta João Pernambuco - vol. I. Produzido por Zé da Flauta e Nando Lobo, lançado pela Perfil Musical e posteriormente distribuído pela gravadora Velas, este trabalho lhe rendeu diversos elogios e a escolha como um dos melhores discos do ano pelo crítico Sérgio Cabral na revista Veja-Rio, Jornal do Brasil (RJ), Jornal da Tarde (SP) e Jornal do Comércio (PE).

Em 1994, participou do projeto Aquarela do Rio (com a participação especial do grupo Galo Preto), projeto que teve, entre outros convidados, Turíbio Santos, Altamiro Carrilho, Paulinho da Viola e Nana Caymmi.

No mesmo ano, realizou um importante show no Jazz Mania, no Rio de Janeiro, intitulado "Violão pernambucano", acompanhado dos violonistas João Lyra, Paulo Rafael e Nenéu Liberalquino. Com o último, também apresentou-se no Projeto Seis e Meia, de Recife, em 1995.

Em 1996, iniciou uma série de apresentações com o violonista Canhoto da Paraíba, interrompida pelo grave problema de saúde de Canhoto da Paraíba.

No teatro, destacam-se os seguintes trabalhos: direção musical e arranjos do musical O Samba de Valente de Assis, de Zé Trindade Neto, dirigida por Flávio de Lyra e encenado no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil e no Teatro Carlos Gomes (1995); direção musical da peça O Ouro das Facas, de Maria Helena Künner, dirigida por Zeca Bittencourt e encenado no Teatro Gláucio Gil , RJ (1996); composição, arranjos e direção do musical Nicolau Grande e Nicolau Pequeno, original de Hans Christian Andersen, adaptação e direção de Theotônio de Paiva, encenada no Teatro Cândido Mendes, e vencedora do Prêmio Mambembe (Funarte - RJ) de melhor espetáculo (1998).

Em 1998, compôs para a televisão a trilha original da Série Táxi Brasil, veiculada pela TV Bandeirantes. Produziu, dirigiu e arranjou o CD do cantor Marcelo Vianna sobre a obra de Pixinguinha com as participações especiais de Jaques Morelenbaum, Velha Guarda da Mangueira, Pedro Luís e A Parede, João Nogueira, Dom Um Romão e outros. O disco incluiu clássicos e inéditos do compositor.

Trabalhou como violonista com João Nogueira de 1998 até 2000. Em 1999, uma música sua, Quebra-queixo, deu nome ao CD do Grupo Rabo de Lagartixa (RJ).

Em 2002, apresentou-se na noite em homenagem ao cineasta Alex Vianny, no Espaço dos Correios, quando também foi o líder do conjunto que acompanhou Mariana de Moraes, Zezé Motta, Dóris Monteiro e Marcelo Vianna, apresentado por Ricardo Cravo Albin, numa produção de Betina Vianna. 

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Carlos Barbosa-Lima

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Carlos Barbosa-Lima
Carlos Barbosa-Lima (Antonio Carlos Barbosa Lima), violonista (17/12/1944 São Paulo, SP), estudou com Isaías Savio e radicado nos Estados Unidos, vem sendo sendo aclamado pela crítica especializada por suas interpretações, que vão de obras eruditas de Bach, Handel e Scarlatti, a contemporâneas da área popular de autores como Tom Jobim e Bobby Scott.

Em 1981, conheceu Tom Jobim, em Nova York, e trabalhou com o compositor durante alguns meses, produzindo arranjos de músicas que vieram a ser incluídas no seu CD Plays the Music of Antonio Carlos Jobim & George Gershwin.

Em 1989 realizou, no Wigmore Hall, o concerto Música das Américas, celebrando o centenário da República do Brasil. No repertório, o choro Sons de carrilhões (João Pernambuco) e Manhã de Carnaval, (Luiz Bonfá e Antônio Maria), entre outras músicas.

Sua habilidade ao violão provocou de Tom Jobim o seguinte comentário: "Nas mãos de Carlos Barbosa-Lima, o violão se transforma em uma orquestra". 

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Turíbio Santos

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Turíbio Santos
Turíbio Santos, violonista e professor, nasceu em São Luís, Maranhão, em 07/03/1943. Filho de seresteiro e violonista clássico, em 1946 transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro. Embora acompanhasse as aulas de violão das irmãs, só começou os estudos aos dez anos, com Antonio Rebelo.

Aos 12 anos conheceu Hermínio Bello de Carvalho (membro da diretoria da Associção Brasileira de Violão), que seria seu grande incentivador, e que na época produzia programas de rádio.

