quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Amadeu Amaral

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Amadeu Amaral
Amadeu Amaral (Amadeu Ataliba Arruda Amaral Leite Penteado), poeta, folclorista, filólogo e ensaísta, nasceu em Capivari, SP, em 6 de novembro de 1875, e faleceu em São Paulo, SP, em 24 de outubro de 1929. Eleito para a Cadeira n. 15, na vaga de Olavo Bilac, foi recebido em 14 de novembro de 1919, pelo acadêmico Magalhães Azeredo.

Foi redator-secretário do Comércio de São Paulo, diretor do Diário Nacional, redator-chefe do Diário da Noite; e em O Estado de São Paulo trabalhou até o fim da vida, só se afastando temporariamente para dirigir a Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, em 1923. 

Foi também redator da revista A Farpa, entre 1910 e 1915, e depois da Vida Moderna, antes Sportman; no ano seguinte, foi um dos fundadores da Revista do Brasil, assumindo sua direção em 1921; lançou ainda, em 1929, a revista Malasarte

Foi secretário da comissão diretora do Partido Republicano nos fins do século passado e um dos fundadores da Sociedade de Cultura Artística. Dedicou seus últimos anos de vida ao folclore, incentivando seu estudo, procurando despertar interesse para a fundação de instituições e associações destinadas a pesquisar, classificar, confrontar elementos dessa atividade. 

Sobre folclore publicou: Estudos brasileiros. O dialeto caipira, São Paulo, em 1920 (2 ed., São Paulo, em 1955); A poesia da viola, São Paulo, 1921; Tradições populares (primeiro volume das Obras completas, reunindo trabalhos esparsos sobre folclore, organizado por Paulo Duarte), São Paulo, 1948. Usou dos pseudônimos de Felício Trancoso, Carlos Pinto, Maneco, Yorick, A.A., Y.

Visando à formação dos jovens, assim como Bilac incentivara o serviço militar, Amadeu Amaral procurou divulgar o escotismo, que produziu frutos, no Brasil, até ser posteriormente posto de lado.

Sua poesia enquadra-se na fase pós-parnasiana, das duas primeiras décadas do século XX. Como poeta, não estava à altura de seus dois predecessores, Gonçalves Dias e Olavo Bilac, mas destacou-se pelo desejo de contribuir, com suas obras, para a elevação de seus semelhantes, em todas as suas obras, a ponto de seu sucessor, Guilherme de Almeida, ao ser recebido na Academia, ter intitulado o seu discurso: "A poesia educativa de Amadeu Amaral", não porque tenha colocado em verso aos regras gramaticais ou os princípios de moral e cívica, mas porque visava indiretamente ao aperfeiçoamento humano.

Por ocasião do VI centenário da morte de Dante, proferiu, no Teatro Municipal de São Paulo, uma conferência, enfatizando justamente os aspectos de Dante que exaltam a elevação do espírito humano através da Sabedoria. Também soube ressaltar as qualidades morais de Bilac no seu discurso de posse, mostrando-o não apenas como um boêmio freqüentador da Confeitaria Colombo, mas como homem preocupado com os problemas da sua pátria e escritor que evoluiu em sua poesia para um grau maior de espiritualidade.

Obra

Urzes, poesia (1899); Névoa, poesia (1902); Espumas, poesia (1917); Lâmpada antiga, poesia (1924), títulos que integram as Poesias, publicadas postumamente em 1931; Letras floridas, ensaio (1920); O dialeto caipira, filologia (1920); O elogio da mediocridade, ensaio (1924); Tradições populares, folclore (1948); Obras completas de Amadeu Amaral, com prefácio de Paulo Duarte (1948).

Fonte: www.biblio.com.br; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

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