quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tony Tornado

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Tony Tornado chama-se Antônio Viana Gomes. Ele nasceu em Mirante de Paranapanema, interior de São Paulo, em 26 de maio de 1930. Mudou-se para o Rio de Janeiro aos 11 anos, depois de perder o pai. Trabalhou como engraxate, vendedor de balas e outros pequenos serviços até a maioridade, quando entrou para o serviço militar como pára-quedista.

Iniciou-se na sua carreira musical como cantor de rock'n'roll, com o pseudônimo Tony Checker, no programa "Hoje É Dia de Rock", da Rádio Mayrink Veiga. Depois integrou o grupo de música e dança Brasiliana, e com ele excursionou pelo exterior, passando dez anos fora do Brasil.

Morou por três anos em Nova York, onde travou contato com o movimento negro e conheceu Tim Maia. Chegou a ser preso uma vez, no Brasil, por fazer o gesto típico do grupo negro americano Panteras Negras. De volta ao país, trabalhou no conjunto de Ed Lincoln e foi crooner da boate New Hollyday, no Rio, onde foi descoberto pelo compositor Tibério Gaspar.

Tibério e Antônio Adolfo confiaram a Tornado, acompanhado pelo Trio Ternura, a interpretação de sua composição BR-3 no V Festival Internacional da Canção, em 1970. A música conseguiu obter um sucesso avassalador. Outro grande êxito foi Podes crer, amizade.

Paralelamente desenvolveu carreira como ator, principalmente a partir da década de 70, quando estreou na minissérie "Jerônimo", em 1972, na TV Tupi. E daí conseguiu prestígio nacional. Participou de várias novelas na TV Tupi e depois na TV Globo.

Tony Tornado é um dos mais importantes atores negros do país, e destaca-se pela luta no movimento pela maior participação de artistas negros nas artes em geral. Também participou de filmes brasileiros, como "Chão Bruto"; "Pixote, A Lei do Mais Fraco" "Os Trapalhões e o Mágico de Oroz"; "O Rei e o Rio"; "Vai Trabalhar, Vagabundo"; "Casseta e Planeta- A Taça do Mundo é Nossa"; "Redentor".

O ator e cantor Tony Tornado foi casado , na década de 70, com a atriz Arlete Salles.

Fonte: Tony Tornado: Pró-TV - Asociação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da TV Brasileira

Tom Zé

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Tom Zé (Antônio José Santana Martins), compositor, cantor e arranjador, nasceu em Irará BA, em 11/10/1936. Estudou música na UFBA, em Salvador BA. Cursou composição e estrutura com Ernst Widmer; história da música com H. J. Koellreuter; contraponto com Yulo Brandão; violoncelo com Piero Bastianelli e Walter Smetak; harmonia com Mary Oliveira; instrumentação com Lindembergue Cardoso; orquestração com Sérgio Magnani.

Em 1964 participou dos shows Nós, por exemplo e Velha bossa nova e nova bossa velha, que reuniram pela primeira vez os integrantes do tropicalismo — movimento do qual foi um dos fundadores: Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.

Em 1965, em São Paulo, ao lado do mesmo grupo, participou como ator e cantor do espetáculo Arena canta Bahia, dirigido por Augusto Boal, que incluía sua música Cachorro do inglês (com Chico de Assis). No mesmo ano, gravou na RGE sua composição Maria do colégio da Bahia.

Em 1968, participou do LP Tropicália ou Panis et circensis, da Philips, com a faixa Parque industrial (sua autoria) e gravou na Rozemblit seu primeiro LP individual. Ainda em 1968, obteve o primeiro lugar no IV FMPB, da TV Record, de São Paulo, com São São Paulo meu amor e o quarto lugar e prêmio de melhor letra com 2001 (com Rita Lee).

Em 1970 lançou o LP Tom Zé, pela RGE. Em 1972, pela Continental, lançou o LP Tom Zé, relançado em 1984 com o tftulo Se o caso é chorar. Em 1973 gravou o LP Todos os olhos, também na Continental.

Sua produção inovadora, que incorpora formas brasileiras tradicionais e recursos da música erudita contemporânea, afastou-o do grande consumo de massa. Ainda assim, continuou gravando.

