Henrique Vogeler, compositor, instrumentista e regente, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 11/6/1888 e faleceu em 9/5/1944. Nascido no bairro do Catumbi, de pai alemão e mãe brasileira, iniciou-se no piano com pouco mais de cinco anos, assistindo às aulas de música do irmão Jorge, pai de Jaime Vogeler, cantor da década de 1930.
Estudou no Colégio São Bento e em seguida no Colégio Universitário, mas foi obrigado a abandoná-lo por problemas financeiros. Empregado na Estrada de Ferro Central do Brasil, começou a compor para um teatro de amadores organizado por um colega de trabalho. Ocasionalmente, tocou piano na sala de espera do Cinema Odeon, substituindo Ernesto Nazareth, pianista da casa. Cursou o Conservatório Nacional de Música. Concluídos os estudos musicais, a partir de 1919 lançou-se profissionalmente, compondo para os teatros de revista da Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro.
De suas contribuições ao teatro musicado (1919-1942), destacou-se a partitura para a revista-opereta A canção brasileira, estreada em março de 1933 no Teatro Recreio, que alcançaria 300 representações consecutivas. O seu samba-canção Linda flor, também conhecido em versões com os títulos de Meiga flor e Iaiá ou Ai, Ioiô (com Luiz Peixoto), transformou-se em sucesso após sua gravação por Araci Cortes, em 1929, na Parlophon. A partir do ano seguinte, atuou como diretor artístico das gravadoras Brunswick e Odeon.
Em 1930, como pianista da Odeon, acompanhou várias gravações do cantor Gastão Formenti. Além de compor partituras para revistas, produziu algumas peças de caráter musical mais cuidado, destacando-se seis músicas destinadas a um LP para distribuição no exterior; o disco incluía ainda seis composições de Ernesto Nazareth, interpretadas por ele, exímio pianista.
No inicio da década de 1940, quando organizava programas musicais para a Hora do Brasil, foi contratado por Villa-Lobos, como seu auxiliar direto no Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, onde permaneceu até a morte.
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