segunda-feira, 25 de abril de 2011

Carlos Pena Filho

english mobile

Carlos Pena Filho (Carlos Souza Pena Filho), poeta e compositor, nasceu no Recife, PE, em 27/5/1929, e faleceu na mesma cidade, em 1/7/1960. Foi um dos parceiros do compositor Capiba. Seus primeiros trabalhos de poesia foram publicados no jornal Diário de Pernambuco.

Em 1952 publicou o primeiro livro, O tempo da busca. Em 1955 publicou seu segundo livro de poesias, Memórias do boi Serapião, com uma temática social e ilustrado por Aloísio Magalhães. Em 1958 publicou A vertigem lúcida.

Em 1959, mostrou a Capiba um poema pedindo-lhe para musicá-lo para o carnaval. Capiba, entretanto, achou a letra muito bonita para ser cantada apenas por quatro dias e resolveu fazer um samba-canção. Nascia assim A mesma rosa amarela, que se incorporou ao movimento da Bossa Nova, tornando-se uma das principais canções da década de 1960. O próprio poeta começou a divulgar a música cantando-a nos bares que freqüentava, especialmente na A Cabana, restaurante que reunia jovens intelectuais do Recife. Foi gravada primeiramente pelo cantor Claudionor Germano, ainda em 1960 pela gravadora pernambucana Mocambo, tornando-se sucesso através da cantora Maysa que a gravou em 1962, pela RCA Victor.

Ainda em 1959 teve publicado pela Livraria São José do Rio de Janeiro seu Livro geral, antologia de seus trabalhos. Outras letras de sua autoria musicadas por Capiba foram Ai de mim, samba-canção gravado em 1961 por Claudionor Germano e depois por Tito Madi, o samba Claro amor, gravado por Claudionor Germano e depois por Paulo Molin, o samba Manhã da tecelã também gravado por Claudionor Germano, o frevo-canção Não quero amizade com você, gravado por Paulo Molin e a canção Sino, claro sino interpretado por Zélia Barbosa.

Morreu prematuramente sem ver o sucesso de A mesma rosa amarela.

Nos anos 1970, o cantor e compositor Alceu Valença musicou seus poemas Solibar e Sino de ouro. Em 1993 teve diversos poemas musicados pelo músico Antônio José Madureira e gravados no CD Opereta do Recife, entre os quais, Bairro do Recife, Dádivas do amante, Desmantelo azul e Manoel, João e Joaquim, homenagem aos poetas Manoel Bandeira, João Cabral de Melo Neto e Joaquim Cardozo.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira - Bibliografia crítica: AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982; GONÇALVES, Magaly trindade; AQUINO, Zélia Thomaz de e SILVA, Zina Bellodi. Antologia de antologias. São Paulo: Musa editora, 1997.

Nenhum comentário: