Nem só de música sertaneja se constitui a obra de Marcelo Tupinambá. Um bom exemplo de seu lado cosmopolita é "O Cigano", uma das primeiras composições brasileiras a receberem a designação de fox-canção. Seguindo a moda de músicas sobre motivos exóticos, que imperava na época, Tupinambá fez em estilo andaluz esta canção, que trata da transitoriedade do amor, através do canto de um misterioso cigano.
Com uma bela melodia (que lembra a composição Oriental, de Patápio Silva) vestindo esta fantasia de gosto duvidoso, O cigano fez sucesso em 1924, quando foi gravado por Vicente Celestino, e 22 anos depois, ao ser revivido por Francisco Alves. Até então, segundo Tupinambá, as edições impressas da canção já haviam vendido mais de cem mil exemplares, o dobro de O matuto, seu segundo maior sucesso. Gastão Barroso, que assina a letra com o pseudônimo de João do Sul, era um amigo de Tupinambá desde os tempos de mocidade.
O Cigano (fox-canção, 1924) - Marcelo Tupinambá e João do Sul--
Um dia, / Eu em Andaluzia, / Ouvi, um cigano a cantar, / Havia, / No canto a nostalgia, / De castanholas batidas ao luar, / Mas era, / A canção tão singela, / Que eu julguei para mim, / E agora, / Que minh'alma te chora, / Ouve bem, a canção que era assim :
O amor, / Tem a vida da flor, / Não sonhe alguém, / Do seu sonho o colher... / Pois bem, / Como acontece à flor, / O lindo amor, / Principia a morrer.
Cigano, / Que sabias o engano, / Por que me fizeste tão mal? / Não fora, / A canção traidora, / E o meu sonho seria eternal! / Quem há de fugir, / A realidade, / Vem desmentir a ilusão? / E hoje, / Que o teu beijo me foge, / Cantarei, / Do cigano, a canção!
Com uma bela melodia (que lembra a composição Oriental, de Patápio Silva) vestindo esta fantasia de gosto duvidoso, O cigano fez sucesso em 1924, quando foi gravado por Vicente Celestino, e 22 anos depois, ao ser revivido por Francisco Alves. Até então, segundo Tupinambá, as edições impressas da canção já haviam vendido mais de cem mil exemplares, o dobro de O matuto, seu segundo maior sucesso. Gastão Barroso, que assina a letra com o pseudônimo de João do Sul, era um amigo de Tupinambá desde os tempos de mocidade.
O Cigano (fox-canção, 1924) - Marcelo Tupinambá e João do Sul--
Um dia, / Eu em Andaluzia, / Ouvi, um cigano a cantar, / Havia, / No canto a nostalgia, / De castanholas batidas ao luar, / Mas era, / A canção tão singela, / Que eu julguei para mim, / E agora, / Que minh'alma te chora, / Ouve bem, a canção que era assim :
O amor, / Tem a vida da flor, / Não sonhe alguém, / Do seu sonho o colher... / Pois bem, / Como acontece à flor, / O lindo amor, / Principia a morrer.
Cigano, / Que sabias o engano, / Por que me fizeste tão mal? / Não fora, / A canção traidora, / E o meu sonho seria eternal! / Quem há de fugir, / A realidade, / Vem desmentir a ilusão? / E hoje, / Que o teu beijo me foge, / Cantarei, / Do cigano, a canção!
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