Lançou em 1976, na Continental, o LP Estudando o samba. Trabalhou na agência de publicidade DPZ, em 1977, e, no ano seguinte, gravou o LP Correio da Estação do Brás, sempre pela Continental. Apresentou show homônimo no Teatro da FGV, utilizando instrumentos experimentais de sua criação, realizando depois concerto com esses instrumentos no Teatro Municipal, de São Paulo. Em 1984 gravou o LP Nave Maria, agora pela RGE.

Desenvolveu carreira internacional a partir de 1989, quando foi descoberto pelo músico norte-americano David Byrne (ex-Talking Heads), que fez dele o primeiro contratado de sua gravadora nova-iorquina Luaka Bop.

Em 1991, nos EUA, o disco The best of Tom Zé foi o terceiro do ano na votação dos críticos e o quarto na votação do público, em concurso da revista Down Beat. Em 1992 gravou, pela Luaka Bop, The Hips of Tradition, e participou do festival de jazz de Zurique, Suíça.

A partir de 1992, fez várias tournées pela Europa e EUA, recebendo elogios da crítica especializada. Em 1993, foi o primeiro e único músico brasileiro a apresentar-se no MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova York), e o primeiro e único compositor da América Latina a apresentar-se no Walker Art Center, de Minneapolis, EUA. Em 1995 e 1996 apresentou-se, com seu grupo ou sozinho, em shows nas capitais e grandes cidades do Brasil.

Em 1997 voltou ao Brasil, com grande sucesso, e criou, para balé do Grupo Corpo, a trilha sonora Parabelo, em parceria com José Miguel Wisnik, recebendo, no mesmo ano, prêmio da APCA por essa obra. Participou também das comemorações dos 30 anos do Tropicalismo.

Como ator, atuou, no espetáculo Rock Horror Show, direção de Rubens Correia (1975), e no filme Sábado, de Ugo Giorgetti (1994), entre outros.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Raul Gil

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Raul Gil é filho de imigrantes espanhóis. Nascido no bairro do Ipiranga, capital paulista, começou a trabalhar muito cedo, para ajudar os pais. Foi feirante, vendedor de pastéis, frutas e azeitonas; foi metalúrgico, na fábrica Fundição Brasil e Termomecânica. Também trabalhou na empresa Transporte Londrino e Rodoviária Santa Fé.

Mas desde os 8 anos tinha paixão pela carreira artística e foi levado pelos irmãos para assistir ao programa de rádio: "Clube do Papai Noel" e ele ficou encantado. Anos mais tarde Raul Gil resolveu enfrentar um programa de calouros. Foi rejeitado 17 vezes. Mesmo assim não desistiu.

Foi, porém, convidado para cantar nos Calouros Toddy, que era apresentado por Hebe Camargo e foi vitorioso. Começou então sua carreira de vitórias cantando em em vários locais: parques de diversão, circos, festas, etc. Passou a fazer parte de um grupo de artistas, entre os quais: Adoniran Barbosa, Maria Tereza e outros, que eram destaque na época. Participou da Caravana do Peru, dirigida por Silvio Santos.

Ele já estava casado e precisava trabalhar. Em 8 de dezembro de 1960 foi convidado por Sônia Ribeiro para cantar em seu programa. E em 11 de dezembro nasceu sua primeira filha, Nancy. Foi nesse mesmo dia que se iniciou como cantor profissional, no programa de Geraldo Blota: "Alegria dos Bairros".

Na época começou a cantar boleros por influência dos pais, pois era o gênero musical na moda nessa ocasião. E assim ele gravou 8 discos de 78 rotações, 3 Lps e 2 cds, todos com boleros. E percebeu só então que gostava também do humor e tinha facilidade em imitar artistas. Imitava convincentemente os cantores: Gregorio Barrios, Vicente Celestino, Cauby Peixoto e o humorista Mazzaropi. E foi assim que virou apresentador de programas, somando essas suas características.

Em 1967 José Vasconcelos, que era apresentador de um programa na TV Excelsior, desistiu do programa em cima da hora. Chamaram Raul, que fazia uma boate nas proximidades e ele aceitou. Começou assim sua carreira, que dura até hoje.

Estreou a seguir, o programa: "Raul Gil Room", pela TV Excelsior. Passou depois para as emissoras: Bandeirantes, Tupi, SBT, Record. Em verdade todas o disputavam, pois seus programas sempre deram grande audiência.

