segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Noite cheia de estrelas

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Contrastando com o humor irreverente de Noel e Lamartine, 1932 teve também o romantismo derramado de Cândido das Neves em "Noite cheia de Estrelas". Filho do palhaço, cantor e compositor Eduardo das Neves, Cândido - conhecido como Índio, apesar de ser negro - foi um seguidor de Catulo da Paixão Cearense, notabilizando-se como autor de canções seresteiras. Exemplo disso é "Noite Cheia de Estrelas", um tango-canção cheio de imagens rebuscadas e palavras escolhidas no dicionário: "as estrelas tão serenas / qual dilúvio de falenas / andam tontas ao luar / todo astral ficou silente / para escutar / o teu nome entre endechas / as dolorosas queixas / ao luar...". Gravada por Vicente Celestino, a canção é um clássico dos repertórios do cantor e do autor.

Noite Cheia de Estrelas - 1932 - Cândido das Neves-- clique para ouvir amostra da música
Tom: Gm
Intro: Gm G# Gm D# G# D7 Gm

Gm
Noite alta, céu risonho
A quietude é quase um sonho
Dm5-/7
O luar cai sobre a mata
G7
Qual uma chuva de prata
Cm
De raríssimo esplendor
Am5-/7
Só tu dormes, não escutas
D7 Gm
O teu cantor
Cm
Revelando à lua airosa
D7 Gm D7
A história dolorosa desse amor
Gm
Lua...
D7 Gm D7 Gm
Manda a tua luz prateada
Cm
Despertar a minha amada
Am5-/7
Quero matar meus desejos
D# D7
Sufocá-la com os meus beijos
Gm D7
Canto
Gm E7 Gm
E a mulher que eu amo tanto
G7 B° Cm
Não me escuta, está dormindo
Canto e por fim
Am5-/7 D7 Gm
Nem a lua tem pena de mim
Am5-/7
Pois ao ver que quem te chama sou eu
D7 Gm D7 Gm
E entre a neblina se escondeu
Lá no alto a lua esquiva
Está no céu tão pensativa
Dm5-/7
As estrelas tão serenas
G7
Qual dilúvio de falenas
Cm
Andam tontas ao luar
Am5-/7
Todo o astral ficou silente
D7 Gm
Para escutar
Cm
O teu nome entre as endechas
D7
A dolorosas queixas
Gm
Ao luar

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