quinta-feira, 7 de junho de 2007

Pedro Raimundo

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Pedro Raimundo, compositor, cantor e instrumentista, nasceu em Imaruí (SC) (29/6/1906) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) (9/7/1973). Filho do pescador e sanfoneiro João Felisberto Raimundo, começou a tocar sanfona aos oito anos. Mais tarde integrou, em sua cidade, a banda Amor à Ordem, além de se apresentar em festinhas. Foi pescador até os 17 anos, quando passou a trabalhar na construção da Estrada de Ferro Esplanada-Rio Deserto( SC).
Casado desde 1926, morou em Lauro Muller, Blumenau e Laguna (SC), fixando-se em Porto Alegre (RS) em 1929. Na capital gaúcha foi condutor de bondes e inspetor de tráfego, tocando sanfona em cafés do Mercado, nas horas de folga.
Em 1939 foi chamado a trabalhar na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre, onde organizou o Quarteto dos Tauras. Em 1942 excursionou pelo interior do Rio Grande do Sul e no ano seguinte foi ao Rio de Janeiro, onde se apresentou no Show Muraro, da Rádio Mayrink Veiga, e em programas da Rádio Tupi. Em seguida Almirante o levou para a Rádio Nacional. Contratado pela emissora, transferiu-se definitivamente para o Rio de Janeiro, lançando ainda em 1943, pela Columbia, seu primeiro disco, com o choro Tico-tico no terreiro e o xótis Adeus Mariana (ambos de sua autoria).
Sua descontração e exuberância valeram-lhe o slogan de O gaúcho alegre do rádio: alternava, em suas apresentações, músicas alegres com outras sentimentais. Foi o primeiro artista típico gaúcho a alcançar fama nacional. Apresentava-se com bombachas, lenço no pescoço, botas, esporas, chapéu e guaiaca. Percebendo a aceitação do seu traje regional, Luiz Gonzaga sentiu-se estimulado a apresentar-se como sertanejo nordestino.
Atuou nos filmes Uma luz na estrada, de Alberto Pieralise, em 1949, e Natureza gaúcha, de Rafael Mancini, em 1958.
Obra
Adeus, Mariana, xótis, 1943; Adeus, moçada, polca, 1944; Chico da roda, chorinho, 1947; Escadaria, choro, 1944; Gaúcho largado, toada, 1944; Mágoas de amor, tango, 1945; Meu coração te fala, valsa, 1945; Na casa do Zé Bedeu, polquinha, 1947; Oriental, baião, 1954; Prece, tango, 1950; Sanfoninha, velha amiga, polca, 1961; Saudade de Laguna, valsa, 1943; Se Deus quiser, xótis, 1943; Tá tudo errado (c/Jeová Rodrigues Portela.); polca, 1948; Tico-tico no terreiro, choro, 1943.

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