Muraro (Heriberto Leandro Muraro), pianista e compositor, nasceu em La Plata, Argentina, em 25/5/1903, e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 8/3/1968. Começou estudando piano com Alfredo Bevilacqua, sendo matriculado depois no Conservatório Fracassi D’Andrea.
Estreou como concertista no Salão Argentina, excursionando por Santiago do Chile e Montevidéu, Uruguai. Atuou nas rádios Cultura e Belgrano, ainda em Buenos Aires, Argentina.
Chegou ao Brasil em 1932, apresentando-se na Rádio Record, de São Paulo SP. No ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi contratado para atuar na Rádio Mayrink Veiga como pianista de Lely Morel.
Compôs a valsa Roleta da vida, gravada por Carlos Galhardo. Tocou nos filmes Alô, alô Brasil (1935, de Alberto Ribeiro, João de Barro e Waliace Downey) e Alô, alô Carnaval (1936, de Ademar Gonzaga), e seus malabarismos e brincadeiras com o teclado valeram-lhe o apelido de “O incrível Muraro”.
Trabalhou na Rádio Mayrink Veiga até 1942, quando voltou a São Paulo, onde permaneceu por um ano. Regressando ao Rio de Janeiro, foi novamente contratado pela Rádio Mayrink Veiga, passando a atuar em programas populares, como Rádio Novidades, Quatro Notinhas Mágicas, Três Malucos em Ritmo e outros.
Até 1952 gravou mais de 60 músicas em 78 rpm, entre elas algumas de sua autoria, como os choros Moto perpétuo, Zangado, Flanando e Saudade de Santa Cruz (com Pixinguinha), a polca Baumbá e o samba Chopin no samba.
Destacado intérprete de choros, gravou na RGE os LPs O incrível Muraro, em 1958, com peças de Ernesto Nazareth e Catulo da Paixão Cearense, e Casinha pequenina, em 1959, com músicas tradicionais e várias de Chiquinha Gonzaga.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
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