Cícero Nunes (Cícero Nunes Cordeiro), compositor e instrumentista nasceu no Rio de Janeiro RJ em 6/4/1912 e faleceu em 3/2/1993. Viveu parte da infância na fazenda de um tio, na Paraíba. Aos 14 anos, voltou para o Rio de Janeiro, arranjando emprego para ajudar a família. Foi operário em várias fábricas, tendo também trabalhado de 1931 a 1935 como motorista, na Casa de Saúde Pedro Ernesto.
Ali conheceu um enfermeiro que tocava violão e começou a aprender a tocar, logo compondo suas primeiras músicas. Ainda em 1935 mostrou algumas composições ao sambista Buci Moreira, que o incentivou e foi seu parceiro em Boa impressão, lançado pela cantora Dalila de Almeida no programa radiofônico Samba e Outras Coisas, da Rádio Philips. Passou, então a atuar como violonista, acompanhando artistas, e em 1936 compôs, em parceria com Portelo Juno e Vicente Paiva, Oh, seu José, marcha gravada por Castro Barbosa.
A partir de 1937, passou a compor principalmente sambas-choro, obtendo naquele ano grande sucesso com Me dá, me dá (com Portelo Juno), gravado por Carmen Miranda. Em 1938, fez o samba-choro Ele não dorme sem apanhar, lançado em disco por Dircinha Batista e Barbosa Júnior, e, um ano depois, o choro Pão com banana (com Portelo Juno), gravado por Araci de Almeida.
De 1944 em diante aderiu ao samba-canção, gênero que lhe trouxe os maiores êxitos, como Aquela mulher, lançado em disco naquele ano por Nelson Gonçalves, Apogeu (com Herivelto Martins), gravado por Francisco Alves em 1945, e Mensagem (com Aldo Cabral), um dos maiores sucessos de Isaura Garcia, no ano seguinte.
A partir de 1947, passou a trabalhar como funcionário da UBC, de que foi também vice-secretário. Continuando a compor em vários gêneros, fez ainda, com Humberto Teixeira, os baiões de sucesso Um cabra não chora (1954) e Manjericão (1959). Na década de 1960 continuou a gravar suas composições com cantores como Anísio Silva, Isaura Garcia, Jamelão, Moreira da Silva.
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