segunda-feira, 14 de maio de 2007

Lírio Panicali

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Lírio Panicali, regente, arranjador compositor e instrumentista, nasceu em Queluz/SP em 26/6/1906 e faleceu em Niterói/RJ em 29/11/1984. Filho de imigrantes italianos, aos 12 anos transferiu-se para São Paulo SP, ingressando no Liceu Coração de Jesus e depois no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.
Em 1922, já no Rio de Janeiro/RJ, estudou no I.N.M. e foi maestro e pianista da Companhia Negra de Revista. Nessa cidade, conheceu Lamartine Babo, com quem escreveu o fox Saias curtas. Por razões familiares, precisou voltar à cidade natal, lá tendo desenvolvido intensa atividade musical, organizando bandas e coros.
De volta a São Paulo, começou a trabalhar na Rádio São Paulo, passando, em 1938, para a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, onde participou do programa Canção Antiga, de Almirante. Nesse ano organizou a Orquestra Melódica Lírio Panicali e, desde então, começou a escrever temas para novelas da Rádio Nacional, destacando-se nesse gênero suas valsas Encantamento, Magia (com Raimundo Lopes) e Ternura (com Amaral Gurgel).
Em 1939 estreou no cinema, compondo para o filme Aves sem ninhos, dirigido por Raul Roulien seguindo-se as trilhas sonoras para os filmes: em 1943, Moleque Tião, de José Carlos Burle; em 1947, Este mundo é um pandeiro, de Watson Macedo; em 1953, Dupla do baralho, e em 1954 Nem Sansão nem Dalila, ambos de Carlos Manga.
Foi um dos fundadores da gravadora Sinter (1950), onde permaneceu como diretor do setor artístico e gravou, em 1950, seu primeiro LP, Orquestra melódica de Lírio Panicali. Nessa fábrica, gravou inúmeros sucessos carnavalescos. Idealizou com Paulo Roberto o famoso programa Lira de Xopotó, na Rádio Nacional, sobre bandas do interior, de que resultou o LP do mesmo nome com músicas regionais.
Foi maestro contratado da Rádio M.E.C. e fez arranjos para quase todas as gravadoras do país, tendo-se destacado na Columbia, orquestrando discos de artistas como Cauby Peixoto, Tito Madi e Sérgio Murilo. Fez também arranjos para diversas orquestras, entre as quais a de Zacarias. Com o aparecimento das telenovelas, na década de 1960, foi convidado a escrever algumas trilhas sonoras e, mais tarde, em 1972, resumiu esse seu trabalho no LP Odeon Panicali e as novelas.

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