domingo, 6 de fevereiro de 2011

Francisco Malfitano

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Francisco Malfitano
Francisco Malfitano, compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31/07/1908. Sobrinho do clarinetista Alfredinho, que tocava no bloco Kananga do Japão,desde garoto tocava flauta com o grupo de choro do tio.

Começou a compor com 15 anos, fazendo músicas para um grupo de escoteiros que integrava. Chegou a estudar com o maestro sergipano Antão de Oliveira, porém compôs sempre de ouvido.

Em 1936, formado contador, transferiu-se para São Paulo SP, onde se empregou como redator de textos publicitários na Rádio Record. Paralelamente trabalhava na Byington. Convidado a organizar o cast da Columbia, reuniu os cantores Deo, Nuno Roland, Zilá Fonseca, entre outros.

Estabelecendo parceria com Aluísio Silva Araújo, lançou diversas músicas para o Carnaval de 1937. Por Deo foram gravados os sambas Onde vais, Guiomar e Sinto lágrimas (este, um dos maiores sucessos de sua carreira), além da marcha São Paulo grandioso, entre outros; Nuno Roland lançou o samba-choro Coitadinho do paxá.

Para o mesmo Carnaval lançou com Frazão as marchas Em sua homenagem, Eu sou celibatário e Maria Teimosa, todas cantadas por Deo. Sílvio Caldas gravou seu samba-canção Mentes ao meu coração, na Columbia, em 1938. Nesse ano foi premiado com o selo da BMI (Broadcast Music lnc. ) por suas versões para duas canções italianas de grande sucesso na voz de Tito Schipa, Vivere e Torna, piccina (ambas de Bixio e Cherubini); intituladas em português Teu viver e Volta, minha querida, foram gravadas na Columbia pelo cantor lírico Cândido Botelho.

Para o Carnaval de 1939 compôs com Frazão, entre outros, o samba Vais te cansar, gravado por Araci de Almeida, e a marcha Quem é essa morena?, registrada na Columbia por Nílton Paz. Nesse ano chamou para o cast da Columbia o grupo Anjos do Inferno, então estreante.

Para o Carnaval de 1940 o conjunto gravou um disco que fez grande sucesso, incluindo Bahia, oi!... Bahia (Vicente Paiva e Augusto Mesquita) e Duas chaves (com Ari Machado). Ainda para o Carnaval desse ano lançou as marchas A charanga do Oscar (com Aluísio Silva Araújo) e Pigmalião (com Frazão), gravadas por Zilá Fonseca na Columbia. Por essa época começou a trabalhar como representante de Walt Disney no Brasil, deixando o cargo na Rádio Record em 1941.

Para o Carnaval desse ano compôs, com Frazão, as marchas Princesinha, gravada na Odeon por Deo, e A voz do povo, gravada com grande sucesso por Orlando Silva, na Victor. 

Casado em 1943, dedicou-se ao comércio, aos poucos abandonando a carreira artística.

Em 1946 compôs Desenho animado, gravada por Caco Velho, na Continental. Essa marcha, baseada em seu trabalho com Walt Disney, tornou-se sucesso infantil.

Obras 

Duas chaves (c/Ari Machado), marcha, 1939; Em sua homenagem (c/Frazão), marcha, 1937; Mentes ao meu coração, samba-canção, 1938; Quem é essa morena? (c/Frazão), marcha, 1939; Sinto lágrimas (c/Aluisio Silva Araújo), samba, 1936; A voz do povo (c/Frazão), marcha 1941.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - São Paulo - 1998.

Celso de Magalhães

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Celso de Magalhães
Celso de Magalhães (Celso Tertuliano da Silva Magalhães ou Celso da Cunha Magalhães), escritor, jornalista e folclorista, nasceu em Penalva, MA, em 11/11/1849, e faleceu em São Luís, MA, em 09/06/1879.

Bacharelou-se em 1873 pela Faculdade de Direito de Recife, PE. Colaborou ativamente na imprensa maranhense e pernambucana.

Publicou em 1873, no jornal O Trabalho, de Recife, uma série de artigos sobre a poesia popular brasileira (nos n°s 2 a 11), terminando de publicá-los nos n°s 16 e 17 de O Domingo, de São Luís, em maio e agosto de 1873.

Foi um dos precursores dos estudos folclóricos no Brasil, coligindo romances tradicionais, quadrinhas, danças etc.

Só recentemente essa obra foi publicada em livro: A poesia popular brasileira, São Luís, 1966.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - São Paulo - 1998.

Basílio de Magalhães

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Basílio de Magalhães
Basílio de Magalhães, professor, historiador, jornalista e folclorista, nasceu em São João del Rei, MG, em 17/6/1874, e faleceu na cidade de Lambari, MG, em 14/12/1957. Diplomou-se pela Escola de Minas de Ouro Preto MG, e foi professor de história em São Paulo SP e no Rio de Janeiro RJ, onde dirigiu o Instituto de Educação.

Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Senador e deputado federal por Minas Gerais, abandonou a política em 1930, dedicando-se inteiramente ao magistério, à pesquisa histórica e ao jornalismo.

Mestre do folclore brasileiro, foi um dos primeiros a aprofundar seu estudo e a atribuir-lhe significação erudita.

