quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Bolão

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Isidoro Longano - 1977
Bolão (Isidoro Longano), instrumentista, nasceu em São Paulo, SP, em 15/3/1925. Clarinetista, flautista e saxofonista, estudou com Leonardo Mauro, João Dias Carrasqueira e Nelson Ayres.

Iniciou-se profissionalmente em 1944, integrando a orquestra de Fernando Arantes Brasil. De 1945 a 1948 atuou no Hotel Parque Balneário, em Santos SP, com a orquestra de Jorge Fazoli.

Ainda em 1948 passou para a orquestra de Rud Warton, tocando na boate Vogue, do Rio de Janeiro, até 1949, ano em que também atuou com a orquestra de Georges Henry na boate Excelsior, e na Rádio Tupi, ambas de São Paulo.

De 1950 a 1953 fez parte do conjunto Robledo, tendo, em 1950, estreado em disco, quando o mesmo conjunto acompanhou o cantor Caco Velho, em gravação de selo Continental.

A partir de 1954 integrou a orquestra de Sílvio Mazzuca, apresentando-se na Rádio Bandeirantes, de São Paulo, e em bailes e shows, até 1958. Em 1959-60 tocou com Osmar Milani, exibindo- se em cinemas paulistas.

Fundou em 1960 o conjunto Bolão e seus Rockets, que até 1963 atuou em boates, bailes e shows. De 1964 a 1968 trabalhou com a orquestra do Pocho, tendo, em 1967, entrado também para a orquestra da TV Tupi, onde ficou até 1974.

De 1958 a 1975 foi acompanhante em shows de cantores, internacionais e brasileiros. Integrante da Banda de Nelson Ayres, trabalha também como músico de estúdio em gravadoras.

Gravou LPs entre 1958 e 1972 (na RGE Fermata sob o pseudônimo de Bob Longano, na RGE com o de Edward Long, e na RCA, como líder do conjunto Crazy Cat’s).

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Gustavo Barroso

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Gustavo Barroso - 1956
Gustavo Barroso (Gustavo Dodt Barroso), historiador e folclorista, nasceu em Fortaleza, CE, em 29/12/1888, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3/12/1959.

Concluiu no Rio de Janeiro, em 1911, o curso de direito que iniciara em Fortaleza. Desde muito moço participou do jornalismo cearense, escrevendo e desenhando. Até os últimos meses de vida, colaborou em revistas, pesquisando temas pouco conhecidos da história, sociologia e folclore.

Foi redator do Jornal do Ceará (Fortaleza) e do Jornal do Comércio (Rio de Janeiro), diretor das revistas cariocas Fon-Fon e Seleta, membro da Academia Brasileira de Letras (1923), do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1932) e organizador e primeiro diretor do Museu Histórico Nacional, de 1922 até a morte. Participou de vários congressos e conferências. 

Sua bibliografia, cerca de 100 volumes, compreende desde antropologia cultural até poesia, romance, conto, fábula, viagens etc. Usou do pseudônimo João do Norte. 

Publicou, entre outras obras, Terra de sol, Rio de Janeiro, 1912; Heróis e bandidos, Rio de Janeiro, 1917; Casa de marimbondos, São Paulo, 1921; Ao som da viola, Rio de Janeiro, 1921 (2 ed. aumentada, Rio de Janeiro, 1949); O sertão e o mundo, Rio de Janeiro, 1923; Através dos folclores, São Paulo, 1927; Almas de lama e de aço, São Paulo, 1930; Mythes, contes et légendes des indiens, Paris, 1930; Aquém da Atlântida, São Paulo, 1931; As colunas do templo, Rio de Janeiro, 1932. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Domingos Caldas Barbosa

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Domingos Caldas Barbosa
Domingos Caldas Barbosa, cantor, compositor e poeta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1738, e faleceu em Lisboa, Portugal, em 9/11/1800. Filho de comerciante português e negra escrava de Angola, chegada ao Rio de Janeiro já grávida, foi reconhecido como filho legítimo.

Estudou no Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro, depois serviu como soldado na Colônia do Sacramento até 1762. No ano seguinte, abandonou a vida militar e embarcou para Portugal para estudar em Coimbra.

Segundo consta, não chegou a freqüentar a universidade em razão da morte do pai, mas logo se tornou conhecido na sociedade lisboeta como autor e intérprete de modinhas e lundus.

Foi nomeado capelão da Casa de Suplicação, na qualidade de beneficiado. Com o nome de Lereno Selinuntino, foi um dos fundadores da Nova Arcádia de Lisboa, em 1790, juntamente com Curvo Semedo, Bocage (Manuel Maria Barbosa du Bocage, 1765—1805) e outros.

Autor de vários entremezes musicados, teve os versos de suas modinhas e lundus reunidos sob o título de Viola de Lereno (Lisboa, vol. 1, 1798; vol. 2, 1826), nos quais utilizava o vocabulário mestiço da Colônia.

Na opinião de Sérgio Buarque de Hollanda, foi, “entre os poetas de seu tempo, quem mais vivamente exprimiu a meiguice brasileira, antepassado dos atuais cantores populares”.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora e PubliFolha.

Aurinho da Ilha

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Aurinho da Ilha
Aurinho da Ilha (Áureo Campagnac de Sousa), compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12/3/1931, e faleceu na mesma cidade, em 17/08/2010.

Desde menino freqüentou as escolas de samba da Ilha do Governador, onde nasceu, e em 1953 tornou-se um dos primeiros membros da Escola de Samba União da Ilha do Governador.

Em 1967 freqüentou também a quadra do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro, tendo o seu samba-enredo História da liberdade no Brasil sido o escolhido para o desfile da escola no Carnaval de 1967, classificando-se em terceiro lugar. Por essa época participou de espetáculos de samba no Teatro Opinião. 

Compôs, entre outras, Paisagens da ilha (1961), Sinfonia do mosquito (1968), Quero ver você bem feliz (1968), samba de terreiro do Salgueiro, Dona Beija, feiticeira do Araxá (1968), samba-enredo do Salgueiro, Até a saudade passar (1969) e Deixa o copo para mim (1969) (ambas com Lourenço Fernandes), Vou brigar com ela (com Ione do Nascimento), 1971, Domingo (1977) e Quem pode, pode; quem não pode... (1984), estes dois sambas-enredo da União da Ilha. 

Foi  estivador no cais do porto do Rio de Janeiro. 

Obra
 
Epopéia do petróleo, samba-enredo, 1960; Velhos tempos, 1969. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Roberto Audi

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Roberto Audi
Roberto Audi, cantor e compositor, nasceu em 10/02/1934, no Rio de Janeiro, RJ, e faleceu na mesma cidade em 12/02/1997. Começou sua carreira na boate Night and Day, no Rio de Janeiro, como corista nos shows de Carlos Machado.

Estreou como cantor em 1958, gravando em dueto com Leny Eversong, que o havia descoberto, a toada Geada (Armando Cavalcanti e David Nasser) e Azul pintado de azul (Domenico Modugno, versão de David Nasser) em disco de 78 rpm. 

Depois de vários outros discos de 78 rpm e um LP de sambas-canções, gravou, em 1959, E as operetas voltaram. Ainda nesse ano apresentou-se no Super Show da TV Tupi, do Rio de Janeiro, e, a partir de 1960, atuou em programas da Rádio Nacional, TV Tupi, TV-Rio e, em São Paulo SP, na TV Record e TV Bandeirantes. 

Premiado pela Revista do Rádio e Radiolândia como cantor revelação, de 1961 a 1964, além de apresentar-se por todo o Brasil e aparecer como cantor de música de carnaval, fez shows em Portugal, EUA, Uruguai e Argentina. 

