Nonô e Naná - Dupla sertaneja formada por Alcides Felisbino de Souza, o Nonô (Formiga MG 22/11/1922 — São Paulo SP 01/07/1997) e Maria de Lourdes Sousa, a Naná (Formiga 19/8/1934—). Com o pseudônimo Nonô Basílio, Alcides estreou profissionalmente em 1934, aos 12 anos, cantando e tocando banjo no conjunto Irmãos Azevedo, que se apresentava em Formiga e cidades vizinhas. Quando o conjunto se transformou em orquestra, em 1938, deixou-o.
Também tocava violão, e passou a fazer serenatas, mediante pagamento. Em 1946 ingressou no curso da Corporação Musical Teófilo dos Reis, em São João del Rei MG, aprendendo saxofone e outros instrumentos de sopro. Dois anos depois, retornou à cidade natal.
Em 1950, na Rádio Tupi de São Paulo, conheceu o trio Palmeira, Luisinho e Zezinha. No ano seguinte, o trio gravou o primeiro disco de Nonô Basilio como compositor, pela Victor, Cantando sempre (com Mauro Pires), seguindo-se, pela Copacabana, Mulher ciumenta (com Palmeira), composição humorística lançada em disco por Jeca Mineiro e Mineirinho.
Em 1952 escreveu outro sucesso, O piado do mutum, baseado em tema folclórico mineiro, gravado por Palmeira e Biá, na Victor. Três anos depois, retornou a Formiga e casou com Maria de Lourdes, formando com ela a dupla Nonô e Naná, que em 1956 foi levada por Cascatinha e Inhana para estrear no programa de Blota Júnior, na Rádio Record, de São Paulo.
Contratada pela emissora, no ano seguinte gravou, pela Todamérica, o primeiro compacto, Mocinho sabido (Torrinha e Tito Neto) e Só quero você (Piraci e Dudu Basílio). Passou então a se apresentar em circos e parques de diversões, viajando por vários Estados.
Em 1959, a dupla gravou um compacto simples na Chantecler, com Quando a saudade chegar (Gerson Santos e Cruz) e Uai, é?! (Jair Gonçalves). Continuou a viajar até 1962, quando gravou o primeiro LP, pela Chantecler, com destaque para a composição de Nonô Basílio Uma casa de caboclo, um de seus maiores sucessos.
Em 1971, a dupla participou do filme No Rancho Fundo, de Osvaldo de Oliveira, e, no ano seguinte, Nonô tornou-se diretor sertanejo da gravadora Copacabana, lançando grandes sucessos, como Onde canta o sabiá (Nonô Basílio), Eterna saudade (Bernadete Albardeira e Ulisses Lucas), Na granja Cocodeco (Capitão Furtado e Zé Cupido) e Vale a pena viver (Mauro Pires e Zezão).
Em 1973, a dupla gravou LP na Beverly, incluindo antigos sucessos e composições inéditas, como Judiaria (Lupicínio Rodrigues), Enxugue as lágrimas (Zito Vieira e Jorge Ab) e Orgulho de caboclinha (Nonô Basílio), dedicada a Naná. No mesmo ano a dupla gravou outro LP, na Philips, com a faixa de abertura Tem que ser assim (Odilon, filho mais velho do casal).
A dupla manteve, no início da década de 1990, um programa na Rádio Difusora, de São Paulo, e lançou, em 1996, o primeiro e único CD, Nossa última lembrança.
Autor de mais de 500 composições, Nonô Basilio tem músicas gravadas por cantores como Sérgio Reis, Chitãozinho e Xororó, Jeca Mineiro e Mineirinho, Cascatinha e Inhana, Tonico e Tinoco, Palmeira e Biá, Pedro Bento e Zé da Estrada, e muitos outros.
Seus maiores êxitos incluem, além dos já citados, Mágoa de boiadeiro (c/Índio Vago), Terra sempre terra, Boiadeiro beija-flor, Amor de verdade.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
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