Bororó e Henrique Mello Moraes, o palhaço alegre e a bailarina triste do Carnaval de 1932 |
Desde criança gostava de cantar, sendo apelidado de Pequeno Caruso pela família. Foi funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil, onde conheceu o compositor Cândido das Neves, o Índio. Com outros amigos, entre os quais Bororó, Osvaldo Simões e Rogério Guimarães, fazia serestas pelas madrugadas, no bairro da Gávea, acompanhando-se ao violão.
Iniciou a carreira no rádio por 1932, cantando na Rádio Educadora do Brasil, do Rio de Janeiro, no programa de Gastão Lamounier com Albenzio Perrone. Apresentava-se também em outros programas da emissora, atuando ainda na Rádio Clube e Mayrink Veiga. Paralelamente, fazia serestas pelos bairros cariocas.
Por essa época, deixou a Central do Brasil, gravando seu primeiro disco pela Parlophon, com Eduardo Souto, em 1932, com as músicas Velho solar (André Filho) e a fantasia Un peu d’amour (J. Carlos).
Em seguida, gravou três músicas de Índio, a Rosa morena, Luar de minha terra, nas quais o compositor participou fazendo a segunda voz, e Versos de longe, composta especialmente para ele.
Formado em direito em 1934, assumiu o cargo de delegado de polícia, deixando a Rádio Educadora e suas atividades artísticas. Tio de Vinícius de Moraes, é conhecido como Henriquinho.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
Um comentário:
Conheci o delegado Mello Moraes e Bororó na Tijuca, na Rua Jaceguai,27, endereço de Aluizio Porto Carreiro, médico e violonista, que reunia em sua casa músicos, cantores e artistas no final dos anos 1960. Dentre eles, Gonzaguinha, Ivan Lins, Aldir Blanc, César Costa Filho e outros. Ali foi criado o MAU -Movimento Artístico Universitário.
Postar um comentário