Na década de 90 foi para a TV Record e revelou vários talentos nacionais, tais como: Sidney Magal, Grechen, Cristian e Ralf, Só pra Contrariar, Katinguelê, Mara Maravilha, Gera Samba, Ultraje a Rigor, Titãs e muitos outros.

Fonte: Adaptado do site Pró-TV: Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da TV Brasileira.

Pedro Celestino

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Pedro Celestino, cantor e compositor, era o irmão mais novo de Vicente Celestino. Em 1928, fez sua estréia em disco gravando pela Odeon o samba Gosto de apanhá, de Duque e o maxixe Viva a Penha, de Tuiú. No mesmo ano, lançou o tango Caboquinha, de Alfredo Gama e o motivo popular Peixinhos do mar.

Em 1929, gravou a canção O guasca, de Zeca Ivo e o fado-toada A vida é um inferno onde as mulheres são os demônios, de Zeca Ivo e Lamartine Babo e ainda o coco Campineiro, de J. B. Silva, o conhecido Sinhô.

Em 1931, participou da opereta As pastorinhas, juntamente com Araci Cortes, apresentada no Teatro Recreio, no Rio de Janeiro.

Ficou mais de 10 anos sem gravar, retornando em 1941, quando lançou a valsa Pertinho do céu, de Vicente Paiva e Ariovaldo Pires e a canção História de circo, de Edgard Barroso e Paulo Mac Dowell.

Em 1947, gravou de sua autoria, Adolar e J. Francisco de Freitas a canção Confissão e, de Átila Yorio e Alberto Oliveira, a toada-canção O vagabundo.

Em 1948, foram gravadas a valsa Supremo adeus, de Belmácio Godinho e Benedito Costa e a canção Desespero, de René Bittencourt. São de 1953 as gravações, pela Todamérica do bolero Alma cigana, de René Bittencourt e do tango Guitarra de marfim, de Arlindo Pinto e J. M. Alves. No mesmo ano, gravou a toada-canção Olhos criminosos, de René Bittencourt e a canção Rua da saudade, de Arnaldo Pescuma.

Foi por essa época que Pedro Celestino apareceu na TV Tupi de São Paulo e, ao lado de Tersina Sarraceni fez uma temporada de operetas. Isso foi muito importante para a TV Tupi, pois eram encenadas operetas famosas, com grandes interpretes e grandes cantores.

Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Pró-TV - Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da TV Brasileira.

Lolita Rodrigues

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O verdadeiro nome de Lolita Rodrigues é Silvia Gonçalves Rodrigues Leite. Filha, neta, bisneta e tataraneta de espanhóis, o pai Issac e a mãe Izolina, eram imigrantes, bastante simples, de família muito unida.

Lolita nasceu muito linda, como linda também era sua mãe, no dia 10 de março de 1929, em Santos, onde os pais, ao chegarem da Espanha, ficaram trabalhando. Depois vieram para a capital paulista. Lolita, que estava acostumada a ouvir os familiares cantarem músicas espanholas, cantava também.

Foi assim que ela chegou à Rádio Record, e cantou em hora de calouro. Ganhou o prêmio e voltava todo mês e ganhava todo mês. Murillo Antunes Alves gostou dela, mas resolveu levá-la à Rádio Bandeirantes. Era o ano de 1944, e foi ali que Lolita (ainda Silvia) conseguiu seu primeiro contrato. Daí passou para a Rádio Cultura e depois para a Rádio Tupi. Já era Lolita e já fazia sucesso. Ganhou prêmios “Roquete Pinto”, como a “Melhor Cantora Internacional”, por duas vezes.

Foi quando inauguraram a Televisão Tupi - 1950. E Lolita Rodrigues e cantou o hino especialmente composto para a ocasião: O Hino da Televisão Brasileira, com música do maestro Marcelo Tupinambá e letra do poeta Guilherme de Almeida. Grande orquestra, coral e a mocinha Lolita cantando.

Seu sonho, porém, era ser atriz. E como fosse cada vez mais bonita, com sua tez morena e seus olhos verdes, não foi difícil. Seu primeiro papel foi como “Esmeralda”, a cigana, no TV de Vanguarda: “Corcunda de Notre Dame”, que foi um sucesso. Lolita cantava, dançava e representava. Além de tocar castanholas.

Foi nessa época que conheceu Airton Rodrigues, que era secretário de Assis Chateaubriand, e que estava fazendo trabalhos também na televisão. Lolita, que era normalista, não levou muito à sério o namoro que, porém, terminou em casamento, do qual nasceu uma filha, Silvia, hoje médica em S.Paulo.

