quinta-feira, 28 de junho de 2007

Miguel Gustavo

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Miguel Gustavo (Miguel Gustavo Werneck de Souza Martins), compositor, jornalista, poeta e radialista nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 24 de março de 1922 e faleceu em 22 de janeiro de 1972 aos 50 anos de idade. Era um cronista musical. Retratava em suas músicas o que de mais importante estava acontecendo nos meios sociais da época.
Começou como discotecário da Rádio Vera Cruz em 1941. Mais tarde passou a escrever programas de rádio. Em 1950 começou a compor jingles tendo se notabilizado nesta atividade com vários jingles de grande repercussão podendo ser destacado o que foi composto para as Casas da Banha com aproveitamento da melodia de Jesus, alegria dos homens de Johann Sebastian Bach.
Sua primeira música gravada foi Primeiro amor, interpretada por Luiz de Carvalho, Os Tocantins e Dilu Mello em gravação Continental lançada em julho/agosto de 1946. Em 23 de setembro de 1947, Ataulfo Alves gravou na Victor o samba O que é que eu vou dizer em casa, de sua autoria e Miguel Gustavo. Foi seu primeiro sucesso musical.
Em 1952 voltou a fazer sucesso com A valsa da vovozinha composta em parceria com Juanita Castilho e Edmundo de Souza e gravada por Carlos Galhardo. Ainda neste ano compôs com Celestino Silveira, seu companheiro de Rádio Globo, as canções relacionadas com Portugal: Trigueirinha e Pregões de Portugal, escritas após uma viagem de Celestino Silveira àquele país amigo.
Em 1953 voltou a fazer sucesso com É sempre o papai, um baião de sua autoria que Zezé Gonzaga gravou na Sinter. Em 1955 teve início o ciclo de crítica ao Café Soçaite onde ele procurava ridicularizar os personagens que freqüentavam as colunas sociais de Jacinto de Thormes e Ibrahim Sued. Depois veio o ciclo da Brigitte Bardot onde ele declarava em música a sua admiração pela linda artista francesa. No carnaval criticou as fanzocas de rádio, o presidente J.K. e satirizou a Dona Gegé, o Chacrinha e outros programas de rádio ou televisão.
Mais tarde veio o ciclo dos sambas de breque com Moreira da Silva: O conto do pintor, O rei do gatilho, O último dos Moicanos, O sequestro de Ringo, O rei do cangaço e Morengueira contra 007. Para a Copa de futebol de 1970, no México, ele criou o extraordinário Pra frente Brasil ao participar de um concurso organizado pelos patrocinadores das transmissões dos jogos.
O sucesso foi tanto que no carnaval do ano seguinte a música figurou entre as mais cantadas e até hoje é lembrada com carinho pela torcida brasileira. Mas ele tem letras magníficas em marchas e sambas maravilhosos cantados por Elizeth Cardoso (Partido baixo do partido alto e Achados e perdidos); Dircinha Batista (Carnaval prá valer); Jorge Veiga (Independência ou morte); Carminha Mascarenhas (Per omnia saecula saeculorum); Isaura Garcia (O samba do crioulo); Araci de Almeida (Conselho inútil, E dai ?...) e muitos outros.

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