segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Minha Palhoça

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Todas as delícias da vida campestre - o pomar, o riachão, a passarada, a fonte ao pé do monte - são aqui oferecidas à mulher amada, para ela trocar a cidade pelo sertão. Mas, por via das dúvidas, o convite é reforçado com a promessa de alguns bens da civilização - um rádio, uma Kodak... - pois, afinal, conforto nunca faz mal a ninguém.
Seguindo a linha "rancho-fundo", tão em moda na época, "Minha Palhoça" consagrou-se como um dos melhores sambas do gênero, enriquecendo simultaneamente o repertório de dois cantores: Luís Barbosa, que o popularizou no rádio, e Sílvio Caldas, que a gravou. Curiosa a história de Luís Barbosa. Considerado por muitos o grande sambista de sua geração, teve a carreira quase restrita ao rádio, gravando somente 21 discos.

Minha Palhoça (samba) - 1935 - J. Cascataclique para ouvir amostra da música

A7M  F#7  Bm7  E7/4   E7

A7M
Se você quisesse
E7 A7M
Morar na minha palhoça
E7
Lá tem troça, se faz bossa
A7M Bb° Bm7
Fica lá na roça à beira do riachão

E à noite tem um violão
C#7
Uma roseira
F#m7
Cobre a banda da varanda
F#7 B7
E ao romper da madrugada
G#7
Vem a passarada
E7
Abençoar nossa união

Bm7
Tem um cavalo
E7
Que eu comprei em Pernambuco
A7M
E não estranha a pista

Tem jornal, lá tem revista
A7 D
Uma kodak para tirar nossa fotografia

Vai ter retrato todo dia
Dm A7M
Um papagaio que eu mandei vir do Pará
F#m Bm7
Um aparelho de rádio-batata
E7 A7M
E um violão que desacata


(Solo de clarineta)

B7
Meu Deus do céu que bom seria…

A7M
Se você quisesse... (até)
E7
Abençoar nossa união

Bm7
Tem um pomar

Que é pequenino,
E7
É uma tetéia
A7M
É mesmo uma gracinha

Criação, lá tem galinha
A7
Um rouxinol
D
Que nos acorda ao amanhecer

Isso é verdade pode crer
Dm
A patativa
A7M
Quando canta faz chorar

(Repete 3 vezes):
F#m Bm7
Há uma fonte na encosta do monte
E7 A7M
A cantar chuá-chuá

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