segunda-feira, 14 de maio de 2007

Jonjoca

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Jonjoca ( João de Freitas Ferreira ), cantor e compositor, nasceu na cidade de Rio de Janeiro (RJ), no bairro de Botafogo no dia de 16 de Setembro de 1911, sendo o único dos nove filhos de um português comandante do Lóide a manifestar inclinação musical.
No curso ginasial, formou uma espécie de regional, que tinha apenas dois violonistas, um deles irmão do cantor Jorge Fernandes. Com 18 anos foi à Odeon, na Casa Edison, e perguntou a seu diretor-artístico Eduardo Souto como se fazia para gravar um disco. Souto mandou que cantasse, acompanhando-o ao piano, e disse que dentro de alguns dias podia gravar.
Esse disco, lançado em fevereiro de 1930, saiu com os sambas Não te dou perdão (Ismael Silva) e Não fui eu (Caninha). Gravou nesse ano mais dois discos pela Parlophon, antes de se encontrar com o cantor novato Castro Barbosa numa festa na casa de Jorge Fernandes, onde, por sugestão do cantor e compositor Paulo Neto de Freitas, cantaram em dupla.
Tendo dado certo a experiência, gravaram na Victor um disco, que saiu em Julho de 1931 com os sambas Sinto falta de você e A cana está dura, ambos de Jonjoca. Era a resposta que a Victor dava à Odeon, que desde setembro do ano anterior fazia enorme sucesso com o duo Francisco Alves e Mário Reis.
Até novembro de 1933, da nova dupla foram lançados 11 discos com 22 músicas, dentre elas os sambas Abandonado (Jonjoca), 1931, Adeus (Francisco Alves, Ismael Silva e Noel Rosa), 1932, Dona do Lugar (Francisco Alves e Ismael Silva), 1932, Cinco partes principais do mundo (Benedito Lacerda e Gastão Viana), 1933.
Paralelamente ambos desenvolveram suas carreiras solos como cantores. Sozinho, gravou o samba Rosalina (J. Tomás e Orestes Barbosa), 1931, e Azul e branco (Benedito Lacerda e Osvaldo Silva), 1932, numa discografia de 1930 a 1934, com cerca de 23 discos e 43 músicas, 13 das quais de sua autoria.
Em 1931, Carmen Miranda, sua amiga, gravou seus sambas Não tens razão e E depois. Interrompeu a carreira em 1934. Em 1937 voltou como locutor da Rádio Mayrink Veiga. Em 1938 ingressou na Rádio Nacional e, no ano seguinte na Rádio Clube do Brasil, na qual ficou até 1953, como locutor, apresentador e produtor de programas.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha.

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