Os Incríveis. Grupo paulistano vocal-instrumental de pop-rock. Iniciou em 1962 com o nome The Clevers e era formado por: Mingo (Domingos Orlando, São Paulo SP 1943-1995), vocal e guitarra-base: Risonho (Waldemar Mozena, Lins SP 1943-), guitarra-solo; Manito (Antonio Rozas Sánchez, Vigo, Espanha 1943-), teclados e saxofone; Netinho (Luís Franco Thomaz, Santos SP 1946-), bateria; e Neno (Dermeval Rodrigues, Presidente Epitácio SP 1940-), contrabaixo.
Descobertos pelo empresário e apresentador de TV Antônio Aguilar, foram contratados pela gravadora Continental e fizeram sucesso já a partir do primeiro disco, um 78 rpm com arranjo em ritmo de twist para uma canção espanhola antiga, El Relicario (José Padilla). Além do sucesso com seus próprios discos, o grupo acompanhou vários artistas, como Demetrius (A bruxa) e Orlando Alvarado.
Ainda na década de 1960, Neno deixou o conjunto, entrando para os Jordans, substituído por Nenê (Lívio Benvenutti Jr., São Paulo SP 1947-), cuja semelhança de apelido causa certa confusão entre os fãs.
Em 1965, Aguilar, numa jogada promocional, batizou outro grupo como The Clevers e divulgou a notícia de que iriam processar o grupo antigo, dando a este o novo nome de Os Incríveis, tirado de um de seus LPs, Os incríveis The Clevers.
Em 1968, o grupo, já com o novo nome, desligou-se de Aguilar e da Continental, indo para a RCA Victor, na qual teve seu momento de maior êxito, com vários sucessos até 1972, entre eles O milionário (Mike Maxfieid, do grupo inglês The Dakotas), 1968; Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones (versão de sucesso do italiano Gianni Morandi, feita pelo novo empresário do grupo, Brancato Jr., embora creditada aos Incríveis), 1968; Embora (Nenê e Brancato Jr.), 1969; e Eu te amo, meu Brasil (Dom, da dupla Dom e Ravel), 1970.
Em 1967-1968 apresentaram-se ao vivo no Japão e Europa, além de gravarem um LP especial para o mercado latino-americano, Los lncreíbles (CBS Argentina).
Em 1974, desinteressado da música pop mais comercial, o conjunto começou a se dispersar: Manito foi para o grupo de rock progressiva O Som Nosso de Cada Dia, Netinho entrou para o grupo de hard-pop-rock Casa das Máquinas, Nenê tornou-se contrabaixista de estúdio dos mais requisitados. Assim, muitas das últimas gravações têm, do grupo inicial, apenas a participaçâo de Minga.
O grupo original se reuniu em 1981 para um LP na RCA. Em fins da década de 1980, realizou shows em todo o Brasil, mas com formação variável: de algumas apresentações participaram Risonho e Sandro (Sandro Haick Thomaz, São Paulo 1971-), filho de Netinho, no lugar de Minga (que cuidava de sua própria produtora e gravadora, a New Vision). O grupo continua ativo, tendo participado de gravações e shows comemorativos dos 30 anos da Jovem Guarda.
Veja também:
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