quarta-feira, 9 de maio de 2007

Tião Carreiro e Pardinho

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Tião Carreiro e Pardinho. Dupla sertaneja forma da por José Dias Nunes (Montes Claros MG 1934—São Paulo SP 1993) e Antonio Henrique de Lima (São Carlos SP 1932-).
José Dias Nunes (Tião Carreiro) sempre cantou em dupla, inicialmente com o nome de Zezinho (com Lenço Verde), depois como Palmeirinha (com Coqueirinho) e mais tarde como Zé Mineiro (com Tietezinho), completando quatro anos de carreira. Antonio Henrique de Lima (Pardinho começou cantando com Miranda (Estevão Valério de Miranda) e depois formou uma dupla provisória com Zé Carreiro, da dupla Zé Carreiro e Carreirinho, para concorrer ao Torneio de Violeiros (1956) da Rádio Tupi de São Paulo SP.
Premiada com o cururu Canoeiro (Zé Carreiro), a dupla recebeu então convite de Teddy Vieira para gravar na Columbia, quando Antônio Henrique adotou o pseudônimo de Pardinho, lançando em disco os sucessos Facão do Cristiano (Dito Mineiro e Zé Carreiro) e Boiadeiro feliz (Zé Carreiro e Pardinho).
Teddy Vieira diretor do setor sertanejo da Columbia, procurando outro nome que substituísse o famoso Zé Carreiro, deu a Zé Mineiro (José Dias Nunes) o pseudônimo de Tião Carreiro que formou dupla com Carreirinho, fazendo diversas gravações. Mais tarde Tião Carreiro e Pardinho formaram dupla, uma vez que Zé Carreiro e Carreirinho voltaram a atuar juntos.
O primeiro sucesso da dupla foi Cavaleiros do Bom Jesus (João Alves, Nhô Silva e Teddy Vieira), gravado na Columbia, mesma gravadora que lançou seu grande êxito Boiadeiro punho de aço (Teddy Vieira e Pereira). Pela Chantecler a dupla gravou vários LPs, entre os quais Em tempo de avanço (1968), em que foi incluída A beleza do ponteio, biografia em versos do Tião Carreiro, de autoria do Capitão Furtado e musicada pelo próprio Tião.
Em 1970, a dupla foi a principal intérprete do filme Sertão em festa, de Osvaldo de Oliveira, com músicas que já haviam sido gravadas pela Chantecler, como Caboclinha malvada (Serrinha), Em tempo de avanço (Lourival dos Santos e Tião Carreiro), Jerimu (Arlindo Pinto), Mestre carreiro (Raul Torres), a moda do peão Oi, vida minha! (Cornélio Pires) e Pagode (Tião Carreiro e Carreirinho).
Mas foi no LP A força do perdão que a dupla efetivamente se consagrou no gênero, obtendo grande sucesso com a música de Piraci, Lourival dos Santos e Tião Carreiro Rio de lágrimas, também conhecida como Rio de Piracicaba.
Em 1996 Tião Carreiro foi homenageado num disco tributo, Saudades De Tião Carreiro (selo Continental), com músicas suas interpretadas por Sérgio Reis, Zezé Di Camargo e Luciano, Irmãs Galvão, Almir Sater, Chitãozinho e Xororó e outros.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

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