quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Gerson Filho

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Gerson Filho (Gerson Argolo Filho), compositor e acordeonista, nasceu na histórica cidade de Penedo no interior de Alagoas, famosa por suas serestas, em 1928. Aprendeu a tocar sanfona ainda criança.

Iniciou a carreira artística no Rio de Janeiro no início dos anos 1950 e teve o apoio da dupla Venâncio e Corumbá.

Em 1953, gravou seu primeiro disco pela Todamérica interpretando ao acordeom, de sua autoria, a Quadrilha da cidade e o baião Catingueira no sertão.

Em 1954, venceu o concurso de calouros "Caminho da vitória" na Rádio Guanabara, sendo logo em seguida contratado pela emissora. No mesmo ano, lançou os baiões: Baião do soldado e Baião em Caxias, a polca Casa velha, todas de sua autoria e a rancheira Marombando, com Salvador Miceli, entre outras composições.

Em 1955, lançou de sua autoria os choros Comendo e chorando e Choramingando. Lançou também no mesmo ano o baião Torcida do Flamengo, com Pachequinho. Em 1956, gravou os baiões Sete quedas de sua autoria e Baião paulista, em parceria com Ermínio Vale. Em 1957, gravou de sua autoria o baião Macaco é Tio Antônio, a marcha Agüenta o banzeiro, com Miguel Lima e a marcha Por mulher nunca chorei de parceria com Otávio Filho. 

Em 1958, lançou a polquinha Pra livrá de confusão, de Miguel Lima e a rancheira Papai me disse, de Sebastião Silva e Astrogildo Meireles, ambas com vocal de Luiza Vidal. No mesmo ano, lançou o LP Gerson Filho e seu fole de oito baixos onde gravou a quadrilha, ritmo bastante popular no Nordeste e praticamente ainda não gravado até aquela ocasião. Nesse período sua carreira tomou grande impulso com ele fazendo muitas apresentações em circos, praças públicas e festas por todo o Brasil.

Em 1959, gravou o Baião da capelinha de sua autoria e o Forró de Zé Lagoa em parceria com Francisco Anísio, famoso comediante, então em começo de carreira. Em 1960, lançou os forrós: Forró no salão, de Agenor Lourenço e Dini Goulart e Namoro no forró, de Miguel Lima, Aguiar Filho e Geraldo Maia. Em 1961, gravou de João Silva e Penedo o forró Ó, Lia e de sua autoria e Aguiar Filho o baião De Penedo a Propriá. Em 1963, gravou dele e Otávio Filho o Baião da meia-noite e dele e Doca o forró Na bodega do Bodega.

Em 1969, após muitos anos residindo no Rio de Janeiro retornou para o Nordeste, indo morar em Sergipe, onde passou a apresentar, desde então, o programa "Forró no asfalto" na Rádio Difusora de Aracaju. Em 1970, passou a atuar na Chantecler/Continental, onde gravou cerca de 17 discos, entre os quais: É pra valer, Ingazeira do Norte e Levanta poeira

Em 1982, lançou o disco Gerson Filho - Xote da cobra doida, interpretando diversas composições de sua autoria, entre as quais: Tropé seguro, com Isnaldo Santos, Minha festa, nossa festa, Xote da cobra doida e Forró de chão batido, de sua autoria. Um de seus principais parceiros foi Isnaldo Santos, com quem compôs entre outras, a quadrilha Dança comigo, o Forró na bulandeira e o xote Esse xote é bom.

Obra

Agüenta o banzeiro (c/ Miguel Lima), Arrasta-pé de vaqueiro (c/ Ofrísio Acácio), Baião calado (c/ Salvador Miceli), Baião da alta-roda, Baião da capelinha, Baião da meia-noite (c/ Otávio Filho), Baião do soldado, Baião em Caxias, Baião paulista (c/ Ermínio Vale), Balança o ganzá (c/ Isnaldo Santos), Canaan, Casa velha, Catingueira no sertão, Chamego do Henrique (c/ Aguiar Filho), Choramingando, Choveu na minha roça, Comendo e chorando, Dança comigo (c/ Isnaldo Santos), De Penedo a Propriá (c/ Aguiar Filho), Desengonçado (c/ Otávio Filho), Devagar com o andor (c/ Salvador Miceli), Esse xote é bom (c/ Isnaldo Santos), Eta pagode bom (c/ Salvador Miceli), Fanfarronada, Figura de mulher (c/ J. Varriol), Forró de chão batido, Forró do Zé Lagoa (c/ Francisco Anísio), Forró na bulandeira (c/ Isnaldo Santos), Galinha arrepiada, Imperial, Lambari dançante, Macaco é Tio Antônio,Madrugada (c/ Irmãos Orlando), Mangaba, Maracanã, Marombando (c/ Salvador Miceli), Maroto (c/ Salvador Miceli), Minha festa, nossa festa,Na bodega do Bodega (c/ Doca), No pé do imbuzeiro (c/ Isnaldo Santos), Nossa polca (c/ Aguiar Filho), O Dia do papai, O Gogó da ema (c/ Salvador Miceli), Peixada no Pina (c/ Salvador Miceli/Carlos Filgueiras), Por mulher nunca chorei (c/ Otávio Filho), Quadrilha brasileira (c/ Aguiar Filho), Quadrilha da cidade, Quadrilha na roça, Respingadinho (c/ Otávio Filho), Roedeira (c/ Ari Monteiro), Segure-gure (c/ Otávio Filho), Sete quedas, Tá certo assim (c/ Isnaldo Santos), Tem dó (c/ João Barros), Tenência do Tangerino (c/ Isaías de Freitas), Torcida do Flamengo, Três e trezentos (c/ Miguel Lima), Tropé seguro (c/ Isnaldo Santos), Valsa do vira (c/ Salvador Miceli), Xodó de sanfoneiro, Xote da cobra doida, Xote da pindaíba (c/ Isnaldo Santos).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira; Bibliografia Crítica: AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

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