Gilda Lopes, cantora gaúcha dotada de uma voz excepcional, se dedicou ao gênero da ópera com a mesma soltura com que interpretou qualquer tipo de música.
Em 1962 gravou um LP que incluiu o seu maior sucesso, O trovador de Toledo, versão de "El Arlequín de Toledo", junto a outros grandes sucessos: A Hora do amor, Padre Don José, Tormento de amor, Ba-ba-la-ô, Não, eu não vou ter saudade (o sucesso de Edith Piaf Non je ne regrette Rien), De degrau em degrau, Nasci para ti, Balada do adeus, Apaixonada, Agonia, Quero paz. Por problemas familiares interrompeu sua carreira artística indo morar nos EUA.
O Cruzeiro - 16 de janeiro de 1960
"Em 1950, um dos maiores brotos que já circularam pela famosa Rua da Praia, Gilda Lopes, quis ser Rainha dos Estudantes Gaúchos. Foi. E êles ficaram tão entusiasmados que quiseram, por sua vez, que ela fôsse “Miss” Pôrto Alegre nesse ano. Gilda tinha, porém, 15 anos e, pelo regulamento, não poderia tirar o primeiro lugar. Conquistou um mais do que honroso 2.º pôsto.
O Cruzeiro - 16 de janeiro de 1960
"Em 1950, um dos maiores brotos que já circularam pela famosa Rua da Praia, Gilda Lopes, quis ser Rainha dos Estudantes Gaúchos. Foi. E êles ficaram tão entusiasmados que quiseram, por sua vez, que ela fôsse “Miss” Pôrto Alegre nesse ano. Gilda tinha, porém, 15 anos e, pelo regulamento, não poderia tirar o primeiro lugar. Conquistou um mais do que honroso 2.º pôsto.
Alguns anos mais tarde, Gilda quis ir à Itália. Foi. Ganhou uma média de 3 serenatas por cidade que visitou. Desde menina adorava música - cantar e compor. Convidada, um dia, para participar de um programa da Rádio Roma, em homenagem ao Brasil, cantou “Lamento de Escravo”, de sua autoria.
No dia seguinte recebeu, pelo telefone, duas propostas para gravar, uma da RCA, outra da Fonit. Cantou depois na Tv (Musichieri, Noi Loro), rádio (24.ª hora, Musicale), “boites” (Open Gate, Kit Kat), fêz cinema (uma co-produção ítalo-americana com Mamie Van Doren). Em pouco tempo era notícia na Itália, saindo sôbre ela reportagens “Settimana”, “Il Tempo” etc. Mas ela queria vencer era no Brasil. E em maio de 59 desembarcava no Rio.
Quis gravar, então, um disco que acaba, aliás, de ser lançado: “Lola” (versão) & “Delírio” (de sua autoria e Roberto Kelly). Quer sair agora para um LP, o que vai ser feito. (A voz de Gilda alcança 4 oitavas).
Como a Lola de seu disco, tudo que Gilda quer, Gilda tem. Estudou piano e ballet dos 5 aos 14 anos. Leu (principalmente os inglêses) James Hilton, Somerset Maugham, Aldous Huxley e Bernard Shaw. Adora Beethoven, Bach e Chopin. É janista e ferrarista. Compõe depois da meia-noite. Usa “Fleur de Rocaille”.
Não sossega enquanto não resolver o seguinte problema: “Por que nascemos?”. Estudou sapateado e castanholas. Tem dois pássaros em casa: um canário e um cardeal. Está fazendo, para seu próprio govêrno, uma análise científica do espiritismo. Pretende, um dia, fazer o curso de Medicina.
Até hoje, realmente, conseguiu tudo o que quis. O que não significa, contudo, que sua capacidade de querer já esteja esgotada e que não haja mais “chance” para um de todos nós se tornar, um dia, uma das metas a ser atingida por Gilda “Lola” Lopes".
Fontes: http://www.rockolafree.com.ar/Brasil-G.htm e Memória Viva
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