Todas as delícias da vida campestre - o pomar, o riachão, a passarada, a fonte ao pé do monte - são aqui oferecidas à mulher amada, para ela trocar a cidade pelo sertão. Mas, por via das dúvidas, o convite é reforçado com a promessa de alguns bens da civilização - um rádio, uma Kodak... - pois, afinal, conforto nunca faz mal a ninguém.
Seguindo a linha "rancho-fundo", tão em moda na época, "Minha Palhoça" consagrou-se como um dos melhores sambas do gênero, enriquecendo simultaneamente o repertório de dois cantores: Luís Barbosa, que o popularizou no rádio, e Sílvio Caldas, que a gravou. Curiosa a história de Luís Barbosa. Considerado por muitos o grande sambista de sua geração, teve a carreira quase restrita ao rádio, gravando somente 21 discos.
Minha Palhoça (samba) - 1935 - J. Cascata
A7M F#7 Bm7 E7/4 E7
A7M
Se você quisesse
E7 A7M
Morar na minha palhoça
E7
Lá tem troça, se faz bossa
A7M Bb° Bm7
Fica lá na roça à beira do riachão
E à noite tem um violão
C#7
Uma roseira
F#m7
Cobre a banda da varanda
F#7 B7
E ao romper da madrugada
G#7
Vem a passarada
E7
Abençoar nossa união
Bm7
Tem um cavalo
E7
Que eu comprei em Pernambuco
A7M
E não estranha a pista
Tem jornal, lá tem revista
A7 D
Uma kodak para tirar nossa fotografia
Vai ter retrato todo dia
Dm A7M
Um papagaio que eu mandei vir do Pará
F#m Bm7
Um aparelho de rádio-batata
E7 A7M
E um violão que desacata
(Solo de clarineta)
B7
Meu Deus do céu que bom seria…
A7M
Se você quisesse... (até)
E7
Abençoar nossa união
Bm7
Tem um pomar
Que é pequenino,
E7
É uma tetéia
A7M
É mesmo uma gracinha
Criação, lá tem galinha
A7
Um rouxinol
D
Que nos acorda ao amanhecer
Isso é verdade pode crer
Dm
A patativa
A7M
Quando canta faz chorar
(Repete 3 vezes):
F#m Bm7
Há uma fonte na encosta do monte
E7 A7M
A cantar chuá-chuá
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