Airton e Lolita, aos poucos, foram se tornando uma dupla, que veio a fazer muito sucesso. Airton lançou e manteve no ar, por muitos anos, os programas: “Almoço com as Estrelas” e “Clube dos Artistas”, na TV Tupi de São Paulo. No começo, o próprio diretor artístico, Cassiano Gabus Mendes, estranhou: “O que ? Vão por gente comendo, diante das câmeras de televisão ?” . Mas assim foi. E foi sucesso.

Aquilo durou muitos anos. Lolita e Airton eram amados, prestigiados, imitados. Fizeram nome e sucesso. E faziam de tudo. Eram uma equipe completa, só os dois. Mas um dia.... o casal se separou. Após 31 anos casada, Lolita ficou bastante abalada, embora não tivesse deixado de trabalhar um dia sequer.

No começo ao lado do ex-marido e depois em sua carreira solo. Foi contratada por outras emissoras, como TV Record, TVS, TV Globo. Agora Lolita voltou com carga total a ser atriz, embora tenha tido também participação na TV Manchete como apresentadora.

Fez novelas como: “Sassaricando”, “Despedida de Solteiro”, “A Viagem”, e várias na TVS e TV Record. Uma carreira cheia, sempre repleta de atividades, sendo que por várias capitais do Brasil.

Lolita diz que se não está trabalhando, sente-se “morta”. Atuar é sua vida. Mas continua muito ligada aos amigos e aos familiares, que preza, ajuda, e estima, acima de tudo. Lolita Rodrigues, uma mulher de sentimentos simples, que se diz muito feliz, e que um dia foi chamada de: “La Salerosa”.

Canarinho

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Canarinho (Aluísio Ferreira Gomes), ator, cantor e compositor, nasceu em Salvador BA em 29/12/1927. Iniciou a carreira por volta de 1949, em Salvador, atuando como crooner em boates, orquestras e dancings, e cantando na Rádio Excelsior.

No Rio de Janeiro a partir de 1940, participou de vários programas de calouros, e de 1953 a 1955 atuou com as orquestras de Lima Filho e do maestro Cipó. Transferindo-se para São Paulo SP em 1955, inicialmente apresentou-se como cantor em rádio, boates e televisão, passando depois a trabalhar como comediante, ator, produtor e apresentador radiofônico.

Sua primeira composição gravada foi Morrendo de amor (com Maximino Parisi), cantada por Antônio Martins, em 1957. Lançou diversas composições carnavalescas, em parceria com A. Brumatti, Maximino Parisi ou Sebastião Ferreira da Silva.

Biografia de Canarinho, para o Museu da Telervisão Brasileira

O nome do ator Canarinho é Aloísio Ferreira Gomes. Ele nasceu em Salvador, em 1927. Seu pai chamava-se Gonçalo Gomes. A mãe, Luzia Ferreira Gomes. Eram pobres. O pai morreu assassinado e a mãe faleceu, quando Canarinho tinha 12 anos. Com essa idade, o garoto já era um adulto, cuidava de suas próprias roupas, fazia comida, pagava o aluguel, tinha de se sustentar.

Desde pequeno gostava de música e de arte. Tocava violão e cavaquinho. E cantava bem. Era chamado de "o pequeno Orlando Silva". Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou com os norte-americanos, nas bases navais e aéreas de Aratu e Ipitanga, na Bahia.

Aos 17 anos resolveu ser artista. "Um artista", disse-lhe um amigo fazendo piada: "Um artista precisa ser louro, alto e lindo, e de olhos verdes". Ao que ele respondeu: "Os que me assistirem, vão me ver: louro, alto, lindo e de olhos verdes".

Ali o garoto passou a cantar em night-clubs, cabarés, boates e bailes. Fez muito sucesso no Rio de Janeiro, cantando em casas noturnas. Cantava tangos e encantava. Mas seu encantamento era tanto, que as mulheres chegavam a brigar por ele. Foi por isso, diz ele, que resolveu mudar de cidade."Ou elas se matavam, ou elas me matavam", diz ele brincando.

