Dorinha Freitas (Maria Auxiliadora Freitas Galvão), cantora, nasceu em 1937 na cidade de Lorena, SP. Efetuou seus estudos em sua cidade natal onde cursou a Escola Normal.
Em 1956, em uma visita ao Rio de Janeiro, inscreveu-se quase por brincadeira no programa de calouros da Rádio Tupi dirigido pelo locutor Aérton Perlingeiro e acabou tirando o primeiro lugar. A vitória lhe valeu um contrato de quatro meses com a Rádio Tupi.
Em seguida, assinou contrato com a gravadora RGE e lançou seu primeiro disco no qual fez sucesso com o samba Fracasso, de Fernando César e Nazareno de Brito. No mesmo disco estava o bolero Espérame en el cielo, de F. L. Vidol. Em seguida, gravou o bolero Ciúmes, de Renato de Oliveira e Fernando César, e o samba As paredes tem ouvido, de Nazareno de Brito e Newton Ramalho.
Ainda em 1958, gravou o slow Hey there, de R. Adler e J. Ross, e o samba É luxo só, de Ary Barroso e Luiz Peixoto. No final do mesmo ano, gravou os sambas Samba, chamego e zum-zum, de Nazareno de Brito e Luiz Cláudio de Castro, e Lamento, de Djalma Ferreira e Luís Antônio, que seria seu maior sucesso. Atuou durante algum tempo no "Dancing Avenida".
Em 1959, assinou contrato de exclusividade com o programa César de Alencar o que lhe rendeu diversas viagens pelo interior do Brasil. No mesmo ano, gravou o samba-canção Neste mesmo lugar, de Armando Cavalcanti e Klécius Caldas, o samba Você é a saudade, de Armando Nunes e Geraldo Serafim, e Sofro, de Nelson Alves e Verinha Falcão, e o bolero A noite e a prece, de Evaldo Gouveia e Almeida Rego.
Ainda em 1959, partcipou do LP Constelação de ouro RGE em LP lançado pela gravadora RGE com interpretações de astros da gravadora como Agostinho dos Santos, Roberto Luna, Leny Eversong, Germano Mathias e Elza Laranjeira, entre outros, interpretando seu grande sucesso Lamento.
Em 1960, realizou com êxito uma temporada na boate Chicote, em São Paulo. Em 1961, gravou o bolero Porque tinha de ser, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, o samba Que fazer? de Jaime Florence e Jorge Santos, e os sambas-canção Rival, de Raul Sampaio e Benil Santos, com o qual obteve bastante êxito, e Só acredito em você, de Heitor dos Prazeres.
Ainda nesse ano, lançou o LP A voz de Dorinha Freitas no qual interpretou as músicas Porque tinha de ser, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, Que fazer?, de Jaime Florence "Meira" e Jota Santos, Trevas (Noite sem luz), de Almeida Rego, Lamento, de Djalma Ferreira e Luis Antônio, Ocultei, de Ary Barroso, Vento vadio, de Hianto de Almeida e Evaldo Rui, Devolvi, de Adelino Moreira, o clássico Ave Maria do morro, de Herivelto Martins, Sofro, de Vera Falcão e Nelson Alves, A vida me ensinou, de Fernando César, Nunca mais" de Vera Falcão e Voltaire França, e Descendo o morro, de Billy Blanco e Tom Jobim.
Ainda em 1961, participou do LP Boleros e guarânias lançado pela RGE com a participação de nomes como Maysa, Raul Sampaio, Dupla Ouro e Prata, Roberto Luna, Trio Cristal e Agostinho dos Santos, entre outros. Nesse disco foi incluída sua interpretação para Porque tinha de ser, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.
Em 1962, lançou os sambas-choro Decisão, de Antônio Cirino e Carlos Marques, e Só, de Leonel Azevedo e Adelmo Lima. Ainda nesse ano, ingressou na gravadora Continental e gravou o bolero Corações vazios, de Oto Borges, e o samba Gente da noite, clássico do compositor gaúcho Túlio Piva. Nessas duas últimas músicas foi acompanhada pela orquestra dirigida pelo maestro Radamés Gnattali. Em 1963, gravou o samba-canção Orgulho, de Almeida Rego e Iran de Oliveira, e o tango Sonho desfeito, de Leonel Azevedo e Adelmo Lima.
Em 1965, já na gravadora Copacabana, gravou em conjunto com o cantor David de Castro o LP Dois corações - Dorinha Freitas e David de Castro no qual interpretou em dueto com David de Castro as músicas "Bonequinha linda (Te quiero dijiste)", de María Grever e C. Pasquale, com versão de Haroldo Barbosa, Sempre minha (Till the end of time), de L. W. Gilbert e H. Akst, e versão de Nazareno de Brito, Dois corações, de Herivelto Martins e Waldemar Gomes, Doce mistério da vida (Ah sweet mistery of life), de R. J. Young e V. Herbert, em versão de Alberto Ribeiro, Ouvindo-te, de Vicente Celestino, Sétimo céu (Seventh heaven), de L. Pollack e S. D. Mitchell, com versão de Amilcar Cerri, "Sempre no meu coração (Always in my heart)", de Ernesto Lecuona, e versão de Mário Mendes, e Verão no Brasil (Brazilian summer), de M. Vaughn e N. Bourget, em versão de Caetano Zamma, além das interpretações solo de Vai com Deus, de Luiz Bandeira e Silvio César, e Até você, de Armando Nunes.
Ainda em 1965, sua interpretação do bolero Vai com Deus, de Luis Bandeira e Sílvio César foi incluída no LP Maiores em boleros - VOL. 3, enquanto o dueto feito com David de Castro na música Ouvindo-te foi incluído no LP 14 maiorais Nº 7.
Em 2000, sua interpretação para Porque tinha de ser, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, foi incluída na série Raros compassos de três CDs lançada pelo selo Revivendo com gravações raras de Tom Jobim. Uma das melhores vozes da fase final da chamada Era do Rádio, gravou mais de dez discos pelas gravadoras RGE, Continental e Copacabana, sendo sua obra ainda não devidamente estudada e resgatada.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Dorinha Freitas
english mobilePostado por cifrantiga às 11:05
Marcadores: cantora, dorinha freitas, radio
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