Encontrei, afinal, meu amor (com Ribamar), interpretada por ele mesmo em 1969, foi sua primeira composição gravada. Deixou de gravar discos, passando a apresentar- se em shows no interior do Estado do Rio de Janeiro. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Armandinho

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Armando Macedo
Armandinho (Armando Macedo), instrumentista, nasceu em Salvador, Bahia, em 22/5/1953. Filho de Osmar Macedo, o Osmar do Trio Elétrico de Osmar e Dodô, pioneiro dos trios elétricos do Carnaval baiano.

Começou a tocar aos 9 anos, e aos 10 já se apresentava com seu próprio Trio Elétrico Mirim. Em 1967, passou para a guitarra e formou seu primeiro conjunto, os Hell’s Angels, para tocar rock e músicas da jovem guarda.

Um ano depois, conquistou o primeiro lugar na fase eliminatória do programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcanti e, em 1969, na finalíssima do concurso, ganhou repercussão nacional tocando bandolim, o que lhe valeu um contrato com a TV Tupi, do Rio de Janeiro, e a gravação de seu primeiro disco (CODIL). Em seguida, lançou pela mesma gravadora um compacto duplo e seu primeiro LP. 

Em 1973 gravou com Caetano Veloso O frevo do Trio Elétrico de Dodô e Osmar. No ano seguinte, o trio elétrico de seu pai passou a se denominar Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar. A partir de 1975, iniciaram a gravação de vários LPs do Trio Elétrico, tendo como produtor e cantor convidado o compositor Morais Moreira. 

No mesmo ano, formou um grupo, que, inicialmente, acompanhou Moraes Moreira e mais tarde se firmou como A Cor do Som, gravando cinco LPs (todos pela Warner) e consagrando sucessos como Abria porta e Beleza pura. Ainda em 1975, desenhou a “guitarra-cavaquinho”, fabricada por Dodô, e que passou a usar no Trio Elétrico. 

Em 1978, o Trio Elétrico lançou o LP Ligação, pela Continental. Ainda em 1978, Armandinho iniciou sua carreira internacional, apresentando-se com A Cor do Som no Festival de Montreux, Suíça, e, três anos mais tarde, em NewYork, EUA. 

Em 1982 voltou a se dedicar exclusivamente ao Trio Elétrico e, no ano seguinte, lançou Armandinho e o Trio Elétrico Dodô e Osmar, pela Som Livre. Em 1984, o Trio Elétrico apresentou- se em Roma, Itália, e um ano depois foi contratado para fazer o carnaval de rua de Toulouse, na França. Em 1986, o Trio Elétrico fez shows na França e no México, durante a Copa do Mundo de Futebol. 

Em 1987, apresentou o espetáculo solo Armandinho em concerto, no Teatro Maria Betânia, em Salvador, e um show com Raphael Rabello, no Jazzmania, do Rio de Janeiro. Em 1988 apresentou-se ao lado de Moraes Moreira nos EUA. No ano seguinte, gravou o LP instrumental Brasileirô, com a participação de Raphael Rabello, Moraes Moreira e Paulo Moura, entre outros. 

Em 1990 voltou a se apresentar com o Trio Elétrico em Paris, França. Em 1994 participou de show com o grupo A Cor do Som, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Gravado ao vivo, o show recebeu o Prêmio Sharp de 1996. Ainda em 1996, levou o show Armandinho em concerto, para o Festival de Música de Jerusalém, Israel. 

Também em 1996 apresentou-se com o Trio Elétrico no Festival de Montreux e no Festival de Música de Tübingen, Alemanha. Essas foram as últimas apresentações internacionais de Osmar, que viria a falecer em junho de 1997. 

