A partir do sucesso de "O teu cabelo não nega", cresceu bastante a presença da marchinha no repertório carnavalesco. Houve mesmo uma certa supremacia sobre o samba, que durou até o início dos anos quarenta. Assim, em 1933, reinaram quase sem concorrência "Formosa" (que era samba e virou marcha, por sugestão de Francisco Alves), "Good bye", "Segura Esta Mulher", "Moreninha da praia", "Trem Blindado", "Moleque indigesto", "Aí, hein!", "Boa Bola" e "Linda morena", as quatro últimas de autoria de Lamartine Babo.
Ingênua, alegre, sentimental, bem representativa do estilo lamartinesco, "Linda Morena" foi um dos grandes sucessos do ano, tendo inspirado até várias par«dias, o que na época valia como comprovante de popularidade de uma canção.
F D7 Gm
Linda morena, morena
C7 F
Morena que me faz penar
D7 Gm Bbm
A lua cheia que tanto brilha
F C7 F
não brilha tanto quanto o teu olhar
Gm
Tu és morena, uma ótima pequena
C7 F
Não há branco que não perca até o juízo
Gm
Onde tu passas sai ás vezes bofetão
C7 F
Toda gente faz questão do teu sorriso
Gm
Teu coração é uma espécie de pensão
C7 F
de pensão familiar à beira-mar
Gm
Ó moreninha, não alugues tudo não!
C7 F
Deixa ao menos o porão pra eu morar
Gm
Por tua causa já se faz revolução
C7 F
Vai haver transformação na cor da lua
Gm
Antigamente a mulata era a rainha
C7 F
Desta vez, ó moreninha, a taça é tua!
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