Em 1957 iniciou curso de aperfeiçoamento com o violonista uruguaio Óscar Cáceres, tendo também estudado com Edino Krieger. Em 1962 realizou em São Luís seu primeiro concerto, voltando a apresentar-se um mês depois no Rio de Janeiro, onde conheceu a esposa de Villa-Lobos, Arminda Villa-Lobos. Por seu intermédio, estreou em disco, com Doze estudos de Villa-Lobos. Em fins de 1963, integrando um conjunto de câmara, apresentou em primeira audição o Sexteto místico, de Villa-Lobos.

Em 1964 participou de um movimento liderado por Herminio Belo de Carvalho, pela integração da música erudita com a popular, exibindo- se em uma série de concertos, juntamente com Clementina de Jesus, Jacob do Bandolim, Paulo Tapajós e Araci de Almeida. Realizou também tournées, com Óscar Cáceres, pelo Brasil e Uruguai.

Em 1965, após obter o primeiro prêmio de interpretação no Concurso Internacional de Violão, promovido em Paris, França, pela O.R.T.F., estudou com Julian Bream (1923—), na Inglaterra, e com Andrés Segovia (1893—1 987), em Santiago de Compostela, Espanha. Ainda em 1965, nomeado professor de dois conservatórios municipais de Paris, fixou-se na capital francesa, passando a gravar para as etiquetas mais famosas da Europa e a apresentar-se como recitalista e solista de orquestras, nos grandes centros musicais da Inglaterra, Checoslováquia, Bélgica, Alemanha, Portugal, Mônaco etc. 

Em 1972 apresentou-se no Brasil, acompanhando a cantora Elisete Cardoso nas interpretações da Seresta n°5, de Villa-Lobos, e do Azulão, de Jaime Ovalle e Manuel Bandeira, no Concertos para a Juventude, promovido pela Rádio M.E.C. Nesse mesmo ano participou de programa, com igual destaque, ao lado de Artur Rubinstein (1886—1982) e Leonard Bernstein (1918—1990), na famosa temporada musical do anfiteatro da Faculdade de Direito, de Paris. 

Participou como professor e artista convidado do Centro de Cultura Musical e do Festival Internacional de Música, em Campos do Jordão SP (1973) e em São Paulo SP (1974). A 30 de outubro de 1973, apresentou-se no Hunter Coilege, de New York, E.UA. A 8 de janeiro de 1974 exibiu-se no primeiro concerto do 252 aniversário do Conselho Internacional de Música realizado no edifício da UNESCO, em Paris. 

Em 1983 criou a Orquestra Brasileira de Violões e em 1985 foi nomeado diretor do Museu Villa-Lobos. Já gravou 41 LPs —muitos dos quais foram editados em CD — para várias gravadoras: RCA, Erato, Kuarup, Chant du Monde, Vison etc. 

Pela Vison lançou em 1997 o CD Mistura amigos, gravado ao vivo, com choros e composições de Dilermando Reis, João Pernambuco, Guinga, Tom Jobim e outros. Em sua carreira, já foi acompanhado pelas orquestras Royal Philharmonic, English Chamber, National de France, Opéra National de Monte Carlo, J. F. Paillard, Pasdeloups e Coionne e outras. É membro fundador do Conseil d’Entraite Musicale da UNESCO. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira.

Nicanor Teixeira

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Nicanor Teixeira
Nicanor Teixeira (Nicanor de Araújo Teixeira), compositor e violonista, nasceu em 1º de junho de 1928, em Barra do Mendes, interior da Bahia. Filho de Floriano Teixeira e de Amélia Batista de Oliveira Teixeira, é o quinto filho de uma família de sete irmãos.

Seu pai era coureiro e possuía um pequeno sítio no interior, além de uma casa em Barro Alto, para onde a família mudou-se quando Nicanor tinha três anos. Cresceu ouvindo os violeiros que passavam por Barro Alto, rumo às festas de Bom Jesus da Lapa.

Aos nove anos, recebeu de presente do pai um cavaquinho. Assistia às aulas dadas por João Sátiro a seu vizinho Adalberto Bodão, através da janela deste. Um dia, Sátiro desafiou o menino a mostrar o que aprendera. Logo, o jovem Nicanor mostrou que, olhando, aprendera muito.

Ganhou um violão aos 12 anos. Estudou violão, por sua conta, pelo método de Américo Jacomino (o Canhoto). Aos 13 anos, já tocava em bailes e festas acompanhando o saxofonista Almerindo Guedes, principal músico de Barra do Mendes, e o famoso sanfoneiro da região, João Benta, entre outros.

Veio para o Rio de Janeiro em 1948. Nesta cidade, entrou para o serviço militar no 1º Batalhão de Carros de Combate, cujo terceiro sargento era o sambista Nelson Sargento.

