Roberto Luna (Valdemar Farias), cantor, nasceu em Serraria, Paraíba, em 1/12/1929. Fez os primeiros estudos em Campina Grande e mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1945. Começou a trabalhar em teatro de revista e estudou com o ator Ziembinsky.
Apresentado por Assis Valente a Chianca de Garcia, para ser contratado como cantor, acabou tornando-se seu auxiliar no setor de divulgação da companhia teatral. Caixa de companhia imobiliária e auxiliar de escritório, por volta de 1948 apresentava-se também como crooner em dancings e boates do Rio de Janeiro. Foi o locutor Afrânio Rodrigues quem lhe deu o nome artístico de Roberto Luna, por ocasião de um show.Em 1951 estreou no rádio, levado por Assunção Galego, que dirigia o programa Transatlântico Guanabara, na Rádio Guanabara, atuando logo depois na Globo, na Mayrink Veiga e depois na Nacional. No ano seguinte gravou seu primeiro disco, com Por quanto tempo (Marino Pinto e Domal Bibi) e Linda (Erasmo Silva e Rui Rei), na Star.
Contratado por Sérgio Vasconcelos, da Rádio Clube, em 1953, participou dos programas Caderno de Melodias, Ciranda dos Bairros e das Audições Roberto Luna, lançando para o Carnaval desse ano, entre Outros, o samba Jurema (Luís Soberano e Washington Fernandes) e a marcha Deixa- me em paz (Guido Medina e Geneci Azevedo), na Copacabana. Para o mesmo Carnaval, gravou, ainda acompanhado pelo conjunto Os Copacabana, Minha casa é meu chapéu (Geraldo Queirós e Henrique Leoni) e o samba Pode voltar (Geraldo Queirós e Wilson Lopes).
Cantor de sucesso nacional na década de 1950 destacou-se interpretando versões de boleros e músicas de dor-de-cotovelo; seus maiores sucessos dessa época foram Molambo (Meira e Augusto Mesquita), o bolero Relógio (Cantoral, versão de Nely Pinto), Nunca (Lupicínio Rodrigues), Vingança (Lupicínio Rodrigues), Castigo (Dolores Duran), Por causa de você (Tom Jobim e Dolores Duran), o bolero História de um amor (versão de Edson Borges), e o tango El día que me quieras (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera).
Em 1961 gravou pela RGE o LP Adiós, pampa mia e outros tangos famosos, com Adiós, pampa mia (Francisco Canaro e Mariano Mores, versão de Haroldo Barbosa) e Confissão (Enrique Discepolo e Amadori, versão de Lourival Faissal).
Dois anos depois saiu pela mesma fábrica o disco Tangos famosos, incluindo O dia que me queiras (versão de Haroldo Barbosa) e Cristal (Mores, versão de Haroldo Barbosa). Em 1964 novo LP, Os grandes sucessos de Roberto Luna, e no ano seguinte O Luna que eu gosto, etiqueta Philips, com Tudo é magnífico (Haroldo Barbosa e Luís Reis) e Senhor saudade (com Dinho). Participou ainda como ator e cantor do filme O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla, em 1968.
A partir de 1970 apresentou-se quase exclusivamente em boates, tendo sido proprietário de uma. Em 1972 gravou na Chantecler o LP Roberto Luna, destacando-se Gaivota e Negro véu (Zé Bastos e João Reis). Na década de 1990, a RGE relançou em CD todo o seu repertório, em 10 volumes.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
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