Em 1955, chegou a São Paulo, e cantou com o Russo do Pandeiro, ex-integrante do Bando da Lua, na Rádio Nacional.Foi aí que conheceu Kalil Filho, que o levou para a TV Paulista. Logo fez a "Praça da Alegria", de Manoel de Nóbrega. Nóbrega não apenas o admirou, como se tornou um grande amigo, um pai. Canarinho passou a participar de todos os programas humorísticos. Fez: "Folias do Golias"; "Balança mas não cai"; e vários outros programas.

Tornou-se comediante importante. Mas o garoto era inteligente e atirado. Não apenas participava como ator, mas era diretor e redator de vários programas. Foi o responsável por :"Brincadeira tem hora";" Programa Show Canarinho"; "Samba e Etc"; "Domingo é Dia", e outros.

Criou a grande campanha beneficente: "Faça Uma Criança Sorrir" e também a: "Quanto Vale Uma Criança". Fez novelas , como:"Mãe", "O Homem que veio do Céu"; "Antonio Maria"; "Paixão Proibida"; "O Homem que Sonhava Colorido";"Meu Pedacinho e Chão"; "Jerônimo, o Herói do Sertão". E mais tarde, já na Rede Globo de Televisão, fez: "Sinhá Moça". Fez também vários filmes, como:"O Dia que o Santo Pecou"; "O Bacalhau", "Costinha, o Rei da Selva"; " Pequeno Polegar contra o Dragão Vermelho"; "No Tempo da Vaselina"; "Seduzida para Morrer"; ;"Supertio Maneco"; Na Rede Globo fez ainda : "O Sítio do Pica-pau Amarelo".

Com o falecimento de Manoel de Nóbrega, que deixou não só Canarinho, mas toda a classe muito triste, passou a participar do programa: "A Praça é Nossa" de Carlos Alberto de Nóbrega, fazendo o quadro "Canarinho ao Telefone".

Sempre alegre, ele está na mídia do Brasil até hoje, numa das carreiras mais longas, dentre todos os seus colegas Cantor., compositor, comediante, redator, diretor, ele é , acima de tudo, um grande ser humano, capaz de encantar a todos, mas principalmente as crianças, que o amam, o adoram , a quem ele não deixa de beijar, onde quer que as encontre.

Fontes: Pró-TV - Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da TV Brasileira; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Alda Perdigão

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Alda Perdigão nasceu em 19 de setembro de 1934. Desde garota gostava de cantar. Em 1950, ano em que foi fundada a Televisão TUPI, ganhou o 1º lugar no concurso: “A Mais Bela Voz Juvenil de São Paulo”. Estava com apenas 16 anos, mas sua voz já tinha uma potência inigualável. Esse prêmio lhe valeu um contrato profissional como cantora.

Mas ficou pouco na TV Tupi, pois em fins de 1951 e começo de 1952, foi com vários colegas , comandados por Demerval Costalima, que era o Diretor Geral das Emissoras Associadas para as Organizações Victor Costa – TV Paulista. E ali ficou desde o desembargue do material para a montagem da emissora até 1958, quando foi contratada pela TV Record.

Atuou por dois ano, e depois passou a free-lancer. Isso permitiu que ela viajasse por todo o país, e estivesse presente na inauguração de várias emissoras em outros estados. Teve um programa exclusivamente dela, de 30 minutos na TV Cultura de São Paulo.

Cantora de grande potência vocal e forte personalidade em cena, Alda Perdigão fez sempre muito sucesso, onde quer que se apresentasse. Foi casada por duas vezes, sendo que a segunda foi com o Durval Emmerich, quando Alda decidiu exercer apenas a função de esposa e mãe. Durval Emmerich veio a falecer para a grande tristeza de Alda, que por vezes se apresenta nos eventos da PRÓ-TV, de onde é associada.

Fonte: netsaber - Biografia de Alda Perdigão

Aérton Perlingeiro

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Aérton Perlingeiro nasceu na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro, em 1921 Algumas de suas biografias citam a cidade de Miracema,como de seu nascimento. Ele foi um apresentador de rádio e TV do Brasil, e por décadas teve muito prestígio.

Começou sua carreira artística em 1943 , na Rádio Transmissora, no Rio. Sempre como apresentador e locutor, transferiu-se para a Rádio Tupi,para a Fluminense e para a Rádio Clube. No ano de 1956, foi para a televisão. Em São Paulo, o colega Ayrton Rodrigues criou o programa "Almoço com as Estrelas". E o mesmo fez Aérton Perlingeiro no Rio de Janeiro. Ambos os programas foram um sucesso. E tinham o mesmo formato. Uma mesa grande, para um almoço rápido e vários cantores, atores e personalidades nacionais eram entrevistados.