Foi aluno de Dilermando Reis entre os anos de 1951 e 1954, passando a freqüentar suas aulas coletivas, pagas com o emprego no comércio de roupas. As aulas eram aos domingos e, em sua primeira demonstração (tocou duas composições suas), os colegas riram muito e comentaram a maneira própria de usar a mão direita, privilegiando o polegar: "Aí, Dilermando, até que enfim apareceu um polegar para competir com o teu!".

Em 1952, apresentou-se no programa de calouros de Ary Barroso. No auditório da Rádio Tupi lotado, Nicanor recebeu nota 4,5 (a máxima era 5,0) e conquistou o prêmio em dinheiro que, para sua alegria, estava acumulado.

Tocou na segunda formação da Orquestra de Violões de Dilermando Reis, que contava também com Chico Sá, Molina, Hilton Ramos, Waldir León, Simplício, Oswaldo Mendes, Deoclécio Melin e Evilásio Maciel.

Largou o comércio em 1955, dedicando-se exclusivamente ao violão. Lecionou no Conservatório Musical do Rio de Janeiro, em Botafogo, no Instituto Brasileiro de Cultura e Música (Ibcm), e no Conservatório Brasileiro de Música - filial Laranjeiras. Conheceu, nesse período, Oscar Cáceres (de quem se tornou amigo) e Turíbio Santos, ainda uma jovem promessa, além da grande violonista Maria Luiza Anido.

Em 1959, passou a lecionar na Casa Carlos Wehrs. No mesmo ano, foi indicado por Dilermando Reis para tocar na festa dos 250 anos da cidade de Cuiabá. Em 1961, abriu, em sociedade com Mário Montenegro, uma loja de música em Copacabana, que se tornou ponto de encontro de músicos cariocas e paulistas.

Nessa época, surgiu um problema no seu dedo indicador direito, que o obrigou a interromper sua carreira como violonista e cuja superação lhe custou grande esforço. Voltou, então, a trabalhar no comércio durante o dia e continuou lecionando à noite.

No final da década de 1960, Hermínio Bello de Carvalho indicou-o para professor da Academia de Violão Duarte Costa, em Lisboa, Portugal. Nicanor preferiu não aceitar, já que seu casamento estava marcado para breve. Ainda por volta de 1960, elaborou, junto com vários violonistas, o programa do curso de violão do Conservatório Brasileiro de Música.

No início dos anos 70, transcreveu a obra do violonista e compositor Othon Saleiro. De 1974 a 1976, fez várias apresentações com seus alunos, na ABI. Em 1976, deu um recital com Sérgio de Pinna, no Ibam (Instituto Brasileiro de Administração Municipal). Em 1977, gravou o disco, de selo independente, O violão brasileiro de Nicanor Teixeira, reunindo obras suas e interpretações para clássicos do violão brasileiro, como Sons de carrilhões, de João Pernambuco, Doutor sabe tudo e Magoado, de Dilermando Reis.

A partir de 1985, travou contato com o Quarteto Carioca de Violões, fundado pelos jovens violonistas Maria Haro e Nicolas de Souza Barros. Escreveu várias obras para o conjunto, dentre as quais Mariquinhas Duas Covas, hoje um clássico do repertório das orquestras de violões.

O compositor possui várias peças editadas no Brasil ("Ricordi", "Monabluc" e "Irmãos Vitale"), na França ("Max Eschig") e Alemanha ("Margaux"). Desde meados da década de 1980, vem compondo em parceria com a poeta Márcia Jacques. Sua obra vem sendo tocada por grandes intérpretes do violão brasileiro e internacional.

Em 1998, o violonista brasileiro radicado na Espanha, Cláudio Tupinambá, incluiu em seu CD, gravado em Madrid, o "Cateretê das farinhas" e o "Estudo nº 2". Em 1999, apresentou-se na Casa de Cultura Laura Alvim, junto com a parceira e poeta Márcia Jacques, no show "As canções de Nicanor Teixeira e Márcia Jacques" .

Em 2000, Afonso Machado (bandolinista e arranjador) e Bartholomeu Wiese (violonista), integrantes do conjunto Galo Preto, produziram um CD em sua homenagem, com músicas de Nicanor interpretadas pelo compositor e por violonistas e instrumentistas de várias gerações, admiradores de sua obra: Turíbio Santos, Egberto e Alexandre Gismonti, Guinga, Jodacil Damasceno, Léo Soares, Paulo Rabelo (filho de Paulinho da Viola), Cláudio Tupinambá, Afonso Machado e Galo Preto, Bartholomeu Wiese, Marcos Llerena, Nicolas de Souza Barros, Maria Haro, Luiz Otávio Braga, Graça Alan, Marcos Farina, Marcos Ferrer, Swang, Luciana Requião, Nelson Caiado e Vera de Andrade.

