Waldir Azevedo, instrumentista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 27/1/1923 e faleceu em São Paulo em 21/9/1980. Nascido no bairro da Piedade e criado no Engenho Novo, aos sete anos comprou uma flauta transversal com o dinheiro obtido na venda dos passarinhos que apanhava. Influenciado por amigos com que se reunia aos sábados para tocar, resolveu trocar a flauta pelo bandolim. Passou depois para o cavaquinho, instrumento que deixou de lado quando entrou em moda o violão elétrico. Por essa época também tocava violão, mas foi como flautista que se apresentou em público pela primeira vez, no Carnaval de 1933, executando o Trem blindado (João de Barro) no Jardim do Meyer.
Problemas cardíacos o impediram de realizar seu sonho de ser aviador, e empregou-se na Light. Em 1945, quando passava a lua-de-mel em Miguel Pereira RJ, recebeu um telefonema de um amigo, avisando sobre uma vaga no regional de Dilermando Reis, em um programa da Rádio Clube do Brasil. Tocou cavaquinho durante dois anos no conjunto, assumindo sua liderança em 1947, com a saída de Dilermando Reis.
Sua primeira composição foi o choro Brasileirinho, cuja parte inicial é quase toda numa só corda, gravado na Continental, por sugestão de João de Barro, diretor artístico da gravadora. A década de 1950 representou o ponto mais alto de sua carreira, fazendo muito sucesso com as composições Delicado (baião), Pedacinhos do céu, Chiquita e Vê se gostas, entre outras.
Durante 11 anos percorreu a América do Sul e a Europa, incluindo duas excursões patrocinadas pelo Itamarati, na Caravana da Música Brasileira, e nas outras com o seu conjunto. Suas músicas foram gravadas no Japão, Alemanha, EUA., onde o disco de Percy Faith e sua orquestra, com a faixa Delicado, vendeu mais de um milhão de cópias. Participou de um programa na B.B.C. de Londres, Inglaterra, transmitido para 52 países.
Teve 132 músicas gravadas, entre chorinhos, valsas e baiões, lançou 20 LPs (um deles com Jacó do Bandolim) e cerca de 50 discos de 78 rpm. Em 1964, por morte de sua filha, afastou-se dos meios musicais. Mudou-se para Brasília DF em 1971, onde sofreu um acidente com um cortador de grama em que quase perdeu seu dedo anular, impedindo-o de tocar durante um ano e meio. Recuperou-se somente depois de várias cirurgias e muitos exercícios, voltando a gravar.
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