Ribamar (José Ribamar Pereira da Silva), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9/12/1919, e faleceu na mesma cidade, em 6/9/1987. Irmão do compositor Esdras Pereira da Silva, aos sete anos de idade começou a estudar piano com sua avó. Trabalhou no funcionalismo público.
Iniciou sua carreira de músico profissional em 1950, acompanhando Dolores Duran. Ainda nesse ano, venceu o concurso para escolha de um pianista de música popular na Rádio Nacional.
Em 1952 teve sua primeira composição gravada, o bolero Duas vidas, com Esdras Pereira da Silva, na voz de Fernando Barreto. Atuou como violinista de Fafá Lemos e com outros grupos, formando em 1953 seu próprio conjunto, tocando acordeom e piano em casas noturnas do Rio de Janeiro. Entre outras Rádios, trabalhou na Rádio Mundial (RJ).
Em 1955, acompanhou Tito Madi em apresentações nas boates do Beco das Garrafas no Rio de Janeiro formando com ele um dos mais populares duos das noites cariocas. Em 1956, teve o samba-canção Abandonado, com Esdras Silva e W. Barros, gravado por Helena de Lima no LP Dentro da noite, lançado pela Continental.
Em 1958, teve samba-canção Pela rua, com Dolores Duran, lançado por Alaíde Costa em disco RCA Victor. Nessa época, iniciou uma fértil parceria com Dolores Duran, com quem atuou como pianista, destacando-se os sambas-canções Quem sou eu, Idéias erradas, Se eu tiver, Pela rua e Ternura antiga, parceria póstuma sobre versos de Dolores Duran, que tinha morrido meses antes, música também
classificada em 2º lugar no Festival das Dez Mais Lindas Canções de Amor, na TV Rio, em interpretação de Lucienne Franco.
Em 1959, teve o samba Idéias erradas, com Dolores Duran, gravado pelo Trio Yrakitan na Odeon e por Carlos Galhardo na RCA Victor, e o samba-canção Quem sou eu?, também com Dolores Duran, gravado por Neusa Maria na RCA Victor. Nesse ano, o samba-canção Pela rua, com Dolores Duran, foi regravado por Tito Madi na Continental.
Em 1960, seu samba-canção Pela rua, com Dolores Duran, foi gravado por Elizeth Cardoso no LP A meiga Elizeth da gravadora Copacabana. Nesse ano, seu maior sucesso, o samba-canção Ternura antiga, com Dolores Duran foi lançado por Luciene Franco na Copacabana. Teve ainda no mesmo ano, a balada Teu nome, com Osmar Navarro gravada por Francisco Carlos na RCA Victor.
Em 1961, o samba O que é que eu faço, com Dolores Duran, foi gravado por Isaura Garcia no LP A pedida é samba da Odeon, e Ternura antiga foi regravado na Copacabana por Paulo Alencar e sua orquestra. Ainda nesse ano, Leny Andrade regravou na Mocambo, o samba-canção Quem sou eu?.
Em 1963, Helena de Lima gravou a canção Que fez você, com Orlando Henrique, no LP Quando a saudade chegar, da RGE. No mesmo ano, fez a direção artística do LP As grandes escolas de samba com orquestra e coro com gravações dos sambas enredo Chica da Silva, Rio dos vice reis, Mestre Valentim, Relíquias da Bahia, Palmares, Tristeza no carnaval, Mauá e suas realizações, Vem do morro e Toda prosa.
Em 1969, teve o samba-canção Eu te amo, com Nunes e Romeu, gravado por Helena de Lima no LP Uma noite no Drink, da RCA Victor. Em 1972, o samba-canção E a chuva parou, com Esdras Silva e Victor Freire, foi gravado por Tito Madi no LP A fossa - volume 2 do selo London/Odeon. No ano seguinte, no volume 3 da série A fossa Tito Madi regravou o samba-canção Se eu tiver, com Dolores Duran.
Em 1978, seu samba-canção Teu nome, com Osmar Navarro foi regravado por Carlos Galhardo no LP Parabéns a mim por ter você da EMI-Odeon. Em 1981, teve o samba-canção Ternura antiga, com Dolores Duran regravado por Tito Madi no LP Tito Madi na intimidade - Ao vivo no Inverno & Verão da Continental.
Teve canções gravadas por Carlos José, Tito Madi, Trio Iraquitã, Carlos Galhardo, Helena de Lima, Elizeth Cardoiso e Neusa Maria, entre outros. Deixou gravados cinco LPs em diferentes gravadoras: Colúmbia, Philips, Musidisc, Equipe e RCA, entre os quais, Ribamar ao piano e Dançando com Ribamar, pela Columbia e Ribamar e seu piano, pela Philips.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
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