Buci Moreira, compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 1/8/1909 e faleceu em 1982. Neto da famosa Tia Ciata (em cuja casa, perto da Praça Onze, se reuniam pioneiros do samba), seu pai, Guilherme Eduardo Moreira, tocava violão e ele, desde pequeno, mostrou vocação para ritmista.
Em 1917, sem deixar sua casa em São Cristóvão, passou a viver também com outra família, no mesmo bairro, fazendo companhia a um menino da casa. Nessa época começou a estudar. Em 1922 foi morar com a avó, até a morte desta em 1924, e de 1925 a 1927 estudou na Escola Bom Jesus, na ilha de Paquetá.
Com a morte do pai em 1928, foi viver com os tios na Praça Onze, ingressando no Colégio Benjamim Constant. No ano seguinte desfilou pela única vez na hoje extinta escola de samba Deixa Falar.
Em 1930 foi descoberto na Praça Onze, por Francisco Alves, que gravou sua primeira música na Odeon, o samba Palhaço (com Nelson Gomes). Por essa época começou a atuar como ritmista em gravações na Odeon, formando dupla com Valdemar Silva e, depois, com Arnô Canegal.
De 1936 a 1940 desfilou (e era diretor de harmonia) na hoje extinta escola de samba Vê Se Pode, do morro de São Carlos. Em seguida trabalhou com o cineasta Moacir Fenelon, continuando a atuar como ritmista em gravações.
Em 1943 participou, com outros sambistas, do filme inacabado de Orson Welles Jangada. Em parceria com Arnô Canegal e Mutt, compôs o samba Anda, vem cá, gravado por Francisco Alves e Mário Reis e Não põe a mão, sua música mais conhecida, que ele mesmo, além de outros intérpretes, gravou com êxito na Star em 1951.
Outros sucessos seus foram Quem pode, pode e Por que é que você chora. Obras: Anda, vem cá, samba, 1932; Em uma linda tarde, samba, 1935; Não põe a mão (c/Mutt e Arnô Canegal), samba, 1951; Quem pode, pode (c/Haroldo Torres), samba, 1950.
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