Obra

Álbum de família (século XX) (c/ Márcia Jacques),  Arrepio (melodia do frevo nº 2) (c/ Márcia Jacques),  Auto-retrato, Canção terna, Cantiga nº 2, Carioca nº 1, Carioca nº 2, Carioca nº 3 (choro em sol menor), Cateretê das farinhas, Choro da Cidade da Barra, Concertante 1, Concertante 2, Estudo brilhante, Estudo nº 2Estudo nº 3, Eu vou me amasiá, Fabricante de canções (c/ Márcia Jacques), Filigrana (fragmentos de choro), Flor de mandacaru (c/ Márcia Jacques), Frevo nº 1 (Te enxerga muié), Frevo nº 2, Inverno quase primavera, João Benta no forró (Sanfoneiro de Cafarnaum), Lamento do cantador nordestino, Lica do Zé (c/ Márcia Jacques), Loucuras da Vicentina, Mariquinha Duas Covas, Memórias de um reisado, Moça Caetana (melodia de três canções para Ambrosina) (c/ Márcia Jacques), Na gafieira que o doutor lhe prescreveu (fragmentos de choro) (c/ Márcia Jacques), Nossa canção (elegias) (c/ Márcia Jacques), Olhos que choram, Outono, Pequena fantasia e variação, Pequena modinha (fragmentos de canção), Ponteio nº 1, Ponteio nº 2, Por Camille (Cantilena do prelúdio) (c/ Márcia Jacques), Porque sim (c/ Sérgio Pina e Márcia Jacques), Prelúdio e canção de Páscoa, Prelúdio em si menor (prelúdio romântico), Prelúdio nº 1, Prelúdio nº 2, Prelúdio nº 3, Prelúdio nº 6, Procissão, Romaria de Bom Jesus da Lapa, Saga (c/ Márcia Jacques), Samba-canção, violão, a Lurdes (esposa de Zé da Cuíca), Sarabanda, Seu Leandro e sua viola, Suíte nº 2, Suíte pequenas paisagens, Tecelã (c/ Márcia Jacques), Três canções para Ambrosina, Tudo que for necessário (c/ Márcia Jacques), Último adeus (c/ Márcia Jacques), Valsinha romântica nº 1, Valsinha romântica nº 2, Velha lembrança

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Ary Vasconcelos

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Ary Vasconcelos
Ary Vasconcelos, jornalista, crítico, historiador e musicólogo, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 4/2/1926. Iniciou carreira jornalística em 1943, colaborando com Sílvio Túlio Cardoso na seção “Um pouco de jazz”, do jornal carioca O Globo.

Com o mesmo Sílvio, escreveu, de 1943 a 1944, a coluna “Swing Fan”, na revista A Cena Muda, e redigiu o programa Swing Cocktail para as rádios Tupi e Tamoio, do Rio de Janeiro.

Durante três anos, a partir de 1943, foi cronista de jazz da revista A Cigarra e, de 1946 a 1947, trabalhou como crítico de rádio de O Cruzeiro. Foi crítico de discos e de música popular de O Jornal (1957-1963), Jornal do Comércio (1961-1967), O Globo (1967-1970), Querida (1969-1971), O Cruzeiro (1972) e Grande Hotel (1975).

Proferiu conferências sobre música popular brasileira a partir de 1966, tendo por essa época organizado, com Sílvio Túlio Cardoso, entre outros,o Clube de Jazz e Bossa Nova.

Em 1966, foi um dos responsáveis pela criação do FIC, tendo participado, como jurado, desse e de vários outros festivais. Produziu programas sobre a história da música popular brasileira para a Rádio M.E.C., e discos para o Museu da Imagem e do Som e para a Odeon.

Grande colecionador e especialista de discos brasileiros, tornou- se historiador dos mais prolíficos de nossa música, tendo publicado os livros: Panorama da música popular brasileira (2 vols., 1964); Raízes da música popular brasileira (1a edição 1977, 2’ ed. revista e ampliada, 1991); Panorama da música brasileira na Belle-époque (1977); Luís Pistarini, um bandolim esquecido (1983); Carinhoso etc.— História e inventário do choro (1984); A nova música da República Velha (1985).

Recebeu, em 1982, o prêmio Estácio de Sá, conferido pelo Conselho de Educação e Cultura do Estado do Rio de Janeiro e, em 1994, da União Brasileira de Escritores, o titulo de personalidade do ano.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e publiFOLHA.