No Rio, Aérton era o mestre de cerimônias, além de ser também o produtor . Naquele tempo era assim e por isso tanto ele, como Ayrton em São Paulo , tinham muito trabalho. Mas tinham também muita fama e muita estima, por parte de toda a classe artística, que desejava muito aparecer nesses programas.

Tanto o de São Paulo, como o do Rio, iam ao ar na hora do almoço de sábado. E ficavam no ar por várias horas. O programa do Rio chamava-se: "Aérton Perlingeiro Show". E existiu desde 1956, até 1980. Quase 30 anos no ar. Só terminando, quando a emissora faliu e saiu do ar. O programa de Aérton teve 2204 edições. Tinha alguns quadros e o que era dedicado ao samba, era apresentado por Jorge Perlingeiro, filho de Aérton.

Aérton foi um recordista da televisão brasileira. Personalidade muito querida pela classe artística, foi um grande incentivador dos cantores populares e do teatro brasileiro. No seu programa, marcavam presença gente importante como, Fernanda Montenegro, Fábio Jr, Sidney Magal e o proprietário das Emissoras Associadas, Assis Chateaubriand.

Criou o troféu "O Velho Capitão", busto de bronze representando a figura de Assis Chateaubriand. Esse troféu foi entregue para mais de 300 personalidades, dentre os quais as cantoras Maysa, Elis Regina e Elizeth Cardoso e o próprio Chateaubriand, que foi pessoalmente receber o prêmio no programa, três meses antes de morrer.

Homem do rádio e da televisão, Aérton foi incansável na promoção da arte, principalmente música e teatro. E ele ficou no primeiro lugar no IBOPE, por 23 anos. Sofria de forte bonquite. Veio a a falecer em 1996, na cidade do Rio de Janeiro.

Fonte: Pró-TV - Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da TV Brasileira

Julie Joy

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Julie Joy (Beatriz da Silva Araújo), cantora e atriz, nasceu em 30/9/1930. Na infância estudou no Colégio Brasileiro de São Cristovão, morou em Copacabana, e depois mudou-se para Teresópolis-RJ. Começou a carreira de cantora interpretando músicas norte americanas cantando em inglês e posteriormente passou a interpretar músicas brasileiras.

Em 1956, foi contratada pela gravadora Sinter e lançou seu primeiro disco interpretando o fox-trot Verão em Veneza, de Icini e Ribeiro Filho, e o samba Finge gostar, de Jaime Florence e Chico Anísio. Por essa época também passou a fazer parte do cast da Rádio Nacional, onde cantava, preferencialmente em inglês, alguns sucessos da época.

Em 1957, gravou com acompanhamento de Britinho e sua orquestra o xote Amor é bom de dar, de Bruno Marnet e Roberto Faissal, e a Valsa do 1º filho, de Luiz de França e Ari Rabelo. No mesmo ano, foi contratada pela gravadora Columbia e lançou disco acompanhada pela orquestra de Renato de Oliveira interpretando o beguine Sombras, de Lavello, J. Mercer e Arierpe, e o bolero Tinha que ser, de Fernando César. Também em 1957, foi escolhida em votação popular a "Rainha do Rádio" com 319.430 votos. Além de se apresentar em programas de Rádio, cantou também na TV Tupi.

Foi coroada "Rainha do Rádio" de 1958, ano em que atuou no filme E o bicho não deu..., dirigido por J. B. Tanko e que contou no elenco com as presenças de Ankito e Grande Otelo num enredo escrito por Sérgio Porto, o popular Stanislaw Ponte Preta. Neste filme, além de cantar, foi também atriz, quando exibiu bons recursos de cena. Também nesse ano, lançou disco com o bolero Podes voltar, de Othon Russo e Nazareno de Brito, e a valsa ...E a chuva parou, de Ribamar, Esdras Silva e Vitor Freire.

Em 1960, gravou com acompanhamento da orquestra e coro de Bob Rose os fox Você não tem razão, de Bartel, Burns e Magio, e Quero sonhar, de J. Gluck Jr e F. Tobias, ambos em versões de Renato Corte Real. Retirou-se progressivamente da cena, a partir do final dos anos 1960.

Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Comunidade Julie Joy - Orkut.

Márcia

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Márcia (Márcia Elisabeth Raimundo Barbosa), cantora, nasceu em São Paulo SP em 25/11/1943. Começou a cantar como crooner na Orquestra de Erlon Chaves, atuando em bailes e clubes.

Por intermédio de Erlon Chaves e Kalil Filho, foi contratada pela TV Tupi, em 1958. Dois anos depois, mudou-se para Porto Alegre RS, passando a trabalhar na Rádio Farroupilha e na TV Piratini. Entre 1960 e 1963, ganhou diversos prêmios de melhor cantora dados pelas emissoras de rádio e televisão.

De volta a São Paulo, participou de várias apresentações em boates, teatros e televisões e, em 1965, recebeu o prêmio Berimbau de Ouro, em uma das fases eliminatórias do 1º Festival Nacional da MPB, da TV Excelsior, em Guarujá SP, defendendo Miss Biquini (Silvio Mazzuca).

Dois anos depois, participou do 3° Festival da MPB, da TV Record, de São Paulo, com a música Eu e a brisa (Johnny Alf) que, embora desclassificada, tornou-se mais tarde um de seus maiores sucessos. Gravou essa música num dos três LPs do Festival e, em 1968, lançou seu primeiro LP —Eu e a brisa — pela Philips, cantando, entre outras, Pra machucar meu coração (Ary Barroso) e Aula de matemática (Tom Jobim e Marino Pinto), além da canção-título.

Gravou seu segundo LP Márcia, pela Philips, em 1969, incluindo cinco composições de Johnny Alf.

No ano seguinte, a Philips lançou novo LP, Márcia volume II, e em seguida passou para a Odeon, gravando um compacto duplo com E lá se vão meus anéis (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro), Minha (Francis Hime e Rui Guerra), Eu e o crepúsculo (Johnny Alf) e Té amanhã (Baden Powell e Paulo César Pinheiro). Em seguida, saiu pela Odeon seu LP Rimas, em que cantou entre outras, Ilustre visita (Noel Rosa) e Fez bobagem (Assis Valente).

Com Baden Powell e Vinícius de Moraes, fez uma temporada em Portugal, em 1972, apresentando-se em boates e teatros. Dois anos mais tarde, participou com Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro do show O Importante é que a nossa emoção sobreviva, que ficou em cartaz por longo período no Teatro Oficina, em São Paulo.

CD

Tudo o que mais nos uniu: Eduardo Gudin, Márcia e Paulo César Pinheiro, 1996, Velas 11V198.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Juanita Cavalcanti

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A cantora Juanita Cavalcanti atuou com certo destaque na década de 1950, pelas ondas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Foi uma das mais requisitadas para interpretar boleros e música latina em geral, então em grande moda e quase constantemente nas paradas de sucesso e, também, figurava entre as mais preferidas pelos grandes maestros nos programas noturnos da da emissora.

Em 1952, gravou pela Continental o baião Meu limão, meu limoeiro, do folclore brasileiro, com arranjos de Carolina Pereira e o samba Lamento de uma raça, de Manuel Coelho e Alfredo Godinho. No mesmo ano, gravou de Mário Albuquerque o samba Noite de carnaval, e de Mário Vieira e Guilherme Leite, a toada-baião Oi-lê, oi-lá.

Em 1953, gravou a buleria A lua enamorada, de Villajos, Durango e Bolaños, com versão de Juracy Rago, e o samba Tortura sem par, de Ricardo Rangel e Lupicínio Rodrigues. No mesmo ano, gravou o samba João Valentão, do compositor baiano Dorival Caymmi, e o baião Vaidoso, de Poli e Juracy Rago.

São de 1954 as gravações do baião Acordei cansado, de Euclides da Cunha e Arlindo Pinto, e do samba Esta indecisão, de Cláudio Passos e Juracy Rago. Em 1955, gravou as marchas Tanaka, de Beduíno e Moacir Braga, Pombinha branca, de J. M. Alves e Reinaldo Santos, e o bolero Confesso, de Scorza Neto, e pela Todamérica, a marcha Pau d'água, de Juracy Rago, e o samba O samba não pode parar, de João de Barro e Alcir Pires Vermelho.

Em 1956, gravou o rojão Chapa 13, de Rubem Melo, e o samba-choro Não convém, de Antônio Rago e João Pacífico.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.