Claudionor Cruz (Claudionor José da Cruz), compositor e instrumentista, nasceu em Paraibuna SP 1/4/1914-?, e faleceu em 21/6/1995. Filho de mestre-de-banda, seus irmãos tocavam trombone, pistom e bombardino, enquanto ele tocava caixa. Começou a aprender música desde pequeno e estudou com o maestro Peixoto. Iniciou carreira profissional tocando cavaquinho, em vários conjuntos, até formar o Claudionor Cruz e seu Regional. De 1932 a 1969, atuou nas rádios Tupi, Nacional, Globo e Mundial, e na TV-Rio e TV Educativa, no Rio de Janeiro RJ, e na TV Excelsior e TV Cultura, de São Paulo SP.
Em 1935, sua primeira composição, Tocador de violão (com Pedro Caetano), foi gravada na Odeon por Augusto Calheiros. Nessa época, passou a tocar violão tenor. Durante as décadas de 1940 e 1950, seu regional foi o grande rival do conjunto de Benedito Lacerda, com o qual revezava nas gravações e nas rádios.
Com ele atuaram os músicos Abel Ferreira, Portinho, Bola Sete, Arlindo Ferreira, Freitas, Araújo e Jair do Pandeiro. Foi parceiro de Pedro Caetano e Ataulfo Alves em dezenas de músicas, entre as quais Caprichos do destino (com Pedro Caetano), gravada por Orlando Silva em 1938, Eu brinco (ou Com pandeiro ou sem pandeiro) (com Pedro Caetano), gravada por Francisco Alves para o Carnaval de 1944, e Sei que é covardia (com Ataulfo Alves), gravada por Carlos Galhardo para o Carnaval de 1939.
Compôs também ao lado de André Filho, Wilson Batista, Dunga, Freitinhas e Portinho, além de fazer gravações e shows com Orlando Silva, Francisco Alves, Dircinha Batista, Linda Batista, Ângela Maria, Araci de Almeida, Isaurinha Garcia, Gilberto Alves, Deo e João Petra de Barros. Durante muitos anos foi baterista, trabalhando também como vendedor de livros e operador de carga do cais do porto.
Desde a fundação dirigiu seu Regional, só abandonando essa atividade quando a música estrangeira invadiu as rádios. Com mais de 400 gravações, foi homenageado em agosto de 1995 no espetáculo Um poema na terra, no Espaço BNDES, Rio de Janeiro.
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