Nesse ano, além do reencontro do grupo A Cor do Som no Teatro Rival, no Rio de laneiro, lançou os CDs Brasileirô (Movieplay, reedição do disco de 1989), Armandinho e Época de OuroO melhor do chorinho ao vivo, pela CID, e Raphael Rabello e Armandinho — Em concerto. Em outubro do mesmo ano, participou do Free Jazz Festival, em São Paulo.

Após o Carnaval de 1998, recebeu a Ordem do Mérito da Bahia, no Grau de Cavaleiro.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Alceu Maynard Araújo

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Alceu Maynard Araújo
Alceu Maynard Araújo, folclorista e historiador, nasceu em Piracicaba, SP, em 21/12/1913, e faleceu em São Paulo, SP, em 23/2/1974. 

Bacharel em ciências políticas e sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1944), foi um dos fundadores e instrutor-chefe do Clube dos Menores Operários da divisão de educação e recreio do Departamento de Cultura, da prefeitura municipal de São Paulo (1937—1946).

Foi chefe de pesquisas folclóricas do Departamento Estadual de Informações (1947). Dedicou-se durante vários anos à pesquisa e à coleta de material folclórico. 

Publicou Cururu, São Paulo, 1948; Danças e ritos populares de Taubaté (em colaboração com Manuel Antônio Franceschini), São Paulo, 1948; Folias-de-reis de Cunha, São Paulo, 1949; Rodas infantis de Cananéia, São Paulo, 1952; Documentário folclórico paulista, São Paulo, 1952; Instrumentos musicais e implementos, São Paulo, 1954; Literatura de cordel, São Paulo, 1955; Ciclo agrícola, calendário religioso e magias ligadas à plantação, São Paulo, 1957; Cem melodias folclóricas (em colaboração com Vicente Aricó Júnior), São Paulo, 1957; Alguns ritos mágicos, São Paulo, 1958; A congada nasceu em Roncesvales, São Paulo, 1960; Medicina rústica, São Paulo, 1961; Escorço do folclore de uma comunidade, São Paulo, 1962; Estórias e lendas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina (em colaboração com Vasco José Taborda), São Paulo, 1962; Folclore nacional, 3 volumes, São Paulo, 1964; Cultura popular brasileira, São Paulo, 1973 (2 ed., São Paulo, 1973). 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Aparecida

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Maria Aparecida Martins
Aparecida (Maria Aparecida Martins), compositora e cantora, nasceu em Caxambu, MG, em 4/12/1939, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1985.

Criança, aprendeu ritmos africanos com seus parentes. Aos dez anos, transferiu-se para o Rio de Janeiro, trabalhando como passadeira de roupa em Vila Isabel. Começou a compor aos 13 anos e mais tarde conheceu Salvador Batista, que fazia o programa A Voz do Morro e lhe conseguiu um lugar de passista em seu grupo de samba, onde permaneceu dez anos.

Convidada para participar do filme Benito sereno e o navio negreiro, recebeu por sua atuação uma viagem-prêmio à França, onde apresentou suas músicas pela primeira vez, cantando numa boate. Retornando ao Rio de Janeiro, venceu em 1965 o Concurso do IV Centenário, com sua música Meu Rio quatrocentão

Foi ainda a vencedora do III Festival de Música da Favela, com o samba Zumbi, Zumbi. Sua composição de maior sucesso foi o samba Boa-noite, sendo a primeira autora feminina de um samba-enredo, com o Sonata das matas, do enredo O Brasil em plena primavera, da escola de samba Caprichosos dos Pilares, em 1968. 

Gravou duas faixas no LP Roda de samba, da CID, em 1974: Proteção (Davi Lima e Pinga) e Rosas para Iansã (Josefina de Lima). Ainda na CID gravou os LPs Aparecida (1975), Foram 17 anos (1976), Grandes sucessos (1977), Os deuses afro (1980) e A rosa do mar (1983); e na RCA Cantigas de fé (1978) e 13 de Maio (1979). 