Entre abril de 1941 e agosto de 1942 escreveu em Cultura Política, Rio de Janeiro, uma série de artigos sob o título “O povo brasileiro através do folclore”.

Sobre folclore publicou O folclore no Brasil (com uma coletânea de contos organizada por João da Silva Campos), Rio de Janeiro, 1928 (2ª. ed., Rio de Janeiro, 1939; 3ª. ed., revista por Aurélio Buarque de Holanda, Rio de Janeiro, 1960); O café. Na história, no fo/clore e nas belas artes, Rio de Janeiro, 1937 (2ª. ed., aumentada e melhorada, São Paulo, 1939). 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.

Madrigal Renascentista

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Madrigal Renascentista - Conjunto coral organizado em 1956 por Isaac Karabtchewsky, em Belo Horizonte MG, com o objetivo de divulgar a música da Renascença. Constituído por 24 cantores, apresentou-se pela primeira vez a 2 de fevereiro de 1956, na capital mineira e, depois de percorrer o interior do Estado, abriu, em 1957, a temporada do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro RJ.

Em 1958 o conjunto apresentou-se nas principais cidades européias e, em 1959, em todo o Sul do Brasil e várias cidades do Chile. No mesmo ano participou do I Festival de Brasília DF. Por ocasião da inauguração de Brasília (1960), a convite do governo brasileiro, executou a Missa da coroação, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756—1791), tendo recebido a Medalha da Instalação de Brasília.

Ainda em 1960, convidado pela Asociación de Conciertos de Cámera, de Buenos Aires, Argentina, o grupo apresentou-se em 17 cidades argentinas e no Uruguai. No mesmo ano (1965) em que recebeu a Grande Medalha da Inconfidência (homenagem máxima instituída pelo governo do Estado de Minas Gerais) e a Medalha de Mérito Carlos Gomes (concedida pelo governo do Estado do Rio de Janeiro), o coro foi contratado pela Columbia Artists Management mc., de Nova York, EUA, sendo aplaudido em 40 cidades norte-americanas onde se apresentou com o nome de Coro do Brasil.

O madrigal, que recebeu a Palma de Ouro dos Diários Associados em 1957, como um dos “dez mais da música”, transformou-se em Fundação de Arte a 7 de abril de 1969 e, em 1970, mais uma vez na Europa, repetiu a consagração alcançada na primeira tournée.

Em 1972, então sob a regência de Afrânio Lacerda, o coro recebeu novamente o prêmio dos “dez mais da música”, dos Diários Associados. Como fundação de arte, desenvolve uma programação que pretende atingir as mais diversas áreas da educação musical e artística.

Made in Brazil

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Made in Brazil - Grupo paulistano de rock-and-roll formado em 1968 pelo compositor e contrabaixista Osvaldo Vecchione (São Paulo SP 1947—) e seu irmão, o guitarrista Celso Vecchione (São Paulo 1949—). Teve diferentes formações, incluindo, entre outros, os vocalistas Cornelius e Percy, a cantora Tibet, os guitarristas Babalu e Kim Kehl e o baterista Franklin Paolillo.

Gravou os LPs Made in Brazil (RCA, 1974), Jack, o Estripador (RCA, 1976), Paulicéia desvairada (RCA, 1978), Minha vida é o rock-and-roll (RCA, 1981), Deus salva.., o rock alivia (RGE, 1985), Pirata ao vivo volumes 1 e 2 (RGE, 1986, lançados num só CD em 1997) e o álbum duplo Made in Blues (Vinil Records, 1991).

Os sucessos do grupo incluem Anjo da guarda (1974), Jack, o Estripador (1976), Vou te virar de ponta- cabeça (1976) e Minha vida é o rock-and-roll (1981), todos compostos por Osvaldo Vecchione.

Discografia

(1974) Made in Brazil - RCA Victor - LP
(1977) Jack, o estripador - RCA Victor - LP
(1978) Paulicéia desvairada - RCA Victor - LP
(1981) Minha vida é o rock 'n' roll - RCA Victor - LP
(1985) Deus salva... O rock alivia - RGE - LP
(1986) Pirata ao vivo - RGE - LP
(1991) Made in blues - Vinil Records - LP

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998; Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Mariza Lira

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Mariza Lira (Maria Luísa Lira de Araújo Lima), folclorista e musicóloga, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17/7/1899, e faleceu na mesma cida, em 4/9/1971. Diplomada pela Escola Normal, do então Distrito Federal, foi diretora de escola técnica secundária do Rio de Janeiro e membro da Comissão Nacional de Folclore.

Uma das pioneiras dos estudos da música popular urbana, vinculou seus conhecimentos musicais a uma abordagem sociológica, como ilustram seus artigos para a Revista de música popular (1955-1956), do Rio de Janeiro.

Além de numerosa produção jornalística no campo folclórico, publicou Brasil sonoro, Rio de Janeiro, 1938; Chiquinha Gonzaga, Rio de Janeiro, 1938; Cânticos militares, Rio de Janeiro, 1943; Migalhas folclóricas, Rio de Janeiro, 1951; Achegas para a história do folclore no Brasil, Rio de Janeiro, 1953; História do Hino Nacional Brasileiro, Rio de Janeiro, 1954; Calendário folclórico do Distrito Federal, Rio de Janeiro, 1956. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.