segunda-feira, 2 de julho de 2007

Haroldo Barbosa

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Haroldo Barbosa, compositor e radialista, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 21/3/1915 e faleceu em 5/9/1979. Nascido no bairro de Laranjeiras, aos sete anos foi morar em Vila Isabel. Durante o dia estudava no Colégio São Bento e à noite tocava cavaquinho nos bailes de Vila Isabel. Aos 18 anos foi trabalhar como contra-regra na Rádio Philips, com o irmão, o futuro compositor Evaldo Rui, colaborando no programa Casé, do qual participavam grandes nomes do mundo artístico. Com esse programa transferiu-se para a Rádio Sociedade, onde, além de contra-regra, organizou a discoteca e foi locutor.
Passou depois a exercer essas funções na Rádio Transmissora e, logo em seguida, na Nacional, onde também foi locutor esportivo. Usando sua experiência anterior, desenvolveu várias atividades na Rádio Nacional, que liderava a audiência na época: escreveu o enredo de O Grande Teatro, de César Ladeira, um dos maiores sucessos do rádio, organizou uma orquestra sinfônica com 68 integrantes que já atuavam na emissora, e criou, por volta de 1945, o programa A Canção Romântica, especialmente para Francisco Alves, que deu um novo impulso à carreira do cantor.
Mais tarde passou a dirigir o programa Um Milhão de Melodias, no qual vários cantores se apresentavam interpretando versões de sua autoria. Seu primeiro sucesso como compositor foi a marchinha Barnabé (com Antônio Almeida), uma sátira ao funcionalismo público, que se tornou sinônimo de funcionário público de categoria modesta. Seguiram-se outros sucessos, como os sambas De conversa em conversa (com Lúcio Alves), em 1943, gravado por Isaura Garcia na Victor, em 1947, Adeus, América e Tintim por tintim (ambas com Geraldo Jacques), lançadas por Os Cariocas na Continental e Sinter, respectivamente. Mais tarde, deixou a Nacional e foi para a Rádio Mayrink Veiga, onde se tornou responsável por diversos programas humorísticos, lançando inclusive Chico Anísio e Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta. Esse Norte é de Morte, A Cidade se Diverte, Alegria da Rua foram alguns de seus sucessos na programação da emissora.
Com Geraldo Jacques fez ainda o samba Joãozinho Boa Pinta, gravado por Fafá Lemos na Victor, em 1954, e, com seu mais bem sucedido parceiro, Luiz Reis, compôs Palhaçada, samba lançado por Miltinho (RGE), em 1963. Miltinho gravou várias outras músicas desta dupla, entre as quais Só vou de mulher, Devagar com a louça e Meu nome é ninguém. Tiveram ainda composições gravadas por Elizeth Cardoso (Tudo é magnífico, Nossos momentos, entre outros), Dóris Monteiro (Fiz o bobão), Araci de Almeida (Não se aprende na escola) e Nora Ney.
É autor de inúmeras versões: Trolley Song, Poinciana, Mala guefla, Adiós, pampa mia, Adiós muchachos, Uno, Amor. Sua atividade de compositor diminuiu quando foi para a TV Globo, onde passou a trabalhar na produção de programas humorísticos, ao lado de Max Nunes, seu parceiro em programas de humor desde os tempos da Rádio Nacional.
Obras
Adeus, América (c/Geraldo Jacques), samba, 1948; Bar da noite (c/Bidu Reis), samba, 1953; Canção da manhã feliz (c/Luís Reis), samba, 1962; De conversa em conversa (Eu não sou limão) (c/Lúcio Alves), samba, 1947; Devagar com a louça (c/Luís Reis), samba, 1963; Eu quero um samba, samba, 1945; Joãozinho boa pinta (c/Geraldo Jacques), samba, 1954; Meu nome é ninguém (c/Luís Reis), samba, 1962; Moeda quebrada (c/Luís Reis), samba, 1961; Não se aprende na escola, samba, 1950; Nossos momentos (c/Luís Reis), marcha-rancho, 1961; Notícia de jornal (c/Luís Reis), samba, 1961; Palhaçada (c/Luís Reis), samba, 1963; Pra que discutir com madame (c/Janet de Almeida), samba, 1956; Quando esse nego chega, samba, 1948; Só vou de mulher (c/Luís Reis), samba, 1961; Tudo é magnífico (c/Luís Reis), samba, 1961.

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