Em julho de 1996, a CID lançou o CD Aparecida, samba, afro, axé

Obra

Boa-noite, samba, s.d.: Meu Rio quatrocentão, 1965. 

CD 

Aparecida, samba, afro, axé, 1996, CID CD-264. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Amadeu Amaral

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Amadeu Amaral
Amadeu Amaral (Amadeu Ataliba Arruda Amaral Leite Penteado), poeta, folclorista, filólogo e ensaísta, nasceu em Capivari, SP, em 6 de novembro de 1875, e faleceu em São Paulo, SP, em 24 de outubro de 1929. Eleito para a Cadeira n. 15, na vaga de Olavo Bilac, foi recebido em 14 de novembro de 1919, pelo acadêmico Magalhães Azeredo.

Foi redator-secretário do Comércio de São Paulo, diretor do Diário Nacional, redator-chefe do Diário da Noite; e em O Estado de São Paulo trabalhou até o fim da vida, só se afastando temporariamente para dirigir a Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, em 1923. 

Foi também redator da revista A Farpa, entre 1910 e 1915, e depois da Vida Moderna, antes Sportman; no ano seguinte, foi um dos fundadores da Revista do Brasil, assumindo sua direção em 1921; lançou ainda, em 1929, a revista Malasarte

Foi secretário da comissão diretora do Partido Republicano nos fins do século passado e um dos fundadores da Sociedade de Cultura Artística. Dedicou seus últimos anos de vida ao folclore, incentivando seu estudo, procurando despertar interesse para a fundação de instituições e associações destinadas a pesquisar, classificar, confrontar elementos dessa atividade. 

Sobre folclore publicou: Estudos brasileiros. O dialeto caipira, São Paulo, em 1920 (2 ed., São Paulo, em 1955); A poesia da viola, São Paulo, 1921; Tradições populares (primeiro volume das Obras completas, reunindo trabalhos esparsos sobre folclore, organizado por Paulo Duarte), São Paulo, 1948. Usou dos pseudônimos de Felício Trancoso, Carlos Pinto, Maneco, Yorick, A.A., Y.

Visando à formação dos jovens, assim como Bilac incentivara o serviço militar, Amadeu Amaral procurou divulgar o escotismo, que produziu frutos, no Brasil, até ser posteriormente posto de lado.

Sua poesia enquadra-se na fase pós-parnasiana, das duas primeiras décadas do século XX. Como poeta, não estava à altura de seus dois predecessores, Gonçalves Dias e Olavo Bilac, mas destacou-se pelo desejo de contribuir, com suas obras, para a elevação de seus semelhantes, em todas as suas obras, a ponto de seu sucessor, Guilherme de Almeida, ao ser recebido na Academia, ter intitulado o seu discurso: "A poesia educativa de Amadeu Amaral", não porque tenha colocado em verso aos regras gramaticais ou os princípios de moral e cívica, mas porque visava indiretamente ao aperfeiçoamento humano.

Por ocasião do VI centenário da morte de Dante, proferiu, no Teatro Municipal de São Paulo, uma conferência, enfatizando justamente os aspectos de Dante que exaltam a elevação do espírito humano através da Sabedoria. Também soube ressaltar as qualidades morais de Bilac no seu discurso de posse, mostrando-o não apenas como um boêmio freqüentador da Confeitaria Colombo, mas como homem preocupado com os problemas da sua pátria e escritor que evoluiu em sua poesia para um grau maior de espiritualidade.

Obra

Urzes, poesia (1899); Névoa, poesia (1902); Espumas, poesia (1917); Lâmpada antiga, poesia (1924), títulos que integram as Poesias, publicadas postumamente em 1931; Letras floridas, ensaio (1920); O dialeto caipira, filologia (1920); O elogio da mediocridade, ensaio (1924); Tradições populares, folclore (1948); Obras completas de Amadeu Amaral, com prefácio de Paulo Duarte (1948).

Fonte: www.biblio.com.br; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.