A melodia simples, o ritmo alegre, saltitante, a letra satírica, bem humorada, com pitadas de malícia ( "Zizinha / Zizinha / Zizinha / Zizinha / Ô vem comigo / Vem minha santinha / Também quero / Tirar uma casquinha...."), enfim, as principais características da marcha carnavalesca já estão presentes em "Zizinha" e outras peças do gênero lançadas na década de 1920.
De diferente mesmo das marchas que vieram nas décadas seguintes, pode-se notar somente uma certa analogia rítmica com o fox-trote e o charleston. Zizinha tem entre seus autores José Francisco de Freitas, um dos principais responsáveis pela fixação da marchinha.
Zizinha - 1926 - José Francisco de Freitas
Por ser deveras conhecida / palavra, eu ando aborrecida
em qualquer lugar / quando passear
sou muito perseguida / o meu tormento não tem fim
nunca pensei sofrer assim / velhos e mocinhos
pedem-me beijinhos / dizendo, enfim , prá mim
Zizinha, Zizinha / Zizinha, Zizinha
ó, vem comigo, vem / minha santinha
também quero tirar uma casquinha
Noutro dia num bondinho / um coronel muito velhinho
deu-me um beliscão / pegou-me na mão
tais coisas fez enfim / que quando olhei admirada
até parece caçoada / ainda suspirou
os olhos revirou / dizendo assim prá mim
Zizinha, Zizinha...
Por ser deveras conhecida / palavra, eu ando aborrecida
em qualquer lugar / quando passear
sou muito perseguida / o meu tormento não tem fim
nunca pensei sofrer assim / velhos e mocinhos
pedem-me beijinhos / dizendo, enfim , prá mim
Zizinha, Zizinha / Zizinha, Zizinha
ó, vem comigo, vem / minha santinha
também quero tirar uma casquinha
Noutro dia num bondinho / um coronel muito velhinho
deu-me um beliscão / pegou-me na mão
tais coisas fez enfim / que quando olhei admirada
até parece caçoada / ainda suspirou
os olhos revirou / dizendo assim prá mim
Zizinha, Zizinha...
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