Guilherme de Brito (Guilherme de Brito Bollhorst), compositor e cantor nasceu no Rio de Janeiro RJ em 3/1/1921. Originário do bairro de Vila Isabel, em menino aprendeu cavaquinho, estimulado pelo pai e a irmã, que tocavam violão. Com a morte do pai, em 1934, abandonou a escola para trabalhar, empregando-se dois anos depois como office-boy da Casa Edison.
Iniciou-se como compositor em 1938, com o samba Calça balão, mas só na década de 1950 suas músicas começaram a ser gravadas. Por volta de 1955, o cantor Augusto Calheiros lançou um 78 rpm com duas valsas de sua autoria: Meu dilema e Audiência divina. Nessa época atuou como cantor, estreando na antiga Rádio Vera Cruz, no Programa Aurora. Trabalhou com outros parceiros, entre os quais Pedro Caetano e Renato Gaetani, até o dia em que, num botequim do subúrbio carioca de Ramos, conheceu o sambista Nelson Cavaquinho, ainda em 1955.
Compondo juntos, a princípio esporadicamente, acabaram por formar uma parceria responsável por grandes sucessos, como os sambas Pranto de poeta, de 1956, e A flor e o espinho (com Alcides Caminha), de 1957. Quando as aves emigram e Palavras, antigas composições suas, em parceria com Leduvi de Pina, foram gravadas por Orlando Silva, em 1959 na Odeon e em 1962 na RCA, respectivamente.
A partir do início da década de 1960, quando se afirma o êxito de suas composições com Nelson Cavaquinho, passa a apresentar-se em televisão e shows, especialmente no Teatro Opinião, no Rio de Janeiro. Aparece cantando no LP Nelson Cavaquinho, gravado em 1973 pela Odeon, nas faixas A flor e o espinho e Quando eu me chamar saudade (da dupla). Na década de 1980 gravou um LP solo, Guilherme de Brito, no Estúdio Eldorado, que incluía outro grande sucesso da dupla com Nelson Cavaquinho, Folhas secas. Em 1996 comemorou seus 75 anos de idade com um espetáculo no Teatro da UERJ, Rio de Janeiro.
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